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Patti Smith relê Neil Young e homenageia Amy

Por Fabian Chacur

Patti Smith traz pelo menos duas boas surpresas para seus fãs em seu novo disco. Previsto para sair no dia 5 de junho, Banga, seu 11º álbum de estúdio, inclui uma releitura de clássico de Neil Young e uma homenagem a Amy Winehouse.

A cantora e compositora americana, uma das mais talentosas a surgir no cenário roqueiro dos anos 70, regravou no melhor esquema voz e piano a fantástica After The Goldrush, faixa que dá nome a um dos melhores e mais cultuados álbuns de Neil Young. Na parte final da sua gravação, ela se vale de um coral de crianças para enfatizar a mensagem do refrão.

Por sua vez, a faixa This Is The Girl tem fortes influências da sonoridade pop dos anos 1960, e equivale a um tributo à saudosa Amy Winehouse, de quem Patti Smith se confessou fã incondicional em entrevista ao site americano da revista Billboard.

Banga foi gravado nos estúdios Electric Lady, em Nova York, e conta com as participações especiais de Tom Verlaine, do grupo Television e seu amigo de longa data, e dos filhos da coautora de Because The Night (parceria com Bruce Springsteen, para quem não se lembra), o guitarrista Jackson e o tecladista Jesse.

Para divulgar o novo trabalho, Patti iniciará shows pela Europa a partir do dia 23 de junho, na Noruega. O disco tem algumas letras abordando temas ecológicos, e inclui faixas como as citadas e também April Fool (o primeiro single) e Constantine’s Dream, entre outras.

Ouça April Fool, do novo álbum de Patti Smith, Banga:

CD traz boa amostra da obra de Patti Smith

Por Fabian Chacur

Patti Smith é uma das figuras femininas mais brilhantes e icônicas da história do rock and roll. Desde o lançamento de seu álbum de estreia, Horses (1975), que saiu quando a cantora e compositora já tinha 29 anos, a moça mostrou ser dona de um talento incomum.

Como forma de trazer uma espécie de amostra do que fez de melhor nesses quase 40 anos de carreira e na antevéspera de seu aniversário de 65 anos (que ela completará no dia 30 de dezembro), Patti acaba de lançar a ótima coletânea Outside Society.

O álbum inclui 18 faixas gravadas pela estrela rocker entre 1975 e 2004, extraídas dos 10 álbuns de estúdio que gravou durante este período.

O encarte inclui comentários da cantora americana sobre cada uma das canções, e só lamente-se o fato de as letras das mesmas não terem sido incluídas, o que seria um serviço e tanto para o comprador.

Com sua voz forte e de timbre inconfundível, Patti esbanja categoria em maravilhas do porte da power ballad Because The Night (escrita em parceria com Bruce Springsteen), da densa Dancing Barefoot, da tocante Frederick e da militante People Have The Power.

Grande letrista e compositora, ela também sempre se deu bem ao reler obras alheias, e os exemplos aqui são as marcantes covers de So You Want To Be A Rock N Roll Star (dos Byrds) e Smells Like Teen Spirit (do Nirvana).

O bacana é que o padrão de qualidade das gravações de Patti Smith se manteve durante todo o período abrangido pela compilação, como provam canções mais recentes como Trampin’, Beneath The Southern Cross e Summer Cannibals.

O problema de Outside Society é que você pode acabar se viciando em Patti Smith. Se isso acontecer, recomendo como aquisições posteriores os ótimos Easter (1978) e Wave (1979), além do festejado Horses (1975), cuja edição especial traz um CD adicional com uma gravação recente e ao vivo de seu repertório na íntegra.

Ouça Dancing Barefoot, com Patti Smith:

Patti Smith reverencia um amigo inesquecível

Por Fabian Chacur

Patti Smith é um dos mais poderosos e duradouros ícones femininos do nosso amado rock and roll.

A partir do lançamento de seu primeiro álbum, o mitológico Horses (1975), a cantora e compositora americana conquistou corações e mentes em todo o planeta graças a suas canções sempre repletas de poesia e vigor rocker.

Em seu novo livro, Só Garotos, a autora de Because The Night (em parceria com Bruce Springsteen) consegue ao mesmo tempo revelar muito do seu início no mundo artístico e reverenciar um personagem fundamental em sua trajetória de vida.

Trata-se do fotógrafo e artista Robert Mapplethorpe (1946-1989), que ela conheceu em 1967 em Nova York, quando ainda era uma desconhecida jovem de 20 anos em busca do seu rumo na vida.

Nascia ali um relacionamento difícil de ser definido. Eles foram ao mesmo tempo amigos, namorados, amantes, colegas de trabalho, confidentes, inspiradores mútuos e muito, mas muito mais, mesmo.

Só Garotos relata esse relacionamento e tudo o que girou em torno dele, basicamente o crescimento de ambos em termos pessoais e artísticos.

Escrito de forma fluente e indisfarçavelmente emocional, Patti partilha conosco esses anos de autodescobrimento, de refeições baratas em restaurantes precários, da vida em locais aparentemente inabitáveis, do prazer em conhecer ídolos, dos primeiros passos artísticos etc.

Conversas com Jimi Hendrix, Janis Joplin e inúmeros outros mitos do mundo pop, presença em shows importantes de grupos como os Doors, experiências traumáticas e momentos luminosos permeiam cada página deste livro.

Robert é o autor de diversas fotos famosas de Patti, incluindo a da capa de Horses, além de ter sido um artista polêmico e cuja obra continua sendo reverenciada, mesmo anos após sua morte.

Só Garotos é o cumprimento de uma promessa que a roqueira fez ao amigo antes de sua morte: registrar a parceria cósmica de ambos. Como Patti cumpriu bem essa missão!

Ouça Because The Night, com Patti Smith:

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