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Maricotta lança videoclipe para divulgar seu novo single, Eu Sou

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Por Fabian Chacur

Com apenas 9 anos de idade, Maricotta começa a se destacar na cena musical brasileira graças aos bons singles que está lançando, sempre divulgados por clipes fofos. A jovem radicada em Belo Horizonte (MG) se mostra mais desenvolta a cada novo lançamento, e é essa a marca de Eu Sou (composta por Felipe Ispério e Gaby), seu primeiro single de 2021, disponível nas plataformas digitais e cujo clipe teve direção a cargo de Rafael Casson e Kathia Calil.

A canção traz versos como “estou aqui pra deixar tudo melhor do que encontrei” e investe em uma mensagem positiva e com a qual não só as crianças, mas também os adolescentes e adultos poderão se identificar. A simpática garotinha nos oferece sua visão sobre esta música: “Cantar essa música é legal porque consigo dizer pras pessoas que todos somos importantes e especiais”.

Com uma levada pop envolvente, Eu Sou conta com a produção de Bruno Alves, produtor musical, maestro e arranjador conhecido por seus trabalhos com artistas como Daniel Boaventura, Manu Gavassi, Sophia Abrahão e Kell Smith. Aliás, foi com uma releitura de uma canção de Kell, Era Uma Vez, que Maricotinha conquistou muitos fãs nas redes sociais, incluindo a própria artista, que compôs para ela A Cor Mais Bonita (ouça aqui).

Eu Sou (clipe)- Maricotta:

Paulinho, 68 anos, grande cantor e membro de um grupo seminal

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Por Fabian Chacur

Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, eram, na verdade, quatro. E os equivalentes brasileiros do mundo na música eram seis. Sim, infelizmente sou obrigado a colocar o verbo no passado, pois um deles se foi nesta segunda-feira (14) aos 68 anos. Estou me referindo ao Roupa Nova, e seu mosqueteiro que infelizmente se retira de cena é Paulo Cesar Santos, o Paulinho, vocalista e percussionista que nos deixa aos 68 anos, vítima de covid-19, ele que há três meses havia feito um transplante de medula óssea.

E porque a comparação com os personagens da literatura baseados de certa forma na vida real? Simples: em seus exatos 40 anos de carreira, sempre com a mesma formação, Paulinho e seus fiéis parceiros, Cleberson Horst, Ricardo Feghali, Kiko, Serginho Herval e Nando sempre foram adeptos da máxima “um por todos, todos por um”. Não é de se estranhar que essa formação única só se quebre agora por causa de um problema de saúde.

Tudo começou nos anos 1970, quando o grupo Famks foi criando fama na cena dos bailes cariocas. Eles chegaram a gravar discos, mas faltava alguma coisa. Até que Paulinho, Nando, Kiko e Cleberson convidaram para entrar no time dois novos mosqueteiros, Feghali e Serginho. Com a nova escalação, faltava um nome mais bacana, que veio de uma música composta por Milton Nascimento e Fernando Brant de encomenda pra eles. Roupa Nova!

O disco de estreia saiu há exatos 40 anos, e nos mostrou logo de cara que não se tratava de qualquer grupo. Ou você encontra todo dia uma formação em que todos cantem e toquem muito bem, além de serem versáteis e criativos? Logo naquele álbum, intitulado Roupa Nova, emplacaram seus primeiros hits, maravilhas do naipe de Sapato Velho, Bem Simples, Canção de Verão e o presentão de Milton, padrinho da banda.

Apesar da cara amarrada de boa parte da crítica especializada (sempre eles…), o Roupa Nova logo se mostrou não só um grupo com luz própria, emplacando hit em cima de hit, como também se tornaram reis dos estúdios, gravando com artistas como Roberto Carlos, Gal Costa, Tim Maia e quem você imaginar, sempre dando seu auxílio luxuoso a artistas dos mais diferentes estilos. Até a música-tema do Rock in Rio em 1985 eles fizeram!

Em 1986, em uma das primeira entrevistas coletivas de que participei como jornalista, tive a honra de ter meu primeiro contato com o sexteto, e foi paixão à primeira vista, tal a simpatia deles. Embora todos participassem das vocalizações, os cantores que se incumbiam dos solos vocais eram Paulinho, que também se virava bem na percussão, e Serginho Herval, um de nossos melhores bateristas. Aliás, todos nessa banda são cobras criadas.

Um dos grandes méritos do Roupa Nova reside em seus incríveis arranjos vocais, ao mesmo tempo elaborados e extremamente bons de se ouvir. Quem ouviu o que eles fizeram com Yesterday, dos Beatles, sabe bem do que estou falando. Populares, sim, mas bem longe de popularescos, mesmo nas canções mais escancaradamente românticas que gravaram nesses anos todos.

Serginho era o cara das baladas mais doces, como Anjo e Bem Simples, enquanto Paulinho sempre esbanjou potência vocal e agito na hora dos rocks mais dançantes, do tipo Whisky a Go-go e Show de Rock And Roll, ou nas power balladas do tipo Volta Pra Mim e Linda Demais.

Com todos esses atributos, aliados a uma união invejável, o Roupa Nova conseguiu atravessar quatro décadas lotando os shows, frequentando as programações de rádios e mantendo um fã-clube fiel, sempre com um trabalho consistente e capaz de cativas os mais diferentes tipos de público. E bem-humorados, como em uma entrevista para mim nos anos 1990, na qual se autodenominaram os “dinossauros do brega”. Brega? Tá bom…

Linda Demais– Roupa Nova:

Sapato Velho (clipe)- Roupa Nova:

Bryan Behr, de Brusque para o Brasil com seu som ensolarado

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Por Fabian Chacur

Há quase três anos, Bryan Behr era funcionário da loja Mohr Musik Haus, na cidade de Brusque (SC). Em meio a inúmeros violões, entre um atendimento e outro, compunha canções e sonhava com o estrelato. Pois bem. Seu objetivo começa a se concretizar agora, no início de 2020, com o lançamento de A Vida é Boa, seu álbum de estreia pela gravadora Universal Music, já disponível nas plataformas digitais e em breve também em CD.

Com 23 anos de idade, o cantor, compositor e músico catarinense chega forte à cena do pop nacional, com uma mistura ensolarada e solta de folk, r&b, rock e MPB pontuada por sua voz extremamente agradável e doce.

A temática romântica prevalece nas letras, mas com o claro objetivo de fugir dos lugares comuns. Ele explica sobre suas influências, e também sobre a comparação que fazem da sua voz com a de Cassia Eller, em alguns momentos:

“Acho que essa comparação com a Cassia é mais por causa da música Tua Canção Preferida, as pessoas sentem uma semelhança. Tenho muita influência do Nando Reis, às vezes me sinto amigo pessoal do Nando ao ouvir as suas músicas,mesmo não o conhecendo. Ouço muito rock and roll e música internacional também, além de curtir Anavitória, Tiago Iorc e Outroeu”.

Antes de decidir mergulhar de vez no mundo da música, Behr estudou (finalizou o segundo grau), trabalhou em uma fábrica e depois na loja de instrumentos musicais, onde ficou por quase três anos. “Aos poucos, fui criando coragem, gravando algumas das minhas músicas e jogando na internet. Sentia insegurança de sair da loja, mas há dois anos decidi me dedicar de vez à carreira musical, um desejo que, na verdade, sempre tive”, relembra.

O passado encontrou o presente na semana passada, quando o artista fez uma audição do álbum na mesma loja, momento no qual aproveitou para rever amigos. Aliás, a seleção de músicas de A Vida é Boa foi um belo desafio encontrado por ele e os produtores Juliano Cortuah e Fernando Lobo.

“Tenho mais de 150 composições, e escolhemos apenas 11. Procurei selecionar músicas que refletissem a diversidade daquilo que eu faço, todas entregam quem eu sou em termos musicais. Não é só dançante, só reflexivo, tem um pouco de tudo, falando de amizade, amor etc. Falo sobre histórias de verdade, de coisas que vi dos outros ou de mim”.

A faixa A Vida é Boa Com Você é a primeira a ser divulgada com um videoclipe, já disponível e um dos pontos altos do álbum ao lado de Santa Vaidade, O Quadro, Bem Que Te Avisei, Tua Canção Preferida e Girassol.

Ao contrário de alguns colegas de geração, Bryan Behr acha importante lançar seus trabalhos em versões físicas, embora admita que as coisas mudaram bastante na forma de se ouvir e comercializar música hoje em dia:

“Antes, a gente lançava música pelos discos físicos. Hoje, acho que há uma mudança total nisso, as músicas são distribuídas na internet. Vamos lançar o disco físico como uma lembrança que as pessoas levam para casa, com elementos que você só encontrará lá, no encarte, por exemplo. O disco físico sempre terá algo a mais e exclusivo. Os formatos físicos na música ocuparão outro lugar, não é para ouvir, necessariamente”, teoriza.

A Vida é Boa Com Você (clipe)- Bryan Behr:

Ana Cañas celebra 12 anos de carreira com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Em 2007, Ana Cañas lançou seu álbum de estreia, Amor e Caos, e rapidamente viu seu nome ser comentado como uma das grandes revelações da música brasileira naquele período. Desde então, a cantora e compositora conseguiu se firmar, com direito a um público fiel e muito respeito por parte dos colegas. Ela celebra 12 anos desse lançamento (que logo serão 13, por sinal) com shows nos dias 10 e 11 (sexta e sábado) às 21h na Comedoria (antiga Chopperia) do Sesc Pompeia (rua Clélia, nª 93- Pompéia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

A ideia é dar uma geral no repertório de seus seis álbuns de estúdio, incluindo algumas do mais recente, intitulado Todxs (2018). Entre outras canções, teremos Pra Você Guardei o Amor (que ela gravou em parceria com seu autor, Nando Reis), Esconderijo, Será Que Você Me Ama?, Tô na Vida e Luz Antiga.

“Também cantarei músicas da militância que fizeram parte da história do país, celebrando a resistência nesse momento difícil que vivemos para arte e cultura. É um show pra todo mundo cantar junto, com muita emoção e canções especiais que marcaram a minha vida”, garante a intérprete.

Ana Cañas terá a seu lado nesses dois shows em São Paulo uma banda composta por Monica Agena (guitarra), Dj Nato PK (beats), Estevan Sinkovitz (baixo), Marco da Costa (bateria) e André Lima (teclados).

Pra Você Guardei o Amor– Ana Cañas e Nando Reis:

Sylvia Patricia mescla Brasil e latinidade no seu belo EP Piel

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Por Fabian Chacur

Há exatos 30 anos, Sylvia Patricia lançou um disco autointitulado pela gravadora Sony Music. A partir dali, esta cantora, compositora e instrumentista baiana desenvolveu uma carreira impecável, com direito a discos de estúdio deliciosos, um DVD ao vivo retrospectivo de primeira linha e shows sempre encantadores. Como forma de celebrar essas três décadas de muita qualidade e coerência artística, ela nos oferece o EP Piel (Speciarias Musicais), outra delícia auditiva.

Quem acompanha Mondo Pop há mais tempo sabe que tenho um carinho todo especial pela obra de Sylvia Patricia (leia mais matérias sobre a artista aqui). E não é para menos. Ouvir sua voz calorosa e doce vicia, aquele tipo de vício que não tem contra-indicação. Afinal, nada melhor do que prazer auditivo intenso.

Piel (pele, em castelhano) é uma espécie de cartão de visitas do lado mais latino da sonoridade de Sylvia. Temos aqui seis faixas. Besame Mucho, grande clássico da música latina escrito pela compositora mexicana Consuelo Velásquez nos anos 1940 e regravada até, pasmem, pelos Beatles, aparece em duas releituras no melhor estilo bossa nova, uma com letra em português e outra com alguns versos em catalão escritos pelo músico dessa origem Daniel Cros.

Un Beso, de Sylvia em parceria com Paulo Rafael, também é oferecida em duas gravações diferentes, ambas em castelhano. Uma é a versão original, lançada originalmente no álbum No Rádio da Minha Cabeça (2006), e a outra se trata de um remix feito pelo baiano DJ Titoxossi. Ambas são calientes e com uma levada bem espanhola, bem flamenca.

Lançada originalmente em 2014 em outro EP, De Vuelta (Sylvia Patricia-Cecelo Froni) reaparece agora em uma versão denominada Rio-Barcelona Mix.

A faixa mais interessante é Resistiré (Carlos Toro e Manuel de La Calva), da trilha sonora do filme Ata-me (1989), de Pedro Almodóvar. Sylvia já a havia regravado em seu álbum Andante (2010), mas nesta nova versão ele teve uma bela sacada: acrescentou trechos do clássico disco I Will Survive (Dino Fekaris-Freddie Perren), estouro mundial em 1979 na voz da americana Gloria Gaynor. Como as músicas tem boas semelhanças entre si, ficou um mix dos mais encantadores.

Este novo EP funciona como um delicioso aperitivo para quem estava sedento por novas gravações de Sylvia Patricia, e também pode ser um bom cartão de apresentação ou porta de entrada para novos fãs.

Resistiré– Sylvia Patricia:

Jaloo lança novo álbum em show com convidados em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Nesta sexta-feira (6), o cantor, compositor, DJ e produtor paraense Jaloo completará 32 anos. Como forma de celebrar e também partilhar essa data festiva com os fãs, ele fará um show em São Paulo a partir das 23h30 no Cine Joia (Praça Carlos Gomes, nº 62- Liberdade- fone 0xx11-3101-6318), com ingressos a R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00 (inteira). A apresentação também tem como objetivo o lançamento oficial do segundo álbum dele, Ft, e trará vários convidados especiais.

Em seu primeiro álbum, #1 (2015), Jaloo se incumbiu de todos os sons registrados. Desta vez, resolveu trazer para a gravação diversos convidados, o que ficou explícito no título deste novo trabalho, Ft, abreviatura para o termo em inglês featuring (com a participação, em tradução livre). Alguns deles marcarão presença neste show em Sampa City.

A talentosa MC Tha, por exemplo, fará um dueto com o dono da festa em Céu Azul, espécie de sambão eletrônico que se tornou um hit instantâneo. Karol Konka (em Dom), Lucas Santtana (em Cira, Regina e Nana) e Lia Clark (em Movimenta) completam as participações mais do que especiais.

O artista será acompanhado por uma banda composta por Milian Dolla (programação eletrônica e bateria), George Costa (percussão) e Michele Cordeiro (guitarra). O espetáculo será dividido em dois atos, trazendo as novas canções e os hits dos trabalhos anteriores (ele também lançou três EPs), como A Cidade, Chuva, Last Dance e Tanto Faz.

Jaime Melo Maciel Júnior nasceu em 6 de setembro de 1987 em Castanhal, Pará, e iniciou a carreira fazendo remixes e mashups de trabalhos alheios. A partir de 2014, mergulhou em composições próprias, nas quais mescla música eletrônica, tecnobrega, música popular brasileira e indie pop com um resultado no qual sua voz doce e melódica faz a diferença. Ele participou do Lollapalooza Brasil 2017 e é presença constante em programas de TV.

Céu Azul– Jaloo ft. MC Tha:

Luiza Casé investe na diversidade sonora em seu álbum Mergulho

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Por Fabian Chacur

A carreira artística de Luiza Casé teve seu primeiro momento de destaque em 2010, quando ela venceu o reality show musical
Geleia do Rock, promovido pelo canal a cabo Multishow. No ano seguinte, estrelou a novela global adolescente Malhação, vivendo o papel de Lorelai. Desde então, essa atriz, cantora e compositora carioca trabalhou bastante em várias frentes, e agora apresenta o seu primeiro álbum, Mergulho, que a Universal Music disponibilizou nas principais plataformas digitais.

O álbum traz como produtores os experientes Arto Lindsay e Thiago Nassif, que deram à artista um apoio que ela avalia como decisivo. “No começo, fiquei ansiosa por trabalhar com eles, principalmente por meu lado compositora, mas eles foram muito generosos comigo, me deram o apoio de que eu precisava”.

Luiza encara o álbum como um trabalho com dois aspectos bem distintos. “Tem a ver com o meu momento atual, pois a sonoridade é bem múltipla, vai do orgânico ao eletrônico, e ao mesmo tempo reflete a minha personalidade musical como um todo”. Essa observação faz sentido pelo fato de ela ser frequentemente associada com o blues, ritmo que ela abraçou durante alguns anos. “O blues se encaixou em mim quando saí do Geleia do Rock; chorei bastante cantando blues nos primeiros shows, pois sentia muito aquelas canções”, relembra.

Atualmente, ela procura ser mais abrangente. “Com o tempo, ampliei os meus horizontes, pois uma só sonoridade não daria conta, o pop tem a flexibilidade de me abrir vários caminhos, como, por exemplo, eu fazer algo hip-hop no futuro, por exemplo; o título do álbum exemplifica bem essa minha intenção, é um mergulho em diversas possibilidades musicais”.

Canções autorais e letras elaboradas

Mergulho traz 10 faixas, sendo 8 escritas só por ela, uma em parceria com Lindsay e outra com Nassif. Além da sonoridade diversificada e pop, o repertório tem como característica o apuro das letras, bem acima da produção média atual no setor. “Sempre gostei de ler, de ver filmes, sempre me envolvi com a literatura e várias expressões de arte, tenho uma intimidade com essas linguagens, e procuro buscar um caminho próprio e original”.

Um bom exemplo dessa sensibilidade criativa é a faixa Jornais, que traz versos como “Não vou ter medo, Eu quero ver mudar, Não vou ter medo, Vou ter que enfrentar os jornais”. Ela explica o que a inspirou:

“Escrevi com a perspectiva de quem lê um jornal; as notícias atuais me chocam muito, eu tinha a tendência de fugir do noticiário, e a letra mostra como tenho me relacionado com isso, como lidar com um projeto de fuga; hoje me sinto apta para olhar para essa realidade e descobrir o que há de importante”.

A faixa título está sendo divulgada com um clipe gravado no parque aquático paulista Thermas Water Park. “Foi um dia bem intenso de gravações, umas cinco horas de trabalho; desci umas 50 vezes aquela toboágua”, relembra.

Minimalismo sustentável

Mergulho sai apenas no formato digital, e Luiza tem uma posição curiosa sobre esse tema. “Sou minimalista sustentável. Por mim, só lançaria digital, mesmo, embora ache legal se houvesse uma tiragem mais reduzida em vinil, acho legal ouvir vinil; Tenho problema com lixo, não coleciono mais nada”.

A ideia da artista carioca é manter a sua versatilidade, ela que é formada em Direito e já atuou como atriz em filmes, teatro e TV e gravou músicas para trilhas de filmes e minisséries televisivas. ” Pretendo continuar fazendo TV. Minha época adolescente não foi muito boa, eu ainda estudava quando fiz Malhação, hoje desfrutaria muito mais”, reflete. “Quando você entende a sua identidade e não foge, vê que um tipo de trabalho se encaixa com outro. É preciso foco em cada trabalho, mas não há limites”.

Luiza Casé já está com dois shows agendados para divulgar o seu álbum de estreia, nos quais será acompanhada por Mikhaila Copello (baixo), Pedro Garcia (bateria) e Felipe Fernandes (guitarra): dia 30 deste mês no Clube Manouche, no Rio, e dia 24 de agosto no Beco 203, em São Paulo, sendo que um terceiro em Belo Horizonte será divulgado em breve. Além das canções de Mergulho, ela também promete uma faixa autoral inédita, Coração na Mão. Ela tem perfis no Instagram, Twitter e Facebook.

Mergulho (clipe)- Luiza Casé:

Paula Santisteban lança seu CD de estreia com show em Sampa

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Por Fabian Chacur

Independente de sua qualidade artística, o álbum de estreia da cantora e compositora Paula Santisteban já nasceu histórico, por ter sido o último produzido pelo saudoso Carlos Eduardo Miranda. Felizmente, este lançamento em belíssima versão física (CD) e também nas plataformas digitais vai além desse fato, com um repertório belíssimo defendido com galhardia por essa ótima artista. Ela faz o show de lançamento em São Paulo neste sábado (9) às 21h no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nª 1.000- Belenzinhop- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

A cantora e compositora terá a seu lado neste show o auxílio luxuoso de uma banda formada por Eduardo Bologna (guitarra e direção musical), Eric Budney (baixo), Daniel de Paula (bateria), Marcos Romera (teclados), Grazi Rodrigues (violino), Irina Kodin (violino), Emerson Di Biaggi (viola), Vana Bock (violoncelo), Nahor Gomes (trompete), Paulinho Malheiros (trombone), Daniel Allain (flauta e sax alto) e Ed Côrtes (sax tenor, sax barítono e clarinete).

Entre as 10 faixas incluídas no álbum, lançado pela Warner Music Brasil, temos cinco composições de Paulo Santisteban em parceria com Eduardo Bolonha, duas só de Bolonha e uma, cada, de Tim Bernardes, Tchello Palma e Fabio Góes.

São canções delicadas, sutis e com um clima interiorizado e urbano, bem ilustrado pelas belas fotos incluídas no encarte do CD que trazem Paula em várias locações na região da icônica Avenida Paulista feitas pelo consagrado fotógrafo Bob Wolfenson. As Janelas da Cidade, Frágil, Meu Silêncio e Estranho são destaques de um trabalho consistente e tocante. Veja o making of aqui.

Além do repertório do álbum, o set list trará, entre outras, releituras personalizadas de Better Be Quiet Now (Elliot Smith), De Tanto Amor (Roberto e Erasmo Carlos) e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo (Lô e Márcio Borges).

As Janelas da Cidade (lyric video)– Paula Santisteban:

Roberta Campos lança o seu 1º DVD com hits, inéditas e covers

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Por Fabian Chacur

Roberta Campos iniciou a sua carreira no mundo da música em 1998. Foram dez anos até o lançamento de seu primeiro CD, Para Aquelas Perguntas Tortas (2008). Desde então, gravou outros três- Varrendo a Lua (2010), Diário de um Dia (2012) e Todo Caminho é Sorte (2015)- e conquistou um público fiel Brasil afora. Só agora ela nos proporciona o seu primeiro DVD, Todo Caminho é Sorte Ao Vivo, lançado pela gravadora Deck. E a explicação que ela dá, durante entrevista para Mondo Pop, sobre essa aparente demora é simples e bastante lógica, levando-se em conta a sua origem mineira (nasceu em Caetanópolis em 29 de dezembro de 1977).

“Esse DVD é uma celebração a meus 20 anos de carreira. Agora, eu já tenho o conteúdo de quatro CDs lançados, acho que faz mais sentido fazer isso (lançar o DVD) nesse momento, pois estou mais madura artisticamente. Procuro realizar uma coisa de cada vez, sem pressa. Esse é um registro muito bonito, sensível, de como é o meu show, e feito no momento exato. Quis fazer algo que mostrasse a minha essência da melhor forma possível, de um jeito simples, mas chique”.

Gravado no Teatro Porto Seguro, em São Paulo, no dia 3 de julho de 2018, o DVD traz Roberta nos vocais, violão e guitarra, acompanhada por Patrícia Ribeiro (violoncelo), Fabio Pinczowski (teclados, percussão, vocais), Fábio Sá (baixo), João Erbetta (guitarra, violão, loop steel) e Loco Sosa (bateria e percussão). O repertório traz 18 faixas, sendo duas inéditas autorais (Todo Dia e Dois Flamingos), um cover inédito (My Love, de Paul McCartney), sete canções do mais recente álbum de estúdio e oito faixas de seus outros três álbuns.

O DVD traz uma única participação especial, a da cantora e compositora Nô Stopa, na faixa Sinal de Fumaça. “De início eu não pensava em ter convidados no DVD, mas logo vi que a Nô se encaixaria muito bem neste projeto, pois a conheci bem no início da minha carreira, quando me mudei para Sâo Paulo (o que ocorreu em 2004). Ela me ajudou muito, fizemos juntos juntas, somos parceiras musicais, inclusive em Sinal de Fumaça“, relata.

Aliás, habitualmente Roberta costuma escrever suas canções sozinha. “Por volta de 90% das minhas músicas eu faço sozinha, aprendi desse jeito, é uma forma de falar comigo mesma”. As canções alheias que grava costumam ter ligações afetivas. “Casinha Branca, do Gilson, eu conheci quando tinha 4 anos de idade, o meu tio a tocava, e me inspirou muito, é a minha música favorita. Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor, do Lô e Márcio Borges, eu conheci na voz do Milton Nascimento e pensava que era de autoria dele. E fiz um pedido de casamento com My Love, do Paul McCartney”. Todas elas estão no DVD.

Uma das marcas da carreira de Roberta Campos é o fato de ter tido o impressionante número de 18 músicas incluídas em trilhas sonoras de novelas. “É uma boa forma de divulgar as minhas músicas, você entra nas casas das pessoas todos os dias, reflete em tudo de forma positiva. Lembro que, quando criança, eu assistia muito novelas, e sonhava em ter um dia músicas minhas em suas trilhas”, comenta. Como dizem por aí, cuidado com o que você deseja…

Roberta é uma das principais expoentes de uma geração cuja sonoridade tem fortes influências da musica folk. “Essa pegada do folk eu sempre tive, ouvi muito o Clube da Esquina (Lô Borges, Milton Nascimento, Beto Guedes etc), comecei a tocar violão aos 11 anos. Também ouvi muito Bob Dylan, Joni Mitchell, Kid Abelha, Paralamas do Sucesso”, relembra.

A carreira desta cantora, compositora e musicista mineira ganhou impulso em plena era da internet, e ela procurou se aproveitar das novas ferramentas surgidas, embora sem deixar de lado os formatos físicos. “Você precisa se adequar ao que está acontecendo. Usei muito o Myspace no meu começo. Essa coisa do ‘faça você mesmo’ ajuda, vejo de forma muito positiva a coisa de internet, pois tem muitas formas de você espalhar a sua música. Penso em lançar EPs digitais, já lancei singles, mas ainda penso no formato álbum e nos formatos físicos, inclusive já lancei dois de meus discos em vinil”.

Ainda sem definir quando terá início a turnê de lançamento de seu DVD no Brasil, Roberta fará em abril shows em Portugal e Cabo Verde. Um novo trabalho de estúdio também já está em seus planos. “Tenho muitas músicas prontas, mas penso em compor outras especialmente para um novo trabalho, algo que ainda não fiz. Acho legal experimentar novas possibilidades. Ela encerra o papo relembrando dos tempos iniciais de sua bem-sucedida trajetória musical.

“Tive de superar muitas dificuldades até gravar meu primeiro CD. A cantora Duda Monteiro gravou uma composição minha, e me possibilitou ter o dinheiro para gravar esse CD, independente, no qual eu fiz até o encarte. Foi difícil, mas nada me impediu de fazer, e depois fui contratada pela Deck”.

Todo Dia– Roberta Campos:

Ritchie relê seus vários hits com requinte em show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

A essa altura dos acontecimentos, pode-se se dizer, sem medo de errar, que Richard David Court é bem mais brasileiro do que inglês. Afinal de contas, o cantor, compositor e músico britânico de 66 anos viveu 46 deles na Terra Brasilis, incorporando à sua personalidade a simpatia e informalidade típicas dos nascidos aqui. Mas ele conserva marcas britânicas como a educação e o refinamento. É dessa forma chique e popular que ele se apresentará nesta sexta (21) às 21h30 em São Paulo no Tupi Or Not Tupi (rua Fidalga, nª 360- Vila Madalena- fone 0xx11-3813-7404), com ingressos a R$ 120,00.

A sofisticação começa não só pelas roupas elegantes vestidas pelo comandante da festa e seus parceiros, mas especialmente pela alta categoria desses músicos que integram a banda de apoio de Ritchie, batizada não por acaso de Black Tie. Integram o timaço os incríveis Mário Manga (cello e guitarra), Fernando Nunes (baixo), Tuco Marcondes (violão de aço), Fabio Tagliaferri (viola de arco) e Kuki Stolarski (bateria), músicos com currículos equivalentes a listas telefônicas.

O repertório fará um verdadeiro voo de coração pelos diversos hits de Ritchie nos anos 1980, sua época de maior popularidade, durante a qual era presença garantida em programas de TV populares. Com versões mais acústicas e requintadas, hits como Menina Veneno, Voo de Coração, Casanova, Pelo Interfone e Transas estão garantidos. Tomara que rolem também algumas das faixas do recente álbum Old Friends- The Songs Of Paul Simon (2016), no qual o cantor releu ao lado da Black Tie clássicos do grande Paul Simon com muita categoria.

Old Friends- Songs Of Paul Simon (ouça em streaming):

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