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Lô Borges canta em SP para a festa de 45 anos de estrada

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Por Fabian Chacur

Este ano marca a celebração de belas datas redondas na trajetória de Lô Borges. O cantor, compositor e músico mineiro comemora 65 anos de vida e 45 anos de carreira. Para partilhar esse momento de festa com seu público paulistano, ele toca na cidade neste sábado (1º/7) às 21h e domingo (2/7) às 18h no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº 1.000- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

Tudo começou oficialmente em 1972 com aqueles dois discos históricos, respectivamente Clube da Esquina, gravado em parceria com o amigo de fé, irmão, camarada Milton Nascimento, e Lô Borges, o mundialmente conhecido como o “Disco do Tênis”. Aquele moleque de 20 anos mostrava logo de cara que não estava entrando naquela profissão para marcar bobeira ou enganar os tontos. As belas canções, as melodias deliciosas e as misturas bacanas já estavam lá.

Desde então, o sujeito amadureceu ainda mais, proporcionando aos fãs de boa música maravilhas do alto gabarito de Clube da Esquina nº 2, Paisagem da Janela, O Trem Azul, Tudo Que Você Podia Ser e Para Lennon e McCartney, só para citar algumas. Suas canções foram gravadas por unanimidades como Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Beto Guedes, 14 Bis e muito, mas muito mais gente mesmo.

De quebra, ele sempre se mostrou aberto a novas parcerias, e fez projetos e escreveu canções com Samuel Rosa, Nando Reis, Arnaldo Antunes e Tom Zé, por exemplo. Neste show, intitulado Paisagem da Janela- Uma Retrospectiva da Carreira-45 Anos, parte do projeto Estação Brasileiro, ele será acompanhado por Henrique Matheus (guitarra), Telo Borges (teclados), Robinson Mattos (bateria) e Renato Valente (baixo), além dele próprio nos vocais e guitarra. Festa da boa!

Clube da Esquina nº2- Lô Borges:

Odair José mostra músicas de seu novo álbum em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Odair José vive nos últimos anos uma fase das melhores. Após lançar o elogiado Dia 16 (2015), ele não demorou muito para nos oferecer um sucessos à altura. Trata-se de Gatos e Ratos (cuja capa ilustra esse post), outro petardo com forte tempero rocker (leia a resenha de Mondo Pop aqui). Ele mostra o novo repertório em show em São Paulo nesta sexta (3) a partir das 23h no Cine Joia (praça Carlos Gomes, nº 82- Liberdade- fone 0xx11-3101-1305), com ingressos a R$ 50,00 (meia) e R$ 25,00(meia). A abertura fica por conta de Pélico.

O cantor, compositor e músico goiano estourou na década de 1970 graças a canções diretas e contagiantes como Cadê Você, Eu Vou Tirar Você Desse Lugar, Eu, Você e a Praça e inúmeras outras. Em 1977, gravou o ousado O Filho de José e Maria, ópera-rock que não foi muito bem compreendida na época, mas que com o decorrer dos anos virou um trabalho extremamente cult e elogiado. Ele também teve o apoio de Caetano Veloso, com quem cantou em dupla no festival Phono 73 a música Eu Vou Tirar Você Desse Lugar.

Rotulado como brega e popularesco de forma injusta, começou a ser devidamente reconhecido a partir do finalzinho da década de 1980. Desde então, já mereceu até disco-tributo por parte de artistas de várias gerações do pop-rock brasileiro, e passou a investir em sua vertente roqueira com mais liberdade e inspiração. Seu show será aberto pelo paulistano Pélico, na estrada há mais de dez anos e atualmente divulgando seu mais recente CD, Euforia (2015).

Gatos e Ratos- Odair José (CD em streaming):

Emanuelle Araújo celebra em novo clipe Iemanjá e a Bahia

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Por Fabian Chacur

Dia 2 de fevereiro é a data reservada para celebrar Iemanjá, um dos orixás mais cultuados por candomblé e umbanda e considerada por seus seguidores como a rainha do mar. Como forma de homenageá-la, a cantora Emanuelle Araújo lançou nesta quinta-feira (2) o seu novo clipe, que ilustra a canção Céu Azul, de autoria de Marcio Mello e parte integrante de seu primeiro álbum solo, O Problema é a Velocidade (2016), lançado pela gravadora Deck.

O clipe foi gravado na praia de Moreré (BA), com direção a cargo de Felipe Flores, e ilustra de forma muito intensa a hipnótica canção, que encerra o elogiado álbum da cantora soteropolitana nascida em 21 de julho de 1976. Ela explica o porque fez o lançamento nesta data:

“Filmei esse clipe no ano passado e estava esperando o momento certo para lançá-lo. Tenho uma relação forte com Iemanjá, como boa baiana, e achei que realmente o 2 de fevereiro era um bom momento. Eu estava esperando uma hora que fosse oportuna, que tivesse uma energia que eu acho que a música tem e que o clipe tem também”.

Emanuelle começou a ficar conhecida do grande público em 1999, quando substituiu Ivete Sangalo na Banda Eva, na qual ficou até 2002. Depois, integrou o trio Moinho ao lado do guitarrista Toni Costa e da percussionista Lan Lan, com quem lançou três CDs. Ela também atua com destaque como atriz, e trabalhou em filmes como Ó Paí Ó e novelas como Pé Na Jaca, A Favorita, Três Irmãs e Malhação.

Céu Azul– Emanuelle Araújo:

Fagner canta os seus grandes sucessos em show único no RJ

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Por Fabian Chacur

Em um meio conhecido por devorar nomes e mais nomes, comemorar mais de 40 anos de estrada não é para qualquer um. Ainda mais se o artista em questão consegue se manter relevante e capaz de atrair grandes plateias a suas apresentações. Esse é o caso de Raimundo Fagner, que dá uma geral em seus hits em show único no Rio nesta sexta-feira (18) às 21h no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160 Shopping VillageMall- Barra da Tijuca- fone 0xx21-3431-0100), com ingressos de R$ 50,00 a R$ 200,00.

Este talentoso cantor, compositor e músico cearense tornou-se conhecido do grande público a partir da década de 1970. Com um vozeirão de timbre peculiar, ele aos poucos foi cativando um fã-clube fiel graças a uma mistura potente de rock, folk e música nordestina com direito a muita paixão e poesia. A partir do estouro de Revelação, lá pelos idos de 1979, abriu de vez as portas para a grande mídia, tornando-se figura fácil em trilhas de novela.

Nos anos 1980 e 1990, consolidou-se de vez como artista popular, conseguindo conciliar um repertório assumidamente romântico com qualidade estética. Dessa forma, tornou-se um dos artistas mais populares do país, sempre presente nas programações de rádio.

Franco e direto, Fagner sempre chamou a atenção pela personalidade forte, dotado de uma inteligência rara. Em seu novo show, ele viaja nessas décadas de carreira, incluindo maravilhas do porte de Mucuripe, Revelação, Borbulhas de Amor e Fanatismo, só para citar algumas.

Revelação (ao vivo)- Fagner:

Marcelo Archetti e a parceria digital com a Universal Music

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Por Fabian Chacur

Com 25 anos de idade e natural de Pato Branco (PR), Marcelo Archetti acaba de inaugurar uma parceria com a Universal Music com o lançamento do single digital Sei Lá. O cantor, compositor e músico teve passagem de destaque na 4ª edição do programa The Voice Brasil. Com sua mistura de rock, pop e MPB, ele surge como uma das boas promessas da música brasileira atual. Leia entrevista feita por Mondo Pop via e-mail com Archetti.

MONDO POP- O que te levou a relançar o single Sei Lá, que já havia sido lançada em 2015? Sentiu que a canção tinha potencial para uma divulgação maior, ou poderia mesmo ser um bom cartão de apresentação nessa sua nova parceria com a Universal Music?
MARCELO ARCHETTI
– Sua pergunta já explicou toda a minha resposta. Foram exatamente esses dois fatores que me levaram a relançar Sei Lá. Primeiro, porque ela funcionou bem num micro espaço onde eu já divulgava minhas músicas: na minha região, na cidade onde nasci, Pato Branco, no Paraná e também em todo o estado do Paraná e na região sul do país.Senti que faltava um pouco mais de divulgação no resto do Brasil para que ela conseguisse alcançar mais publico. A música ainda não havia sido apresentada para o grande publico e ela, como você falou, é um ótimo cartão de visita: Por ela ser alegre, fácil de se conectar com as pessoas, letra fácil, e um apelo brincalhão.

MONDO POP- Você integrou duas bandas (Stereotapes e Clappers) antes de optar pela carreira-solo. Fale um pouco de como foram essas duas experiências, e o que te levou a seguir carreira individual.
MARCELO ARCHETTI
– Sim, participei de duas bandas que foram basicamente a mesma banda, só que uma em Pato Branco, onde comecei minha carreira musical, e a outra em Curitiba. Mudamos apenas um integrante: Em Pato Branco, tinha um baixista e em Curitiba, outro. Foram experiências ótimas, mas para mim a dinâmica entre ter uma banda e ter uma carreira solo é bastante diferente porque lá existe uma divisão de tarefas muito maior, e também muitas facilidades de você se lançar como uma banda. Não é o seu nome que está em jogo. Por mais que você seja o front man, todo mundo ali é protagonista. Então, existe uma diferença muito grande nesse sentido, inclusive para fazer show.

MONDO POP- Então, partir para a carreira-solo tinha mais a ver com o seu projeto musical?
MARCELO ARCHETTI
– Quando se tem uma carreira-solo e você opta por músicas produzidas que tenham bateria, baixo e guitarra, você acaba tendo que montar uma estrutura de show para te acompanhar. A dinâmica entre as duas experiências é bastante diferente. Optei pela carreira-solo principalmente pela liberdade de poder fazer o trabalho da forma como eu gostaria, como eu idealizava, e de poder moldar as musicas para a melhor forma de cantar. Com a banda, você acaba se tornando um pouco refém do estilo de cada um dos integrantes. Lá, sentia que estava começando a desgastar a minha voz, a fazer coisas que eu sentia que não eram minha identidade. Pensei: poxa, tenho meu estilo muito mais bem definido para estar numa banda. Então, optei em seguir carreira-solo para trazer um universo Marcelo Archetti para as pessoas.

MONDO POP- O clipe de Sei Lá é bastante criativo e simples, ao mesmo tempo. Como surgiu a ideia de homenagear com ele o Dia do Sorriso e como foram arregimentadas todas as pessoas que participaram dele? Quanto tempo demorou para serem captadas todas essas imagens e para finalizar o vídeo?
MARCELO ARCHETTI
– Essa ideia surgiu por acaso, numa produtora de Curitiba chamada Arquiteto e Cinema. O pessoal da Arquiteto tinha dois vídeos para teste e um deles era intitulado “Familiares”. Todos eles estavam sérios. Tinha outro vídeo que todos sorriam e isso provocava outra reação em quem assistia. Quando vi esses vídeos pensei logo: Poxa, que ótima ideia! E se aproveitássemos as duas no mesmo clipe?”. A Sei Lá tem uma virada, tem uma parte que entra a bateria, o baixo, depois um solo de piano em que muda mais ainda o humor dela dentro da própria música. O pessoal da produtora se apaixonou pela ideia. Na época, a faixa de trabalho não seria essa, mas eles me propuseram a gravar esse clipe e foi tudo muito rápido e divertido. Fizemos tudo em quatro dias (concepção, edição, chamar voluntários, amigos e familiares, músicos etc) e começamos a divulgar na internet. Passamos dois dias incríveis captando risos, e acho que isso ficou impresso no clipe.

MONDO POP- Você lançou três EPs solo, e agora está lançando um single. Como encara atualmente a forma de se lançar música? Pensa em lançar um álbum no formato tradicional? Esses EPs saíram de forma independente? Você tem algum lançamento em formato físico? Pretende explorar esse rumo também (CDs, LPs etc)?
MARCELO ARCHETTI
– Como costumo falar nas entrevistas, é um caminho sem volta hoje em dia. Porque facilitou muito o acesso das pessoas, você não ter mais a obrigação de carregar um CD, vinil ou fita para ouvir um trabalho. Acho que o lançamento digital tem um alcance muito grande. A internet é muito democrática, então favorece todo o artista que tenha um material de qualidade, que tenha uma carreira na música, que possa postar coisas e o publico receber, como antes não podia. Acho muito interessante priorizar esse tipo de lançamento. A grande questão, ao meu ver, é saber trabalhar: Ao mesmo tempo que todo mundo posta, também a concorrência é grande. Tenho planos, sim de fazer um lançamento físico no futuro. Também quero sentir como é comprar um CD, ter na sua casa uma capa, uma arte. Preocupo-me muito com a capa. Acho que é uma apresentação muito bonita e gostaria de sentir isso, mas é um plano lá pra frente. O foco agora é o digital. Coloquei uns trabalhos na internet. Tenho outras músicas prontas.

MONDO POP- Você gravou um EP em inglês e dois em português, com produtores diferentes. Existe uma diferença nas duas abordagens, em termos musicais? O que te levou a fazer essa escolha?
MARCELO ARCHETTI-
Existe, sim, uma diferença: a própria forma de compor em inglês é diferente de se compor em português, bem como a forma de se expressar cantando. E a opção por dois profissionais acontece por eu gostar muito de me reinventar. Às vezes, corro riscos por ter medo de parecer obvio ou de não conseguir me transformar ao longo da minha carreira. Apesar de estar só começando, acho legal me impor esse desafio de querer me reinventar musicalmente.

MONDO POP- Fale um pouco sobre como foi trabalhar com Alexy Viegas e com Maycon Ananias.
MARCELO ARCHETTI
– Para o EP em inglês, contei com o produtor Alex Viegas. Ele trabalhou com bandas bem legais, mais atuais, mais pop. E ele trouxe um “quê” mais comercial, muito interessante para essas músicas. Para o EP em português, contei com o Michel Ananias, que é um baita produtor. Ele trabalhou com Tiago Iorc e Maria Gadú, e tem outra abordagem completamente diferente, mais refinada, mais elegante. Claro que os dois discos, apesar da abordagem diferente, tem o fio condutor que é a minha voz, a minha forma de cantar e compor.

MONDO POP- Quais são as suas principais influências em termos musicais, e como você define, de forma geral, o som que faz?
MARCELO ARCHETTI
– O meu som passeia por alguns estilos como pop-rock, MPB, folk, e existe até um pouco de pitadas indie. Gosto bastante de acompanhar as bandas atuais. Minhas grandes referências são as bandas britânicas, principalmente da década de 1960, porque acho que elas têm um refinamento, uma elegância muito grande na forma de composição, na forma de cantar, nos arranjos. Sinto que ainda existe um pouco de espaço para fazer isso no Brasil. Misturar isso com a brasilidade. Procuro fazer isso nos meus trabalhos. Como referências específicas: o grande compositor, que mais admiro na musica pop, é o Paul McCartney. Pra mim, ele é uma lenda viva. Eric Clapton também me inspira bastante. Noel Gallagher, ex-Oasis. Aqui no Brasil: Caetano Veloso, Chico Buarque, Los Hermanos, Skank…São minhas influencias

MONDO POP- Como foi participar do The Voice Brasil?
MARCELO ARCHETTI-
A experiência foi fantástica do inicio ao fim. Todo esse processo de participar, de enviar material, de ser chamado até conseguir cantar, mesmo, trouxe um enorme aprendizado para a minha carreira. Foram lições diárias de como se tornar um artista melhor. Porque ali você está em contato com músicos do Brasil inteiro, de diversas áreas musicais, de estilos diferentes, e conhece produtores que fazem a música de hoje e ouvir deles o que você tem de bom, de ruim, o que pode melhorar… Todo esse processo foi de grande valia para mim. Procuro não me ater ao fato de ter ficado pouco tempo no programa, porque eu acho que não é isso que iria definir se eu fui bem ou mal. Foi ótimo para as pessoas me conhecerem, se identificarem com o meu estilo; E abriu portas para que eu tocasse minha carreira a partir de agora com as músicas autorais.

MONDO POP- Fale sobre seus próximos projetos. Pretende divulgar sua música com shows? Tem uma banda de apoio formada?
MARCELO ARCHETTI-
Os próximos passos são, primeiro, continuar trabalhando muito forte na divulgação das minhas músicas. Acabei de lançar o EP. Estou muito feliz com tudo que está acontecendo. Na sequência, partirei para a rotina de shows, e também continuar gravando novos materiais. Já tenho nove músicas prontas para serem trabalhadas, e com certeza teremos lançamentos no futuro. Enfim, munir as pessoas com novas músicas através da internet ou shows.

Veja o clipe de Sei Lá, com Marcelo Archetti:

Hyldon lançará o seu novo CD só de inéditas em novembro

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Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs da soul music à moda brasileira. Está previsto para sair em novembro, ou seja, no próximo mês, o novo trabalho do cantor, compositor e músico Hyldon. O título já está definido, As Coisas Simples do Mundo, assim como a gravadora, a Deck. A capa e o trabalho gráfico do CD ficaram por conta com designer Flavio Albino e do fotógrafo Daryan Dornelles.

Gravado em estúdio com a banda que o acompanha em shows, o disco traz dez composições de autoria do artista, sendo todas as letras escritas por ele e algumas melodias assinadas por Cris Delano, Alex Moreira, Luiz Otávio e Alex Malheiros. Hyldon adianta que as músicas tem como tema família, amizade, memórias afetivas e paixões, e que será um prazer sair para uma turnê com os mesmos músicos que gravaram com ele este álbum.

Com mais de 40 anos de estrada, Hyldon é conhecido como um dos mestres da soul music tupiniquim, ao lado de Tim Maia, Cassiano e Claudio Zoli. Em seu repertório, temos canções sublimes do porte de Na Rua Na Chuva Na Fazenda (Casinha de Sapê), As Dores do Mundo e Na Sombra de Uma Árvore, todas de 1976. Sempre na ativa, continua lançando novos trabalhos e feito shows pelos quatro cantos do país.

Ouça o CD Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda, do Hyldon, na íntegra:

Vanessa da Mata faz um show minimalista no Rio de Janeiro

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Por Fabian Chacur

No início de sua carreira, há 15 anos, Vanessa da Mata fazia shows com apenas dois violões. O sucesso a impulsionou a montar banda, a forma mais adequada de se encarar os grandes públicos que atrai em suas apresentações. Como forma de retornar um pouco às suas origens, ela realiza nesta sexta (21) às 21h no Rio o show Delicadeza, no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160 do Shopping Village Mall- fone 0xx21-3431-0100), com ingressos custando de R$ 60,00 a R$ 220,00.

Na verdade, a estrutura do show terá características adaptadas, em relação ao que era antes. Ao invés dos dois violões, teremos Danilo Andrade no piano e Maurício Pacheco se alternando entre guitarra e violão. Com esta formação minimalista, serão apresentadas versões despidas dos arranjos apresentados na bem-sucedida turnê que divulga o mais recente álbum da cantora e compositora, o ótimo Segue o Som.

Nesses seus 15 anos de carreira, Vanessa da Mata se firmou como uma artista pop por excelência, embora frequentemente seja encaixada na sigla “nova MPB”, seja lá o que for isso. Sua mistura de reggae, pop, soul, dance music, ritmos brasileiros e até jazz gerou uma sonoridade gostosa de se ouvir e dançar. Além das músicas de Segue o Som e de seus sucessos, Vanessa também interpretará obras de Tom Jobim, Marcelo Camelo, Lô Borges, Gonzaguinha e Renato Russo.

Segue o Som– Vanessa da Mata:

Banda Mamelungos esbanja o swing próprio em novo CD

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Por Fabian Chacur

O pop pernambucano continua se renovando e mostrando novos valores e rumos musicais. Uma das bandas mais bacanas de lá acaba de lançar o seu novo álbum. Trata-se da Mamelungos, que surgiu em 2009 e já nos tinha proporcionado anteriormente um trabalho autointitulado. Esse é o Nosso Mundo, o 2º, acaba de sair. E nada melhor do que conferir o som do quarteto e chegar à conclusão de que temos aqui música pop da melhor qualidade, consistente e boa de se ouvir.

Integram atualmente a banda Thiago Hoover, Peu Lima, Luccas Maia e Weré Lima, que são cantores, compositores e músicos, alternando-se em vocalizações e instrumentos diversos. Em seu segundo CD, eles contam com várias participações ilustres: Marcelo Jeneci, Vanessa Oliveira, Flaira Ferro, Sofia Freire e Lula Queiroga. A produção ficou a cargo do experiente China (ex-integrante do grupo Sheik Tosado).

O som dos Mamelungos equivale a um verdadeiro caleidoscópio musical, com várias cores sonoras. O clima é swingado, viajante e mestiço, injetando em uma base pop elementos de rock, pop, reggae, ska, psicodelismo e música brasileira em geral. As vocalizações são sempre muito legais, enquanto o acompanhamento instrumental é delicado, sutil, criativo e extremamente bem concatenado.

As onze faixas autorais e inéditas nos remetem a vários estados emocionais e mentais, sempre por um viés positivo. Música viajante, sim, mas sem ser “viajandona”. La Lune, Coisa Melhor, Gira Só, Buenos Aires e Xícaras Cheias são destaques de um trabalho incrivelmente bom de se ouvir, certamente fruto de muitos ensaios e conversas musicais entre seus integrantes. E a capa do CD é belíssima, invólucro perfeito para um conteúdo especial e espacial. Recomendo sem contraindicações.

Ouça Esse é o Nosso Mundo, dos Mamelungos, em streaming:

Dupla MadHouse lança o seu novo single, Falling; ouça já

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Por Fabian Chacur

O lançamento de faixas na internet pela via digital está virando uma espécie de padrão para a maioria dos artistas, como forma de divulgação rápida e abrangente de suas novas canções. Isso vale tanto para veteranos como para quem está na fase inicial da carreira. O duo MadHouse não foge dessa regra, e está lançando o seu segundo single, Falling, disponível em todas as plataformas digitais. Ouça aqui.

A MadHouse iniciou sua carreira em 2006 inicialmente como um sexteto. Em 2009, no entanto, quatro integrantes se foram, e Lio Junior e Thiago Casarejos resolveram seguir em frente como um duo, concentrando todos os setores de criação em torno de si. Seu primeiro single, Vendetta, uma espécie de rock com pegada dançante, ganhou um clipe vistoso e que conseguiu boa repercussão. O objetivo deles é basicamente fazer “música gostosa de se ouvir”.

Apostando em uma mistura de influências como blues, rock, jazz, country e pop, a MadHouse define seu novo single, Falling, como uma balada com influências de country rock. Escrita por Lio Junior, a música foi gravada com direção musical de Marcelo Elias e produção de Thiago Rabello. A composição rolou durante uma temporada da dupla em Ibiza.

Vendetta (clipe)- MadHouse:

Anavitória mescla sonoridade suave e sutileza em seu álbum

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Por Fabian Chacur

Duas jovens garotas de Tocantins estão fazendo atualmente o maior furor no meio musical. Com mais de 16.3 milhões de visualizações em seu canal no Yutube e várias músicas fazendo bela carreira nos canais de streaming, essa dupla, que atende pelo nome de Anavitória (assim mesmo, tudo junto), está lançando seu primeiro álbum, autointitulado, com direito a versões física e digital e distribuição a cargo da Universal Music.

Simpáticas, as garotas afirmam se conhecer “desde sempre”, na cidade de Araguaína (TO). Mas o envolvimento musical demorou um bocadinho mais. Ana Caetano, de 21 anos, criou um canal de composições no Youtube, e não demorou para que a amiga Vitória Falcão, de 20 anos, virasse a sua parceira em 2013, para cantarem juntos aquelas e também eventuais canções alheias. Uma dessas de outros autores, Um Dia Após o Outro, de Tiago Iorc, iria dar o maior pé.

“A gravação chegou ao Tiago via Felipe Simas, empresário dele, e os dois não só gostaram como também nos convidaram para gravarmos um EP com a produção do Tiago”, relembram. Esse EP digital ajudou a impulsionar o duo. As cantorias ocorriam via internet e nas férias das duas, pois Vitória estava estudando teatro em São Paulo, enquanto Ana cursava medicina em Araguari (MG). Mas a paixão musical quebrou essas distâncias e as uniu de vez.

Através do processo de financiamento coletivo (crowdfunding), a dupla conseguiu viabilizar a gravação de seu primeiro álbum, com produção de Tiago Iorc, que de quebra participou da faixa Trevo, tocou vários instrumentos e também é coautor de três das dez composições inéditas do trabalho. O trabalho já estava finalizado quando o produtor Paul Ralphes, da Universal Music, conheceu a dupla e as convidou para lançar o álbum pela multinacional.

A parceria com Iorc, um dos artistas mais cultuados no cenário pop brasileiro, foi das mais importantes. “Ele nos orientou muito, produziu o disco junto conosco, e além disso nós gostamos muito do som dele”, comenta Vitória. Além das músicas inéditas, o disco (disponível nos formatos físico e digital) traz a releitura de Tocando Em Frente (Renato Teixeira e Almir Sater), hit com Maria Bethânia. “É uma referência ao pop rural, e procuramos fazer uma releitura fugindo da mesmice, imprimindo a nossa verdade nela”, afirma Ana.

Vitória explica as características peculiares do trabalho da dupla. “A Ana compõe de uma forma muito pessoal, fala de amor. Tudo foi uma chamada, espalhar o amor, música que faça as pessoas sorrirem, de luz, de coisas positivas. Temos influência de folk, mas ouvimos de tudo, é legal a música passar por vários caminhos”. No momento, as garotas estão em plena turnê de divulgação de seu primeiro álbum.

Singular– Anavitória:

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