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Tag: pop rock brasil

Banda Sbloom mostra swing e simplicidade boa em singles

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Por Fabian Chacur

No atual cenário musical, há inúmeros artistas e grupos tentando mostrar sonoridades inventivas, criativas e fora dos padrões habituais. Nada contra, e alguns deles estão conseguindo bons resultados. No entanto, também é legal conferir trabalhos cujo objetivo básico é bem mais simples, porém difícil de se conseguir: entreter e cativar as pessoas com sonoridades familiares e boas de se ouvir. A coesa e competente banda carioca Sbloom se encaixa feito luva na segunda opção.

Kako Moreno (vocal), Lóck Bass (baixo) e Heider Aché (bateria) são amigos com quase três décadas de estrada na área musical, e já atuaram juntos em diversos trabalhos anteriores. No entanto, só agora conseguiram arrumar um tempinho para investir em um projeto autoral, no qual misturam rock, reggae e pop, com direito a um som melódico, bom de se ouvir e de simplicidade elogiável, sem cair no banal ou derivativo demais.

O trio carioca já postou três clipes no Youtube e nas plataformas digitais. O primeiro foi Notícias (ouça aqui), uma balada rock com letra de teor social. Conduzido por violão, o vocalista Kako fala sobre o clima pesado dos tempos atuais, e reflete o desejo de não ouvir mais notícias ruins ou coisas ligadas à violência e à maldade humana.

Ãgua na Boca equivale a um pop rock com pegada swingada, com direito a uma bela garota no clipe. Completa a trinca de canções o delicioso reggae Sou Feliz e Adeus (veja o clipe aqui), que traz como mote uma desilusão amorosa que você tenta superar de forma o mais positiva possível. Essas duas tiveram seus clipes registrados em São Paulo, com direção artística de Alexandre Arez e produção artística de João Robero. Eles prometem novidades para 2019.

Água na Boca (clipe)- Sbloom:

Manaia aposta na mistura de estilos na sua carreira musical

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Por Fabian Chacur

A base é o pop rock, mas o universo sonoro pelo qual a cantora e compositora carioca Manaia se interessa é um verdadeiro balaio de gatos. “Escuto de tudo, desde pop bem chiclete a coisas bem diferentes, de tudo mesmo, como rock, heavy metal, sertanejo, pop”, explica. Ela acaba de lançar o clipe de Baby, música que deu início ao processo que deve gerar o seu primeiro álbum, com previsão de ser lançado em 2019.

Baby é uma balada rock poderosa, que é interpretada com vigor por uma cantora de voz potente e bem treinada. A canção tem forte ligação com o momento pelo qual a artista passou recentemente, deixando de lado trabalhos mais convencionais para assumir de vez sua faceta artística, vencendo dessa forma barreiras que surgiram à sua frente.

“Trabalhei com arquitetura e engenharia, formei-me nessa área, mas queria mesmo era me dedicar à música. Meu pai me deixou fazer um curso de verão de dois meses na Berklee School Of Music, e aí ficou claro qual seria o meu rumo. Baby tem a ver com esse momento, esse grito de liberdade, saí do escritório para fazer música”, explica.

Na verdade, a paixão musical de Manaia vem de sua infância. “Comecei a aprender piano aos seis anos de idade; via musicais com os meus pais, chegava em casa e tirava as músicas de ouvido. Minha ligação com a música é muito grande, fala comigo, toca a minha alma, é tudo para mim; vejo cores nas músicas, tenho uma conexão muito forte”.

Em 2015, ela lançou um EP digital pelo selo MZA Music com as músicas Birdy Bird, A Maçã e a Serpente (releitura de hit de Odair José com direito a solo de guitarra de Andreas Kisses, do Sepultura) e Voodoo. “Na época, eu ainda estava no começo, estava me encontrando, buscando as pessoas certas, me ajudou muito a descobrir o meu caminho”.

Além de Baby, Manaia está lançando uma nova música, Medo, cujo clipe estará disponível em novembro. “Embora seja um rock, Medo foi feita por mim quando estava ouvindo muito música sertaneja”. Ela não segue uma linha rígida para compor. “Componho de várias formas, pode ser uma batida, uma melodia, letra, sou uma compositora compulsiva; a inspiração vem de várias formas, ligadas àquilo que eu vivo, que eu faço”.

Além de suas próprias canções, ela também interpreta ao vivo músicas de artistas dos quais gosta, entre os quais Foo Fighters, Lorde, Caetano Veloso e Tom Jobim. “Procuro não fazer igual, mexo um pouquinho, são sempre releituras, mesmo, nada de covers”, ressalta. Selecionar o repertório do primeiro álbum certamente será um processo trabalhoso, pois ela afirma ter mais de 300 composições próprias no acervo.

Baby (clipe)- Manaia:

Nila Branco nos delicia com as suas canções folk-pop-rock

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Por Fabian Chacur

Há 20 anos, a cantora mineira radicada em Goiânia (GO) Nila Branco lançava o seu autointitulado primeiro álbum. Manteve-se na ativa em tempo integral até 2006, quando problemas particulares a fizeram levar a carreira de forma um pouco mais espaçada, embora não a abandonasse. De uns anos para cá, no entanto, ela retomou o foco total na música, e vai batalhando para retomar a atenção do público. Se depender da qualidade artística de seu novo CD, Azul Anil, conseguirá seu intento sem dificuldades.

Com uma voz deliciosa de timbre grave que tem afinidades com a de Zélia Duncan, Nila conseguiu emplacar músicas em trilhas de novelas da Globo, SBT e Record. No seu currículo, constam seis CDs (incluindo o novo) e três DVDs. Ela compõe, mas abre generosos espaços para outros compositores, e investe em uma sonoridade que mistura rock, folk, country e MPB com direito a melodias bacanas e letras românticas sem cair na banalidade ou redundância de viés comercial.

Azul Anil inclui 11 canções, sendo apenas uma (Com Açúcar, Sem Engano) assinada por ela, em parceria com Marcelo Dinelza. Temos faixas escolhidas a dedo escritas por compositores como Roberta Campos, Karine Bizinoto, Samuel Fujimoto, Beto Marcio, Maura Matiuzzi, Dulce Abreu e Marcelo Dalla, entre outros. Como toda boa intérprete, Nila incorpora cada letra e melodia como se fossem suas, tornando-se uma coautora espiritual delas.

Ouvir este trabalho é um exercício de puro prazer. Se não oferece inovações ou ousadias ao seu ouvinte, a cantora proporciona algo muito melhor, que é a garantia de prazer em cada momento. Acompanhada por excelentes músicos, que dão a ela uma moldura sonora simples e bem consistente, Nila mergulha com fé nas idas e vindas do amor com interpretações que nunca se perdem em exageros ou inconsistências. Um banho de sensibilidade e bom gosto pop.

Não faltam momentos bacanas em Azul Anil. Com Açúcar Sem Engano, Eu Não Sei Mais Ficar Só , Jardim da Vida e Eu Te Amo mereciam se tornar hits massivos, pois cativam os ouvidos de forma quase que instantânea. Como faixa “diferente”, digamos assim, destaca-se Cuidado, com uma interpretação meio falada mezzo rap-mezzo dylaniana com uma letra forte e filosófica com bons conselhos embutidos.

Em um momento no qual o mainstream pop aposta em muita apelação e pouca consistência artística, Nila Branco prefere seguir os conselhos do mestre Paul McCartney, que em 1976 perguntava o que havia de errado em investir em “silly love songs”, que de tolas não tinham rigorosamente nada. Eis exatamente o que essa ótima artista mineiro/goiana nos proporciona. Como reclamar? Prefiro ouvir essa dose intensa de simples beleza musical e me deliciar mais uma vez.

Jardim da Vida– Nila Branco:

Marcelo Archetti e a parceria digital com a Universal Music

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Por Fabian Chacur

Com 25 anos de idade e natural de Pato Branco (PR), Marcelo Archetti acaba de inaugurar uma parceria com a Universal Music com o lançamento do single digital Sei Lá. O cantor, compositor e músico teve passagem de destaque na 4ª edição do programa The Voice Brasil. Com sua mistura de rock, pop e MPB, ele surge como uma das boas promessas da música brasileira atual. Leia entrevista feita por Mondo Pop via e-mail com Archetti.

MONDO POP- O que te levou a relançar o single Sei Lá, que já havia sido lançada em 2015? Sentiu que a canção tinha potencial para uma divulgação maior, ou poderia mesmo ser um bom cartão de apresentação nessa sua nova parceria com a Universal Music?
MARCELO ARCHETTI
– Sua pergunta já explicou toda a minha resposta. Foram exatamente esses dois fatores que me levaram a relançar Sei Lá. Primeiro, porque ela funcionou bem num micro espaço onde eu já divulgava minhas músicas: na minha região, na cidade onde nasci, Pato Branco, no Paraná e também em todo o estado do Paraná e na região sul do país.Senti que faltava um pouco mais de divulgação no resto do Brasil para que ela conseguisse alcançar mais publico. A música ainda não havia sido apresentada para o grande publico e ela, como você falou, é um ótimo cartão de visita: Por ela ser alegre, fácil de se conectar com as pessoas, letra fácil, e um apelo brincalhão.

MONDO POP- Você integrou duas bandas (Stereotapes e Clappers) antes de optar pela carreira-solo. Fale um pouco de como foram essas duas experiências, e o que te levou a seguir carreira individual.
MARCELO ARCHETTI
– Sim, participei de duas bandas que foram basicamente a mesma banda, só que uma em Pato Branco, onde comecei minha carreira musical, e a outra em Curitiba. Mudamos apenas um integrante: Em Pato Branco, tinha um baixista e em Curitiba, outro. Foram experiências ótimas, mas para mim a dinâmica entre ter uma banda e ter uma carreira solo é bastante diferente porque lá existe uma divisão de tarefas muito maior, e também muitas facilidades de você se lançar como uma banda. Não é o seu nome que está em jogo. Por mais que você seja o front man, todo mundo ali é protagonista. Então, existe uma diferença muito grande nesse sentido, inclusive para fazer show.

MONDO POP- Então, partir para a carreira-solo tinha mais a ver com o seu projeto musical?
MARCELO ARCHETTI
– Quando se tem uma carreira-solo e você opta por músicas produzidas que tenham bateria, baixo e guitarra, você acaba tendo que montar uma estrutura de show para te acompanhar. A dinâmica entre as duas experiências é bastante diferente. Optei pela carreira-solo principalmente pela liberdade de poder fazer o trabalho da forma como eu gostaria, como eu idealizava, e de poder moldar as musicas para a melhor forma de cantar. Com a banda, você acaba se tornando um pouco refém do estilo de cada um dos integrantes. Lá, sentia que estava começando a desgastar a minha voz, a fazer coisas que eu sentia que não eram minha identidade. Pensei: poxa, tenho meu estilo muito mais bem definido para estar numa banda. Então, optei em seguir carreira-solo para trazer um universo Marcelo Archetti para as pessoas.

MONDO POP- O clipe de Sei Lá é bastante criativo e simples, ao mesmo tempo. Como surgiu a ideia de homenagear com ele o Dia do Sorriso e como foram arregimentadas todas as pessoas que participaram dele? Quanto tempo demorou para serem captadas todas essas imagens e para finalizar o vídeo?
MARCELO ARCHETTI
– Essa ideia surgiu por acaso, numa produtora de Curitiba chamada Arquiteto e Cinema. O pessoal da Arquiteto tinha dois vídeos para teste e um deles era intitulado “Familiares”. Todos eles estavam sérios. Tinha outro vídeo que todos sorriam e isso provocava outra reação em quem assistia. Quando vi esses vídeos pensei logo: Poxa, que ótima ideia! E se aproveitássemos as duas no mesmo clipe?”. A Sei Lá tem uma virada, tem uma parte que entra a bateria, o baixo, depois um solo de piano em que muda mais ainda o humor dela dentro da própria música. O pessoal da produtora se apaixonou pela ideia. Na época, a faixa de trabalho não seria essa, mas eles me propuseram a gravar esse clipe e foi tudo muito rápido e divertido. Fizemos tudo em quatro dias (concepção, edição, chamar voluntários, amigos e familiares, músicos etc) e começamos a divulgar na internet. Passamos dois dias incríveis captando risos, e acho que isso ficou impresso no clipe.

MONDO POP- Você lançou três EPs solo, e agora está lançando um single. Como encara atualmente a forma de se lançar música? Pensa em lançar um álbum no formato tradicional? Esses EPs saíram de forma independente? Você tem algum lançamento em formato físico? Pretende explorar esse rumo também (CDs, LPs etc)?
MARCELO ARCHETTI
– Como costumo falar nas entrevistas, é um caminho sem volta hoje em dia. Porque facilitou muito o acesso das pessoas, você não ter mais a obrigação de carregar um CD, vinil ou fita para ouvir um trabalho. Acho que o lançamento digital tem um alcance muito grande. A internet é muito democrática, então favorece todo o artista que tenha um material de qualidade, que tenha uma carreira na música, que possa postar coisas e o publico receber, como antes não podia. Acho muito interessante priorizar esse tipo de lançamento. A grande questão, ao meu ver, é saber trabalhar: Ao mesmo tempo que todo mundo posta, também a concorrência é grande. Tenho planos, sim de fazer um lançamento físico no futuro. Também quero sentir como é comprar um CD, ter na sua casa uma capa, uma arte. Preocupo-me muito com a capa. Acho que é uma apresentação muito bonita e gostaria de sentir isso, mas é um plano lá pra frente. O foco agora é o digital. Coloquei uns trabalhos na internet. Tenho outras músicas prontas.

MONDO POP- Você gravou um EP em inglês e dois em português, com produtores diferentes. Existe uma diferença nas duas abordagens, em termos musicais? O que te levou a fazer essa escolha?
MARCELO ARCHETTI-
Existe, sim, uma diferença: a própria forma de compor em inglês é diferente de se compor em português, bem como a forma de se expressar cantando. E a opção por dois profissionais acontece por eu gostar muito de me reinventar. Às vezes, corro riscos por ter medo de parecer obvio ou de não conseguir me transformar ao longo da minha carreira. Apesar de estar só começando, acho legal me impor esse desafio de querer me reinventar musicalmente.

MONDO POP- Fale um pouco sobre como foi trabalhar com Alexy Viegas e com Maycon Ananias.
MARCELO ARCHETTI
– Para o EP em inglês, contei com o produtor Alex Viegas. Ele trabalhou com bandas bem legais, mais atuais, mais pop. E ele trouxe um “quê” mais comercial, muito interessante para essas músicas. Para o EP em português, contei com o Michel Ananias, que é um baita produtor. Ele trabalhou com Tiago Iorc e Maria Gadú, e tem outra abordagem completamente diferente, mais refinada, mais elegante. Claro que os dois discos, apesar da abordagem diferente, tem o fio condutor que é a minha voz, a minha forma de cantar e compor.

MONDO POP- Quais são as suas principais influências em termos musicais, e como você define, de forma geral, o som que faz?
MARCELO ARCHETTI
– O meu som passeia por alguns estilos como pop-rock, MPB, folk, e existe até um pouco de pitadas indie. Gosto bastante de acompanhar as bandas atuais. Minhas grandes referências são as bandas britânicas, principalmente da década de 1960, porque acho que elas têm um refinamento, uma elegância muito grande na forma de composição, na forma de cantar, nos arranjos. Sinto que ainda existe um pouco de espaço para fazer isso no Brasil. Misturar isso com a brasilidade. Procuro fazer isso nos meus trabalhos. Como referências específicas: o grande compositor, que mais admiro na musica pop, é o Paul McCartney. Pra mim, ele é uma lenda viva. Eric Clapton também me inspira bastante. Noel Gallagher, ex-Oasis. Aqui no Brasil: Caetano Veloso, Chico Buarque, Los Hermanos, Skank…São minhas influencias

MONDO POP- Como foi participar do The Voice Brasil?
MARCELO ARCHETTI-
A experiência foi fantástica do inicio ao fim. Todo esse processo de participar, de enviar material, de ser chamado até conseguir cantar, mesmo, trouxe um enorme aprendizado para a minha carreira. Foram lições diárias de como se tornar um artista melhor. Porque ali você está em contato com músicos do Brasil inteiro, de diversas áreas musicais, de estilos diferentes, e conhece produtores que fazem a música de hoje e ouvir deles o que você tem de bom, de ruim, o que pode melhorar… Todo esse processo foi de grande valia para mim. Procuro não me ater ao fato de ter ficado pouco tempo no programa, porque eu acho que não é isso que iria definir se eu fui bem ou mal. Foi ótimo para as pessoas me conhecerem, se identificarem com o meu estilo; E abriu portas para que eu tocasse minha carreira a partir de agora com as músicas autorais.

MONDO POP- Fale sobre seus próximos projetos. Pretende divulgar sua música com shows? Tem uma banda de apoio formada?
MARCELO ARCHETTI-
Os próximos passos são, primeiro, continuar trabalhando muito forte na divulgação das minhas músicas. Acabei de lançar o EP. Estou muito feliz com tudo que está acontecendo. Na sequência, partirei para a rotina de shows, e também continuar gravando novos materiais. Já tenho nove músicas prontas para serem trabalhadas, e com certeza teremos lançamentos no futuro. Enfim, munir as pessoas com novas músicas através da internet ou shows.

Veja o clipe de Sei Lá, com Marcelo Archetti:

Cristina Rachid mostra músicas do 1º CD

Por Fabian Chacur

A cantora e compositora Cristina Rachid mostra nesta sexta (25) e sábado (26) parte do repertório de seu primeiro disco solo, Por Teu Amor, lançado pela via independente e com distribuição a cargo da Tratore. Os shows serão realizados a partir das 22h no bar Tatu (rua Alves Guimarães, 153- fone 3083-0003- Pinheiros), e neles a intérprete paulistana será acompanhada por uma banda de apoio de primeiríssima linha.

Estão no time James Muller (bateria- ex-Scowa & A Mafia e inúmeros outros projetos), Emerson Villani (guitarra, tocou com os Titãs), Maurício Caruso (guitarra), Eron Guarnieri (teclados) e Eric Budney (baixo). Além das músicas do álbum, como Não Quero Saber (Peninha), Vontade Velada (Nil Bernardes-Luciana Cardoso), Cala a Boca e Me Beija e Por Teu Amor, o show também incluirá releituras de hits de Inxs, Blondie e Cassia Eller.

Cristina está lançando o seu primeiro CD individual, mas já possui um currículo bem respeitável. Ela durante dez anos se manteve indo de Los Angeles a Londres, cantando brazilian jazz nos mais diferentes espaços e trocando figurinhas com nomes importantes da música de lá, entre eles o consagrado guitarrista americano Al McKay, ex-integrante e autor de vários sucessos do Earth Wind & Fire.

Embora curtisse investir nessa sonoridade que funde jazz, música brasileira e elementos latinos, a cantora resolveu voltar ao Brasil há sete anos para se dedicar a um trabalho centrado no pop rock, com ênfase em composições próprias escritas em parceria com Silnei Saleiros e também de autores como Peninha e Nil Bernardes. Depois de muita batalha, surge o fruto desse esforço, o CD Por Todo Amor.

“O tema do CD é o amor, de todo tipo de relacionamento amoroso e afetivo, além do amor a si próprio, o respeito às opiniões dos outros, os encontros e desencontros, tudo sempre vistos sob a ótima feminina. São temas com os quais as pessoas se identificam”, define.

Cristina Rachid define seu show como um espetáculo dançante, light e gostoso. Ela também é formada em advocacia, e fala sobre suas preferências na vida. “Canto desde criança, mas achei que deveria ter outra opção profissional, e estudei direito paralelamente. Adoro viajar e conhecer pessoas, sempre faço muitas amizades e tenho bons contatos”.

Guilherme Arantes cativa no estilo piano-voz

Por Fabian Chacur

Em show que encerrou a temporada 2012 do ótimo projeto Piano na Praça, que proporcionou shows gratuitos de grandes pianistas e compositores na Praça Dom José Gaspar, em São Paulo, Guilherme Arantes mostrou na tarde deste domingo (16) que sabe cativar uma plateia valendo-se apenas de piano e voz.

Antes do autor de Meu Mundo e Nada Mais, esteve em cena o excelente pianista Rogério Rochlitz, conhecido por trabalhos com o Trio Mocotó e o grupo Jambêndola, entre outros, e que investe em ótima carreira solo. Ele nos proporcionou belos temas instrumentais, fluentes e que iam do swingado ao reflexivo, sempre com muita categoria. Um jovem craque!

Guilherme entrou em cena às 13h05 e sapecou logo de cara hits como Amanhã, Raça de Herois, Meu Mundo e Nada Mais, Êxtase e Brincar de Viver. Totalmente confortável no estilo voz/piano, ele aproveitava para contar histórias deliciosas, entre uma música e outra.

Entre outros “causos”, nos falou do flerte com Marina Lima, o trecho que pegou emprestado de My Sweet Lord (de George Harrison) para compor a sua Cheia de Charme, a influência de For No One dos Beatles em Mania de Possuir, o tempo em que morou no Rio de Janeiro…

Não deu para não me sentir nostálgico, pois o primeiro show que vi deste brilhante cantor, compositor e tecladista foi em um dezembro e nesse mesmo formato, só que no ano de 1980 e tendo como local um espaço situado na estação São Bento do metrô paulistano.

John Lennon havia morrido há poucos dias, alguém da plateia pediu para que ele tocasse uma música do ex-beatle, e o músico admitiu não saber nenhuma delas de cor. Aí, alguém ofereceu uma revista com as cifras de Imagine e ele não se fez de rogado, atendendo a solicitação do fã e emocionando a todos.

Voltando a 2012, Arantes não só tocou os megahits como também relembrou ótimas e não tão conhecidas músicas de seu repertório como Bom Humor, Marina no Ar (homenagem feita em parceria com Nelson Motta ao “avião”) e Só Deus é Quem Sabe. Um instante mágico ficou por conta da homenagem que fez a seu pai.

Relembrando o fato de que seus pais se conheceram na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, que fica exatamente ao lado da Praça Dom José Gaspar, Guilherme tocou um medley com Viola Enluarada/Chega de Saudade/Trem das Onze, canções pelas quais o saudoso pai tinha um carinho todo especial.

Ah, e teve Cuide-se Bem, uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos, que por alguma bênção de Deus me foi dedicada pelo autor e intérprete, nesse show. Um dos momentos mais emocionantes da vida deste que vos tecla, de longe!

O final, às 14h47, teve a sacudida Lindo Balão Azul como trilha sonora, com direito a uma bela mensagem de Natal a todos os mais de 200 presentes. Tipo da tarde bem aproveitada. E há quem se queixe de não ter boas opções de shows gratuitas em Sampa City. Eita povo reclamão!

Set list do show de Guilherme Arantes no projeto Piano na Praça:

Hino do Corinthians/Amanhã
Raça de Heróis
Meu Mundo e Nada Mais
Êxtase
Brincar de Viver
Muito Diferente
Sob o Efeito de um Olhar
Mania de Possuir
Um Dia Um Adeus
Só Deus é Quem Sabe
Toda Vã Filosofia
Bom Humor
Marina No Ar
O Melhor Vai Começar
Cheia de Charme/My Sweet Lord
Pot-pourry: Viola Enluarada/Chega de Saudade/Trem das Onze
Deixa Chover
Cuide-se Bem
Planeta Água
Lindo Balão Azul

Ouça Cuide-se Bem, com Guilherme Arantes:

Nando Reis grava CD de inéditas em Seattle

Por Fabian Chacur

As gravações do novo álbum de Nando Reis serão encerradas até o fim deste mês, segundo informações da assessoria de imprensa do cantor, compositor e músico paulistano. O novo trabalho do ex-baixista dos Titãs está previsto para chegar ao mercado em agosto. Ele está sendo novamente acompanhado pela banda Os Infernais.

As gravações estão sendo feitas na cidade americana de Seattle, conhecida como o berço do genial guitarrista Jimi Hendrix e também do grunge, tendência roqueira que incendiou o mercado musical entre o fim dos anos 80 e a primeira metade dos 90 e revelou bandas como Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains.

O produtor do álbum, Jack Endino, trabalhou com o Nirvana e outras bandas da cidade, e já atuou com Nando em duas ocasiões: no álbum Titanomaquia (1993), dos Titãs, e em seu álbum solo Para Quando o Arco-íris Encontrar o Pote de Ouro (2000).

O novo trabalho do músico paulistano, ainda sem título divulgado, será o primeiro de inéditas desde Drês (2009), além de suceder o DVD/CD ao vivo Bailão do Ruivão (2010), no qual Nando relê basicamente músicas de outros artistas.

Ouça Para Você Guardei o Amor, com Nando Reis:

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