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Tag: pop rock

Olivia Gênesi brilha com sua mistura doce de sonoridades

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Por Fabian Chacur

A cantora, compositora, arranjadora e tecladista paulistana Olivia Gênesi lançou o seu primeiro CD em 2000. Desde então, fez inúmeros shows, gravou diversos outros trabalhos, interpretou canções próprias e de outros autores e buscou se aprimorar como artista. Toda essa estrada soa nítida em seu novo CD, Amor e Liberdade, o décimo dessa trajetória pelo cenário independente.

Vamos começar pela cantora. Sua voz é delicada, suave, quase frágil, com ecos do timbre da grande Vânia Bastos. Olivia se vale dessas características com bastante desenvoltura nas 14 faixas de seu novo álbum, e de forma inteligente buscou uma sonoridade que se adequasse a ela. Nada mais importante para um intérprete do que saber usar de forma inteligente o seu potencial, e é exatamente isso o que essa artista faz com o seu canto.

Sua sonoridade é uma mistura de jazz, rock, folk e várias tendências da MPB, com uma abordagem minimalista e rica nos detalhes, que se sobressaem graças ao talento dos músicos que a acompanham no álbum. Entre outros, temos aqui Fernando Garcia (bateria), Fábio Dregs (guitarra), Arismar do Espírito Santo (guitarra), Hugo Hori (flauta) e Raquel Martins (guitarra), além da própria Olivia no piano, escaleta, percussão e arranjos.

O repertório traz apenas uma música alheia, a deliciosa Lua No Céu de Janeiro, de Luis Carlos Sá e Dery Nascimento. Não faltam momentos preciosos, como o delicado rock Versiidade, a incrível mistura de jazz, forró, balada e psicodelia O Amor Vai Brotar, a jazzy Astrologia, o rock Mudada, a balada jazz O Feminino e o rock na veia Astrologia.

Forró da Bela serve como interessante amostra dessa perspectiva mestiça da criação de Olivia, pois parte do ritmo nordestino rumo a um resultado que tem variações sutis de climas que remetem a rock, jazz e pop. E ressalte-se o poder das ótimas letras, nas quais temas como amor, vida e relacionamentos afetivos são destrinchados com lirismo, paixão e um quê visionário também. E tem a deliciosa Amores Líquidos, repleta de toques e insights bacanas.

Amor e Liberdade é um título que serve como uma boa pista das intenções de Olivia Gênesi enquanto artista, pois mescla a paixão de quem visivelmente gosta do que faz com a liberdade de mergulhar nas misturas que achar cabíveis. Este álbum pode não agradar a todos, mas certamente será muito apreciado por quem tem bom gosto e sensibilidade poética e musical.

Amores Líquidos(clipe)- Olivia Gênesi:

Dan Torres tem a composição própria na trilha de um filme

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Por Fabian Chacur

Dan Torres é uma espécie de rei das trilhas de novelas. Ele já esteve presente com gravações suas em 19 delas, com destaque para as releituras de Lucy In The Sky With Diamonds (Lennon-McCartney) na abertura de Império e Blowin’ In The Wind (Bob Dylan) em Sete Vidas. Agora, no entanto, a novidade fica por conta de dois “pequenos” detalhes.

O primeiro é o fato de que, desta vez, ele entra em uma trilha de filme, no caso S.O.S. Mulheres Ao Mar 2, estrelado pelos globais Giovanna Antonelli e Reynaldo Giannechini. A outra consiste no fato de que o cantor e compositor britânico desta vez conseguiu emplacar uma de suas próprias composições, Everything Is Changing.

Inspirada em sua recente condição de pai, a canção é um pop rock bem bacana, com influências de Matchbox Twenty, entre outras. Com produção a cargo de Guilherme Schwab, da banda Suricato, a canção já está disponível no formato single nas plataformas digitais, e fará parte do 3º CD do artista, previsto para sair em 2016. Ele está no Brasil desde 2003, e atualmente apresenta o show An Englishman In Rio.

Everything Is Now– Dan Torres:

Rob Thomas lança novo single sem Matchbox Twenty;ouça

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Por Fabian Chacur

Já está disponível na rede Trust You. Trata-se do novo single de Rob Thomas, vocalista do grupo americano Matchbox Twenty, e primeira faixa a ser divulgada do seu terceiro álbum solo, The Great Unknown, que deverá ser lançado em breve. No dia 11 de junho, o cantor e compositor americano dará início a uma turnê individual para divulgar as novas canções.

Thomas lançou seu primeiro trabalho como solista em 2005, e …Something To Be o colocou no primeiro lugar na parada americana logo em sua semana de lançamento. O segundo, Cradlesong (2009), conseguiu repercussão semelhante, provando que seu poder de fogo é muito grande mesmo sem o apoio da banda que o consagrou.

The Great Unknown foi produzido por Ryan Tedder, que possui em seu currículo trabalhos com artistas como Taylor Swift, Beyonce e OneRepublic, entre outros. Em sua carreira solo, Thomas costuma abrir um pouco o leque de influências sonoras, flertando com o rhythm and blues moderno e também o pop. Trust You possui essa mistura.

Nascido em 14 de fevereiro de 1972 (tendo atualmente 43 anos), Rob Thomas lançou seu primeiro álbum com o Matchbox Twenty em 1996. E que estreia! Yourself Or Someone Like You vendeu mais de dez milhões de cópias nos EUA e tornou a banda um dos grandes nomes do rock mundial. O álbum mais recente, o ótimo North (2012- leia resenha aqui) levou a banda ao primeiro posto da parada ianque pela primeira vez.

Em setembro de 2013, Rob Thomas e sua banda vieram ao Brasil pela primeira vez, sendo atrações no Rock in Rio e também em antológico show realizado em São Paulo no Espaço das Américas (leia resenha aqui), mostrando em ambas as ocasiões se tratar de uma ótima banda ao vivo, com direito a muita garra e carisma. Os integrantes do grupo aproveitam suas férias para investir em projetos paralelos, tal qual Rob.

Trust You– Rob Thomas:

Time After Time (live)- Rob Thomas:

Novo CD do Maroon 5 é aula de pop rock simples e direto

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Por Fabian Chacur

Desde o seu estouro com o álbum de estreia, Songs About Jane (2003), a banda americana Maroon 5 conseguiu se firmar no cenário da música pop graças a um trabalho despretensioso, bem construído e sem vanguardismos ou intenções mais profundas. Seu novo álbum, V, que acaba de sair no Brasil via Universal Music, é a nova prova de sua eficiência.

As armas do grupo ianque são o vocal e o carisma do também guitarrista-base Adam Levine, e a competência de seus músicos, cuja escalação atual inclui Mickey Madden (baixo), Matt Flynn (bateria), James Valentine (guitarra), Jesse Carmichael (teclados, de volta após rápida saída em 2012) e PJ Morton (teclados). Um ótimo time, que provou sua competência em shows ao vivo no Brasil.

Com produção novamente a cargo do experiente Max Martin, conhecido por seus trabalhos com Backstreet Boys, Britney Spears, N Sync, Katy Perry e Taylor Swift, o grupo não largou mão de sua mistura de rock, soul, rhythm and blues e pop, investindo em um repertório repleto de canções grudentas que escapam do banal.

Levine, que desde 2011 se tornou um dos coachs (treinadores) da versão americana do reality show musical The Voice e ficou ainda mais popular, sabe se valer do falsete como elemento de diferencial vocal, e aos 35 anos de idade se mostra em plena maturidade artística, com boas interpretações e muito bom gosto.

V é daqueles álbuns para você ouvir de ponta a ponta. Não traz inovações e não tenta ser um novo Sgt Pepper’s, mas dá ao ouvinte uma sensação gostosa de bom entretenimento e alto astral, variando entre canções dançantes como Maps, Animals e a deliciosa Sugar a baladas matadoras como My Heart Is Open (dueto com Gwen Stefani, do grupo No Doubt) e a fantástica Lost Stars, uma das três faixas-bônus da Deluxe Edition do CD.

Outro momento excelente do álbum é a ótima releitura de Sex And Candy, único hit (em 1998) do hoje esquecido grupo americano Marcy Playground, que com o Maroon 5 tem tudo para voltar às paradas de sucesso. Quer ouvir um CD pop, descontraído, consistente e sem medo de ser feliz? Esse V aqui é uma boa dica.

Sugar– Maroon 5:

Sex And Candy– Maroon 5:

Priscilla Pach investe em pop-rock em inglês

Por Fabian Chacur

Priscilla Pach tem 18 anos e acaba de lançar seu primeiro CD, Blue. O álbum traz vários diferenciais, entre os quais se destacam o fato de as 12 canções serem de autoria da própria intérprete e terem suas letras em inglês. O clipe da música Get Over You já está sendo divulgado em canal próprio no Youtube e em outras redes sociais.

Nada apareceu neste álbum por acaso. Seu lado autoral, por exemplo, Priscilla explica ter origem em um conselho que ouvia de sua mãe desde os tempos de infância. “Ela sempre me dizia que cantor bom é aquele que escreve suas próprias músicas, e isso ficou na minha cabeça”.

O fato de usar o inglês também segue uma linha de raciocínio semelhante. “Sinto-me mais confortável ao escrever minhas letras em inglês, pois falo esse idioma a maior parte do tempo. Trata-se de uma língua internacional, que te abre caminhos para uma carreira em outros países”, justifica.

Vale ressaltar que Priscilla morou nos EUA e Venezuela e estudou em escolas americanas desde os 11 anos de idade, o que a aproximou bastante do inglês. Isso não quer dizer que ela não cante em português. “Gosto de interpretar nos meus shows canções dos repertórios de Cassia Eller e dos Tribalistas, por exemplo”.

O repertório do álbum Blue saiu de um universo de aproximadamente 40 canções, que foram sendo selecionadas aos poucos. Oito delas são da safra mais recente da cantora, enquanto as outras quatro são um pouco mais antigas. Sua principal inspiração é a estrela canadense do country pop rock Shania Twain.

“Ela (Shania) me inspirou muito, especialmente por sua versatilidade, algo que procuro seguir. Tenho no meu repertório rock, pop, country, até blues. Aceito todo tipo de música, não quero me limitar a um único estilo, para sempre poder me renovar, ampliar meus horizontes”.

O disco Blue conta com a participação especial de outro jovem talento, Giovanni Turra, que toca guitarra na música Walking On Fire. “O Giovanni tem a minha idade e toca vários instrumentos, ele é mais roqueiro, e eu precisava de um solo de guitarra em Walking On Fire. Ficou ótimo! Espero que ele me convide quando lançar seu disco”, diz, bem-humorada.

Atualmente, Priscilla está montando uma banda para acompanhá-la nos shows que irão divulgar Blue, cujo título também possui uma explicação simples. “Quis escolher um nome para o CD que viesse de uma das canções que tivesse uma pronúncia mais fácil e simples, e que também ajudasse no conceito da capa, e Blue foi a mais adequada”.

Veja o clipe de Get Over You, de Priscilla Pach:

Priscilla Pach mostra talento em CD Blue

Por Fabian Chacur

Boa voz, composições interessantes e um estilo que mostra influências de artistas como Taylor Swift, Jewel e Shania Twain. Tudo isso com apenas 17 anos. Essa é Priscilla Pach, que está estreando no meio fonográfico com o CD Blue, álbum produzido por Ronaldo Rayol que soa como eficiente cartão de apresentações.

Um bom exemplo do repertório do disco de estreia dessa jovem cantora e compositora de cabelos longos é Get Over You, canção com levada country moderna, melodia delicada e letra direta na qual a voz funciona como a cereja do bolo, afinada e colocada com bom gosto.

Priscilla morou nos EUA e estudou em escolas de lá desde os 11 anos, o que a ajudou a desenvolver de forma muito boa a pronúncia da língua inglesa, idioma que usa para escrever suas letras. Ela afirma ter por volta de 40 composições próprias em seu acervo, e revela ser também fã das brasileiras Rita Lee e Cássia Eller.

O álbum Blue traz 12 faixas e foge das traquitanas eletrônicas que às vezes só servem para disfarçar a falta de talento de algumas artistas. Aqui, temos guitarras, violões, baixo, teclados, bateria e percussão, com arranjos de cordas em três faixas. O foco fica na voz de Priscilla.

Se em alguns momentos o noviciado cobra o seu preço, algo bastante natural para quem está começando, no todo a estreia de Priscilla Pach mostra que o cenário country pop brasileiro (e, porque não, mundial) está ganhando mais um nome com um potencial bastante grande a ser desenvolvido. Vale ficar de olho nessa garota!

Saiba mais sobre ela em www.priscillapach.com

Ouça Get Over You (versão acústica) com Priscilla Pach:

Brendan Benson tocará em SP em maio

Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs de power pop. O cantor, compositor e músico americano Brendan Benson fará shows no Brasil no mês de maio. Ele, que também é conhecido por integrar o grupo The Raconteurs ao lado de Jack White, tocará em quatro cidades brasileiras, incluindo São Paulo, onde se apresentará dia 22 de maio no Cine Joia.

Nascido em 14 de novembro de 1970, Brendan Benson estreou como artista solo no meio fonográfico em 1996, quando lançou o excelente álbum One Mississipi pela gravadora Virgin Records. Com músicas ótimas e fortemente influenciadas pelo power pop como Bird’s Eye View, I’m Blessed, Sittin’ Pretty e Crosseyed, o trabalho recebeu muitos elogios da crítica, mas vendeu pouco.

Nesse álbum, ele compôs sete músicas com outro expoente do power pop, Jason Falkner (ex-Jellyfish). Após se envolver em outros projetos, Benson retomou a carreira solo em 2002 com mais um trabalho altamente elogiável, o CD Lapalco, com direito a mais cinco músicas escritas por ele e Faulkner. Em 2005, sai outro álbum solo, The Alternative To Love.

Em 2006, a amizade com Jack White, então no White Stripes, acabou gerando uma nova banda, The Raconteurs, que lançou dois ótimos álbuns, Broken Boy Soldiers (2006) e Consolers Of The Lonely (2008), além do DVD Live At Montreux 2008 (lançado em 2012). A banda estaria, atualmente, preparando um terceiro álbum de estúdio.

Enquanto isso, Benson divulga o quarto álbum solo, What Kind Of World, lançado em 2012. Além de tocar no dia 22/5 no Cine Joia, em SP, com ingressos de R$ 60 a R$ 140 (fones 3231-3705 e 3131-1305 www.cinejoia.tv ), o artista americano se apresentará dia 18/5 em Goiânia, dia 22/5 em Presidente Prudente (SP) e dia 26/5 em Marília, sendo esses dois últimos shows gratuitos e integrantes da Virada Cultural Paulista.

Ouça Crosseyed, com Brendan Benson:

Dupla sertaneja lança DVD com tempero pop

Por Fabian Chacur

Desde o estouro de Chitãozinho & Xororó no fim dos anos 80, a música sertaneja ganhou um sabor pop que abriu de vez as portas desse gênero musical para a fusão com outras sonoridades.

Há quem acerte na mistura, e há quem erre feio, mas o importante é que, graças a essas experiências, o som sertanejo conseguiu ampliar seus horizontes e atingir os mais diversos tipos de público.

Dois jovens mineiros chegaram há três anos com o objetivo de criar um trabalho personalizado e competitivo. Por enquanto, estão atingindo em cheio o seu objetivo. São eles Kleo Dibah & Rafael, que acabam de lançar seu primeiro DVD, É Dus Mais Bão (também disponível no formato CD) pela Universal Music.

Nascidos na cidade mineira de Ituiutuba, eles se conheceram aos 7 anos de idade, quando estudavam na única escola de música instalada na cidade mineira, que tem em torno de 100 mil habitantes e fica na região do Triângulo Mineiro.

“A gente se conheceu cedo e convivia nos eventos, festivais, tudo que havia por lá. Cada um tinha seu projeto. Eu investi em uma carreira solo por quatro anos. Em 2007, resolvi convidar o Rafael para tocar comigo”, relembra Kleo Dibah.

Se Kleo investiu na música sertaneja desde o começo, Rafael era adepto do pop-rock, tendo participado de várias bandas e aprendido muito ao ouvir seus ídolos, entre os quais George Harrison, Slash e Steve Ray Vaughan. Em 2009, Kleo Dibah & Rafael se tornaram uma dupla.

“Senti com o tempo que a música sertaneja não estava tão distante do pop-rock que eu tocava. O pop-rock é um pouco mais rico em termos melódicos, e eu trouxe isso para o som da dupla, com melodias diferenciadas”, explica Rafael.

Após o sucesso de seu primeiro trabalho de estúdio, que permitiu a eles conquistar um público fiel em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo, a dupla pretende ir além com o primeiro DVD, atingindo desta vez o resto do país.

É Dus Mais Bão foi gravado ao vivo em uma fazenda situada em Presidente Olegário (MG) em um clima ao mesmo tempo intimista e de balada moderna, um projeto criado pelo empresário da dupla, Geraldo Campos, com direito a grandes requintes técnicos na gravação.

“A ideia do Geraldo foi fazer um show ao mesmo tempo intimista e moderno, com o artista bem próximo do público.É a mistura do clima das baladas sertanejas modernas com a origem desse estilo, nas fazendas, em um ambiente rural”.

Embora invistam em uma mistura de vários estilos da música popular, incluindo pop, rock, blues e reggae, Kleo Dibah & Rafael procuram não se distanciar dos elementos básicos do som sertanejo, com direito a sanfona e viola caipira.

“Fazemos um som moderno, mas sem fugir demais das origens da música sertaneja. Nossa música tem a nossa cara, falamos de romantismo, de alegria, mas sem apelar e sem cair na vulgaridade”, diz Kleo.

Outros diferenciais da dupla são a predominância de composições próprias e a performance de Rafael como músico, tocando violão e guitarra com bastante estilo e personalidade. O novo trabalho da dupla mineira conta com a participação especial de uma dupla consagrada, João Bosco & Vinícius, na música Me Beija.

“Conhecemos João Bosco & Vinícius em 2011 no Credicar Hall (SP) após um show deles, e ficamos amigos rapidamente. Eles participaram no nosso DVD e nós também participamos do novo DVD deles, que sairá em breve”, revela Rafael.

Ao contrário de várias outras duplas, Kleo Dibah e Rafael são versáteis e capazes de fazer a chamada primeira voz com a mesma categoria, o que lhes proporciona outro diferencial importante em um mercado tão competitivo.

Ouça Um Degrau Na Escada, com Kleo Dibah & Rafael:

Maroon 5 está ainda mais pop em Overexposed

Por Fabian Chacur

Quando surgiu no cenário musical americano em 2003, oriundo das cinzas do extinto Kara’s Flowers, o Maroon 5 marcou presença como seguidor do pop-rock com tempero soul-funk.

Seu álbum de estreia, o ótimo Songs About Jane (2003), emplacou hits como Harder To Breathe, This Love e She Will Be Loved e criou boas expectativas em relação a seu futuro.

O estouro do single Makes Me Wonder não só levou o seu segundo CD, It Won’t Be Soon Before Long (2007) ao topo da parada americana como apontou o rumo sonoro que o quinteto iria tomar de forma preferencial dali por diante.

Desde então, o grupo integrado por Adam Levine (vocal e guitarra), Matt Flynn (bateria), Mickey Madden (baixo), James Valentine (guitarra) e PJ Morton (teclados) tornou-se ainda mais pop, com forte influência eletrônica e do rhytym and blues moderno, deixando o rock mais como tempero. Mas um tempero saboroso, audível e bem estiloso, por sinal

O que já havia se sobressaído em Hands All Over (2010) aparece ainda mais nítido no novo lançamento da banda, Overexposed, que chega às lojas em duas versões: simples, com 12 faixas, e especial, com direito a capa digipack e seis faixas bônus.

Overexposed é um belo exemplo de como fazer um rock com forte apelo pop sem cair totalmente na mesmice. A ótima voz de Adam Levine e a produção executiva do experiente Max Martin (Backstreet Boys, Britney Spears e um batalhão de outros) ajudam a dar consistência e um teor diferenciado ao álbum.

Não faltam momentos bacanas, como a ótima faixa de trabalho Payphone, que conta com a participação do rapper Wiz Khalifa, o ótimo reggae eletrônico One More Night, a tocante balada voz/piano Sad e a hipnótica Beautiful Goodbye, que encerra a versão simples do disco.

As seis faixas extras incluídas na versão especial de Overexposed valem o preço adicional (em torno de R$ 10) em relação ao formato standard (que custa em média R$ 29). Dois bons remixes de Payphone e o hit Moves Like Jagger, dueto da banda com Christina Aguilera, são bons atrativos, mas as outras três cativam ainda mais.

São elas a eletrônica Wipe Your Eyes, o funk bem swingado Waisted Years e a fantástica versão blues rock, com quase sete minutos de duração, de Kiss, hit nos anos 80 com o autor, aquele genial Prince. O grupo mostra sua categoria nessa épica releitura, que equivale a bom exemplo de sua performance ao vivo, sempre ótima (eu vi e recomendo!).

Overexposed, com sua descolada e bela capa multicolorida e psicodélica, não só tem pinta de que manterá o quinteto americano no topo das paradas de sucesso como também agrada com sua proposta pop inteligente e descontraída.

Clipe de Payphone, com Maroon 5 e participação de Wiz Khalifa:

Clipe de One More Night, com o Maroon 5:

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