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Taryn Donath mostra o swing do beatnik blues em Sampa

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Por Fabian Chacur

Em 1998, Taryn Donath lançou o seu álbum de estreia, Have Piano Will Travel, com o qual surpreendeu os fãs de r&b, jazz, soul e swing, mesmo tendo apenas 17 anos de idade. Desde então, essa talentosa cantora e pianista californiana ampliou seus horizontes e se consolidou como uma artista de rara consistência musical. Ela se apresenta em São Paulo pela primeira vez nesta quarta (5) às 21h30 no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com couvert artístico a R$ 50,00.

Com 37 anos de idade, Taryn tocou com bandas, mas tornou-se conhecida por se dedicar a um formato não tão comum em seu estilo musical, no qual se acompanha ao piano e tem a seu lado apenas um baterista, um tipo inusitado de duo. Dessa forma, conquistou fãs em seu pais com o que ela apelidou de beatnik blues, mescla de swing, rhythm and blues, soul e jazz no qual se destacam sua voz bem colocada e um balanço contagiante no piano inspirado nos grandes mestres.

No show do Bourbon Street, Taryn terá a seu lado dois músicos brasileiros, o baterista Jaderson Cardoso e o gaitista Marcelo Naves. O repertório deve trazer músicas de CDs como o de estreia e também de Gardenia (2012) e Memories Of Ruth, este último uma homenagem à saudosa e brilhante cantora de rhythm de blues Ruth Brown (1928-2006). Músicas como I’ll Wait For You e The Mess Around, hits respectivamente de Ruth Brown e Ray Charles, são destaques.

I’ll Wait For You– Taryn Donath:

Clau lança singles autorais na gravadora Universal Music

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Por Fabian Chacur

Tudo começou em 2009, quando a adolescente gaúcha Ana Cláudia Riffel começou a postar vídeos no Youtube nos quais relia algumas de suas canções favoritas. Com o tempo, foi ganhando muitos fãs e sentindo confiança para apostar em um projeto autoral, o que teve início em 2016. Agora, chega a vez de Clau firmar parceria com uma grande gravadora, a Universal Music, parceria que acaba de render dois singles digitais. Aos 20 anos, a cantora e compositora está a mil por hora.

A paixão de Clau pela música é antiga. “A música sempre foi o único caminho que eu imaginava para mim, embora achasse difícil conseguir realizar esse objetivo morando em Passo Fundo”, relembra a cantora, em entrevista a Mondo Pop. Mas a internet acabou se incumbindo de tornar esse sonho mais próximo, graças à ótima repercussão de seus vídeos, interpretando músicas alheias de vários estilos musicais.

Quando começou a investir em músicas próprias, o foco da artista gaúcha ganhou contornos um pouco mais definidos. “Meu estilo fica entre o rap e o pop, sem aquela rima seca, tem a ver com o r&b, Rihanna, Beyonce, gosto de explorar mais isso”. Aí, surgiu em sua vida um profissional que a ajudaria bastante no sentido de atingir esses objetivos: o produtor e compositor Pedro Dash, conhecido por seus trabalhos como Projota, Anitta e outros.

“Foi ele quem me indicou à Universal. Ele entende do underground do rap e trabalha com a Anitta, conhece bem os dois lados. No estúdio, deu super certo a nossa parceria”. A escolha para que Menina de Ouro fosse o primeiro single pela gravadora tem uma explicação bastante lógica. “Desde que o Pedro me mandou a base instrumental eu vi que seria essa a primeira música de trabalho pois me define como artista e como pessoa, fala sobre mim”.

Para gravar Menina de Ouro, Clau trabalhou com uma professora de canto, algo inédito em sua trajetória artística. “Até então, eu tinha feito tudo de forma intuitiva. Quero me aperfeiçoar profissionalmente. Quando componho uma música, já penso na coreografia no clipe, tudo começa comigo, para depois desenvolver com os outros profissionais”.

O segundo single da artista gaúcha já está disponível na rede mundial. Não, acompanhada por lyric vídeo, faz parte da estratégia inicial da dobradinha Clau/Universal. “Vamos sentir a reação do público para ver como vamos agir depois, se lançando um EP, se novos single ou mesmo um álbum completo”, adianta.

A inevitável comparação com Anitta, até pelo fato de trabalhar com um profissional que já atuou com ela, não a incomoda. “Comparações como essa são inevitáveis, mas sou muito diferente dela em termos de estilo musical. Acho uma comparação legal pelo fato de ela ter crescido muito em termos profissionais, e é exatamente isso o que eu busco”.

Menina de Ouro (clipe)- Clau:

Toni Braxton e Babyface, o retorno

Por Fabian Chacur

Nunca duvide da possibilidade de um grande talento voltar ao topo das paradas de sucesso, após alguns anos de vacas magras. O novo exemplo é Babyface. Depois de um bom tempo fora dos charts, o cantor, compositor, músico e produtor americano retorna ao topo dos charts com Love, Marriage & Divorce, álbum gravado em parceria com outra grande estrela do r&b dos EUA, a cantora Toni Braxton.

Aliás, embora nunca tenham gravado um álbum como dupla, eles possuem um belo histórico prévio. Babyface produziu e compôs músicas para os dois primeiros álbuns de Toni Braxton, intitulados Toni Braxton (1993, primeiro lugar na parada americana) e Secrets (1996, número 2 por lá). Hits como Another Sad Love Song, Breathe Again e You’re Makin’ Me High foram frutos dessa produtiva parceria musical.

Love, Marriage & Divorce vendeu em torno de 67 mil cópias em sua semana de lançamento nos EUA, o que proporcionou ao CD entrar na parada principal da Billboard direto no número 4, algo que Babyface nunca havia obtido anteriormente em sua carreira solo, e que Toni não atingia desde seu álbum Libra, de 2005. O melhor resultado anterior de Babyface havia sido um sexto lugar com The Day (1996).

Na parada específica de rhythm and blues, o casal na área musical foi ainda melhor, tirando Beyonce do topo e atingindo o número 1. O álbum traz canções românticas com a assinatura clássica de Babyface, com direito a sensualidade, instrumental impecável e boas melodias, além de uma combinação muito gostosa das ótimas vozes dele e de Toni. Desde já, um dos grandes lançamentos de 2014.

Kenneth Edmond nasceu na cidade de Indianapolis, Indiana (EUA) em 10 de abril de 1959, e recebeu o apelido Babyface quando tocava com o célebre baixista Bootsy Collins (Funkadelic, Parliament, James Brown). Integrou as bandas Manchild e The Deele, sendo que nesta última tinha a seu lado Antônio LA Reid, com quem criou a gravadora LaFace Records e também uma parceria de grande sucesso em termos de canções pop.

Em seu currículo, Babyface tem dez troféus Grammy e trabalhos com astros como Michael Jackson, Eric Clapton, Aretha Franklin, Whitney Houston, TLC, Boys II Men, Usher, Bobby Brown e inúmeros outros, e é considerado um dos inventores do New Jack Swing, tendência surgida no fim dos anos 80 que ajudou a renovar o rhythm and blues. Toni Braxton foi uma de suas principais descobertas na LaFace.

Veja o clipe de Hurt You, com Babyface e Toni Braxton:

DVD registra maratona musical de Rihanna

Por Fabian Chacur

Como forma de divulgar seu álbum Unapologetic, Rihanna resolveu encarar um desafio, na verdade uma verdadeira maratona alucinada. O projeto obrigava a cantora e compositora fazer sete shows em sete dias consecutivos. Até aí, tudo bem. O duro era o fato de essas apresentações terem como palco sete cidades de sete países diferentes. O registro dessa maluquice está no DVD 777 A Tour Documentary, lançado no Brasil pela Universal Music.

Como forma de incrementar a coisa, realizada em novembro de 2012, mais de 100 convidados, entre fãs, jornalistas etc, acompanharam a cantora de 25 anos oriunda de Barbados e radicada em Londres. A conduzir a turma, um Boeing 777 alugado especialmente para a ocasião. O clima é de festa total por parte dos acompanhantes, que são flagrados bebendo, dançando e até mesmo dando vexames típicos de baladas menos controladas.

Um dos integrantes da trupe, por exemplo, inventa de passear nu pelo corredor do avião, sendo filmado e vivendo seus 15 minutos de fama. Mico daqueles de nos fazer ficar com vergonha alheia no mais alto grau. Em alguns momentos, a própria cantora serve bebidas para os fãs, que ficam o tempo inteiro tirando fotos e filmando com seus modernos celulares.

O roteiro inclui Cidade do México, Toronto, Estocolmo, Paris, Berlim, Londres e se encerra em Nova York. Pelo menos uma música de cada show é apresentada na íntegra, entre elas os hits Umbrella, Diamonds, We Found Love e S&M. Vale lembrar que em seus nove anos de carreira fonográfica, a moça já emplacou 12 singles no topo da parada da Billboard, recorde neste século, além de vender milhões de discos físicos e virtuais.

O clima de alegria soa artificial e vai ficando mais forçado conforme as viagens se sucedem, com rápidas passagens por hotéis, mais bebidas e algumas declarações dos integrantes do “avião da alegria”. A própria Rihanna se expões muito pouco, com depoimentos rápidos e contatos bastante superficiais com os fãs e jornalistas. Uma típica estrela da nova era do r&b, no qual é difícil distinguir um cantor/cantora de outro, tal a semelhança entre seus trabalhos.

777 A Tour Documentary serve como um bom registro do cenário atual da música pop, no qual quebrar recordes e mergulhar em extravagâncias costumam vir à frente dos aspectos musicais e artísticos. Os registros dos shows apontam na mesma direção: muita pompa e circunstância e pouco carisma, jogo de cintura e personalidade. Mas a plateia ainda aplaude e ainda pede bis. A plateia só deseja ser feliz, como diria o saudoso Gonzaguinha…

Veja o documentário 777 – A Tour Documentary em streaming:

Chris Brown volta ao nº1 na parada dos EUA

Por Fabian Chacur

Ao contrário do que se poderia esperar, Chris Brown aparentemente ficou mais popular em termos de paradas de sucesso após o conturbado fim de seu namoro com a cantora Rihanna, que teve até porradas no meio.

Em 2011, o cantor e compositor americano de r&b moderno conseguiu pela primeira vez atingir o topo da parada da Billboard com o álbum F.A.M.E., que vendeu 270 mil cópias em sua semana de lançamento.

Agora, ele repete a dose com Fortune, que atingiu em sua semana inicial nas lojas físicas e virtuais a marca de 134 mil cópias. Será que aquela teoria do “um tapinha não doi” está valendo por lá? Sei lá…

O segundo posto da parada da Billboard desta semana ficou com Teenage Dream, de Katy Perry, que saiu em 2010 e surpreendeu ao vender nesta semana 80 mil cópias.

Há uma explicação para o fenômeno: as cópias em MP3 deste álbum foram vendidas no início de julho ao preço promocional de 0,99 centavos de dólar. E o povo aproveitou.

O adolescente sensação Justin Bieber, com seu Believe, ocupa a terceira posição, vendendo 70 mil cópias, seguido pelo mais recente do Maroon 5, Overexposed (68 mil cópias comercializadas) e Living Things, o novo do Linkin Park, que saiu do primeiro lugar atingido na semana anterior e vendeu 64 mil cópias.

Enquanto isso, o álbum mais vendido dos últimos anos, 21, de Adele, começa enfim a dar provas de que sairá em breve do Top 10 americano, onde se mantém há longas 72 semanas, em performance histórica. O álbum atingiu na última semana seu posto mais baixo até agora, a posição de número 9, ao vender 41 mil cópias.

Ouça Turn Up The Music, com Chris Brown:

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