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Phil Collins terá dois álbuns ao vivo relançados pela Warner

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Por Fabian Chacur

Dando prosseguimento à série de relançamentos da discografia solo de Phil Collins, a Warner Music anuncia para fevereiro de 2019 mais dois itens que voltarão ao mercado, desta vez em versões remasterizadas e nos formatos físicos e digitais. São os álbuns ao vivo Serious Hits…Live! (1990) e A Hot Night In Paris (1999), este último na verdade um trabalho creditado à The Phil Collins Big Band. Ambos terão o selo Atlantic-Rhino, e são excelentes.

Serious Hits…Live! flagra o consagrado cantor, compositor e músico britânico no auge de sua carreira solo, durante uma turnê mundial que durou de fevereiro a outubro de 1990 e divulgou o álbum …But Seriously (1989), um dos melhores do astro pop. O repertório traz versões matadoras de Something Happened On The Way To Heaven e Don’t Forget My Number, além de megahits do calibre de Another Day In Paradise, In The Air Tonight e One More Night. Ele é acompanhado por uma super banda de 11 músicos, entre os quais os brilhantes Leland Sklar (baixo), Daryl Stuemer (guitarra) e Arnold McCuller (vocais de apoio).

A The Phil Collins Big Band existiu entre 1996 e 1998, e foi a realização de um antigo sonho de Collins, que sempre se declarou fã das big bands jazzísticas de Count Basie, Duke Ellington e do baterista Buddy Rich. Composta por 20 músicos, traz o músico britânico dedicando-se exclusivamente à bateria, tocando versões instrumentais de hits do Genesis e de sua carreira-solo, além de covers como Milestones (Miles Davis) e Pick Up The Pieces (matador hit setentista da banda funk Average White Band), e uma composição bem bacana do saxofonista da banda, Gerald Albright (Chips & Salsa).

Confira as faixas de Serious Hits… Live!:

1. ‘Something Happened On The Way To Heaven’
2. ‘Against All Odds (Take A Look At Me Now)’
3. ‘Who Said I Would’
4. ‘One More Night’
5. ‘Don’t Lose My Number’
6. ‘Do You Remember?’
7. ‘Another Day In Paradise’
8. ‘Separate Lives’
9. ‘In The Air Tonight’
10. ‘You Can’t Hurry Love’
11. ‘Two Hearts’
12. ‘Sussudio’
13. ‘A Groovy Kind of Love’
14. ‘Easy Lover’
15. ‘Take Me Home’

Confira as faixas de A Hot Night In Paris:

1. ‘Sussudio’
2. ‘That’s all’
3. ‘Invisible Touch’
4. ‘Chips & Salsa’
5. ‘Hold On My Heart’
6. ‘I Don’t Care Anymore’
7. ‘Milestones’
8. ‘Against All Odds’
9. ‘Pick Up The Pieces’
10. ‘The Los Endos Suite’

Serious Hits…Live- Phil Collins:

Polysom relança em vinil dois LPs incríveis do genial Cartola

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Por Fabian Chacur

Não me condenem por usar dois adjetivos tão escancaradamente positivos no título desse post. Aliás, imagino que vocês não irão mesmo fazer isso. Afinal, estou me referindo a Angenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980), um dos maiores gênios da história da nossa riquíssima música popular brasileira. E a razão é das mais simples. Seus dois primeiros álbuns estão sendo relançados em vinil de 180 gramas pela Polysom, como parte integrante da série Clássicos em Vinil. São trabalhos que ultrapassam o conceito de discoteca básica. São obrigatórios.

Cartola já tinha 66 anos de idade quando finalmente conseguiu lançar o seu primeiro LP. Provavelmente, nem esperava mais ter a possibilidade de gravar um disco como esse. Mas, felizmente, e graças ao apoio da gravadora Marcus Pereira e do produtor J.C. Botezelli, o Pelão, ele conseguiu realizar esse sonho, no ano de 1974, com direito a 12 músicas de sua autoria, sozinho ou com vários parceiros.

Em 1976, veio o segundo, também pela Marcus Pereira, mas desta vez com produção de Juarez Barrozo, incluindo 10 de suas obras e duas de outros autores. Os dois discos são maravilhosos, e neles Cartola mostra que sua voz pequena e bem colocada era perfeita para interpretar tais canções. Vale lembrar que esses dois trabalhos foram incluídos na caixa Todo Tempo Que Eu Viver, lançada em 2016 pela Universal Music no formato CD (leia a resenha de Mondo Pop aqui).

Cartola (1976)- ouça em streaming:

Polysom e Warner relançam 2 LPs do grupo Novos Baianos

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Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs dos Novos Baianos, que andam em estado de êxtase com os shows de retorno da mítica banda. A Polysom, em parceria com a Warner, está relançando no formato vinil de 180 gramas, pela série Clássicos em Vinil, dois álbuns seminais da discografia dos caras. São eles Novos Baianos F.C. e Novos Baianos, que fazem parte da fase áurea dessa formação inesquecível e criativa do nosso rock/MPB.

Novos Baianos F.C. (1973) teve a difícil missão de suceder o mitológico Acabou Chorare (1972, também relançado na série Clássicos em Vinil), e deu conta do recado. Gravado no sítio no qual a banda morava, em Jacarepaguá (RJ), o álbum traz maravilhas como Só Se Não For Brasileiro Nessa Hora, Sorrir e Cantar Como Bahia, as instrumentais Dagmar e Alimente e também Samba da Minha Terra (de Dorival Caymmi).

Lançado em 1974, Novos Baianos foi ensaiado e gravado no sítio de um dirigente da gravadora Continental, que lançou esses dois álbuns e cujo acervo hoje pertence à Warner. O trabalho marca a saída de Moraes Moreira do time, e inclui em seu repertório Isabel (Bebel), rara composição de João Gilberto, um grande amigo da banda, e também Linguagem do Alunte, Reis da Bola e Ao Poeta, entre outras.

Ouça Novos Baianos FC em streaming:

MPB-4 abre uma nova fase da série Tons, da Universal Music

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Por Fabian Chacur

Criada em 2012 pela Universal Music, a série Tons tem como objetivo disponibilizar em formato CD trabalhos dos mais importantes nomes da nossa música, alguns deles há muito fora de catálogo ou nunca antes lançados no formato digital. O resultado tem sido altamente elogiável. São caixinhas com de dois a quatro CDs originais, trazendo reprodução de capas e encartes originais e com letras, ficha técnica e textos de especialistas. Trabalho de profissionais.

Já foram enfocados até o momento Rita Lee, Emílio Santiago, Jorge Mautner, Alceu Valença, Fafá de Belém, Edu Lobo, Erasmo Carlos, Luiz Melodia, Maysa, Carlos Lyra e Odair José. Felizmente, a série terá continuidade, e o primeiro volume da nova safra acaba de chegar às lojas, e é dedicado ao grupo MPB-4, uma das formações vocais mais importantes e talentosas da história da nossa riquíssima música popular.

Três Tons de MPB-4 traz três trabalhos até então inéditos no formato CD, e que também serão disponibilizados no formato digital nas lojas virtuais. 10 Anos Depois (1976) comemora a primeira década da carreira do quarteto e inclui faixas como De Frente Pro Crime, Galope e Passaredo, além da participação do Quarteto Em Cy nas músicas Ana Luiza, Pressentimento e Amei Tanto. Assim Seja Amém é parceria de Miltinho, do grupo, com o saudoso Gonzaguinha.

Canto dos Homens (1976) teve como faixas de maior destaque Corrente, Chão Pó Poeira, Sorriso da Mágoa, Aparecida e Vai Trabalhar Vagabundo. Nele, a fórmula perfeita sempre usada por eles, que é mesclar composições de Chico Buarque, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Tom Jobim e outros craques da MPB com canções escritas pelos próprios integrantes. Tudo com aquelas vocalizações personalizadas.

Completa o pacote Vira Virou (1980), que é um dos discos de maior vendagem da carreira do grupo carioca. São destaques do CD duas músicas da então ainda não muito conhecida dupla gaúcha Kleiton & Kledir, a faixa título e Viração, ambas ótimas, e também a maravilhosa A Lua, que tocou bastante nas rádios na época. A seleção dos títulos e os textos ficaram a cargo do produtor e jornalista Thiago Marques Luiz.

A Lua– MPB-4:

Galope– MPB-4:

De Frente Pro Crime– MPB-4:

Kuarup relança Chama Acesa e Modo Livre, de Ivan Lins

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Por Fabian Chacur

A gravadora paulistana Kuarup anda prestando um belo serviço aos fãs da melhor música brasileira. Além de lançar novos artistas e reeditar títulos importantes de seu acervo de mais de 30 anos, o selo também está resgatando obras lançadas por outros selos. Agora, é a vez de dois títulos importantes da discografia de Ivan Lins, Modo Livre (1974) e Chama Acesa (1975), da extinta RCA (hoje no acervo da Sony Music).

Esses dois ótimos trabalhos marcam uma fase de transição na carreira do genial cantor, compositor e músico carioca, que recentemente completou 70 anos de idade (ler homenagem de Mondo Pop aqui). Marcam uma espécie de ruptura com seu trabalho anterior.

Embora de ótima qualidade artística, os três primeiros álbuns de Ivan eram olhados com narizes torcidos por parte da crítica especializada. Após lançar o sintomaticamente intitulado Quem Sou Eu? (1972), o artista perdeu o grande destaque que havia obtido na mídia, e deu uma célebre entrevista ao jornal alternativo O Pasquim no qual admitiu sua alienação em termos políticos. Novidades maiores viriam a seguir.

Modo Livre traz um artista centrado no samba moderno. Seis das onze músicas foram escritas com o parceiro dos hits iniciais, Ronaldo Monteiro de Souza, entre elas as ótimas Deixa Eu Dizer (que também fez sucesso com Claudya, cuja versão foi sampleada por Marcelo D2), Tens (Calmaria) e Espero. Mas outras faixas teriam mais destaque.

Abre Alas, por exemplo, equivale ao início da parceria com o paulista de Ituverava Vitor Martins, dobradinha que se tornaria nos anos seguintes uma das melhores e mais importantes da história da MPB. Foi o grande hit do álbum. Por sua vez, Chega, assinada só por Ivan, é um desabafo em relação às pressões que sofria: “as pessoas tem que gostar de mim como eu sou, e não como você quer que eu seja”.

Tocam em Modo Livre músicos como o guitarrista e maestro Artur Verocai, que já havia atuado antes com ele e que há pouco foi resgatado pelas novas gerações, o consagrado tecladista Wagner Tiso e o baterista Robertinho Silva, entre outros do mesmo alto nível. Avarandado (Caetano Veloso) e o pot-pourry de sambas clássicos General da Banda – A Fonte Secou- Recordar é Viver são releituras bacanas do álbum.

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Chama Acesa mostra a rápida evolução da dupla Ivan Lins/Vitor Martins, que assina cinco das onze músicas do álbum, com apenas duas de Ivan com Ronaldo Monteiro de Souza. Paulo Cesar Pinheiro, que escreveu com Ivan Rei do Carnaval, no CD anterior, volta a ser parceiro na faixa que deu título ao álbum e de Poeira Cinza e Fumaça. Duas são só do autor de Madalena, as ótimas Sorriso da Mágoa e Nesse Botequim.

Embora ainda tendo o samba como base, este álbum de 1975 ganhou fortes elementos jazzísticos, além de marcar o início da colaboração de Ivan Lins com o excelente pianista e tecladista Gilson Peranzzetta, parceria que se estenderia por muitos anos. Os sopros (flauta e sax) de Ricardo Ribeiro ajudam a ressaltar esse clima jazzy que pontua o álbum.

Os dois álbuns já haviam sido lançados em CD pela antiga BMG em 2001, mas as novas edições da Kuarup são mais caprichadas, incluindo encartes rediagramados com fotos mais nítidas e ótima remasterização. Bela homenagem a um artista que mereceria ser mais venerado em sua terra natal, já que no exterior é cultuado como o mestre que de fato é.

Deixa eu Dizer– Ivan Lins:

Abre Alas– Ivan Lins:

Chega– Ivan Lins:

Sorriso da Mágoa– Ivan Lins:

Lenda do Carmo– Ivan Lins:

Joana dos Barcos– Ivan Lins:

Polysom relançará clássicos de Gal Costa no formato vinil

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Por Fabian Chacur

A Polysom, que nos últimos anos tem relançado no formato vinil de luxo álbuns importantes da história da música brasileira, promete mais dois títulos para breve, ambos de Gal Costa. Os dois discos foram lançados originalmente em 1969, e são cotados entre os melhores já lançados pela seminal cantora baiana, eterna musa da Tropicália.

O primeiro a chegar às lojas, ainda este mês, será Gal, considerado pela crítica como provavelmente o trabalho mais psicodélico da carreira da intérprete. Entre outras faixas, destacam-se a icônica Meu Nome é Gal (de Roberto e Erasmo Carlos), Cinema Olímpia, Pulsar e Quasars, Com Medo Com Pedro e País Tropical. Um banho de ousadia e criatividade de uma artista talentosíssima.

Gal Costa, cuja reedição está prevista para sair em janeiro de 2015, traz diversas canções fundamentais no repertório de Gal, entre elas Baby, Namorinho de Portão, Se Você Pensa, Divino Maravilhoso e Que Pena (Ela Já Não Gosta Mais de Mim). A produção deste e do outro LP é de Manuel Barembeim, nome importante na era tropicalista da MPB.

A única notícia não tão boa fica por conta do preço médio de cada título, R$ 79,90 , justificado pelo fato de se tratar de edições especiais e limitadas. A coleção da Polysom conta com títulos importantes de nomes como Jorge Ben, Caetano Veloso, Azymuth, Chico Science & Nação Zumbi, Banda Black Rio e títulos da gravadora Elenco.

Ouça Meu Nome é Gal, com Gal Costa:

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