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Dinho detona os coloridos: porque não?

Por Fabian Chacur

Dinho Ouro Preto anda pegando no pé das bandas do chamado rock colorido, ou happy rock, ou como você preferir.

Em entrevista à jornalista Vanessa Sulina, do R7, o roqueiro afirmou que encara bandas do tipo Restart e Cine como algo “pré-adolescente, meio Disney, fora do nosso universo”.

Em outra entrevista, em 2010, o vocalista do Capital Inicial previu que, no futuro, os músicos do Restart ficarão com vergonha das roupas e do visual que usam atualmente.

Teve gente que achou absurdo o cantor de sucessos como Fogo, Independência e Natasha detonar dessa forma colegas de profissão.

Quer saber? Acho que Ouro Preto não fez rigorosamente nada que se possa criticar.

Ao ser perguntado sobre o tema happy rock, ou rock colorido, ou (inspirando-se em seu comentário) disney rock, ele disse o que pensava.

Em nenhum momento desrespeitou o ítem mais importante da liberdade de expressão, que é não ultrapassar os limites.

Ele não mandou neguinho encher os Pe Lus da vida de porrada, nem sugeriu que quebrassem os discos deles, nem mesmo recomendou aos fãs do Capital Inicial jogar ovos podres ou tomates fedorentos nas cabeças coloridas dos carinhas.

Apenas deixou claro que não gosta do som e do visual deles.

Às vezes, essa praga chamada “politicamente correto”, que surgiu no final dos anos 80, só serve para encher o saco, sabiam?

Veja o Capital Inicial tocando Fogo em versão acústica:

Qual é o segredo do sucesso do grupo Restart?

Por Fabian Chacur

Há poucos dias, tive a oportunidade de ver, de uma só vez, todos os episódios da série Família Restart, exibida pela MTV.

A atração registrou a banda em 2010, por feliz coincidência justo no momento em que o quarteto paulistano se tornou a grande revelação do rock nacional em termos de popularidade.

As gravações flagaram os rapazes na estrada, em suas casas, gravações, contatos com os fãs, relação com os familiares, aparições na MTV etc.

Minha intenção era tentar entender melhor o porquê Pe Lu (vocal e guitarra), Pe Lanza (vocal e baixo), Koba (guitarra) e Tominhas (bateria) fazem tanto sucesso.

Em termos musicais, seu grande mérito fica por conta da energia e da sinceridade que demonstram ao vivo e em seu autointitulado álbum de estreia.

O som é um rock básico, melódico e totalmente na tradição de NX Zero, Fresno, CPM 22 e outros do que se convencionou chamar de rock emo.

Nada revolucionário, nada quebrando as estruturas, nada de inovador.

Mesmo o visual colorido dos rapazes equivale mais a um retorno dos tempos da new wave do final dos anos 70 e primeira metade dos 80, com fortes cores cítricas, cabelos desconectados etc etc etc.

Com média de idade de apenas 18 anos, os garotos, no entanto, se conhecem há uns seis, sendo grandes amigos.

O apoio de seus familiares também parece ser total.

Mas isso não explica nada. Tem muito artista sem família, sem apoio dos parentes e sem nada que estoura do mesmo jeito.

Quanto à divulgação e produção dos rapazes, temos como responsáveis os experientes e vencedores Marcos Maynard e Cláudio Campos.

Que, no entanto, também já se envolveram com inúmeros outros artistas que não tiveram a mesma sorte/sucesso.

Sabem a que conclusão cheguei? Que, na verdade, a explicação do estouro do Restart, e também de inúmeros outros grupos que vieram antes deles, não está neles, e sim no público.

Para ser mais preciso, no eterno surgimento de novas gerações.

Muitos garotos de hoje preferem curtir os artistas surgidos em outras eras, vide a grande quantidade de gente com faixa etária inferior a 25 anos presente nos shows de Paul McCartney, AC/DC e Rush no Brasil em 2010, por exemplo.

No entanto, sempre há uma grande quantidade de jovens cujo objetivo é descobrir novos ídolos, gente que ainda não estourou.

Eles querem fazer parte desse estouro. De poder dizer “0lha, eu gosto do Restart desde quando eles ainda não eram nada”.

Ou “eu vi o Restart ao vivo no Hangar (casa de shows indies em SP) perante meia dúzia de pessoas, ainda no começo deles”.

Mais. Esses novos jovens, assim como os, digamos assim, “antigos jovens”, querem ter proximidade com seus ídolos.

O que é mais fácil: conseguir um autógrafo do Pe Lu ou do Paul McCartney? Ou, pior ainda, do Pe Lanza ou do Jim Morrison, que já se foi dessa para a melhor há quase 40 anos?

Essa é a explicação. Sempre há uma nova geração, ávida para seguir novos talentos. Cabe aos novos artistas conquistarem esse público inocente, virgem, carente, e fazê-los tornarem-se seus seguidores.

Com trabalhos apelativos, ou de qualidade. Com talento ou apenas faro para os negócios. Seja da forma que for.

Se eles conseguirão manter essa fidelidade do público com o decorrer dos anos, é coisa que só o tempo nos responderá.

Alguns exemplos: o RPM enlouqueceu a juventude dos anos 80, mas nunca mais recuperou aquela popularidade.

Por sua vez, o Capital Inicial também foi muito popular naquela década, mas atualmente pode se considerar ainda mais, sempre lotando seus shows e tendo renovado o público várias vezes.

Vamos ver o que o futuro reservará ao Restart.

Veja o videoclipe de Te Levo Comigo, do Restart:

E como foi 2010 na área da musica? Heim?

Por Fabian Chacur

Na hora de se fazer balanços anuais em setores específicos, cada um segue habitualmente sua linha de pensamento.

Na área da música, no caso de 2010 certamente teremos os saudosistas, dizendo que nada de novo surgiu que valesse a pena.

Por outro lado, sempre surgem os entusiasmados com as novidades, pintando um mundo totalmente novo baseado nos últimos meses/anos.

Não dá para negar que foi um ano ótimo para Restart (foto), Justin Bieber, Lady Gaga, Beyoncé Knowles, Lady Antebellum, Black Eyed Peas, Taylor Swift, Michel Teló, Luan Santana, Scissor Sisters e Maria Gadú, só para citar alguns.

Se eles são bons ou se provarão que mereceram o destaque recebido durante 2010, só mesmo o tempo dirá.

Afinal de contas, quem é que se lembra, atualmente, de MC Hammer, Vanilla Ice, Extreme, Limp Biskit, Herman Hermits, Inimigos do Rei, Vanessa Rangel e Luka, só para citar artistas com muito destaque em determinados anos, mas que sumiram para nunca mais?

No entanto, destaques como Beatles, The Doors, Gilberto Gil, Green Day, Guns N’ Roses, Marisa Monte, Lulu Santos, Tom Petty, James Taylor, U2 e Skank continuam referência de qualidade musical.

A vida é assim. Portanto, antes de caírem na fácil tarefa de execrarem os Restarts da vida, que tal dar a eles o benefício da dúvida?

Um mais do que feliz 2011 é o que Mondo Pop deseja a todos aqueles que fazem da música sua trilha sonora, sua razão de viver, seu curativo para dores, sua fonte de prazer, sua droga sem contraindicação!

Veja o clipe de Any Which Way, do Scissor Sisters, clássico de 2010:

E para quem não se lembra, Ice Ice Baby, de Vanilla Ice, de 1990:

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