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Tag: rhythm and blues

Patty Austin fará shows em Parati e SP

Por Fabian Chacur

Patty Austin, talentosa cantora americana com extenso currículo, será uma das atrações da 6ª edição do Bourbon Festival Paraty, com apresentação marcada para o dia 25 (domingo) às 21h no palco Matriz. Ela também se apresentará em São Paulo no dia 27 (terça-feira) às 21h30 no Bourbon Street (rua dos Chanés, 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com ingressos a R$ 170,00.

Nascida no bairro do Harlem, em Nova York, no dia 10 de agosto de 1950, Patty Austin começou a cantar ainda criança, e já aos 5 anos de idade conseguia um contrato com a RCA Records. Filha de um músico de jazz, ela desenvolveu de forma admirável seu talento nos anos seguintes, tendo como padrinhos musicais o lendário produtor Quincy Jones e a cantora Dinah Washington.

Destacar momentos importantes da trajetória de Miss Austin é uma tarefa difícil, pois são muitos. Em 1979, por exemplo, ela participou do multiplatinado álbum Off The Wall, de Michael Jackson, cantando em dueto com o Rei do Pop a música It’s The Falling In Love. Pouco depois, em 1980, faria um dueto com George Benson (com quem trabalhou como backing vocal em diversos álbuns) na música Moody’s Mood.

Seu parceiro de maior sucesso foi o cantor James Ingram. Juntos, gravaram duas músicas que entraram no top 10 de singles nos EUA, as envolventes How Do You Keep The Music Playing? e Baby Come To Me. Também trabalhou com artistas como Johnny Mathis, Roberta Flack, Paul Simon e Cat Stevens, além de ter gravado uma música do nosso Ivan Lins. Do You Love Me?/ The Genie foi outro sucesso importante.

Depois dessa fase áurea na área do rhythm and blues entre o fim dos anos 1970 e o começo dos anos 1990, Patty começou a se dedicar um pouco mais à sua primeira paixão, o jazz, e foi nessa seara que ganhou seu primeiro Grammy, o Oscar da música. Isso ocorreu em 2007 com o álbum Avant Gershwin, na categoria melhor álbum de jazz vocal, em trabalho dedicado à obra de George Gershwin (1898-1937), um dos maiores compositores da história da música.

Patty Austin, que veio ao Brasil pela primeira vez aos 15 anos como backing vocal da banda de seu mentor Quincy Jones, terá a seu lado em seus shows por aqui uma banda integrada por Steve Hass (bateria), Mike Ricchiuti (piano), Sandro Albert (guitarra) e Richard Hammond (baixo). Como grande atração, sua belíssima voz, uma das mais versáteis e bem trabalhadas da música americana de ontem, hoje e sempre.

Baby Come To Me, com Patty Austin e James Ingram:

It’s The Falling In Love– Michael Jackson e Patty Austin:

Moody’s Mood– George Benson e Patty Austin:

CD de Usher vende 10 milhões de cópias

Por Fabian Chacur

Após ver ser novo álbum, Looking 4 Myself, estrear na parada americana direto no número 1 e permanecer lá por duas semanas, Usher consegue outro feito importante com o seu álbunm mais emblemático.

Confessions, lançado em 2004, atingiu esta semana a marca de 10 milhões de cópias vendidas nos EUA, segundo a empresa de pesquisas Nielsen Soundscan. É o primeiro trabalho do cantor e compositor americano a concretizar essa importante façanha.

Quarto álbum da discografia do astro do rhythm and blues moderno, esse trabalho levou Usher ao topo da parada de CDs americana pela primeira vez, mantendo-se lá por nove semanas. Ele repetiria a façanha nos anos seguintes com Here I Stand (2008), Raymond V Raymond (2010) e o mais recente Looking 4 Myself (2012).

Nascido em 14 de 10 de 1978, Usher Raymond lançou seu primeiro álbum em 1994, quando era ainda adolescente. O sucesso veio com o segundo, My Way (1997), que emplacou os singles Nice & Slow e You Make Me Wanna.

Confessions merece ter ultrapassado a marca dos 10 milhões de cópias comercializadas na terra de Barack Obama, pois se trata de um, digamos assim, jovem álbum clássico. É um dos pontos altos do rhythm and blues moderno, prova de que as novas gerações podem perfeitamente criar grandes álbuns. Nada mais lógico!

Influenciado por Michael Jackson, Kenny Gamble & Leon Huff, Teddy Pendergrass, Stevie Wonder e outros mestres da black music, Usher sabe como poucos misturar o funk/soul old school com o rap e as batidas dançantes atuais.

O ponto alto de Confessions é o balança arrasa-quarteirão Yeah!, com participação especial de Lil Jon e Ludacris e a melhor utilização do timbre “colmeia de abelhas em ação” de teclados que viveu o seu auge naquele período.

As sensuais Throwback e Confessions Part 2 são outros destaques de um álbum que pode ser ouvido de ponta a ponta, e que traz ótimas melodias, batidas cativantes e vários produtores e parceiros de Usher, entre os quais destaco o ótimo Jermaine Dupri.

No encarte da edição especial de Confessions, Usher inclui algumas frases certeiras e profundas. Reproduzo três delas:

“You’re not a failure until you start blaming everyone else around you” (você não é um fracassado até que comece a culpar todo mundo que estiver ao seu lado por seus erros)

“Learn from the mistakes of others. You can’t make them all yourself” (aprenda com os erros dos outros. Você não pode cometê-los todos sozinho)

“Anger is only one letter short of danger” (ódio tem apenas uma letra a menos do que perigo; o trocadilho faz sentido apenas em inglês, mas é bem profunda em qualquer língua, em termos de significado).

Clipe de Yeah!, com Usher, Lil Jon e Ludacris:

Clipe de Confessions Part 2, com Usher:

Whitney Houston cantou no Brasil em 1994

Por Fabian Chacur

Vários artistas internacionais importantes tocaram no Brasil pela primeira vez no extinto Hollywood Rock Festival, que rolou entre 1988 e 1996. Whitney Houston foi uma delas, na edição realizada em janeiro de 1994.

Ela foi a principal atração de uma das noites, curiosamente a única ligada à música pop/black. Entre os outros nomes internacionais de destaque estavam o Aerosmith, o ex-cantor do Led Zeppelin Robert Plant e as bandas Poison, Ugly Kid Joe e Live.

Embora ainda estivesse no auge de sua carreira, os problemas com drogas já começavam a atormentá-la. Nem mesmo o fato de ter sido mãe pela primeira vez no ano anterior deu uma acalmada na moça. E ela já estava casada com o “glorioso” Bobby Brown, origem dessas encrencas todas.

Seja como for, os dois shows feitos por ela no Brasil, um no Rio e outro em São Paulo (no estádio do Morumbi) foram bastante profissionais, apesar de ter ficado nítido que sua música era mais adequada para locais fechados, e não para serem interpretadas em um estádio a céu aberto, palco ideal para o rock.

Whitney veio acompanhada por uma ótima banda de apoio e deu uma geral no repertório que havia gravado até então, com destaque para as canções de O Guarda Costas, como I Will Always Love You.

A curiosidade ficou por conta de, em uma das músicas, o palco ter sido invadido por um fã que foi em direção à cantora. A segurança teve ação tão eficiente e rápida que para muitos dos presentes, eu incluso, deu a impressão de se tratar de uma armação.

Afinal, algo parecido ocorre no filme, com Kevin Costner, então um dos galãs mais badalados de Hollywood, se incumbindo de proteger a jovem estrela. A produção do evento e da artista não esclareceram o fato, que hoje faz parte do folclore dos shows internacionais realizados no Brasil. Quem viu, viu, quem não viu…

Ouça I Have Nothing, da trilha de O Guarda Costas:

Ouça The Greatest Love Of All:

Morre a diva pop/soul Whitney Houston

Por Fabian Chacur

O mundo da música pop recebeu há pouco uma notícia barra pesadíssima, às vésperas de mais uma cerimônia de entrega do Grammy, o Oscar desse setor entre aquilo que chamamos de arte.

Morreu por volta das 21h50 da noite deste sábado (11), no horário de Brasília, a cantora Whitney Houston. Seu corpo foi encontrado no quarto de um hotel em Beverly Hills, na California. A cantora tinha 48 anos de idade.

Ainda não se sabe qual a causa de sua prematura morte, que foi divulgada por volta de uma hora após ter ocorrido. O cadáver da intérprete norte-americana teria sido encontrado por sua empresária.

Nascida em 9 de agosto de 1963 em Newark, Nova Jersey, Whitney Houston era filha de outra grande cantora, a intérprete gospel e pop Cissy Houston, e prima da eterna diva Dionne Warwick.

Sua carreira profissional começou de forma gradativa, quando ela era ainda uma adolescente, participando de discos da mãe e de outros nomes. Sua primeira gravação como solista ocorreu em 1978 na música Life’s a Party, faixa-título do álbum da Michael Zager Orchestra, mais conhecida por seu megahit disco Let’s All Chant.

Whitney recebeu convites de Michael Zager e de diversos outros produtores para assinar um contrato como artista solo, mas a mãe preferiu esperar por uma proposta melhor, que acabou ocorrendo em 1983.

Naquele ano, o consagrado executivo Clive Davis ficou maravilhado com o potencial da jovem cantora e resolveu levá-la para a Arista Records (selo cujo acervo hoje pertence à Sony Music).

Sem pressa, Davis montou uma equipe repleta de nomes importantes da música pop naquele momento, entre os quais Jermaine Jackson, Kashif e Narada Michael Walden, e não poupou esforços para que aquele lançamento fosse bombástico. E foi.

Whitney Houston (1985), o tal álbum, esteve por 14 semanas não consecutivas no topo da parada americana, além de emplacar três singles no número 1 nessa categoria: Saving All My Love For You, How Will I Know e Greatest Love Of All.

A partir daí, a cantora viveu anos de ouro até 1996, emplacando três álbuns solo e 11 singles entre os mais vendidos. Sua participação na trilha do filme O Guarda-Costas (The Bodyguard, 1992), com as músicas I Have Nothing, I’m Every Woman e I Will Always Love You levaram o álbum a vender mais de 10 milhões de cópias nos EUA e ficar durante 20 semanas no primeiro lugar.

A cantora também estrelou esse filme ao lado de Kevin Costner, e participou de dois outros filmes de sucesso logo a seguir, Waiting To Exhale (Falando de Amor, 1995) e The Preacher’s Wife (1996), nos quais também gravou músicas para as respectivas trilhas sonoras.

Em 1992, no entanto, ela se casou com o ex-integrante do grupo New Edition e artista solo de rhythm and blues, Bobby Brown. O parceiro, com quem ficou oficialmente durante 15 anos, é acusado de introduzi-la no mundo das drogas, além de agredi-la por diversas vezes e ter ficado em cana durante um bom tempo.

A partir do lançamento do álbum My Love Is Your Love (1998), sua carreira perdeu o embalo, com discos de vendas bem inferiores aos dos bons tempos sendo lançados.

Quando lançou I Look To You (2009), CD que entrou direto na primeira posição da parada americana, Whitney ensaiou um retorno triunfal, mas pouco depois se viu que isso infelizmente não iria ocorrer.

No ano seguinte, o que tinha como objetivo ser uma turnê para reconquistar os milhões de fãs dos bons tempos acabou se tornando um dos momentos mais constrangedores da história do pop, com vídeos mostrando Whitney desafinando de forma terrível e inimaginável bombando no Youtube.

Whitney Houston morre na antevéspera do Grammy Awards 2012, ela que em sua carreira conseguiu seis estatuetas, além de inúmeros outros prêmios durante sua carreira.

Se frequentemente interpretava canções excessivamente melosas, quando acertava a mão a intérprete dava banhos de interpretação e swing, graças a uma voz poderosa e afinadíssima. Era uma legítima diva dos anos 80/90, e certamente deixará saudades nos quatro cantos do mundo.

Curiosidades sobre duas canções da trilha de O Guarda Costas: I Will Always Love You é de autoria da cantora country Dolly Parton, e foi gravada originalmente nos anos 70. Por sua vez, I’m Every Woman fez sucesso inicialmente na voz de Chaka Khan em 1978, com vocais de apoio de uma ainda adolescente Whitney. A veterana retribuiu o favor na releitura de Whitney.

Ouça Life’s a Party – Michael Zager Band, com Whitney e Cissy Houston nos vocais:

Ouça I’m Every Woman, com Whitney Houston:

Ouça I Will Always Love You, com Whitney Houston:

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