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Garbage se inspira nos protestos no Chile para criar novo single

Garbage por Joseph Cultice 1

Por Fabian Chacur

Shirley Manson, carismática cantora do Garbage, presenciou no Chile parte dos protestos da população local que tiveram início em 2019 e foram motivadas por atos do governo que desrespeitavam os direitos dos mais necessitados. Nascia ali a inspiração para No Gods No Masters, faixa que acaba de ser disponibilizada pela banda americana e que dará nome ao 7º álbum deles, que a gravadora BMG promete lançar no dia 11 de junho.

Em declaração divulgada por um press release enviado à imprensa, Manson dá mais detalhes sobre essa canção, um rock energético e com tempero eletrônico que lembra os anos 1980:

“Estava em Santiago durante os protestos ali, que foram muito emocionantes. Andávamos pela cidade e ela estava coberta de pichações, em todos os antigos museus e palácios. E eu fiquei chocada. Foi nesse momento que as pessoas incríveis com quem eu estava disseram: ‘Mas por que você está tão chocada? Estamos protestando contra a violência a vidas humanas e as propriedades, e são os edifícios e monumentos que foram danificados aqui que te chocaram?’. E, de fato, os seres humanos estão sendo massacrados, e é nisso que você deve se concentrar. Isso foi como um tapa na cara”.

No Gods No Masters (clipe)- Garbage:

Adam Schlesinger, do sucesso That Thing You Do! e muito mais

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Por Fabian Chacur

A composição That Thing You Do!, tema principal do filme That Thing You Do! O Sonho Não Acabou (1996), é um belo cartão de apresentação para o produtor, músico e compositor americano Adam Schlesinger. Ele, infelizmente, nos deixou nesta quarta-feira (1º), mais uma vítima do meio musical deste terrível covid-19, conforme divulgado pelo New York Times em comunicado do advogado do músico, Josh Grier. Mas o currículo do agora saudoso artista americano vai muito além dessa música deliciosa.

Ironicamente, o filme conta a história de uma banda fictícia que acaba quando ainda curtia o estouro de seu único hit. Schlesinger concorreu ao Oscar pela canção, e não o venceu. No entanto, conseguiu faturar três EMIs, o Oscar da TV americana, e um Grammy, prêmio máximo da indústria fonográfica mundial. E ele também fez música para espetáculos teatrais badalados. Menos mal.

Adam Lyons Schlesinger nasceu em 31 de outubro de 1967 em Manhattan. Sua carreira musical começou a engrenar na primeira metade dos anos 1990, quando, por falta de uma, criou logo duas bandas. A primeira foi a Ivy, ao lado de Andy Chase e Dominique Durand, em 1994. A segunda veio logo a seguir, a Fountains of Wayne, que tinha como núcleo ele e Chris Collingwood. Ambas tiveram trajetórias bem bacanas em termos musicais.

A Ivy lançou o seu álbum de estreia, Realistic, em 1995. Apostando em um pop-rock melódico com influências como The Smiths, Burt Bacharach, The Go-Betweens e The Beatles, conseguiram emplacar diversas músicas em trilhas de filmes, entre os quais There’s Something About Mary (1998), Me, Myself & Irene (2000) e Shallow Hall (2001).

Dessas canções, This Is The Day (ouça aqui), de There’s Something About Mary, é uma das mais legais. Seu álbum Apartment Life (1997) teve como coprodutor ninguém menos do que o britânico Lloyd Cole (ex-líder dos Commotions). Seu 6º e último álbum, All Hours, saiu em 2011.

Em termos de popularidade, o Fountains Of Wayne foi um pouco além da Ivy. Embora muito bons e merecedores de elogios por parte dos críticos, seus dois primeiros álbuns, Fountains Of Wayne (1996) e Utopia Parkway (1999), ambos lançados pela Warner, não tiveram bom retorno em termos comerciais, tanto que eles acabaram levando o cartão vermelho da gravadora.

Sem baixar a guarda, Schlesinger e Collingwood foram à luta e conseguiram assinar com o selo indie S-Curve. Com o álbum de estreia nesta gravadora, Welcome Interstate Managers (2003), eles emplacaram o hit Stacy’s Mon (seu maior hit, chegou ao 21º lugar nos EUA, ouça aqui). Com pegada power pop, a canção os impulsionou a uma façanha meio curiosa. Bem curiosa, por sinal.

Na edição de número 46 do Grammy, cuja cerimônia de premiação ocorreu em fevereiro de 2004, a banda concorreu na categoria….banda revelação! Isso, mesmo com três álbuns e oito anos de estrada no currículo. Perderam para o grupo Evanescence. A banda lançaria mais três álbuns, sendo que o último deles, Sky Full Of Holes (2011) acabou sendo o mais bem-sucedido em termos comerciais, atingindo o 37º na parada pop americana.

Schlesinger também integrou uma “superbanda”, formações que trazem músicos já famosos por trabalhos anteriores. No caso, foi a Tinted Windows, que reuniu, além do líder do Ivy e Fountains Of Wayne, James Iha (ex-Smashing Pumpkins), Taylor Hanson (do grupo Hanson) e Bun E. Carlos (baterista do Cheap Trick). A banda fez alguns shows e lançou um álbum, Tinted Windows (2009).

E respire mais um pouco, pois o currículo de Adam ainda não acabou. Ele compôs muita coisa para teatro e TV nesses anos todos. Um desses trabalhos gerou um álbum, A Colbert Christmas: The Greatest Gift Of All (2010), gravado por Stephen Colbert e com músicas de Schlesinger em parceria com David Javerbaum. Pois foi graças a esse trabalho que ele finalmente ganhou um Grammy, após duas derrotas com o Fountains Of Wayne.

Vários artistas famosos gravaram composições de Adam. Os Monkees, por exemplo, incluíram canções dele (que também atua como músico) em seus álbuns mais recentes, os ótimos Good Times! (2016) e Christmas Party (2018). Katy Perry, Jonas Brother, America, Elvis Costello e Willie Nelson também gravaram músicas do artista, que produziu discos de The Verve Pipe, David Mead e They Might Be Giants. Além da música-tema de That Thing You Do!, ele também escreveu várias das canções do filme Josie And The Pussycats.

A parceria com David Javerbaum rendeu músicas para musicais de teatro de bastante sucesso, entre os quais vale citar Cry-Baby (2008) e An Act Of God (2015). Com outros parceiros, também fez coisas bem legais.

A atriz e comediante Sarah Silverman escolheu Adam para escrever com ela as canções de seu espetáculo The Bedwetter, que deveria ter estreado há pouco, mas cuja exibição foi adiada pela pandemia do novo coronavírus. No momento, Schlesinger estava escrevendo com Rachel Bloom músicas para uma adaptação teatral da série de TV The Nanny. Ou seja, ele nos deixou em momento dos mais produtivos de sua intensa carreira. Uma pena!

That Thing You Do! (clipe)- The Wonders:

Alexisonfire lança single soturno e potente, Season Of The Flood

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Por Fabian Chacur

A banda canadense Alexisonfire lançou em 2019 duas faixas inéditas, algo que não fazia há dez longos anos. As energéticas Familiar Drugs (veja o clipe abaixo) e Complicit (ouça aqui) flagraram o quinteto em plena forma. E agora eles nos oferecem um terceiro biscoito fino, Season Of The Flood (ouça aqui), enquanto fazem uma série de cinco shows de hoje (20) a domingo (26) no Canadá e EUA.

Season Of The Sun é bem diferente das outras duas canções, com quase sete minutos de duração, andamento mais compassado e um clima soturno recortado por guitarras pesadas e boas vocalizações. Um belo momento que flagra George Pettit (vocal) e Dallas Green (vocal, guitarra-base e piano) cantando juntos em uma faixa do grupo pela primeira vez.

“Estou muito orgulhoso dessa nova música”, diz Pettit. “Houve algumas primeiras tentativas e todos nós nos reunimos no estúdio para fazer dessa música o que é. Essa também foi a primeira vez que cantei com Dallas em uma música. Eu sei que estou tocando em uma banda com Dal há quase 20 anos, mas caramba, a voz desse cara pode derreter um anjo.”

Criado em 2001 em Ontario, no Canadá, o Alexisonfire também traz em sua formação Wade MacNeil (guitarra-solo e vocais), Chris Steele (baixo) e Jordan Hastings (bateria), e faz um som que mistura hardcore com elementos melódicos e muita energia. No currículo, o quinteto traz quatro álbuns de estúdio e quatro ao vivo, sendo seu CD mais popular Old Crowns/Young Cardinals (2009). Eles tocaram no Brasil em 2012, durante a turnê que marcou sua separação.

Após um retorno em 2015, o grupo agora retoma a carreira com mais empenho. Seus músicos também tem projetos paralelos, sendo o mais bem-sucedido o de Dallas Green, o City And Colour, no qual o artista investe com muita desenvoltura em folk e pop, tendo lançado até o momento seis álbuns de estúdio e três ao vivo. Sua voz é ótima, e se encaixa feito luva nesse repertório mais delicado, em canções como Northern Wind (ouça aqui).

Familiar Drugs (clipe)- Alexisonfire:

Projeto Sampa Som promove um show no Teatro Gazeta-SP

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Por Fabian Chacur

Uma das coisas mais difíceis para artistas novos e ainda sem o apoio da grande mídia é o acesso a espaços nobres para que possam apresentar e divulgar seus trabalhos. Esse é o objetivo do Projeto Sampa Som, que promoverá em São Paulo neste domingo (3/6) às 11h no palco do Teatro Gazeta (avenida Paulista, nº 900), com ingressos a R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira), um show que envolverá nomes de diversos estilos e correntes da música paulistana, entre os quais o trio Ianomanos (foto).

O primeiro elenco escolhido pela curadoria do projeto, integrada pelo produtor Fabius e outros, traz artistas solo e grupos que investem em várias vertentes do rock, soul, blues, MPB, rap, hip hop, música alternativa e muito mais. Alguns já tem alguma visibilidade, como a experiente banda Bendito, enquanto o grupo Giuseppe Rock Clube traz como atração o baterista Pepe, com pouco mais de sete aninhos de idade. Keven Muzanda, de Angola, é o convidado especial.

A ideia é que esta apresentação seja a primeira de uma série de outras, sempre com nomes selecionados a partir de diferentes origens, tribos e lugares, que realizam seus trabalhos longe dos tentáculos da indústria cultural e da grande mídia. Quem por ventura tiver interesse em submeter seu trabalho à curadoria ou obter mais informações é só entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo fone de contato: (11) 97468-4763.

Bem Perto Agora (clipe)- Banda Bendito:

10.000 Maniacs faz shows em São Paulo, Rio e Porto Alegre

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Por Fabian Chacur

Após um bom período fora dos holofotes, a banda americana 10.000 Maniacs, que fez bastante sucesso nos anos 1980 e 1990, surge novamente em cena com um álbum ao vivo, Playing Favorites, lançado no exterior em junho de 2016. O sexteto volta ao Brasil para shows em São Paulo (quinta-1º/6), Rio de Janeiro (sexta-feira-2/6) e Porto Alegre (sábado-3/6).

Criada em 1981 na cidade de Jamestown, no estado de Nova York, o grupo lançou seu primeiro álbum, The Secrets Of The I Ching, em 1983. O sucesso começou a aparecer com o terceiro álbum, In My Tribe (1987), que emplacou hits como What’s The Matter Here e Hey Jack Kerouak, seguido por Blind Man’s Zoo (1989). Sua mistura de folk, pop e rock cativou o público dito alternativo.

Os trabalhos Our Time In Eden (1992) e MTV Unplugged (1993), especialmente este último, pareciam indicar o estrelato para a banda, mas logo a seguir a cantora Natalie Merchant resolveu sair fora rumo a uma bem-sucedida carreira-solo, e isso deu uma certa complicada na rota do grupo, que inicialmente ficou meio perdido.

A solução veio com o retorno do guitarrista e vocalista John Lombardo, ele que havia integrado o grupo de 1981 a 1986, e da cantora Mary Ramsey, que atuou em dupla com Lombardo e também fez parte da banda de apoio dos Maniacs entre 1991 e 1993. A nova escalação rendeu dois ótimos álbuns, Love Among The Ruins (1997) e The Earth Pressed Flat (1999), e foi nessa época que o grupo se apresentou ao vivo por aqui, com direito a show no extinto Palace, em São Paulo.

A morte do guitarrista Robert Buck em 2000, aos 42 anos, deu outra boa balançada no grupo, que a partir daí passou por várias entradas e saídas de integrantes, fazendo alguns shows mas sem a mesma repercussão dos bons tempos. As coisas melhoraram a partir do lançamento de Music From The Motion Picture (2013), seguido por Twice Told Tales (2015), este último marcando um novo retorno de Lombardo ao time.

Playing Favorites foi gravado ao vivo precisamente na cidade natal da banda, e marcou outro retorno bacana, o da cantora Mary Ramsey. Além dela e de Lombardo, o time inclui hoje o guitarrista Jeff Erickson, que era o roadie de Buck e se tornou seu substituto, e três membros da formação clássica da banda, Jerome Augustyniak (bateria), Dennis Drew (teclados e vocais) e Steve Gustafson (baixo).

O novo álbum, ainda inédito no Brasil (assim como os outros a partir de 2000), traz 14 releituras dos grandes hits do grupo, como as músicas já citadas neste post e também Trouble Me, Candy Everybody Wants, More Than This (belo cover do Roxy Music e maior sucesso da fase com Mary Ramsey no vocal principal) e Rainy Day.

Serviço dos shows dos 10.000 Maniacs no Brasil:

São Paulo- 1º/6 (quinta-feira)- 22h- Espaço das Américas (rua Tagipuru, nº 795- Barra Funda- fone 0xx11-3868-5860), com ingressos custando de R$ 80,00 a R$ 380,00.
Rio de Janeiro- 2/6 (sexta-feira)- 22h- Vivo Rio (avenida Infante Dom Henrique, nº 85- Parque do Flamengo- fone 0xx21-3531-1227), com ingressos custando de R$ 95,00 a R$ 320,00.
Porto Alegre- 3/6 (sábado)- 21h- Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, nº 685- Porto Alegre- call center 4003-1212), com ingressos custando de R$ 110,00 a R$ 380,00.

More Than This– 10.000 Maniacs:

The Maine lança novo single e prepara nova turnê brasileira

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Por Fabian Chacur

A banda americana The Maine acaba de divulgar um novo single. Trata-se de Black Butterflies & Déja Vu, apresentada no Youtube com um lyric vídeo. Este é a segunda música divulgada de seu próximo álbum, Lovely Little Lonely, que está previsto para sair no dia 7 de abril. Antes, a música Bad Behavior havia sido disponibilizada deste seu sexto CD de estúdio. E eles já tem novos shows marcados para o Brasil.

Com seu clima envolvente e pop, o single é definido assim pelo vocalista e tecladista John O’Callagham: “Esta música é para os momentos, lugares ou pessoas que de alguma forma transformam a sua língua em pedra. Aqueles momentos em que as palavras realmente não possuem o poder de expressar adequadamente uma situação. Para mim, foi escrita em um momento em que o mundo ficou claro para mim por apenas um instante… Quando os problemas se dissipavam e eu não conseguia me expressar usando as 26 letras que conheço.”

Na ativa desde 2007 e oriundo da cidade de Temple, no Arizona (EUA), o The Maine traz, além de O’Callagham, os integrantes Jared Monaco (guitarra-solo), Garret Nickelsen (baixo), Patrick Kirch (bateria) e Kennedy Brock (guitarra-base). Atualmente, eles lançam seus trabalhos por um selo próprio, 8123, além de manter um festival com o mesmo nome. Seu trabalho de maior repercussão foi Black & White (2010), que atingiu o nº 16 na parada americana.

Com público cativo no Brasil, eles já estiveram por aqui, incluindo uma passagem em 2012 que rendeu um DVD gravado ao vivo em São Paulo em julho daquele ano e intitulado Anthem For a Dying Breed (2013). Confira abaixo o calendário de sua nova turnê brasileira:

15/07 – Tropical Butantã – São Paulo
16/07 – Bar da Montanha – Limeira
18/07 – Teatro CIEE – Porto Alegre
19/07 – Local a confirmar – Curitiba
21/07 – Arena Futebol Clube – Brasília
22/07 – Teatro Bradesco – Belo Horizonte
23/07 – Circo Voador – Rio de Janeiro

Black Butterfiles & Déja Vu– The Maine:

Bandas Dônica e El Toco são a dobradinha do RNR no Rio

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Por Fabian Chacur

O projeto Rio Novo Rock (RNR) prossegue nesta quinta-feira (7) com shows das bandas Dônica e El Toco. O DJ Bonham e o VJ Miguel Bandeira também participam desta edição do evento, que abre espaços preciosos para os novos grupos de rock cariocas e brasileiros. O show será realizado a partir das 20h no Imperator Centro Cultura João Nogueira (rua Dias da Cruz, nº 170- Meyer- fone 0xx21-2597-3897), com ingressos a R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira).

Integrada por José Ibarra (vocal e teclados), Lucas Nunes (guitarra), Miguel Guimarães (baixo), André Almeida (bateria) e Tom Veloso (violão e composições), a banda Dônica (foto) lançou seu primeiro CD, Continuidade dos Parques, em 2015, pela Sony Music. O trabalho contou com as participações especiais de Milton Nascimento, Pedro Baby e Dora Morelembaum, e mereceu muitos elogios dos críticos.

A sonoridade do quinteto carioca mistura elementos do rock progressivo e da MPB dos anos 1970, especialmente do Clube da Esquina, o que explica a participação do Bituca de Três Pontas no trabalho (na faixa Pintor). Afora o fato de ter em sua escalação Tom, que é filho de Caetano Veloso, o grupo conquistou fãs com um trabalho ousado, e já tem no currículo participação em festivais do porte do Lollapalooza Brasil e do Rock in Rio.

Oriundo de São Bernardo do Campo, Daniel recebeu o apelido de Toco por não ter parte do seu braço direito, codinome que incorporou de forma bem-humorada. Ao se mudar para o Rio, intensificou o trabalho de sua banda, a El Toco, que lançou o CD Uno em 2015 e traz entre suas influências Nação Zumbi, Clara Nunes e um tempero próprio com direito a muita latinidade, africanidade e até mesmo mantras orientais.

Bicho Burro– Dônica:

Pintor– Dônica e Milton Nascimento:

Esses Meninos– El Toco:

Fitz And The Tantrums tocará no Lollapalooza Brasil 2015

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Por Fabian Chacur

Foi divulgado oficialmente neste domingo (16) o elenco oficial da quarta edição nacional do festival Lollapalooza Brasil, que será realizada nos dias 28 e 29 de março de 2015 no autódromo de Interlagos. Serão mais de 50 atrações, englobando desde o rock clássico até a música eletrônica. Um dos destaques perdidos no meio do time é a banda Fitz And The Tantrums.

Criada em 2008 e tendo como sede Los Angeles, Fitz And The Tantrums é integrada por Michael “Fitz” Fitzpatrick (vocal), Noelle Scaggs (vocal), James King (sax e flauta), Jeremy Ruzumna (teclados), Joseph Karnes (baixo) e John Wicks (bateria e percussão). O grupo faz uma versão moderna de soul, funk e black music repleta de energia e boas canções.

Eles estouraram logo com seu álbum de estreia, o ótimo (e inédito no Brasil) Pickin’ Up The Pieces (2010), que inclui entre outras as fantásticas Moneygrabber e Don’t Gotta Work It Out. A evidente influência de Daryl Hall & John Oates em seu som teve a bênção do próprio Daryl, que os convidou e cantou com eles em seu seminal programa de TV Live From Daryl’s House.

More Than Just a Dream (2012) marcou a entrada do sexteto no selo Elektra, e contém músicas como Break The Walls, Spark, The End e The Walker. Com sua performance bem pra cima e um repertório dançante e alto astral, o grupo pode se tornar um dos destaques do festival.

Os headliners do Lollapalooza Brasil 2015 são Jack White, Pharell Williams, Calvin Harris, Robert Plant, Skrillex, The Smashing Pumpkins e Foster The People. Este último, por sinal, atuou na primeira edição do festival no Brasil, em 2012, e volta agora com muita moral, graças a seu som que mistura dance, eletrônica e psicodelismo.

A escalação do festival também trará bandas bem populares e que já vieram antes ao Brasil, como The Kooks, Kasabian e Interpol, o badalado Far From Alaska, e brasileiros como Pitty, Banda do Mar e O Terno. Os ingressos do segundo lote já estão à venda, custando R$ 660 e R$ 330 (meia) para os dois dias. Mais informações: www.lollapaloozabr.com .

Moneygrabber– Fitz And The Tantrums:

Moneygrabber– Fitz And The Tantrums com Daryl Hall (live):

Beck lança o reflexivo Morning Phase

Por Fabian Chacur

Como forma de apresentar à imprensa brasileira Morning Phase, novo trabalho do americano Beck que chega nesta terça-feira (25) às lojas, a gravadora Universal Music promoveu na manhã desta segunda-feira (24) uma audição especial realizada em um estúdio situado em São Paulo no qual o álbum foi executado no formato vinil em condições ideais de reprodução. Nada mais adequado.

Morning Phase é basicamente um álbum folk reflexivo, suave e com forte influência do que se fazia nessa área musical na década de 1970 por artistas como Nick Drake e mesmo a banda Pink Floyd em sua fase The Dark Side Of The Moon (1973) e Wish You Were Here (1975). Violões, guitarras discretas, teclados idem, efeitos suaves, nuances sofisticadas que você vai descobrindo a cada nova audição…

O álbum guarda semelhanças e afinidades com outro disco de Beck, Sea Changes (2002), e não por acaso reúne os mesmos músicos presentes nele, entre os quais se destacam Joey Waronker, que gravou e tocou ao vivo com o R.E.M., e o brilhante Jason Falkner, ex-integrante da banda Jellyfish em seu marcante álbum de estreia e com uma carreira solo excelente que inclui belos discos como Autor Unknown (1996) e Can You Steel Feel? (1999).

Este tem tudo para ser um ano bem agitado para Beck, cujo álbum que o alçou rumo ao estrelato, Mellow Gold, completa 20 anos, com o single marcante Loser. Ele acaba de ser capa da versão americana da revista Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial, e de quebra promete lançar outro álbum ainda em 2014. Isso, além de inúmeros shows.

A marca registrada de Beck Hansen é a inquietude que o levou a explorar as mais diversas sonoridades nesses anos todos, do folk ao funk de verdade, do rock alternativo ao experimentalismo, sempre com sua assinatura própria. Morning Phase, com faixas bacanas como Blue Moon, Walking Eight, Morning, Wave e Unforgiven, prova sua inspiração e capacidade de criar belas melodias e canções.

Ouça Blue Moon, com Beck:

Lollapalooza 2014 Brasil anuncia seu elenco

Por Fabian Chacur

A empresa responsável pela divulgação do festival Lollapalooza Brasil anunciou a escalação completa do elenco que irá participar do evento em sua próxima edição, programada para ocorrer nos dias 5 e 6 de abril de 2014, desta vez no Autódromo de Interlagos. As bandas headliners serão Soundgarden (foto), Arcade Fire, Nine Inch Nails e Muse. Os ingressos custam entre R$ 145 e R$ 540 (saiba mais em www.ticketsforfun.com.br).

O grande evento roqueiro criado nos EUA em 1991 por Perry Farrell, vocalista do Jane’s Addiction, já teve duas edições realizadas no Brasil, uma em 2011 e outra em 2013, ambas no Jockey Clube (SP) e que reuniram, respectivamente, 135 mil e 167 mil pessoas. Os organizadores da nova rodada apostam em um número em torno de 160 mil pessoas como público total de seu empreendimento rocker em 2014.

O elenco é enorme e, como nos anteriores, inclui artistas para todos os gostos. Como possíveis destaques, além dos headliners, aponto o ex-The Smiths Johnny Marr (leia crítica de seu primeiro CD solo aqui), a seminal banda The Pixies, o afrorock do Vampire Weekend (leia resenha de show deles no Brasil aqui), o vocalista dos Strokes Julian Casablancas, o grupo mexicano Café Tacvba (leia matéria sobre eles aqui), o jovem roqueiro britânico Jake Bugg (leia crítica de seu primeiro CD aqui) e o DJ Baauer (do célebre hit viral Harlem Shake).

Temos também vários nomes brasileiros, entre os quais os patronos do mangue beat da Nação Zumbi, a revelação do novo rock paulistano Vespas Mandarinas e os ótimos e também novos roqueiros cearenses da banda Selvagens à Procura de Lei. O problema pode ser o fato de o Autódromo de Interlagos ser bem longe do centro de São Paulo, e de a região ser famosa pelos enormes congestionamentos em grandes eventos.

Veja clipe de The Messenger, com Johnny Marr:

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