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Chrissie Hynde, 70 anos e um ícone feminino do rock mundial

chrissie-hynde

Por Fabian Chacur

Estádio do Morumbi (SP), janeiro de 1988. Este repórter e crítico musical que vos tecla se preparava para entrar em um elevador rumo à sala de imprensa da 1ª edição do Hollywood Rock, um dos mais importantes e badalados festivais de música da história desse país. Quando a porta abriu, o susto: saíram dela ninguém menos do que os integrantes de uma das principais bandas escaladas para o evento, The Pretenders. Quem me chamou a atenção foi a moça que, nesta terça (7) completou 70 bem-vividos anos de existência, uma certa Chrissie Hynde.

Achei-a com uma certa semelhança à nossa amada Rita Lee, em termos de presença física. Ao seu lado, o então guitarrista do grupo, outro grande ícone do rock, Johnny Marr, que havia há pouco saído dos Smiths e iniciava uma trajetória muito significativa longe da banda que o consagrou. Emocionante esse rápido contato, só superado pelo ótimo show que os Pretenders proporcionaram ao público presente ao estádio paulistano.

Quem se debruçar na história da presença feminina no nosso amado rock and roll certamente chegará à conclusão de que essa cantora, compositora e guitarrista nascida em Akron, Ohio (EUA) em 7 de setembro de 1951 possui um papel dos mais importantes. Afinal de contas, ela, após passagens por Londres e Paris em tentativas frustradas de integrar uma banda de rock, conseguiu enfim em 1978 criar a sua própria. Detalhe: liderando três rapazes.

Os caras em questão eram os ótimos músicos britânicos Pete Farndon (baixo- 1952-1983), James Honeyman-Scott (guitarra- 1956-1982) e Martin Chambers (bateria- 1951). A química entre os quatro se mostrou certeira, com Chrissie (vocal e guitarra) se destacando como a principal figura do time, com sua voz potente e suas canções certeiras. Resultado: dois álbuns clássicos, Pretenders (1980) e Pretenders II (1981).

Quando estava no auge, o grupo teve lidar com uma crise que culminou em 1982 com a demissão de Farndon e com a morte, dois dias após essa traumática decisão, de Honeyman-Scott (Farndon nos deixaria em 1983). Nesse momento, Hynde deu uma bela volta por cima. Em 1984, com Robbie McIntosh na guitarra e Malcolm Foster no baixo, o quarteto voltou e nos proporcionou outro álbum matador, Learning To Crawl.

Get Closer (1986), outra pérola pretenderiana, veio para manter a banda em alta, mas marcou o início do que viria a ser a sua marca: trocas nas formações, as idas e voltas de Martin Chambers e o comando com mão de ferro de Chrissie. Sua visão feminista, seu veganismo e associação com causas humanitárias bacanas, além de relacionamentos afetivos com ícones do rock como Ray Davies (The Kinks, com quem teve a filha Natalie) e Jim Kerr (Simple Minds, com quem teve a filha Yazmin) a tornaram uma personagem marcante no cenário musical, sempre com boas entrevistas.

A carreira dos Pretenders, assim como incursões solo de Hynde e participações em trabalhos alheios, ajudaram a firmá-la como uma artista extremamente efetiva, que soube desenvolver seu imenso talento como cantora, compositora e também relendo músicas alheias, como fez este ano com Standing in the Doorway: Chrissie Hynde Sings Bob Dylan, dedicado a canções do autor de Like a Rolling Stone. E que venha mais coisa boa por aí!

Brass In Pocket (clipe)- The Pretenders:

Stevie Nicks mostra single prévio extraído de novo álbum ao vivo

stevie nicks live in concert 400x

Por Fabian Chacur

A presença de palco de Stevie Nicks sempre foi um de seus pontos altos em termos artísticos, nesses seus quase 50 anos de estrada. Logo, trabalhos nos quais ela foi flagrada ao vivo, na carreira solo ou como integrante do Fleetwood Mac, sempre atraem as atenções dos seus milhões de fãs mundo afora. O mais recente sairá no dia 4 de novembro. Trata-se de Live In Concert- The 24 Karat Gold Tour, gravado ao vivo em 2017 e agora lançado pela gravadora BMG.

O conteúdo deste live album foi registrado em dois shows durante a turnê que divulgou o álbum 24 Karat Gold (2014, leia a resenha aqui), que atingiu o posto de nº 7 nos EUA. Além das plataformas digitais, o trabalho também será comercializado no exterior nos formatos CD duplo e LP de vinil duplo.

O filme que registra estes shows foi exibido nos cinemas americanos nos dias 21 e 25 próximos passados, e estará disponível no formato video in demand entre os dias 29 deste mês e 5 de novembro, também apenas no exterior. Ainda não foi divulgado se teremos lançamentos em DVD e/ou Blu-ray. Nele, além das músicas, Stevie também fala um pouco sobre cada uma das canções do set list.

O repertório de Live In Concert- The 24 Karat Gold Tour se divide entre sucessos do Fleetwood Mac como Gypsy, hits de sua carreira solo como Stand Back e Edge Of Seventeen e algumas surpresas. Entre elas, a primeira versão ao vivo da fantástica Crying In The Night, faixa de abertura do hoje raríssimo álbum Buckingham Nicks (1973), gravado por ela em dupla com Linsey Buckingham antes de ambos entrarem no Fleetwood Mac.

Crying In The Night (live)- Stevie Nicks:

Suzi Q documenta bem a carreira da lendária roqueira Suzi Quatro

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Por Fabian Chacur

Não dá para se analisar a presença das mulheres no rock and roll sem citar logo de cara Suzi Quatro. A cantora, baixista e compositora americana, que recentemente completou 70 anos de idade (leia sobre sua trajetória aqui), é um dos grandes ícones do gênero. Dá pra acreditar que ainda não existia um documentário sobre ela? Felizmente, agora temos um!

Trata-se de Suzi Q, título que faz um bem sacado trocadilho com a clássica canção homônima de Dale Hawkins que muitos conheceram na versão do Creedence Clearwater Revival de 1968. A iniciativa partiu dos australianos Liam Firmager e Tait Brady, e contou com o apoio da artista, que deu uma entrevista especialmente para este projeto, assim como suas irmãs, que a seu lado integraram o grupo The Pleasure Seekers.

Além de se valer de bem pesquisado material de arquivo, com direito a registros da artista em sua fase áurea na década de 1970, quando estourou com hits marcantes como 48 Crash e Can The Can e surpreendeu a todos tocando bem baixo e cantando com vigor e personalidade, temos também depoimentos de um muito bem selecionado elenco de artistas assumidamente fãs da moça.

Entre outros, participam do documentário artistas do alto calibre de Joan Jett, Cherie Currie (The Runaways), Donita Sparks (L7), Debbie Harry (Blondie), Tina Weymouth (Talking Heads), Kathy Valentine (The Go-Go’s), Alice Cooper e Henry Winkler. O documentário está sendo lançado nas plataformas digitais e também terá, no exterior, versão em DVD.

Veja o trailer de Suzi Q:

Metallica lança segundo álbum com orquestra em 28 de agosto

metallica s&m capa

Por Fabian Chacur

Em 1999, o Metallica lançou um de seus projetos mais ousados e bem-sucedidos, o álbum S&M, gravado ao vivo e no qual foi acompanhado pela San Francisco Symphony, sob a batuta do saudoso maestro, compositor e músico americano Michael Kamen (1948-2003). Como forma de celebrar os 20 anos desse evento histórico, o grupo apresentou-se novamente com essa orquestra em 6 e 8 de setembro de 2019. O registro dessas performances será lançado pela Universal Music no dia 28 de agosto em vários formatos, sendo que, no Brasil, apenas em CD duplo com booklet, DVD e álbum digital.

As duas apresentações da mais bem-sucedida banda da história do thrash metal marcaram a inauguração do Chase Center, em San Francisco, Califórnia, com a presença de um total aproximado de 40 mil fãs alucinados.

A direção musical da orquestra ficou a cargo de Michael Tilson Thomas, e o maestro foi Edwin Outwater, comandando uma orquestra com quase 80 integrantes que executou arranjos grandiosos e impactantes. O repertório traz músicas da banda e dois temas extraídos do universo erudito.

O filme que registrou o evento foi exibido pela primeira vez em 3.700 cinemas de todo o mundo em outubro de 2019. A versão que será lançada em DVD e Blu-ray, no entanto, virá, segundo informa a assessoria de imprensa da banda, é ainda mais grandiosa e elaborada, com direção a cargo de Joe Hutching.

Duas das músicas, Nothing Else Matters (veja aqui) e All Within My Hands, já estão disponíveis para o público. S&M (1999) vendeu milhões de cópias e atingiu o 2º posto na parada americana. Saiba mais aqui. Veja o trailer do filme aqui.

Eis as faixas da versão CD duplo:

CD 1

1 The Ecstasy of Gold

2 The Call of Ktulu

3 For Whom the Bell Tolls

4 The Day That Never Comes

5 The Memory Remains

6 Confusion

7 Moth Into Flame

8 The Outlaw Torn

9 No Leaf Clover

10 Halo on Fire

CD 2

1 Intro to Scythian Suite

2 Scythian Suite, Opus 20 II: The Enemy God And The Dance Of The Dark Spirits

3 Intro to The Iron Foundry

4 The Iron Foundry, Opus 19

5 The Unforgiven III

6 All Within My Hands

7 (Anesthesia) – Pulling Teeth

8 Wherever I May Roam

9 One

10 Master of Puppets

11 Nothing Else Matters

12 Enter Sandman

FORMATOS METALLICA & SAN FRANCISCO SYMPHONY: S&M2

– Caixa Deluxe (edição limitada 4LP vinil cor, exclusivo livro de fotos, 2CDs, Blu-ray, partituras, cinco palhetas de guitarra, poster, cartão para download);

– Caixa Super Deluxe (com todo o material acima mencionado + partitura original assinada pelos membros da banda. Edição limitada a 500 cópias via Metallica.com);

– 4LP Pretos com livro de fotos e cartão para download;

– 4LP Cor com livro de fotos e cartão para download (exclusivo via varejo independente – indie retail e via Metallica.com);

– 2CD com booklet de 36 páginas;

– 2CD/Blu-ray com booklet de 36 páginas;

– 2CD/DVD com booklet de 36 páginas;

– Blu-Ray;

– DVD;

– Álbum Digital;

– Filme Digital.

Veja o clipe de All Within My Hands:

Eagles lançam trabalho ao vivo estreando sua nova formação

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Por Fabian Chacur

Com a morte do grande cantor, compositor e músico Glenn Frey (1948-2016), a impressão geral é que também teria fim o grupo que ele ajudou a fundar em 1971, os Eagles. No entanto, em 2017, seu parceiro Don Henley resolveu tocar adiante a banda. Agora, chega a vez de seu primeiro lançamento nessa nova fase. Trata-se de Live From The Forum MMXVIII (Rhino Records), que chegará em breve ao mercado nas plataformas digitais e, no exterior, nos formatos físicos CD duplo, CD duplo+DVD, CD duplo+Blu-ray, 4 LPs e caixa com 4 LPs, dois CDs e um Blu-ray.

obs.: a Warner Brasil informou nesta terça-feira (7) que Live From The Forum MMXVIII chegará às plataformas digitais no dia 16 de outubro, e chegará ao nosso país também no formato físico CD duplo.

Além do cofundador Don Henley, a seminal banda americana mantém em sua nova escalação Joe Walsh e Timothy B. Schmidt. Para tentar preencher a vaga deixada por Glenn, entraram em cena seu filho Deacon Frey, hoje com 27 anos, e o astro country Vince Gill, que possui mais de 20 álbuns-solo em seu currículo, 21 prêmios Grammy e inúmeros hits, além de duetos marcantes com cantoras como Amy Grant, Reba McEntire, Sheryl Crow e Dolly Parton.

Com mais alguns músicos de apoio, a nova encarnação dos Eagles estreou em julho de 2017, e desde então fez apresentações pelos EUA, Europa e Oceania. Em setembro-outubro de 2019, tocaram na íntegra o álbum Hotel California (1976), um de seus trabalhos mais bem-sucedidos, em três concorridos shows no MGM Grand Garden Arena, em Los Angeles.

O novo trabalho ao vivo desta lendária banda americana teve seu material extraído das gravações de shows realizados nos dias 12, 14 e 15 de setembro de 2018 no Inglewood Forum, na California. São 26 músicas, com direito a hits de todas as fases de sua carreira, adicionando algumas canções gravadas por Don Henley e Joe Walsh fora da banda e também um sucesso solo de Vince Gill, Don’t Let Our Love Start Slippin’ Away, de 1992.

Vale lembrar que a ligação entre os Eagles e Vince Gill é antiga. O cantor interpretou a música I Can’t Tell You Why no álbum Common Thread: The Songs Of The Eagles (1993), tributo feito por astros country como Travis Tritt, Little Texas, Alan Jackson e Brooks & Dunn cujo grande sucesso foi um dos fatores que motivou o retorno da banda em 1994, após 14 anos longe de cena. Timothy B. Schmidt, coautor dessa canção e seu intérprete em sua gravação (no álbum The Long Run, de 1979), fez backing vocals na releitura de Gill.

Eis as faixas de Live From The Forum MMXVIII:

CD 1

– SEVEN BRIDGES ROAD
– Joe Walsh: “How ya doin?”
– TAKE IT EASY
– ONE OF THESE NIGHTS
– Don Henley: “Good evening, ladies and gentlemen”
– TAKE IT TO THE LIMIT
– TEQUILA SUNRISE
– IN THE CITY
– Timothy B. Schmit: “Hey, everybody, that’s Joe Walsh”
– I CAN’T TELL YOU WHY
– NEW KID IN TOWN
– Don Henley: “Just want to thank all of you…”
– HOW LONG
– Deacon Frey: “Hello, everybody…”
– PEACEFUL EASY FEELING
– OL’ 55
– LYIN’ EYES
– LOVE WILL KEEP US ALIVE
– Vince Gill: “How about a nice hand for California, man…”
– DON’T LET OUR LOVE START SLIPPIN’ AWAY
– THOSE SHOES

CD 2

– ALREADY GONE
– WALK AWAY
– Joe Walsh: “Is everybody OK?”
– LIFE’S BEEN GOOD
– THE BOYS OF SUMMER
– HEARTACHE TONIGHT
– FUNK #49
– LIFE IN THE FAST LANE
– HOTEL CALIFORNIA
– ROCKY MOUNTAIN WAY
– DESPERADO
– THE LONG RUN

Obs.: o repertório do DVD-Blu-ray é exatamente igual ao do CD.

Veja, do show, Take It To The Limit (filmagem amadora):

Bob Dylan lança a introspectiva e bela balada I Contain Multitudes

Bob Dylan Performa at Hyde Park - London

Por Fabian Chacur

Os fãs de Bob Dylan com saudades de canções inéditas escritas pelo grande astro do rock não podem reclamar. Após o lançamento há alguns dias de Murder Most Foul (ouça aqui), com seus pungentes 17 minutos de duração, agora é disponibilizada I Contain Multitudes, que também surge de forma impressiva e arrancando elogios por parte da crítica especializada.

Bem mais compacta do que a anterior (tem pouco mais de 4 minutos) mas com o mesmo clima reflexivo predominando, temos aqui o autor de Blowin’ In The Wind e tantos outros clássicos mais inspirado do que nunca.

Ele inicia com os belos e profundos versos “today, tomorrow and yesterday, too, the flowers are dyin’ like all things do” (“hoje, amanhã e ontem, as flores estão morrendo, como todas as coisas fazem”, em tradução livre).

Influenciada pelo saudoso poeta Walt Whitman, a balada mostra o cantor com uma interpretação contida e bem segura, e a letra traz citações referentes aos Rolling Stones, Edgar Allan Poe e Frank Sinatra.

A parte final traz os versos “I have no apologies to make” (“não tenho desculpas a pedir”, em tradução livre). No geral, a canção tem alguma afinidade com a clássica Ring Them Bells, do álbum Oh Mercy (1989).

O álbum mais recente de Bob Dylan incluindo apenas composições próprias, Tempest, saiu em 2012. Desde então, o icônico cantor, compositor e músico americano nos proporcionou três álbuns com releituras de standards da música americana- Shadows In The Night (2015), Fallen Angels (2016) e Triplicate (2017, este um álbum triplo), todos bem-sucedidos em termos comerciais.

Ainda não se sabe se essas duas novas faixas de Bob Dylan são a amostra de um novo álbum à caminho ou se encerram em si mesmas. A primeira opção parece a mais provável, mas só saberemos no decorrer dos próximos capítulos.

Vale lembrar que ele sempre foi uma figura enigmática, de decisões nem sempre previsíveis. Seja como for, ou amostras, ou faixas avulsas, possuem seu forte e poderoso DNA, o que não é pouco para alguém rumo a completar 79 anos de idade no próximo dia 24 de maio. Que venha mais!

I Contain Multitudes– Bob Dylan:

Michael Stipe lança versão demo de uma nova e belíssima canção

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Por Fabian Chacur

Neste domingo (29), Michael Stipe colocou no ar uma versão demo de uma nova canção. E que canção! No Time For Love Like Now é daquelas faixas que, mesmo assim, aparentemente inacabada, já soa como clássica logo em seus primeiros acordes. Gravada com uma câmera caseira no que parece ser um cômodo de sua residência, o ex-cantor do R.E.M. nos emociona com uma balada linda cuja letra registra tudo o que precisamos nesses tempos cinzentos.

No Time For Love Like Now foi composta em parceria com o cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista americano Aaron Dessner, conhecido por integrar as bandas The National e Big Red Machine.

Essa maravilha é a terceira faixa que o astro nos proporciona desde outubro de 2019. Após o anunciado fim do R.E.M. em 2011, as expectativas em torno de como a carreira de Stipe seguiria adiante eram enormes.

Foram anos e anos de expectativa. A primeira amostra conpleta foi a deliciosa Your Capricious Soul (ouça aqui), disponibilizada no dia 5 de outubro de 2019 e com os direitos doados ao grupo de ativistas ambientais Extinction Rebellion.

Como forma de celebrar seus 60 anos de idade, ele lançou no dia 4 de janeiro um segundo single, Drive To The Ocean (ouça aqui), uma canção envolvente de clima árabe e com belos vocais de apoio. Seus direitos foram doados pelo prazo de 365 dias para a Pathway To Paris, organização sem fins lucrativos que apoia iniciativas inovadoras relativas ao meio ambiente.

Em entrevista concedida em 2019, Stipe afirmou ter 18 canções prontas, mas não deu detalhes de como serão lançadas, se em um álbum em formato convencional ou apenas em singles.

Para mim, a lógica deve ser o lançamento de um ou outro single a seguir e, depois, um álbum completo. Seja como for, é ótimo ver um artista do seu calibre novamente na ativa, e com três músicas tão boas. Que venham logo as outras!

No Time For Love Like Now (demo)- Michael Stipe:

Sheryl Crow esbanja talento e maduridade em trabalho ao vivo

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Por Fabian Chacur

Quando o tema é grandes nomes femininos do rock, dificilmente alguém coloca Sheryl Crow no primeiro escalão. E isso é uma baita de uma injustiça. Algumas razões possíveis ficam por conta de a cantora, compositora e musicista americana ter perfil discreto, não apelar, não se deixar levar por modismos e ser uma fiel seguidora do rock and roll da escola Bob Dylan, Tom Petty, Eric Clapton e outros deste porte. A moça provou mais uma vez sua excelência em Live At The Capitol Theatre (2018), lançado no exterior no formato CD duplo+Blu-ray. Coisa finíssima!

O home vídeo, que integra atualmente a programação do canal a cabo brasileiro Bis, flagra Sheryl em gravação realizada no dia 10 de novembro de 2017 no imponente Capitol Theatre, em Port Chester, New York, local onde monstros sagrados do porte de Dylan, Clapton e o Grateful Dead se apresentaram, e onde ela nunca havia tocado antes. A cantora, então, encerrava a turnê de divulgação de seu mais recente álbum, Be Myself (2017).

Acompanhada por um sexteto caprichado no qual se destacam Peter Stroud (guitarra), Josh Grange (pedal steel guitar) e Jennifer Gunderman (teclados), a roqueira americana mostra sua desenvoltura se alternando entre violão, baixo e guitarra, além de cantar com uma voz potente e com assinatura própria que se mostra afiadíssima aos 55 anos (idade da cantora na época, pois em 11 de fevereiro ela completará 58 anos).

Com boa presença de palco e muita simpatia, Sheryl Crow realiza uma bela viagem pelos seus maiores hits, entre os quais All I Wanna Do, Leaving Las Vegas, If It Makes You Happy, a sublime releitura de The First Cut Is The Deepest (de Cat Stevens, hoje Yusuf) e Soak Up The Sun.

Seis faixas foram selecionadas de Be Yourself, todas ótimas, especialmente a canção que dá nome ao álbum, Atom Bomb e Halfway There. São 21 músicas que nos dão um belo panorama de uma carreira-solo que ultrapassou os 25 anos e é repleta de shows e discos de sucesso. Ela nos visitou em 1995, abrindo os shows de Elton John, e em 2001, no Rock in Rio, com performances impecáveis.

A grande lição que Sheryl Crow nos dá é que, sim, é possível seguir um rumo mais conservador em termos musicais sem necessariamente cair na mesmice ou na mera repetição de fórmulas já apresentadas anteriormente com sucesso. Basta ter o talento, a convicção e a segurança desta grande artista.

O vídeo também traz trechos de uma entrevista na qual a cantora fala sobre sua vida, incluindo a afirmação de que decidiu ter uma carreira-solo ao integrar a banda de Michael Jackson durante a turnê Bad, quando percebeu que gostaria de liderar seu próprio grupo. Vale lembrar que, naqueles shows, ela dividia o microfone com o chefão na música I Just Can’t Stop Loving You, fazendo ao vivo as partes de Siedah Garrett na gravação de estúdio.

All I Wanna Do (ao vivo)- Sheryl Crow:

Pearl Jam lança single e álbum inédito deve sair em março

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Por Fabian Chacur

O Pearl Jam inicia 2020 a mil por hora. Primeiro, eles anunciaram que em 27 de março será lançado Gigaton, primeiro álbum de inéditas do grupo americano desde Lightning Bolt (2013). Agora, disponibilizaram nesta quarta (22) o primeiro single a ser extraído do novo trabalho. Trata-se de Dance Of The Clairvoyants, um potente rock funkeado que surge com cara de hit potencial.

O clipe que ilustra a canção, que ocupa a posição de número 3 na sequência de faixas do álbum (veja abaixo a relação completa das músicas) traz uma impressionante combinação de imagens da natureza e do meio ambiente. O refrão é forte, com direito a vocais incisivos, e tem tudo para ser repetido durante os shows que a banda fará em breve para divulgar este trabalho, com início no dia 18 de março no Canadá, e ainda sem previsão de chegar ao Brasil.

A capa de Gigaton, que obteve boa repercussão entre os fãs, traz uma imagem nomeada Ice Waterfall, realizada pelo fotógrafo, filmmaker e biólogo marinho canadense Paul Nicklen. Registrada em Svabald, na Noruega, retrata a calota de gelo de Nordaustlandet, que se derrete e desta forma gera enormes quantidades de água. Prova da preocupação da consagrada banda norte-americana com as alterações climáticas e a temática ecológica.

Eis as faixas de Gigaton:

1. Who Ever Said

2. Superblood Wolfmoon

3. Dance of the Clairvoyants

4. Quick Escape

5. Alright

6. Seven O’Clock

7. Never Destination

8. Take The Long Way

9. Buckle Up

10. Come Then Goes

11. Retrograde

12. River Cross

Dance Of The Clairvoyants (clipe)- Pearl Jam:

Green Day lança single com sample da cantora Joan Jett

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Por Fabian Chacur

Já está definida a data na qual sairá Father Of All Motherfuckers (com palavrão no título e tudo!), novo álbum de estúdio do Green Day e sucessor de Revolution Radio (2016). Será no dia 7 de fevereiro. Enquanto isso, o trio americano antecipa faixas do mesmo. A que dá título ao trabalho foi a primeira (ouça aqui). A segunda acaba de ser disponibilizada, Oh Yeah!.

A nova faixa, outro rock sacudido, também traz polêmica em sua gênese, mas de outro tipo. O refrão traz um sampler creditado da releitura feita em 1980 por Joan Jett & The Blackhearts do hit Do You Wanna Touch Me (Oh Yeah!), lançada em 1973 por seu coautor (em parceria com o produtor inglês Mike Leander), o cantor e compositor britânico Gary Glitter. Essa música fez muito sucesso nas duas versões, e é um clássico do glitter rock.

No entanto, a carreira de Glitter teve uma reviravolta meganegativa a partir de 1997, quando vieram à tona as primeiras acusações de pedofilia para o roqueiro, com milhares de imagens encontradas em seu computador e provas de que ele abusou de crianças. Desde então, ele teve de encarar vários processos e detenções. A prisão mais recente foi em 2015 e se refere a uma pena de 16 anos.
green day novo cd 2020

Para quem por ventura contestar o uso de trecho dessa canção pelo Green Day, a banda deixou claro, em sua conta oficial no Youtube, que sabe ser o coautor dessa música um “total asshole” (palavras exatas usadas por eles), e que por essa razão doou os seus royalties para duas instituições de caridade.

Além do novo álbum, o grupo integrado por Billie Joe Armstrong (vocal e guitarra), Mike Dirnt (baixo e vocais) e Tré Cool (bateria) iniciará no dia 13 de junho a turnê The Hella Mega Tour ao lado das bandas Fall Out Boy e Weezer, que passará inicialmente apenas pela América do Norte e Reino Unido.

Oh Yeah! (clipe)- Green Day:

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