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Tag: rock anos 1980 (page 1 of 5)

The Pretenders oferece três amostras do álbum Relentless

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Por Fabian Chacur

Vem disco novo dos Pretenders por aí. O selo Parlophone, hoje distribuído pela Warner Music, promete para o dia 15 de setembro o lançamento em vários formatos de Relentless. Além da líder, a cantora, compositora e guitarrista Chrissie Hynde, o grupo hoje conta com James Walbourne (guitarra), Kris Sonne (bateria), Chris Hill (contrabaixo), Dave Page (baixo) e Carwyn Ellis (teclados e guitarras) em sua formação. Os arranjos de cordas ficaram a cargo de Jonny Greenwood, do Radiohead.

Como forma de criar expectativa antecipada em torno deste trabalho, a gravadora já divulgou 3 das 12 faixas que o integrarão. O interessante é que são bem distintas entre si. A Love, que acabou de ser disponibilizada, é um rock melódico com aquele sabor de anos 1980 que cativou tantos fãs pelo mundo afora, e surge como um novo e possível hit.

I Think About You Daily (ouça aqui), por sua vez, é uma balada introspectiva com belas passagens de cordas e uma letra emotiva e que certamente cativará os românticos de plantão.

A trinca de amostras se completa com Let The Sun Come In (ouça aqui), um rockão mais ardido que mostra Chrissie Hynde em ótima forma vocal no vigor de seus 71 anos de idade. A banda está atualmente na estrada, e seu show surpresa no badalado festival de Glastonbury contou com participações especiais de Johnny Marr e Dave Grohl.

A Love (clipe)- The Pretenders:

Mick Jagger: 80 anos dos lábios mais famosos do rock and roll

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Por Fabian Chacur

Em 1970, o designer britânico John Pasche criou um símbolo que se tornou um dos ícones mais famosos e facilmente identificáveis de todos os tempos. Esse logo surgiu para representar uma então já mundialmente famosa banda de rock, baseando-se em uma das marcas registradas de seu integrante mais destacado. E esse cidadão, um certo Mick Jagger, completou 80 anos de idade nesta quarta-feira (26) com símbolo da eterna juventude.

O cantor, músico e compositor que criou os Rolling Stones junto com o também icônico Keith Richards em 1962 equivale a uma verdadeira façanha ambulante. Afinal de contas, não são muitos os profissionais que podem se gabar de se manter relevantes e cultuado por milhões de pessoas durante seis longas décadas, onde milhares de artistas e grupos surgiram e sumiram de cena como que por passe de mágica.

Jagger se tornou o template do vocalista de banda de rock, com sua presença de palco energética, carismática e repleta de cumplicidade com as plateias. Tive a honra de ver os três shows dos Stones em janeiro de 1995 no Hollywood Rock em São Paulo, no estádio do Pacaembu, e fiquei impressionado com a capacidade do cidadão em verdadeiramente reger as plateias. Poder que ele mantém até os dias de hoje.

Grande cantor e performer, ele também possui no currículo a coautoria de alguns dos maiores clássicos do rock and roll, maravilhas do porte de (I Can’t Get No) Satisfaction, Jumpin’ Jack Flash, Start Me Up, Brown Sugar, Miss You, The Last Time e Street Fighting Man, entre dezenas de outros.

Como todos sabem (ou deveriam saber), só talento artístico não possibilita uma permanência tão grande, e Mick Jagger soube usar seu tino para os negócios como forma de se manter firme na cena cultural, além de multiplicar sua fortuna. E sua sacada de gênio ocorreu quando ele e Richards resolveram criar a Rolling Stones Records (RS Records) em 1970.

De forma inteligente, a RS Records criou como padrão assinar contratos de parceria com grandes gravadoras que se incumbiriam da prensagem, divulgação e distribuição dos discos que lançariam. Mas o pulo do gato era sempre realizar compromissos com prazo pré-determinado, sendo que, quando encerrados, Jagger e Richards levavam consigo todo o acervo que tivessem criado em cada período.

Dessa forma, e também graças ao sucesso dos álbuns e singles que lançaram, os Stones enriqueceram ainda mais a cada novo contrato de distribuição, tendo passado por Atlantic, EMI, Sony/CBS, Virgin e Universal Music. Sempre com direito a relançamentos e reaproveitamento de material antigo de modo inteligente e lucrativo. Mick virou o real Tio Patinhas do rock.

Jagger também soube manter a sua forma física, o que lhe permite até hoje esbanjar energia nos palcos, com poucos e raros momentos de problemas de saúde. Até as marcas do tempo aparentes em seu corpo se mostram verdadeiras provas de um vencedor que soube enfrentar os inúmeros desafios apresentados aos artistas para se manterem na crista das ondas.

O cantor dos Rolling Stones também desenvolve uma carreira solo que, se não teve tanto sucesso como a de sua banda, ainda assim mostrou que ele poderia sobreviver dignamente dessa forma, se quisesse. Mas é fato que Jagger e Richards amam esse tal de rock and roll e amam fazer isso juntos, tanto que vem aí um novo álbum da banda, mesmo após a perda do baterista Charlie Watts. E novos shows. Yeah, yeah, yeah, wow!

Brown Sugar– The Rolling Stones:

U2 relê 40 hits de sua carreira no álbum Songs of Surrender

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Por Fabian Chacur

O U2 resolveu mergulhar em seu repertório de quatro décadas para selecionar as músicas para um novo álbum, Songs Of Surrender, que será lançado em vários formatos pela Universal Music no dia 17 de março (saiba mais aqui). Com curadoria e produção a cargo do guitarrista The Edge, foram escolhidas 40 canções para receberem novos arranjos, gravações e até alguns novos versos, em certos casos.

Algumas das regravações já estão disponíveis nas plataformas digitais, e tem em comum o vocalista Bono usando regiões mais graves de sua extensão vocal. O resultado certamente levará alguns fãs a preferir de longe as versões originais, mas uma frase do grupo Roupa Nova ao fazer um trabalho com este mesmo enfoque em 1999 (Agora Sim!) pode ser usado aqui: “as releituras não invalidam as versões originais, nem o contrário”.

Entre outras, temos em Songs Of Surrender canções como Beautiful Day (ouça aqui), One (ouça aqui), With Or Without You (ouça aqui) e Pride (In The Name Of Love). É ouvir e tirar suas próprias conclusões.

Pride (In The Name Of Love)-U2:

Billy Idol lança single como prévia de shows no Brasil

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Por Fabian Chacur

Em plena juventude de seus 66 anos de idade, Billy Idol se prepara para voltar ao Brasil. Ele é atração confirmada em setembro por aqui nos festivais Rock In Rio e Popload Gig, que serão realizados respectivamente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Como forma de mostrar que não vem aqui só para tocar os velhos e bons hits dos anos 1980, ele acaba de divulgar Cage, faixa de trabalho de um novo trabalho, The Cage EP, já disponível nas plataformas digitais.

Cage é um rockão contagiante com riffs e solos de guitarra a cargo de seu inseparável companheiro musical, o guitarrista Steve Stevens, que estrela o clipe ao seu lado é é o coautor dessa música, ao lado do próprio Idol, do produtor Tommy English e de Joe Janiak. A produção do The Cage EP ficou nas mãos de English em dobradinha com Zakk Cervini.

Cage (clipe)- Billy Idol:

Chicago celebra 55 anos com o álbum Born For This Moment

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Por Fabian Chacur

Em um ambiente tão afeito a mudanças e fins de linha, é surpreendente constatar que o Chicago está completando 55 anos de carreira. Melhor do que isso: ainda ativo e disponibilizando material atual e inédito. A consagrada banda norte-americana acaba de lançar seu álbum de nº 38, Born For This Moment, que a gravadora BMG lança em CD e nas plataformas digitais, e que também terá a sua versão em LP de vinil em outubro.

A atual formação do Chicago traz três de seus criadores. São eles Robert Lamm (teclados e vocais), James Pankow (trombone e arranjos de metais) e Lee Louchlane (trompete e flugelhorn). Completam o time Neil Donell (vocal principal e guitarra), Ray Herrmann (sax, flauta e clarinete), Waldredo Reyes Jr. (bateria), Ramon “Ray” Islas (percussão), Tony Obrohta (guitarra e vocais), Loren Gold (teclados e vocais) e Eric Baines (baixo e vocal).

O som do novo álbum está mais próximo do que eles faziam nos anos 1970, mesclando baladas bacanas como If This Is Goobye (a primeira a ser divulgada e a contar com um clipe) a canções com pegada mais sacudidas como as excelentes Firecracker (ouça aqui) e She’s Right (ouça aqui).

Outro destaque importante do álbum para nós, brasileiros, é a faixa The Mermaid (Sereia de Mar) (ouça aqui), parceria de Robert Lamm com ninguém menos do que Marcos Valle, que já havia trabalhado anteriormente com a banda. Com levada de bossa nova, tem citação de Samba de Verão, clássico de Marcos & Paulo Sérgio Valle.

Como de praxe, os arranjos de metais e vocais estão irrepreensíveis. As 14 canções são bem consistentes, e se não trazem novidades ao som habitual deles, não cai em mera diluição ou repetição banal de glórias passadas. Born For This Moment (ouça a bela faixa-título aqui) flagra uma banda importante em um momento dos mais dignos e competentes.

O Chicago surgiu em 1967 como uma das primeiras bandas de rock a incorporar metais à sua formação habitual. Com uma mescla de rock, jazz, r&b, música latina e até elementos eventuais de música erudita, eles estouraram nos anos 1980 com canções como Saturday In The Park, Happy Man, 25 Or 6 To 4, If You Leave Me Now e Just You ‘N’ Me.

Em 1985, Peter Cetera, baixista que com o tempo se tornou o vocalista de seus principais hits, saiu da banda rumo a uma bem-sucedida carreira-solo. O grupo, no entanto, soube superar essa perda, e continuou a emplacar hits nas paradas de sucesso pelo menos até a metade da década de 1990. O saudoso e excelente percussionista brasileiro Laudir de Oliveira (1940-2017) integrou a banda entre 1973 e 1981.

If This Is Goodbye (clipe)- Chicago:

Private Eyes (1981/RCA), o auge de Daryl Hall & John Oates

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Por Fabian Chacur

Daryl Hall e John Oates se conheceram quase que por acaso, em 1967. Eles participavam de um concurso de bandas em sua cidade natal, Filadélfia (EUA), e, ao fugirem de um quebra-pau generalizado entre gangues presentes, foram parar em um elevador. Do agradável papo informal entre eles, surgiria uma sólida amizade que os levou a criar a dupla, anos depois. Em 1972, saiu o seu primeiro álbum, Whole Oats.

Sempre ativos e inquietos, eles mergulharam a partir dali em uma trajetória recheada de altos e baixos, sem medo de experimentar e também de pagar em termos comerciais por tal ousadia. Em 1977, emplacaram seu primeiro single no 1º lugar da parada americana, Rich Girl, e passaram a tocar em grandes espaços, com sua mistura de rock, soul, pop e folk. Trabalharam com vários produtores, entre os quais os seminais Arif Mardin e Todd Rundgren.

Após gravarem com o então iniciante David Foster os álbuns Along The Red Edge (1978) e X-Static (1980), eles foram aconselhados pelo produtor (depois consagrado por seus trabalhos com Earth, Wind & Fire, Céline Dion e Michael Bublé, entre outros) a encarar o desafio da autoprodução. E os caras resolveram tentar, para ver no que dava.

Para não darem um pulo no escuro, convidaram o britânico Neil Kernon, que tinha no currículo gravações como engenheiro de som e mixador para artistas como David Bowie, Elton John, Supertramp, Marc Bolan, Neil Sedaka, The Mahavishnu Orchestra e Yes, para ser o seu braço direito na realização do álbum Voices (1980). E deu super certo!

Voices atingiu o 17º lugar na parada americana, seu melhor resultado com um álbum até aquele momento, e de quebra lhes proporcionou o seu segundo single no nº 1 nos EUA, Kiss On My List. Essa faixa chegou ao topo da parada ianque em junho de 1981, exatamente quando Hall & Oates estavam em meio às gravações do sucessor de Voices.

Com Kernon promovido à condição de coprodutor, eles também centraram esforços no sentido de contar com músicos que integravam a sua banda de apoio nas gravações, entre os quais o guitarrista G.E. Smith e o saxofonista Charlie De Chant, atitude que lhes ajudou a criar um som realmente de banda, muito mais coeso e com assinatura própria.

O estouro de Kiss On My List durante as gravações gerou consequências. Deve ter ficado claro para o duo que eles precisariam ter outra música nesta mesma direção no novo trabalho. E, desta forma, surgiu Private Eyes, que não existia quando o repertório inicial foi selecionado. E aí, vale destacar duas importantes auxiliares no trabalho da dupla.

Sara Allen, namorada durante mais de 20 anos de Daryl Hall e a musa inspiradora do maravilhoso hit Sara Smile (de 1975), não demorou a se tornar uma parceira constante nas composições da dupla, ajudando nas letras. E, junto com ela, trouxe a irmã, a também compositora Janna (1957-1993), que passou a colaborar em termos musicais. E foi exatamente ela quem trouxe o material que gerou essa nova canção.

Segundo depoimento de Hall no livreto da caixa Do What You Want Be What You Are (2009), tal música foi praticamente feita por completo por Janna, sendo que ele, Sara e Warren Pash deram os retoques finais. E que golaço! Private Eyes não só ficou com a mesma vibração e linha musical de Kiss On My List (e sem soar como mera cópia) como foi ainda melhor.

Essa música virou a faixa-título do álbum, que naquela altura do campeonato estava cotado para levar o nome de outra faixa bacana, Head Above Water. Mais: no formato single, deu à dupla a sua 3ª canção nº 1 nos EUA, liderando os charts de lá durante duas semanas no mês de novembro de 1981, divulgada por um clipe simples e divertido no qual a dupla e seus músicos usam sobretudos típicos de detetives particulares (veja o clipe aqui).

Curiosamente, o outro grande hit deste álbum, I Can’t Go For That (No Can Do), também surgiu de forma inesperada. Após uma longa sessão de gravações, com os músicos já devidamente dispensados, Daryl ficou brincando com uma nova bateria eletrônica que havia adquirido há pouco, a Roland CompuRhythm. Ao curtir uma determinada levada rítmica, começou a fazer uns riffs com um teclado. E gostou do que ouviu.

Ele teve duas reações imediatas. Uma foi pedir para Neil Kernon se preparar para gravar o que ele estava fazendo, e outra foi chamar correndo John Oates, que já estava colocando a guitarra no estojo, para lhe dar uma força. E foi dessa forma que saiu a gravação dessa música, que depois ganhou um marcante e icônico solo de sax de Charlie De Chant.

Com sua batida hipnótica e sonoridade minimalista e inovadora, I Can’t Go For That (No Can Do) (veja o clipe aqui) se tornou o 4º single nº1 da dupla, atingindo essa posição em 30 de janeiro de 1982. Curiosamente, essa música conseguiu tirar do topo dos charts americanos Physical, o mega-hit de Olivia Newton-John, que se manteve por 10 semanas consecutivas nessa posição, cujo posto por sua vez tomou justamente de Private Eyes!

Private Eyes, gerou mais dois hit singles. O pop rock no melhor estilo new wave Did It in a Minute atingiu a posição de nº9 nos charts americanos em maio de 1982, enquanto o delicioso rock balançado Your Imagination, com outra participação matadora de Charlie De Chant no sax, chegou ao 33º lugar em agosto daquele mesmo ano. Mas o álbum também tem coisas ótimas entre as músicas restantes.

Em todo álbum da dupla, John Oates sempre ficava com uma ou duas músicas nas quais era o vocalista principal. Neste aqui, tivemos duas bem legais. Mano a Mano, com uma letra que prega o companheirismo e a solidariedade entre as pessoas, é um rock com levada meio latina que não faria feio em um disco de Carlos Santana. Já Friday Let Me Down segue a linha new wave, com pique bem rapidinho e dançante.

Uma das grandes e assumidas influências de Daryl Hall foram os Temptations. Tanto que o primeiro grupo dele se chamava The Temptones, e inclusive chegaram a abrir shows para eles. Como forma de homenageá-los, ele escreveu Looking For a Good Sign, encantadora canção no melhor estilo Motown dos anos 1960, e que no encarte do álbum é dedicada aos cinco integrantes da formação clássica daquele grupo.

Head Above Water perdeu a honra de ser a faixa-título do álbum e nem single virou, mas é um rockão energético dos melhores. Uma curiosidade: quando se imaginava a capa do álbum com essa música como título, surgiu a sugestão de se escrever Head Above H20. E o LP seguinte de Daryl Hall & John Oates foi intitulado…. H20 (1982)!

Com batida midtempo e belas intervenções de guitarra de G.E. Smith, Unguarded Minute foi o lado B do compacto I Can’t Go For That (No Can Do), e soa como uma espécie de hit que não foi, de tão boa. Tell Me What You Want também segue a levada new wave, enquanto Some Man encerra o álbum com uma sonoridade pop mais experimental e das mais interessantes.

Este álbum atingiu o maior posto de um LP/CD na carreira da banda nos EUA, o 5º lugar, conquistando o 8º posto no Reino Unido. Private Eyes é a prova cabal de como é possível fazer um trabalho ao mesmo tempo criativo, com assinatura própria e também capaz de vender milhões de discos. Eis a magia no trabalho de Hall & Oates, que sempre trabalharam duro e conseguiram realizar os seus objetivos.

Ficha técnica do álbum Private Eyes:

Lançado em 1º de setembro de 1981 pela RCA.

Produzido por Daryl Hall & John Oates, coprodução de Neil Kernon

Músicos participantes:

Daryl Hall (vocal, teclados, sintetizadores, guitarra, mandar, mandola, mandocella, timbales e cumpurythm; John Oates (vocal, guitarra, mandar, teclados); G.E. Smith (guitarra solo e solos de vandaloo); Jerry Marotta (bateria); John Siegler (baixo); Charlie De Chant (sax); Larry Fast (sintetizadores, programações eletrônicas); Mickey Curry (bateria nas faixas 1,2,4 e 6); Chuck Burgi (bateria na faixa 10); Jeff Southworth (solo de guitarra na faixa 9); Ray Gomez (solo de guitarra na faixa 3); Jimmy Maelen (percussão); John Jarrett (vocais de apoio na faixa 4).

Faixas:

1- Private Eyes (Sara Allen- Janna Allen- Daryl Hall- Warren Pash)

2- Looking For a Good Sign (Daryl Hall)

3- I Can’t Go For That (No Can Do) (Daryl Hall- John Oates- Sara Allen)

4- Mano a Mano (John Oates)

5- Did It In a Minute (Daryl Hall- Janna Allen- Sara Allen)

6- Head Above Water (Daryl Hall- John Oates- Sara Allen)

7- Tell Me What You Want (Daryl Hall- Sara Allen)

8- Friday Let Me Down (Daryl Hall- John Oates- Sara Allen)

9- Unguarded Minute (Daryl Hall- John Oates- Sara Allen)

10- Your Imagination (Daryl Hall)

11- Some Man (Daryl Hall)

Private Eyes- ouça em streaming o álbum completo:

Johnny Marr divulga seu novo álbum com o single Ghoster

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Por Fabian Chacur

Após o fim dos Smiths, grupo que o lançou na cena musical nos anos 1980, Johnny Marr mergulhou em uma série de colaborações com outros artistas, incluindo novas bandas próprias, como a célebre Electronic. Foi apenas em 2013, com The Messenger, que ele resolveu investir em uma efetiva carreira-solo. E parece que gostou, pois ele acaba de lançar seu quarto trabalho individual pela gravadora Warner Music, Fever Dreams Pts. 1-4, que no exterior saiu em CD, LP duplo de vinil em várias cores e também em fita-cassete.

Para impulsionar a divulgação do álbum, o cantor, compositor e guitarrista britânico escolheu divulgar a faixa Ghoster, rock com pegada dance que traz ecos de seus tempos de Electronic nos anos 1990, banda que criou ao lado de Bernard Sumner (New Order) e que contou com participação especial de Neil Tennant (Pet Shop Boys). Um baita de um single, desde já uma das grandes faixas lançadas neste conturbado 2022. Marr fala sobre a inspiração da mesma:

“A canção é a história das crianças do futuro que causam uma revolução usando filosofias orientais e Situacionistas”.

Marr conta, no álbum. com o apoio dos músicos que andam participando de forma constante de suas turnês :Doviak (guitarra e coprodução), Iwan Gronow (baixo) e Jack Mitchell (bateria), com backing vocals (vocais de apoio) do cantor e compositor baseado em Massachusetts Meredith Sheldon, além de três faixas com participação especial no baixo de Simone Marie, do grupo Primal Scream.

Eis as faixas de Fever Dreams Pts 1-4:

1. Spirit Power and Soul
2. Receiver
3. All These Days
4. Ariel
5. Lightning People
6. Hideaway Girl
7. Sensory Street
8. Tenement Time
9. The Speed of Love
10. Night and Day
11. Counter Clock World
12. Rubicon
13. God’s Gift
14. Ghoster
15. The Whirl
16. Human

Ghoster– Johnny Marr:

Tears For Fears lança o 2º single do seu álbum The Tipping Point

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Por Fabian Chacur

Em 25 de fevereiro de 2022, o Tears For Fears lançará o seu primeiro álbum de inéditas desde o excelente Everybody Loves a Happy Ending (2004). Como forma de ir atiçando os ouvidos de seus milhões de fãs mundo afora, disponibilizaram nas plataformas digitais e também em clipe no ultimo dia 7 de outubro a faixa título do trabalho, que se intitula The Tipping Point (veja o clipe aqui). Agora, chega a vez de No Small Thing, bem distinta da anterior, por sinal.

Enquanto a inspirada The Tipping Point nos mostrava uma sonoridade fortemente linkada ao habitual do duo formado por Roland Orzabal e Curt Smith, com o clipe estrelado por eles, desta vez temos outros elementos em cena. A receita aqui é centrada no folk, com elementos de psicodelia sendo inseridos durante o desenvolvimento da canção. O clipe foi feito com uma compilação de cenas de várias épocas que mostram conflitos envolvendo multidões e pessoas buscando a felicidade, com o tema liberdade individual x responsabilidade coletiva em foco. Curt Smith fala sobre ela:

No Small Thing parece que poderia ter sido uma música de um álbum folk acústico dos anos setenta ou sessenta, da maneira como ela começa. O fato de nos sentirmos confiantes o suficiente para irmos do começo até o final da canção, até onde tudo é apenas um caos absoluto fala dessa sensação de liberdade, e essa é a nossa zona de conforto musicalmente”.

No Small Thing (clipe)- Tears For Fears:

Bryan Adams apresenta a faixa-título de álbum que sairá em 2022

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Por Fabian Chacur

Na mesma semana em que Daryl Hall completou 75 anos de idade, outro astro do rock que a cri-crítica especializada não dá muito valor traz boas notícias para seus milhões de fãs mundo afora. Trata-se de Bryan Adams. O grande roqueiro canadense acaba de divulgar o clipe de So Happy It Hurts, rockão no seu melhor estilo alto astral composto por ele com a cantora e compositora conterrânea Gretchen Peter, com quem ele escreve desde os anos 1990. É a faixa-título do álbum que ele promete para 11 de março de 2022, pela gravadora BMG.

Será o primeiro álbum de inéditas de Adams desde Shine a Light (2019). Em comentário enviado à imprensa, ele explica sobre essa faixa e também sobre o espírito de seu novo álbum:

“A pandemia e o lockdown nos fizeram pensar que de um momento para outro o que temos como rotineiro e confortável pode mudar. De uma hora pra outra, ninguém conseguia pular no carro e ir embora por aí. A música título, So Happy It Hurts, é sobre liberdade, autonomia, espontaneidade e a emoção da estrada aberta novamente. O álbum aborda muitas das coisas efêmeras da vida que são realmente o segredo da felicidade, o mais importante, a conexão humana”.

So Happy It Hurts (clipe)- Bryan Adams:

Chrissie Hynde, 70 anos e um ícone feminino do rock mundial

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Por Fabian Chacur

Estádio do Morumbi (SP), janeiro de 1988. Este repórter e crítico musical que vos tecla se preparava para entrar em um elevador rumo à sala de imprensa da 1ª edição do Hollywood Rock, um dos mais importantes e badalados festivais de música da história desse país. Quando a porta abriu, o susto: saíram dela ninguém menos do que os integrantes de uma das principais bandas escaladas para o evento, The Pretenders. Quem me chamou a atenção foi a moça que, nesta terça (7) completou 70 bem-vividos anos de existência, uma certa Chrissie Hynde.

Achei-a com uma certa semelhança à nossa amada Rita Lee, em termos de presença física. Ao seu lado, o então guitarrista do grupo, outro grande ícone do rock, Johnny Marr, que havia há pouco saído dos Smiths e iniciava uma trajetória muito significativa longe da banda que o consagrou. Emocionante esse rápido contato, só superado pelo ótimo show que os Pretenders proporcionaram ao público presente ao estádio paulistano.

Quem se debruçar na história da presença feminina no nosso amado rock and roll certamente chegará à conclusão de que essa cantora, compositora e guitarrista nascida em Akron, Ohio (EUA) em 7 de setembro de 1951 possui um papel dos mais importantes. Afinal de contas, ela, após passagens por Londres e Paris em tentativas frustradas de integrar uma banda de rock, conseguiu enfim em 1978 criar a sua própria. Detalhe: liderando três rapazes.

Os caras em questão eram os ótimos músicos britânicos Pete Farndon (baixo- 1952-1983), James Honeyman-Scott (guitarra- 1956-1982) e Martin Chambers (bateria- 1951). A química entre os quatro se mostrou certeira, com Chrissie (vocal e guitarra) se destacando como a principal figura do time, com sua voz potente e suas canções certeiras. Resultado: dois álbuns clássicos, Pretenders (1980) e Pretenders II (1981).

Quando estava no auge, o grupo teve lidar com uma crise que culminou em 1982 com a demissão de Farndon e com a morte, dois dias após essa traumática decisão, de Honeyman-Scott (Farndon nos deixaria em 1983). Nesse momento, Hynde deu uma bela volta por cima. Em 1984, com Robbie McIntosh na guitarra e Malcolm Foster no baixo, o quarteto voltou e nos proporcionou outro álbum matador, Learning To Crawl.

Get Closer (1986), outra pérola pretenderiana, veio para manter a banda em alta, mas marcou o início do que viria a ser a sua marca: trocas nas formações, as idas e voltas de Martin Chambers e o comando com mão de ferro de Chrissie. Sua visão feminista, seu veganismo e associação com causas humanitárias bacanas, além de relacionamentos afetivos com ícones do rock como Ray Davies (The Kinks, com quem teve a filha Natalie) e Jim Kerr (Simple Minds, com quem teve a filha Yazmin) a tornaram uma personagem marcante no cenário musical, sempre com boas entrevistas.

A carreira dos Pretenders, assim como incursões solo de Hynde e participações em trabalhos alheios, ajudaram a firmá-la como uma artista extremamente efetiva, que soube desenvolver seu imenso talento como cantora, compositora e também relendo músicas alheias, como fez este ano com Standing in the Doorway: Chrissie Hynde Sings Bob Dylan, dedicado a canções do autor de Like a Rolling Stone. E que venha mais coisa boa por aí!

Brass In Pocket (clipe)- The Pretenders:

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