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Tag: rock carioca anos 2000

Estranhos Românticos voltam com muitas novidades quentes

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Por Fabian Chacur

Em 2021, a banda Estranhos Românticos anunciou a sua separação, após o lançamento do álbum Último Sol (leia mais sobre eles aqui). Ficou aquele clima de quero mais no ar, em função da qualidade excelente do álbum em questão. Pois bem. Agora, surge a boa notícia: o grupo carioca está de volta, com algumas alterações.

Inicialmente, tivemos a saída de Marcos Muller, que acabou sendo substituído pelo cantor e guitarrista alagoano Victor Barros. Ele se une aos três integrantes remanescentes, Mauk Garcia (baixo e guitarra), Luciano Cian (teclados) e Pedro Serra (bateria).

Com esta escalação, eles nos oferecem duas novas canções. A primeira, Breve História, traz um clipe agitado gravado inteiramente com a ajuda de um celular. A segunda, Maverick ’73 (ouça aqui), conta com a participação especial do cantor e guitarrista Homobono (integrante das bandas Los Djangos, Esquadrão Sonzera Total e Disstantes). O produtor argentino Seu Cris também está nessa parceria.

O novo material flagra o grupo extremamente energético em sua mistura de rock psicodélico, mod e jovem guarda, com um pique irresistível. Para dar um clima ainda melhor ao retorno, o grupo, após essas gravações, contou com a entrada de mais um integrante.

E não se trata de qualquer um. É o guitarrista e produtor Jr Tostoi, conhecido por seus trabalhos ao lado do grande Lenine e da banda Vulgue Tostoi e que já havia produzido a banda anteriormente. Eles trabalham juntos há dois meses, e em breve teremos os primeiros frutos dessa parceria. Ou seja, para uma banda que era dada como extinta, o que não faltam são boas novidades.

Breve História (clipe)– Estranhos Românticos:

Sex Beatles lançam duas músicas nas plataformas

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Por Fabian Chacur

O grupo carioca Sex Beatles marcou a cena alternativa nos anos 1990, mesmo não tendo feito sucesso comercial. Após 27 longos anos, eis que duas novas músicas do quinteto chegam às plataformas digitais. Junto com elas, também estão sendo disponibilizados os dois álbuns lançados por eles, Automobilia (1994) e Mondo Passionale (1995). Isso, no entanto, não significa um retorno de fato do grupo.

Hoje morando em diferentes locais do Brasil e tocando outros projetos, Cris Braun (vocal), Ivan Mariz (guitarra), Alvin L (guitarra), Vicente Tardin (baixo) e Marcelo Martins (bateria) aproveitaram os atuais recursos dos home studios para gravarem de forma remota duas novas canções, o que acaba atraindo as atenções do público para ouvir os dois álbuns enfim disponibilizados de forma oficial no mundo digital.

As duas músicas são ótimas. Oui Je Regrette Tout, divulgada por um divertido clipe, tem letra em francês de colegial e traz o ritmo marcado por palmas e clima de anos 1960, com forte apelo dançante. Por sua vez, Dance Comigo (ouça aqui) é um rock um pouco mais ardido e com cara de glitter rock dos anos 1970, embora o apelo dançante também esteja ali.

Pela qualidade das novas faixas, fica a torcida para que os antigos parceiros se animem a ao menos gravar mais um álbum. Vale registrar que Cris Braun desenvolve uma ótima trajetória como artista solo (leia mais sobre ela aqui), enquanto Alvin L se tornou conhecido compondo sucessos para Capital Inicial, Marina Lima, Milton Nascimento e Ana Carolina.

Oui Je Regrette Tout (clipe)- Sex Beatles:

Estranhos Românticos saem de cena com brilhante Último Sol

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Por Fabian Chacur

Foram sete anos de existência. Nesse período, Marcos Muller (vocal e guitarra), Mauk (baixo), Luciano Cian (teclados) e Pedro Serra (bateria) lançaram três álbuns e também fizeram duas releituras de outros grupos (Pato Fu e Autoramas) para tributos. Esse projeto, que tinha o peculiar nome Estranhos Românticos, chega ao fim com um último projeto, Último Sol, já disponível nas plataformas digitais. Belíssima despedida. Seria um fim ou um recomeço?

Poucos nomes poderiam ser mais adequados para este quarteto carioca do que o escolhido por eles. Sim, eles são românticos, arrebatadoramente românticos, mas bem longe do tradicional e do careta nessa área tão explorada na música. Estranhos, mas aquela estranheza que cativa e mostra um rumo diferente para exaltar as paixões que funcionam como combustível para nos proporcionarem momentos de puro prazer sensorial.

Para embalar suas letras simples e diretas, o grupo se vale de uma sonoridade cuja origem mais remota remete ao pop rock do período entre 1964 e 1967. Base rítmica ágil, baixo volta e meia anguloso, bateria adoravelmente dançante, teclados dando o tom psicodélico e vocais desencanados e bem articulados. Ecos de jovem guarda, merseybeat, pós punk, tropicalismo e psicodelia podem ser observados, mas o mote são sempre alucinadas canções de amor.

Último Sol traz 10 faixas, sendo 9 inéditas e o remix de Mergulho no Saara (Latexxx Remixxx), cuja versão original está no segundo álbum deles, (2021). A festa começa com os momentos mais jovem guarda, Boa Noite Copacabana e Me Beija (com participação de Nervoso). Luxo envolve e tem a participação especial precisa, cirúrgica, matadora do saxofonista Marcello Magdaleno.

Mim revela influências da new wave dos anos 1980, um rockão bacana. Espécie de balada entortada para os interesses do quarteto, a deliciosa Sol nos oferece os doces vocais da cantora argentina Cony Piekarz, que tira de letra o dueto com Marcos Muller. Bacana demais.

A soma de um riff poderoso a um refrão simples e eficiente dão cor à ótima Ridículo. Carnaval vem a seguir com seu tempero sessentista, enquanto Fim do Mundo aposta em uma base rítmica mais compassada. A parte de inéditas se encerra com a psicodelia oitentista de 42°, que de certa forma capta o espírito de bandas da época como Love And Rockets de uma forma própria. O remix de Mergulho no Saara fecha a tampa com espírito dançante e outra viagem nos porões mais bacanas dos anos 1980.

E aqui cabe discorrer sobre a dúvida entre fim ou recomeço abordada no início desse texto. Se for apenas isso, o encerramento de um trabalho bacana que quatro caras fizeram durante sete anos, meu Deus, que despedida encantadora! Mas será que, após autoavaliarem a qualidade de Último Sol, de o quanto eles soam coesos, criativos e ao mesmo tempo acessíveis ao ouvido médio, não pintará a tentação de “que tal um encore?” em um futuro (tomara) não muito distante? São questões que só esses agora ex-Estranhos Românticos poderão nos responder. obs.: capa antológica, heim?

Ouça Último Sol, dos Estranhos Românticos, em streaming, aqui .

Estranhos Românticos mostram viagem psicodélica no clipe Só

Estranhos-Romanticos

Por Fabian Chacur

é a faixa que dá nome ao segundo álbum da banda carioca Estranhos Românticos. Essa envolvente canção, uma espécie de power ballad psicodélica, se é que isso existe, acaba de ganhar um videoclipe que cativa logo em sua primeira visualização. Não se assuste se você fizer isso uma, duas e muitas vezes mais. Afinal, psicodelia é, por essência, um estilo musical cujo objetivo é mesmo capturar os nossos sentidos, trazendo-nos sensações e sentimentos os mais distintos. Aqui, é prazer puro o que você ganha.

O clipe foi dirigido, filmado e editado por Pedro Serra, que é também o baterista da banda. Ele se valeu de cenas captadas na natureza de Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro. A edição não poderia ter sido mais inspirada, pois se encaixa feito luva na descrição feita na letra da canção, que traz versos como “abro as janelas para um novo som, quero ver as cores da canção”. E é isso que ocorre, em uma precisa fusão de áudio e vídeo.

A faixa conta com a participação especialíssima do guitarrista JR Tostoi, conhecido por seu trabalho com Lenine, e serve como boa amostra do álbum , lançado em 2020 pela banda que traz, além de Pedro, Marcos Muller (vocal e guitarra), Mauk (baixo) e Luciano Cian (teclados). Eles integram o coletivo Rockarioca, que congrega 25 bandas do rock do Rio de Janeiro.

(clipe)- Estranhos Românticos:

Venus Café e Mobile Drink, as atrações do Rio Novo Rock

mobile drink 3Foto Oficial - Por Alysson Antunes

Por Fabian Chacur

Continua de vento em popa o projeto Rio Novo Rock (RNR), que há quase dois anos vem abrindo importantes espaços para as novas bandas cariocas e de outros estados. A edição de setembro, que será realizada nesta quinta-feira (1º/9) trará duas bandas da nova cena da Cidade Maravilhosa, Vênus Café e Mobile Drink (foto). Os shows ocorrem a partir das 20h no Imperator- Centro Cultural João Nogueira (rua Dias da Cruz, nº 170- Meyer- Rio de Janeiro- fone 0xx21- 2597-3897), com ingressos custando R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira).

Integrada por Dangerous Dan (vocal), Captain Love (baixo), Frankie Goes (guitarra) e Leandro Fernandez (bateria), a Vênus Café apresenta um rock energético e ardido, com boas influências do hard rock da segunda metade dos anos 1970. Sem complicações nem frescuras, seu som nos proporciona bons momentos, entre os quais a impagável Rock N’ Roll Tupiniquim. Eles já abriram shows de Matanza e Rogério Skylab.

Desde o lançamento de seu primeiro CD, Rock (2007), a Mobile Drink conseguiu cativar uma boa leva de seguidores com um som furioso e potente que recentemente rendeu mais um lançamento, o EP Canções da Noite e Outros Tragos. O time roqueiro é composto por Ronan Valadão (vocal), Pablo Rodrigues (guitarra), Bruno Valadão (bateria) e Felipe Rodrigues (baixo). Esta edição do RNR também terá as participações do DJ Maurício Gouveia e do VJ Miguel Bandeira.

Rock N’ Roll Tupiniquim– Venus Café:

Canções da Noite e Outros Tragos (EP)- Mobile Drink:

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