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Morre Tony Barrow, assessor de imprensa dos Beatles etc

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Por Fabian Chacur

Quando a expressão Fab Four é citada, não há quem não se lembre do grupo habitualmente associado a ela, os Beatles. O que muita gente não sabe é que a tal frase foi criada por Tony Barrow, lá pelos idos de 1963. O assessor de imprensa da banda mais bem-sucedida da história da música nos deixou no último dia 14 (sábado), poucos dias depois de completar 80 anos. Sua importância na incrível história de John, Paul, George e Ringo não é pequena. Não mesmo.

Tony Barrow nasceu no dia 11 de maio de 1936, e começou sua carreira ainda adolescente, escrevendo sobre música no jornal Liverpool Echo. Paralelamente, passou a trabalhar na gravadora Decca, e foi ele quem ajudou o amigo Brian Epstein a conseguir para a banda da qual este era empresário um teste. Os Beatles acabaram reprovados, mas a amizade se firmou, e quando o grupo foi contratado pela EMI, Epstein convidou Barrow para trabalhar com ele na Nems Enterprises.

Na empresa, Tony se tornou o assessor (ou agente) de imprensa não só dos Beatles, mas também de outros artistas contratados por Epstein, como Cilla Black e Gerry & The Pacemakers. Entre suas funções estava organizar entrevistas coletivas, escrever press releases e textos de contracapas de LPs e acompanhar os artistas durante suas turnês. Ou seja, era trabalho duro, que ele fazia com muita qualidade e categoria.

Na foto que ilustra esta matéria, Barrow pode ser visto escolhendo e autorizando um jornalista a fazer uma pergunta aos Beatles durante uma coletiva. Vale lembrar que Paul McCartney seguiu esse modelo em suas entrevistas coletivas, pois participei de duas, em 1990 e 1993, e os profissionais eram escolhidos da mesma forma por seu agente da ocasião. Na de 1993, fui o último a ser autorizado a fazer uma pergunta ao Macca. Que emoção quase indescritível!

Barrow ficou com os Beatles até o final de 1967, sendo que um de seus últimos trabalhos para a banda foi editar o livreto que acompanhava o álbum (ou os compactos duplos) da trilha sonora do filme Magical Mystery Tour. Como Brian Epstein havia morrido há pouco e o grupo resolveu montar seu próprio selo, a Apple, o assessor de imprensa decidiu montar o escritório Tony Barrow International.

Aí é que entra o etc do título deste post. Barrow trabalhou com diversos outros artistas importantes, entre eles The Kinks, Bay City Rollers, Gladys Knight, David Cassidy, Jackson Five, Neil Sedaka e ironicamente os Monkees, grupo feito à feição dos Beatles para a TV americana. Em 1980, desanimado com a explosão do punk, resolveu abandonar o ramo de assessoria e voltou ao jornalismo, inicialmente como free lancer.

Em seguida, também passou a se dedicar aos livros, sendo um deles o influente Inside The Music Business, escrito em parceria com Julian Newey. Outros dois interessam e muito aos beatlemaníacos: The Making Of The Beatles Magical Mystery Tour (1999) e o livro de memórias John, Paul, George, Ringo & Me (2006). Paul McCartney tuitou sobre o antigo funcionário e amigo pessoal:

“Tony Barrow foi um cara adorável que nos ajudou no início dos Beatles. Ele era super profissional, mas sempre pronto para uma risada. Fará falta e será lembrado por muitos de nós”. Todo interessado na função de assessor de imprensa deveria estudar o trabalho deste grande pioneiro na área, um verdadeiro Fab One em seu ofício.

Day Tripper (live Candlestick Park 1966)- The Beatles:

The Beatles Live Candlestick Park 29,8,1966:

George Martin, esse produtor genial, nos deixa aos 90 anos

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Por Fabian Chacur

Pode um sim mudar não só a vida dos envolvidos em um determinado acontecimento, como também a história da música? Pois essa palavra mágica foi proferida em 1962 por um certo George Martin, contratando dessa forma os então desconhecidos e rejeitados Beatles para o pequeno selo Parlophone. O que aconteceu a partir dali, todos sabemos. Infelizmente, esse gênio nos deixou, por causas ainda não reveladas, aos 90 anos. O produtor por excelência.

Nascido na Inglaterra em 3 de janeiro de 1926, George Martin serviu a Marinha de seu pais e logo a seguir entrou na Guildhall School Of Music And Drama, na qual aprendeu composição, orquestração e a tocar o oboé. Ele começou a atuar no meio musical no Parlophone, pequeno selo ligado à gigante EMI, e depois de alguns anos se tornou o diretor de A&R de lá em 1955. Os discos de comédia que produziu para Peter Sellers e Peter Ustinov se tornaram famosos, e um de seus fãs era John Lennon.

Os Beatles e seu empresário Brian Epstein levaram sua fita demo para a Parlophone em total desespero, pois até ali já haviam sido rejeitados por literalmente todas as gravadoras atuantes na Inglaterra, incluindo a matriz do selo dirigido por Martin. A principal rejeição havia sido da Decca, e foi com as gravações que eles fizeram nos estúdios dessa gravadora que o grupo tentou seduzir Martin.

O produtor ouviu e não curtiu muito, mas teve sensibilidade suficiente para perceber que havia algo importante ali, só que ainda mal trabalhado. Em junho de 1962, ele resolveu contratar a banda, embora não botasse muita fé em seu baterista, Pete Best. A troca por Ringo Starr acabou ocorrendo durante as gravações do primeiro compacto da banda, Love Me Do. Surgia uma parceria histórica.

A colaboração entre George Martin e os Beatles se tornou perfeita pelo fato de o produtor ter uma formação musical sólida, que se tornou decisiva conforme os Fab Four foram ampliando os seus horizontes musicais. Além disso, tinha uma paciência interminável para encarar os egos daqueles jovens talentosos, como demonstrou ao sugerir a inclusão de um quarteto de cordas na gravação da música Yesterday, algo que Paul McCartney não admitia inicialmente.

Difícil imaginar álbuns elaborados como Rubber Soul, Revolver, Sgt. Peppers, The Beatles (o álbum branco) e Abbey Road sem a batuta de George Martin. Ele foi um dos responsáveis pela solidificação da aproximação do rock com a música erudita, e pela perfeita simbiose entre esses segmentos tão distintos do cenário musical.

A partir de 1965, Martin deixou a EMI e se tornou um dos primeiros produtores independentes na Inglaterra, além de criar seu próprio estúdio, o Air, que entre 1979 e 1989 teve uma filial na paradisíaca Montserrat, no Caribe, onde The Police, The Rolling Stones e Stevie Wonder gravaram. Pena que uma catástrofe tropical (o funesto furacão Hugo) acabou arrasando com aquele estúdio dos sonhos, anos depois.

Com o fim dos Beatles, George Martin continuou firme e forte sua trajetória. Trabalhou com Paul McCartney, o beatle mais apegado a ele, em Live And Let Die (canção tema de filme da franquia James Bond) e nos álbuns Tug Of War (1982), Pipes Of Peace (1983), a trilha do filme Give My Regards To Broad Street (1984) e Flaming Pie (1997).

Se tivesse trabalhado “apenas” com os Beatles, George Martin já mereceria canonização. Mas ele também produziu discos e faixas de outros grandes nomes da música, entre os quais America, Cheap Trick, Mahavishnu Orchestra, Jeff Beck, Kenny Rogers, Ella Fitzgerald e Neil Sedaka. Ele compôs música incidental para vários filmes, sendo a melhor a de Yellow Submarine (1968), com a sublime Pepperland.

George Martin gravou alguns discos, como Off The Beatles Track (1964), que traz versões instrumentais dos sucessos dos Fab Four. Em 1997, ele produziu a nova versão de Candle In The Wind, gravada por Elton John em homenagem a Princesa Diana. Em 1998, como forma de marcar a sua despedida da música, devido a problemas de audição que começavam a afligi-lo, ele resolveu lançar um CD de despedida.

Intitulado In My Life, o álbum trouxe onze composições dos Beatles e uma dele (Pepperland Suite) regravadas por astros da música como Phil Collins, Celine Dion, Bobby McFerrin e Jeff Beck, e atores como Goldie Hawn, Sean Connery, Robin Williams e Jim Carrey. O resultado ficou muito bom, e uma das marcas é o fato de ele ter trabalhado com o filho Giles Martin, que herdou o talento do pai e enveredou para o mundo da produção musical, com sucesso.

Para quem deseja saber mais sobre o profissional e o ser humano George Martin, vale assistir Produced By George Martin, documentário lançado em 2012 (saiu em DVD no Brasil) que dá uma bela geral em sua trajetória e traz depoimentos de Paul McCartney, Ringo Starr, Jeff Beck e outros. A humildade e a serenidade do cara eram impressionantes. Ainda bem que ele disse aquele sim no já distante ano de 1962. Eis o que eu chamo de um sim seminal!

Ouça o CD In My Life, de George Martin, em streaming:

Pepperland– George Martin:

Off The Beatle Track- George Martin And His Orchestra:

David Bowie emplaca o álbum Blackstar no 1º lugar nos EUA

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Por Fabian Chacur

A expectativa em torno da performance comercial de Blackstar, novo álbum de David Bowie, já era grande. Com a inesperada e lamentável morte do grande astro no último dia 10 (leia mais aqui), tornou-se enorme, e se confirmou de forma positiva. O trabalho leva o autor de Heroes pela primeira vez ao topo da parada americana entre os álbuns mais vendidos, após aproximadamente 50 anos de carreira.

Conforme informações do site americano da revista Billboard, a bíblia do mercado fonográfico mundial, Blackstar teve 181 mil cópias comercializadas durante a semana de vendas encerrada no dia 14 de janeiro. Com esse desempenho, conseguiu tirar do número 1 o álbum 25, da cantora britânica Adele, que durante este mesmo período vendeu 143 mil exemplares. Uma bela façanha.

Para quem achar que foi só a morte do cantor que impulsionou vendas tão expressivas, vale relembrar que The Next Day (2013), trabalho anterior de inéditas do Camaleão do Rock, teve 85 mil cópias vendidas em sua semana de lançamento e atingiu o 2º lugar nos charts americanos. Ah, e tem mais: a coletânea Best Of Bowie (2002) retornou às paradas, vendendo esta semana 94 mil cópias e atingindo o 4º lugar nos EUA. Na época, essa compilação tinha conseguido apenas o nº70.

Vale lembrar que Bowie já havia sido número 1 na terra de Barack Obama, mas apenas nas paradas de singles, com Fame (1975) e Let’s Dance (1983). Entre os álbuns, teve, além dos já citados, os seguintes no Top 10: Let’s Dance (1983- 3º lugar), ChangesOneBowie (1976- 10º lugar), Station To Station (1976- 3º lugar), Young Americans (1975- 9º lugar), David Live (1974- 8º lugar) e Diamond Dogs (1974- 5º lugar).

A parte mais surpreendente do feito obtido por Blackstar foi o fato de se tratar de um trabalho de veia mais experimental, longe de momentos mais assimiláveis do trabalho de Bowie, como Let’s Dance, por exemplo. Acompanhado por uma banda de orientação jazzística, o artista mergulhou em sete faixas mais longas, sem ambições radiofônicas e fugindo dos padrões dos hits atuais. Ousadia que deu frutos.

Blackstar (clipe)- David Bowie:

Rebel Rebel (live-2004)- David Bowie:

Moda de Rock II será lançado com show no Sesc Pinheiros

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Por Fabian Chacur

Moda de Rock- Viola Extrema , de Ricardo Vignini e Zé Helder, foi um CD tão surpreendente e bem-sucedido que era de se esperar que teria uma continuação. O primeiro volume trazia versões violeiras para clássicos rockers do naipe de Kashmir (Led Zeppelin), Norwegian Wood (Beatles), In The Flesh (Pink Floyd), Kaiowas (Sepultura) e Mr. Crowley (Ozzy Osbourne). Agora, quase cinco anos depois, chega a vez de Moda de Rock II, que será lançado em São Paulo com show neste domingo (17) às 18h no Sesc Pinheiros (rua Paes Leme, 195-Pinheiros-fone: 0xx11 3095.9400). Os ingressos custam de R$12,00 a R$ 40,00.

Moda de Rock II (que traz como subtítulo Viola Caipira Instrumental) nos oferece 12 releituras endiabradas de clássicos do rock de várias origens, entre eles Why Worry (Dire Straits), Refuse/Resist (Sepultura), Wasted Years (Iron Maiden), Raining Blood (Slayer) e Thunderstruck (AC/DC). A energia, a criatividade e o talento dos músicos permanece intacto. Uma sequência à altura do álbum que deu origem à série.

Helder e Vignini fizeram mais de 300 shows com esse projeto, com direito ao registro de um DVD com participações de Pepeu Gomes, Kiko Loureiro e Os Favoritos da Catira. Eles também tocaram ao vivo com Andreas Kissser, Lucio Maia e Renato Teixeira. Vale lembrar que o projeto surgiu de forma despretensiosa, com os dois músicos mostrando a seus alunos de viola o potencial desse seminal instrumento.

Além do Moda de Rock, os dois também são colegas na banda Matuto Moderno, que já lançou vários CDs bacanas. Zé Helder lançou recentemente seu terceiro CD individual, Assopra o Borralho, enquanto Ricardo Vignini tem no currículo gravações com o seu power trio de rock pesado Mano Sinistra e com o violeiro Indio Cachoeira , além de ter participado do CD Carbono, de Lenine, com direito a tocar com o artista pernambucano no Rock in Rio.

O show no Sesc Pinheiros tem tudo para ser histórico, pois contará com uma participação mais do que ilustre: a do guitarrista Robertinho do Recife, um dos melhores nesse instrumento no Brasil e no mundo e conhecido por seus trabalhos solo e também ao lado de Raimundo Fagner e inúmeros outros. Depois dessa estreia em São Paulo, a ideia do duo é levar esse show para o resto do país, se possível ampliando ainda mais o roteiro da turnê anterior.

Refuse/Resist– Ricardo Vignini e Zé Helder:

Morre aos 81 anos o manager australiano Robert Stigwood

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Por Fabian Chacur

Morreu no dia 4 de janeiro de 2016 aos 81 anos o produtor australiano Robert Stigwood. Ele tinha 81 anos. Nome lendário no meio do show business, ele sempre será associado aos Bee Gees, grupo que ajudou a encaminhar rumo ao estrelato, mas seu currículo é repleto de momentos importantes e associações bacanas, além de um pioneirismo marcante em termos profissionais em termos empresarias no Reino Unido. Um cara que deixou sua marca na música.

Nascido na Austrália em 16 de abril de 1934, Stigwood se mudou para a Inglaterra em 1955. Na época, era tradição uma espécie de limitação da área de cada profissional no meio da música na Inglaterra. Ele foi um dos primeiros que ampliou os horizontes para seu tipo de atividade, englobando empresariamento, edição de músicas, gravação de discos, promoção de shows e espetáculos, agenciamento de shows, assessoria artística e de marketing etc. Ou seja, ele cobria todos os setores importantes para um artista fazer sucesso.

Ele passou a primeira metade dos anos 1960 se firmando em termos profissionais, e deu o pulo do gato em janeiro de 1967 ao se associar ao empresário dos Beatles, Brian Epstein, na empresa Nems. Quando Epstein morreu, em agosto daquele ano, Stigwood já tinha conhecimento suficiente para criar sua própria empresa multiuso, a The Robert Stigwood Organization, que entre outros desdobramentos geraria uma gravadora/selo, a RSO Records.

Os primeiros grandes nomes a serem empresariados em termos amplos por ele foram o grupo Cream, e depois de sua separação o guitarrista e cantor Eric Clapton, e os Bee Gees. Pouco depois, envolveu-se com a encenação de musicais, e em seguida a versões cinematográficas de tais musicais, entre os quais Jesus Cristo Superstar (1973) e Tommy (1975).

Se a coisa já estava muito boa para ele e seus contratados, ficou ainda melhor quando ele produziu os filmes e as trilhas sonoras Saturday Night Fever (Os Embalos de Sábado a Noite-1977) e Grease (Nos Tempos da Brilhantina- 1978), que levaram milhões de pessoas aos cinemas e venderam milhões de discos. A primeira ficou 24 semanas no primeiro lugar nos EUA, enquanto a segunda permaneceu durante 12.

Nesse período entre 1978 e 1979, era a coisa mais comum do mundo um disco com o selo RSO suceder outro na liderança das paradas dos mais vendidos em todo o mundo. Se não repetiu todo esse sucesso nos anos subsequentes, Stigwood se manteve muito ativo, e emplacou até mesmo uma versão cinematográfica de Evita (1997) com Madonna, que lhe valeu um Oscar como produtor.

Os Embalos de Sábado a Noite- Trilha Sonora completa em streaming:

B.B. King, Lemmy e os outros astros que partiram em 2015

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Por Fabian Chacur

Em 2015, perdemos um verdadeiro festival de grandes nomes da música, em todas as áreas. O seminal embaixador do blues B.B.King (foto) é um dos mais expressivos, mas inúmeros outros nomes bacanas, também das mais variadas épocas, nos deixaram rumo à eternidade. Na medida do possível, Mondo Pop procurou homenagear essa turma da pesada nesse ano tão difícil.

Abaixo, fizemos uma lista com um número significativo desses grandes artistas que fizeram nossa alegria com suas canções, acordes, poesias etc. Quando for o caso de existir um texto de Mondo Pop sobre o artista em questão, o link aparece logo na sequência. Que a boa música feita por eles continue nos inspirando dia após dia, até o tal do “fim dos tempos”.

É uma lista bem abrangente, mas obviamente não é completa.

MÚSICOS QUE MORRERAM EM 2015:

– Dallas Taylor (baterista Crosby Stills Nash & Young)- 7/4/1948- 18/1/2015

– Edgar Froese (Tangerine Dream)- 6/6/1944- 20/1/2015

– Demis Roussos (cantor- ex-Aphrodite’s Child) – 15/6/1946- 25/1/2015

http://www.mondopop.net/2015/01/morre-aos-68-anos-na-grecia-o-cantor-egipcio-demis-roussos/

– Sam Andrew (guitarra- Big Brother & The Holding Company)- 18/12/1941- 12/2/2015

http://www.mondopop.net/2015/02/morre-sam-andrew-o-eterno-guitarrista-da-diva-janis-joplin/


– Lesley Gore (cantora pop)- 2/5/1946- 16/2/2015

– Daevid Allen (Soft Machine)- 13/1/1938- 13/3/2015

– Mike Porcaro (baixo- Toto)- 29/5/1955- 15/3/2015

http://www.mondopop.net/2015/03/morre-mike-porcaro-59-anos-ex-baixista-da-banda-pop-toto/

– A.J. Pero(bateria- Twisted Sister)- 14/10/1959- 20/3/2015

– Kim Fowley (produtor Runaways etc)- 21/7/1939- 15/1/2015

– Pino Danielle (cantor e compositor italiano)- 19/3/1955- 4/1/2015

– Andy Fraser (baixista- Free)- 3/7/1952-16/3/2015

– Steve Strange (cantor- Visage)- 28/5/1959- 12/2/2015

– Jimmy Greenspoon (teclados- Three Dog Night)- 7/2/1948- 11/3/2015

– Percy Sledge (cantor)- 25/11/1940- 14/4/2015

– Ben E. King (cantor)- 28/9/1938- 30/4/2015

http://www.mondopop.net/2015/05/ben-e-king-de-stand-by-me-morre-nos-eua-aos-76-anos/

– Jack Ely (vocal e guitarra- The Kingsmen)- 11/9/1943- 28/4/2015

– Erroll Brown (cantor- Hot Chocolate- 11/12/1943- 6/5/2015

http://www.mondopop.net/2015/05/morre-errol-brown-vocalista-da-banda-pop-hot-chocolate/

– B.B. King (rei do blues)- 16/9/1925- 14/5/2015

http://www.mondopop.net/2015/05/b-b-king-o-rei-e-embaixador-que-deixa-um-legado-dourado/

– Louis Johnson (baixista- Brother Johnson)- 13/4/1955- 21/5/2015

http://www.mondopop.net/2015/05/morre-louis-johnson-um-dos-melhores-baixistas-do-mundo/

– James Horner (compositor e maestro)- 14/8/1953- 22/6/2015

– Chris Squire (baixista- Yes)- 4/3/1948- 27/6/2015

http://www.mondopop.net/2015/06/chris-squire-fundador-do-yes-sai-da-cena-rock-com-67-anos/

– Lynn Anderson (cantora country)- 26/9/1947- 30/7/2015

– Bryn Merrick (baixo- The Damned)- 12/10/1958- 12/9/2015

– Gary Richrath (guitarrista- Reo Speedwagon)- 18/10/1949- 13/9/2015

– Lemmy Kilmister (baixo e vocal- Motorhead)- 24/12/1945- 28/12/2015

http://www.mondopop.net/2015/12/lemmy-no-brasil-seus-filmes-e-mais-sobre-o-lendario-rocker/

– Phillip Philty Animal Taylor (baterista Motorhead)- 21/9/1954- 11/11/2015

– Scott Weiland (vocal- Stone Temple Pilots e Velvet Revolver)- 27/10/1967- 4/12/2015

http://www.mondopop.net/2015/12/morre-cantor-scott-weiland-do-velvet-revolver-e-do-stp/

– Cynthia Robinson (trompete- Sly & The Family Stone)- 12/1/1946- 23/11/2015

– Allen Toussaint (músico)- 14/1/1938- 10/11/2015

– Andy White (baterista)- 27/7/1930- 9/11/2015

– Cory Wells (cantor- Three Dog Night)- 2/2/1941- 20/10/2015

– Phil Woods (sax alto-jazz e pop)- 2/11/1931- 1/10/2015

– Natalie Cole (cantora)- 6/2/1950- 31/12/2015

http://www.mondopop.net/2016/01/morre-aos-65-anos-de-idade-a-otima-cantora-natalie-cole/

– Lincoln Olivetti (músico e produtor)- 17/4/1954- 13/1/2015

http://www.mondopop.net/2015/01/musico-lincoln-olivetti-morre-aos-60-anos-e-deixa-saudade/

– Renato Rocha (baixo- Legião Urbana)- 27/5/1961- 22/2/2015

– José Rico (cantor sertanejo)- 29/6/1946- 3/3/2015

– Inezita Barroso (cantora etc)- 4/3/1925- 8/3/2015

http://www.mondopop.net/2015/03/inezita-barroso-foi-a-hebe-da-musica-rural-e-fara-muita-falta/

– Percy Weiss (cantor- Made In Brazil)- 1/3/1955- 14/4/2015

– Mangabinha (Trio Parada Dura)- 16/3/1942- 23/4/2015

– Fernando Brant (compositor)- 9/10/1946- 12/6/2015

http://www.mondopop.net/2015/06/fernando-brant-faz-travessia-e-nos-deixa-com-pura-saudade/

– Wilma Bentivegna (cantora)- 17/7/1929- 2/7/2015

– Claudia Barroso (cantora)- 23/4/1932- 9/10/2015

– Luis Carlos Miele (produtor)- 31/5/1938- 14/10/2015

– Marilia Pera (atriz e cantora)- 22/1/1943- 5/12/2015

– Flávio Basso-Júpiter Maçã (cantor)- 26/1/1968- 21/12/2015

– Cristiano Araújo (cantor)- 24/1/1986- 24/6/2015

Uma homenagem a todos esses nomes da música que se foram:

Neil Young chega aos 70 anos muito relevante e necessário

Neil Young performing on stage at the Rainbow Theatre in London in 1973

Por Fabian Chacur

Neil Young comemora 70 anos de idade nesta quinta-feira (12). O roqueiro canadense não poderia chegar melhor em termos artísticos à sua sétima década de vida. Atuante, na ativa, produtivo, esse astro que frequenta o cenário rock and roller desde os anos 1960 merece ser reverenciado como um daqueles caras que realmente fizeram a diferença nesse seminal gênero musical.

O autor de clássicos como Heart Of Gold, Rockin’ In The Free World e Harvest Moon integrou duas bandas clássicas, a Buffalo Springfield e a Crosby, Stills, Nash & Young, com as quais fez trabalhos bem bacanas. Mas o lance dele sempre foi mesmo a carreira solo, mesmo que acompanhado em várias ocasiões pela banda Crazy Horse. Um errante. Ou, como ele mesmo se autodenominou, The Loner (o solitário).

O espectro musical desse cantor, compositor e músico é dos mais amplos, abrangendo hard rock, heavy metal, country rock, folk rock, country, folk, soul music e até jazz, sem deixarmos de lado seus momentos mais experimentalistas, nos quais concebe coquetéis sonoros digeridos por poucos. Mas não é um “maldito”.

Muito pelo contrário. Em quase 50 anos de carreira, Mr. Young várias vezes encarou os primeiros lugares das paradas de sucesso. Principalmente quando seu lado mais suave aflorou, em maravilhas como Harvest (1972), Comes a Time (1978) e Harvest Moon (1992).

As guitarras ardidas, com direito em alguns momentos a solos tortuosos e imprevisíveis, deram a carta em discos como Everybody Knows This Is Nowhere (1970), Tonight’s The Night (1975) e Ragged Glory (1990), por exemplo. E tem também alguns discos-síntese, nos quais vários de seus lados surgem em um único trabalho, cujo principal exemplo é o incrível Freedom (1989).

Young nunca teve medo de se arriscar, largando fases de muito sucesso comercial por trabalhos totalmente fora dos padrões com os quais perdeu popularidade. Mas sua busca pela satisfação artística sempre prevaleceu. Isso gerou vários discos bons, outros nem tanto e alguns ruins. E ele nunca pecou pela omissão, pois sua discografia é enorme.

Nunca teve medo de lutar a favor das causas em que acredita, gravando trabalhos polêmicos como Living With War (2006), no qual teve o peito de encarar o reacionário e intimidador governo de George W. Bush, ou o atual The Monsanto Years (2015), denunciando uma grande corporação. Esteja errado ou certo, sempre mete as caras.

Mergulhar na extensa obra de Neil Young é ter a chance de se deliciar com música de alta qualidade. Com sua voz ora ardida, ora mais suave, mas sempre fora dos parâmetros habituais da chamada “música comercial”, esse cara conquistou fãs nos quatro cantos do mundo. Só tocou no Brasil uma vez, em 2001 no Rock in Rio, e deixou saudade. Parabéns, fera! Ouçam agora alguns de seus hits encantadores/energizantes.

Cinnamon Girl – Neil Young (1969-CD Everybody Knows This Is Nowhere):

Old Man– Neil Young (1972- CD Harvest):

Walk On– Neil Young (1974- CD On The Beach):

Welfare Mothers – Neil Young (1979- CD Rust Never Sleeps):

Lotta Love– Neil Young (1978- CD Comes a Time):

Rockin’ In The Free World (acoustic)- Neil Young (1989- CD Freedom):

Someday– Neil Young (1989- CD Freedom):

Carlos Santana e as novidades bacanas para seus seguidores

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Por Fabian Chacur

Boas novidades para os fãs de Carlos Santana. Em entrevista concedida à versão americana da revista Billboard, o lendário guitarrista revelou que tem vários projetos bacanas em vias de serem concretizados. Só coisas finas, incluindo o retorno de uma das formações clássicas de sua banda, uma seleção dedicada ao jazz fusion e uma parceria com dois astros da soul music.

Comecemos pelo retorno às raízes. Santana conseguiu reunir músicos com os quais tocou em sua fase 1969-1972, um dos momentos áureos de sua brilhante trajetória e que nos proporcionou discos incríveis como Abraxas (1970) e Santana III (1971). São eles Greg Rollie (vocal e teclados), Marcus Malone (percussão), Michael Carabello (percussão), Michael Shrieve (bateria) e Neal Schon (guitarra). Uma verdadeira seleção de craques do latin rock.

O intérprete de clássicos como Batuka, No One To Depend On e Guajira afirma que o disco que marca a volta dessa formação da Santana Band já está gravada e neste momento passa pelo processo de mixagem. A ideia é levar o time para uma turnê em 2016. Vale lembrar que Rollie e Schon saíram do grupo para montar o Journey, e que Rollie tocou há pouco no Brasil como integrante da All Starr Band, de Ringo Starr.

A previsão de disco e turnê marca outro projeto de Santana, a banda Supernova, que inclui ele, o saxofonista Wayne Shorter, o tecladista Herbie Hancock e o guitarrista John McLaughlin, todos lendas vivas do jazz rock. Com esses músicos, o projeto do astro mexicano radicado nos EUA é investir em som instrumental mais inventivo e improvisado, e sua esposa, a baterista Cindy Blackman, também está na escalação.

Fecha o trio de projetos especiais a ideia de gravar um álbum em parceria com Ronald Isley, magnífico vocalista dos Isley Brothers, e o baixista e cantor Larry Graham, conhecido por seus trabalhos com Sly & The Family Stone e Graham Central Station. Enquanto esses projetos não vêm à tona, Carlos fará a partir do próximo dia 16 no Las Vegas House Of Blues uma temporada com sua banda atual que inclui participação de seu filho Salvador. Ufa!

Batuka- No One To Depend On– Santana:

Everything Is Coming Our Way– Santana:

Guajira– Santana:

Iggy Pop faz show em outubro em SP no 3º Popload Festival

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Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs dos grandes nomes do rock. Voltará a São Paulo em breve o lendário Iggy Pop. Ele será a grande atração da terceira edição do Popload Festival, que será realizada em São Paulo no Audio Club (rua Francisco Matarazzo, 694- Barra Funda) nos dias 16 e 17 de outubro. Os ingressos custam de R$160,00 a R$ 480,00 por dia, ou de R$ 360,00 a R$ 720,00 pelos dois dias. Mais informações em www.poploadfestival.com.

Com 68 anos de idade, Iggy Pop merece a alcunha de lenda viva do rock. Seu início foi nos anos 1960 como integrante da seminal banda americana The Stooges, que com seus três primeiros álbuns revolucionou o cenário rocker e plantou as sementes para o que se convencionou chamar de punk rock anos depois. Não inventou esse gênero, mas foi um de seus pioneiros.

David Bowie, um de seus fãs assumidos, o ajudou em vários momentos da carreira, incluindo a produção de dois álbuns solo seminais de Mr. Jamie Ostenberg, os ótimos e também seminais The Idiot e Lust For Life, ambos de 1977. Ele veio ao Brasil pela primeira vez em 1988, cantando em São Paulo no extinto Projeto SP para divulgar seu então mais recente álbum, Instinct.

Sempre na ativa, dividiu-se entre frequentes trabalhos individuais e um histórico retorno dos Stooges que também passou pelos palcos brasileiros. A performance de Iggy Pop nos palcos costuma ser feroz e marcante, sempre com direito a uma viagem pelos melhores momentos de seu excelente repertório. Não é todo dia que temos a chance de ver uma lenda viva cara a cara.

Iggy será a principal atração do Popload Festival no dia 16 de outubro. Na mesma data, estão programados shows do rapper brasileiro Emicida, dos noruegueses Sondre Lerche e Todd Terje e da americana Natalie Prass. No dia 17 de outubro, teremos os escoceses do Belle & Sebastian, os americanos do Spoon, os cearenses do Cidadão Instigado e a carioca Barbara Ohana. Outras atrações devem ser anunciadas em breve, mas Mr. Pop já torna o evento estrelado pacas.

I Wanna Be Your Dog– The Stooges:

Search And Destroy– The Stooges:

The Passenger– Iggy Pop:

Cry For Love– Iggy Pop:

Cold Metal– Iggy Pop:

Cláudio Foá nos mostra a sua viagem particular em livro

claudio foa capa livro 400x

Por Fabian Chacur

A mente humana foi, é e sempre será um grande e insolúvel mistério. O que há nela? Como determinar o que é normal e o que não é em seu dia-a-dia? Como distinguir alguém “normal” de alguém “com a cuca fundida”, como se dizia nos já longínquos anos 1970 do século passado? São essas e outras importantes questões que nos vem à mente com a leitura de Memories Of a Shrinked Person, primeiro livro do arquiteto e fã/estudioso/colecionador de música Cláudio Finzi Foá.

Nascido em Jundiaí (SP) e com 59 anos de idade, Foá dá um mergulho em seu passado, compartilhando com o leitor boas experiências de vida. A descoberta do passado e das tristes e dramáticas circunstâncias da morte de seu pai, ocorrida quando ele era muito pequeno, daria por si só o roteiro de um filme dos mais tocantes. E isso é só o começo.

O relato das experiências do protagonista em instituições dedicadas a esses tais de “doidos”, ou “doentes mentais”, ou seja lá como se queira rotular pessoas com distúrbios fora dos padrões das tais “pessoas civilizadas e normais” são bem ilustrativos de como são tratadas de forma empírica e sem lógica pacientes com problemas nada definidos.

A narrativa de Foá é feita com um texto bastante bom, mas que não segue padrões lineares de narrativa. Portanto, idas e vindas por épocas e situações diferentes ocorrem com frequência, sem no entanto impedir que se consiga seguir suas descrições detalhadas. A cada uma delas, novas descobertas, algumas perturbadoras, outras surpreendentes.

Uma das marcas de Memories Of a Shrinked Person é o fato de em vários momentos não ficar claro se estamos diante de um relato fidedigno dos acontecimentos supostamente ocorridos, ou se estamos diante da imaginação do autor, ou mesmo da sua memória pregando peças ao mesmo. Algo que torna a leitura ainda mais interessante.

O delicioso tempero fica por conta dos relatos ligados à música, da qual Finzi é fã desde moleque, possuindo conhecimentos muito acima da média em termos de rock, MPB e quetais. Suas escolhas e dicas musicais são dignas de um Quentin Tarantino, pinçando momentos muito bons de nomes importantes como Santana, Arnaldo Baptista, Traffic etc.

Como cereja do bolo, os desenhos criados por Cláudio para ilustrar a capa e as páginas são simplesmente esplêndidos, com um traço peculiar e facilmente identificável, e um apêndice com direito a incursões bacanas por versões de letras musicais e literatura de cordel by Finzi. Não se trata de um livro fácil e tradicional, mas sua ótima prosa e edição esperta o torna muito bom de se ler. Que venham os próximos!

Arnaldo Batista – Cê Tá Pensando que Eu Sou Loki?:

Hidden Treasure– Traffic:

La Llave– Devadip Carlos Santana:

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