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Jards Macalé mostra Coração Bifurcado com shows em SP

Por Fabian Chacur

Aos 80 anos de idade, Jards Macalé permanece muito produtivo, para felicidade de seus inúmeros fãs. Além de ter feito o histórico show ao lado de Caetano Veloso referente ao cinquentenário do álbum Transa do astro baiano, ele nos proporcionou um novo trabalho, Coração Bifurcado. É para apresentar o repertório deste novo bebê sonoro que o cantor, compositor e músico carioca volta a São Paulo para shows neste sábado (2) às 21h e domingo (3) às 18h no Sesc Pompéia (rua Clélia, nº 93- fone 0xx11-3871-7702), com ingressos de R$ 15,00 a R$50,00.

Coração Bifurcado reúne composições inéditas de Macalé ao lado de parceiros como Capinam, Ronaldo Bastos, Kiko Dinucci e Rômulo Fróes, entre outros, e foi concebido levando em conta o atual espirito das coisas no nosso conturbado Brasil. Ele explica melhor:

“Desde antes da pandemia, foi me batendo um sentimento de que o ódio crescia, a cizânia crescia, o desentendimento orgânico no Brasil crescia. Então, eu resolvi fazer um disco falando de amor como um gesto político, mas também amoroso”.

Para acompanhá-lo, ele montou uma banda feminina integrada por Maíra Freitas (teclado, talentosíssima filha de Martinho da Vila), Navalha Carrera (guitarra),Lelena Anhaia (baixo), Aline Gonçalves (sopros), Victoria dos Santos (percussão) e Flavia Belchior (bateria).

O repertório traz canções do álbum como Amor In Natura, A Arte de Não Morrer, Mistérios do Nosso Amor e O Amor Vem da Paz, e certamente incluirá alguns dos clássicos dos mais de 50 anos de carreira deste artista seminal.

OBS.: Jards Macalé divulgou nas suas redes sociais na manhã deste sábado (2) que não tinha condições físicas para realizar os dois shows, que foram adiados para uma data ainda a ser divulgada. Quando tivermos essa confirmação informaremos vocês, queridos leitores.

Amor In Natura– Jards Macalé:

John Cale será a atração principal do Nublu Festival em São Paulo

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Por Fabian Chacur

O Nublu Festival celebrará a sua 10ª edição com um belo nome como atração principal. Trata-se de ninguém menos do que John Cale, um dos fundadores da mitológica banda Velvet Underground e com extensa e importante carreira-solo. O evento ocorrerá de 12 a 14 de março no Sesc Pompeia em São Paulo e no Sesc de São José dos Campos (SP).

Também estão na programaçáo Femi Kuti, Yaslin Bey (antes usava o nome Mos Def), Juçara Marçal, Negra Li e o Otis Trio 7. Os ingressos começarão a ser vendidos a partir dos dias 3 (online) e 4 de março (nas unidades do Sesc).

Nascido no Reino Unido no dia 9 de março de 1942, John Cale se mudou para Nova York em 1963, e no ano seguinte conheceu Lou Reed, com quem criou o Velvet Underground. A banda propunha uma inovadora mistura de rock básico com elementos experimentais, e Cale contribuiu nas composições e tocando baixo, viola e piano. Seus conhecimentos de música erudita e de vanguarda ajudaram no tempero inovador.

Após participar com destaque dos álbuns The Velvet Underground & Nico (1967, também conhecido como o “Disco da Banana”) e White Light/White Heat (1968), ele foi excluído do grupo, devido a desentendimentos com Lou Reed. Em 1969, iniciou a carreira como produtor, e que início! Ele assina a produção de The Stooges, álbum de estreia da banda que revelou Iggy Pop para o mundo.

Em 1970, daria o pontapé inicial em sua carreira individual com o excelente Vintage Violence, no qual investe em um rock mais convencional, porém muito inspirado. A partir daí, mostraria versatilidade e criatividade em diversos trabalhos que, se não obtiveram sucesso comercial, mereceram muitos elogios por parte da crítica especializada e influenciaram diversos outros artistas.

Em 1990, voltou a trabalhar com Lou Reed, lançando em parceria com o astro do rock o álbum Songs For Drella, homenagem ao artista plástico Andy Warhol, que teve importância fundamental na divulgação do trabalho do Velvet Underground. Aliás, nos anos 1990 a banda voltou à ativa com a realização de alguns shows e o lançamento do álbum ao vivo Live MCMXCIII (1993).

Cale também trabalhou com Brian Eno e produziu discos para artistas como a ex-colega de Velvet Underground, Nico, a cantora canadense Jennifer Warnes e o grupo americano The Modern Lovers, além de ter feito diversas trilhas para filmes. Seu álbum mais recente, M:Fans, saiu em 2016. Ele foi condecorado como Oficial da Ordem do Governo Britânico (OBE) em 2010.

Ouça Vintage Violence, de John Cale, em streaming:

Ana Cañas celebra 12 anos de carreira com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Em 2007, Ana Cañas lançou seu álbum de estreia, Amor e Caos, e rapidamente viu seu nome ser comentado como uma das grandes revelações da música brasileira naquele período. Desde então, a cantora e compositora conseguiu se firmar, com direito a um público fiel e muito respeito por parte dos colegas. Ela celebra 12 anos desse lançamento (que logo serão 13, por sinal) com shows nos dias 10 e 11 (sexta e sábado) às 21h na Comedoria (antiga Chopperia) do Sesc Pompeia (rua Clélia, nª 93- Pompéia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

A ideia é dar uma geral no repertório de seus seis álbuns de estúdio, incluindo algumas do mais recente, intitulado Todxs (2018). Entre outras canções, teremos Pra Você Guardei o Amor (que ela gravou em parceria com seu autor, Nando Reis), Esconderijo, Será Que Você Me Ama?, Tô na Vida e Luz Antiga.

“Também cantarei músicas da militância que fizeram parte da história do país, celebrando a resistência nesse momento difícil que vivemos para arte e cultura. É um show pra todo mundo cantar junto, com muita emoção e canções especiais que marcaram a minha vida”, garante a intérprete.

Ana Cañas terá a seu lado nesses dois shows em São Paulo uma banda composta por Monica Agena (guitarra), Dj Nato PK (beats), Estevan Sinkovitz (baixo), Marco da Costa (bateria) e André Lima (teclados).

Pra Você Guardei o Amor– Ana Cañas e Nando Reis:

Marcos Valle mostra em SP o repertório de Previsão do Tempo

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Por Fabian Chacur

A discografia do genial Marcos Valle é repleta de grandes momentos. Um deles é o álbum Previsão do Tempo (1973), recentemente relançado em vinil de 180 gramas pela Polysom, dentro da série Clássicos Em Vinil. O cantor, compositor e tecladista carioca ficou tão entusiasmado com essa reedição que montou um show no qual apresenta na íntegra o repertório desse LP. Ele se apresenta com esse repertório em São Paulo neste sábado (20) às 21h e domingo (21) às 18h no teatro do Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Água Branca- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

Previsão do Tempo traz uma criativa e envolvente fusão de bossa nova, jazz, soul, funk, rock e pop na qual a impressionante capacidade de Marcos Valle como músico e compositor se sobressai. Das 12 faixas, em nove ele é acompanhado pelo seminal grupo de soul-funk-bossa-jazz Azymuth, enquanto em duas a tarefa ficou a cargo dos roqueiros do Terço, liderados pelo guitarrista Sergio Hinds.

Marcos Valle (voz e piano Rhodes) terá a seu lado uma banda integrada por Patrícia Alvi (vocal), Paulinho Guitarra (guitarra), Donatinho (teclados), Alberto Continentino (baixo) e Renato Massa Calmon (bateria). Nem Paletó Nem Gravata, Os Ossos do Barão, Tira a Mão e a instrumental Previsão do Tempo são algumas das maravilhas que o público poderá ouvir nas duas performances.

Ouça Previsão do Tempo em streaming:

Lô Borges mostra Rio da Lua e outros sucessos em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Aos 67 anos de idade, o cantor, compositor e músico mineiro Lô Borges vive um momento inspirado em sua carreira. Após ter lançado em 2018 um esplêndido DVD gravado ao vivo, ele recentemente nos ofereceu um novo trabalho de inéditas, o delicioso CD Rio da Lua (leia a resenha de Mondo Pop aqui). Ele estará em São Paulo para shows neste sábado (6) às 21h e no domingo (7) às 18h no Teatro do Sesc Pompeia (Rua Clélia, nº 93- Pompeia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

Rio da Lua traz dez parcerias de Lô com um velho amigo, o excelente cantor, compositor e músico Nelson Angelo, com quem ele curiosamente nunca havia composto uma única canção sequer. Valeu a espera, pois o CD é impecável, um dos melhores de 2019. A novidade fica por conta de o ilustre integrante do Clube da Esquina ter pela primeira vez musicado letras, quando seu processo criativo habitual é encaixar as palavras em melodias criadas previamente.

Se as canções do novo álbum terão destaque no repertório destas duas apresentações em Sampa City, os fãs podem aguardar também diversos de seus grandes sucessos nesses quase 50 anos de trajetória artística no set list. Entre elas, certamente estarão Clube da Esquina nº 2, O Trem Azul, Paisagem da Janela e Feira Moderna, só para citar algumas delas. Garantia de canções maravilhosas o tempo todo ou o seu dinheiro de volta.

Ouça o álbum Rio da Lua em streaming:

Bixiga 70 toca Quebra Cabeça em 3 shows no Sesc Pompeia

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Por Fabian Chacur

A música instrumental brasileira continua efervescente, com artistas de várias gerações firmes, fortes e criativos mostrando seus incríveis talentos. Um dos grupos mais bacanas surgidos nesta década atende pelo nome de Bixiga 70. Oriundos do célebre bairro paulistano, eles lançarão seu 4º álbum, Quebra Cabeça, com shows de 19 a 21 de julho (quinta a sábado), sempre ás 21h30, no Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Pompeia- fone 0xx11-7700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

Quebra Cabeça, na definição deles, baseia-se na própria história da banda, que já tocou nesses anos todos em inúmeros lugares bacanas no Brasil e no exterior e se desenvolveu enquanto time musical no Traquitana, estúdio que equivale a uma espécie de casa para os rapazes. O produtor Gustavo Lenza é seu parceiro na produção musical deste novo álbum, enquanto o trabalho gráfico da capa mais uma vez fica por conta do talentoso Maurício Zuffo Kuhlmann (MZK).

O Bixiga 70 é integrado por Décio 7 (bateria), Marcelo Dworecki (baixo), Cris Scabello (guitarra), Mauricio Fleury (teclado e guitarra), Rômulo Nardes e Gustávo Cék (percussão), Cuca Ferreira (sax barítono), Daniel Nogueira (sax tenor), Douglas Antunes (trombone) e Daniel Gralha (trompete). Sua sonoridade instrumental mescla a música brasileira em suas várias vertentes com música africana, jazz e o que mais pintar, com muito groove e pegada dançante contagiante.

Bixiga 70 (2013)- Bixiga 70 (ouça em streaming):

Cibele Codonho lança seu 1º CD solo com um show em SP

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Por Fabian Chacur

Cibele Codonho estreou em disco em 1998 com Vocalise, integrando ao lado de Leni Requena e Solange Codonho o grupo vocal A Três. Em 2005, foi a vez de gravar em parceria com Filó Machado Tom Brasileiro, álbum no qual releram canções de Tom Jobim. Desta vez, esta talentosa cantora paulistana nos oferece o primeiro CD solo, Afinidade, que será lançado em São Paulo com show no dia 21 (quinta-feira) às 21h no Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Pompeia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Afinidade é uma verdadeira aula de, digamos assim, “brazilian jazz”, pois traz um repertório de 12 músicas assinadas por grandes compositores brasileiros, como João Bosco, Aldyr Blanc, Milton Nascimento, Edu Lobo, Paulo Cesar Pinheiro, Johnny Alf e João Donato, vestidas em envolventes arranjos sofisticados e de inspirado tempero jazzístico. Cibele se vale dessa roupagem sonora para desfilar com sua bela e afinada voz aguda, em resultado impecável.

O álbum tem convidados especiais como o amigo Filó Machado, o cantor americano Mark Kibble (líder do célebre grupo vocal Take 6), o baterista americano Lewis Nash, o guitarrista Natan Marques, o saxofonista Roberto Sion, o pianista Michel Freidenson e o baixista Sizão Machado, além de uma afiada banda base comandada por Pichu Borrelli, que também se incumbiu com classe de teclados e arranjos.

O repertório traz maravilhas do naipe de Casa de Marimbondo, Coisas da Vida, A Paz, Mamãe Natureza, Vento Bravo, Love Dance/Lembrança e Amado. Além das canções do CD, também teremos no show Desafinado e Resposta ao Tempo. A banda será composta por Pichu Borrelli (direção musical, piano e arranjos), Sidiel Vieira (baixo), Fabio Canella (bateria) e Danilo Silva (guitarra), com participações especiais de Filó Machado (violão), Léa Freire (flauta) e Carlinhos Antunes (korah n’goni).

Love Dance/Lembrança-Cibele Codonho e Mark Kibble:

Negra Melodia reúne três grandes cantoras em SP

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Por Fabian Chacur

O público paulistano terá uma bela opção musical para curtir neste feriadão do Dia do Trabalho, nesta terça (1º/5), às 17h, no Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Pompeia- fone 0xx11-3871-7700). Será o show Negra Melodia, que traz em seu elenco três cantoras do primeiro time da música brasileira: Teresa Cristina (FOTO), Juçara Marçal e Teresa Cristina. Para melhorar ainda mais, a entrada é gratuita.

O título do espetáculo teve como inspiração uma composição de Jards Macalé, Negra Melodia, que ficou conhecida na interpretação do saudoso Itamar Assumpção. A ideia do roteiro é celebrar a semelhança entre a música negra brasileira e outros ritmos do mundo de mesma original, com direito a r&b, soul, samba, rap, dub e blues. Canções marcantes dos repertórios de Elza Soares,Luiz Melodia, Dona Ivone Lara, Tim Maia e Jovelina Pérola Negra estarão em cena, entre as quais podem ser citadas A Carne e Pérola Negra.

A ótima banda base que irá acompanhar as três cantoras traz em sua escalação as talentosas Anna Tréa (guitarra, cavaco e direção musical),Ana Karina Sebastião (baixo), Pri Hilário (bateria), Gisah Silva (percussão), Ana Goés (sax) e Estefane Santos (trompete).

Filha do cantor Dave Gordon e sobrinha de Dolores Duran, Izzy Gordon começou a se destacar no cenário musical paulistano ao participar do espetáculo Emoções Baratas, de José Possi Neto, no final dos anos 1980. Desde então, participou de inúmeros espetáculos e shows, além de consolidar uma carreira solo que já rendeu três CDs. De quebra, ainda recebeu elogios de Bono, do U2, e de Quincy Jones.

A carioca Teresa Cristina é uma das principais sambistas da nova geração, acompanhada pelo grupo Semente. Ela já gravou diversos e elogiados álbuns, com destaque para os dedicados aos repertórios de Paulinho da Viola, Cartola e Noel Rosa. Seus shows no bairro carioca da Lapa atraíram tanto público no final dos anos 1990 que ajudaram a revitalizar um local tradicional e então praticamente abandonado.

Também carioca, a muito badalada pela crítica Juçara Marçal tem em sua trajetória a participação em grupos como o Vésper, com o qual gravou três CDs, o A Barca, com quatro álbuns registrados, e o Metá Metá, este último um trio integrado por ela, Kiko Dinucci e Thiago França com quatro CDs no currículo. Não satisfeita, iniciou uma carreira individual que nos rendeu em 2014 o CD Solo Encantado.

A Lua e Eu– Izzy Gordon:

Jane Duboc interpreta hits em show no Sesc Pompeia (SP)

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Por Fabian Chacur

A carreira de Jane Duboc equivale a uma belíssima viagem pelo mundo da música. Esta incrível cantora paraense está há mais de 40 anos na estrada, período durante o qual se consolidou como uma artista do mais alto gabarito. Menos reconhecida do que deveria pela mídia brasileira, ela dá uma geral em seus hits e momentos mais estelares no show Uma Vida Para a Música, que será apresentado em São Paulo nesta sexta (20) às 21h no Sesc Pompeia (rua Clélia, nª 93- Pompeia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos custando de R$ 9,00 a R$ 30,00 (mais detalhes aqui).

No repertório dessa apresentação, teremos canções que estiveram nas paradas de sucesso nos anos 1980 e 1990. Entre elas, estão escaladas Chama da Paixão, Sonhos, Manuel o Aldaz, Besame, Só nós Dois, Todo Azul do Mar e Partituras. São músicas que frequentaram programas de TV e trilhas de novelas, em uma época que material de qualidade também conseguia essa façanha, hoje não tão simples.

Nascida em Belém (PA) em 16 de novembro de 1950, Jane Duboc morou por seis anos nos EUA quando ainda era adolescente. Nesse período, estudou orquestração, canto lírico, flauta e arte dramática na Faculdade de Música da Universidade da Georgia. Por lá, casou com o músico Jay Anthony Vaquer, que tocaria com Raul Seixas. Juntos, tiveram o filho Jay Vaquer, hoje um dos nomes mais promissores da nova geração.

Ao voltar ao Brasil em 1977, depois de trabalhar como cantora, musicista e professora nos EUA, ela participou de shows de Egberto Gismonti, integrou pequenos grupos musicais e gravou jingles, entre outras ocupações. Em 1980, lançou Languidez, seu primeiro álbum solo, que contou com participações especiais de Toninho Horta, Djavan e Sivuca, além de divulgação com clipe no Fantástico. Em 1982, obteve como intérprete o terceiro lugar no MPB Shell, promovido pela Rede Globo, com a canção Doce Mistério (Tentação).

Versátil, ela participou em 1983 do hoje clássico álbum O Grande Circo Místico, de Chico Buarque e Edu Lobo, cantando Valsa dos Clowns, e como vocalista do álbum Depois do Fim, do grupo de rock progressivo carioca Bacamarte. Bastante conhecida e respeitada entre os colegas, ela ainda não havia obtido um grande sucesso comercial. Isso viria logo a seguir, e de forma bastante significativa.

Em 1987, Jane lançou seu primeiro álbum pela gravadora Continental, e nele incluiu as duas canções que invadiram as paradas de sucesso de todo o país logo a seguir: as românticas Chama da Paixão e Sonhos, que a levaram a participar de programas populares de TV. A partir daí, até meados dos anos 1990, teve presença constante em trilhas de novelas.

Mesmo sem tanta divulgação na grande mídia, a carreira de Jane nos últimos 25 anos é repleta de momentos importantes. Em 1992, por exemplo, lançou o belo Movie Melodies, com releituras personalizadas de grandes temas de filmes. Em 1994, gravou em parceria com o consagrado músico de jazz americano Gerry Mulligan o álbum Paraíso, lançado no exterior pelo prestigiado selo Telarc Jazz Records.

Em alguns momentos, ela dedicou álbuns inteiros a repertório de compositores que admira. Ela fez isso com as obras de Flávio Venturini (Partituras, 1995), Egberto Gismonti (Canção da Espera, 2008) e o filho Jay Vaquer (Sweet Face Of Music, 2010). De 2000 a 2011, foi sócia da gravadora Jam Music, que durante sua existência lançou álbuns dela e de artistas como Angela Ro Ro, Beth Carvalho, Alaíde Costa, Oswaldo Montenegro, Celso Viáfora e Cristina Buarque, entre outros.

Seu mais recente trabalho é o CD Duetos, no qual conta com as participações especiais de Bianca e Egberto Gismonti, Oswaldo Montenegro, Celso Fonseca, Fábio Jr., Toquinho, Roupa Nova e Roberto Menescal. Ah, quer mais uma, e das boas, para finalizar? Jane participou em 6 de outubro de 1993, no Olympia, em São Paulo, de um show do astro do rock Peter Gabriel, cantando com ele Blood Of Eden. E acreditem: faltou muita coisa feita por ela nesse post. Muita mesmo!

Besame– Jane Duboc:

Hyldon mostra grandes hits e belas canções recentes em SP

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Por Fabian Chacur

Abram alas, fãs de música boa de São Paulo, que Hyldon está chegando. Este grande cantor, compositor e músico estará na cidade nesta sexta (5) às 21h para dar uma geral em seus maiores sucessos e também mostrar momentos bacanas de seu excelente novo álbum, As Coisas Simples da Vida. O local é o teatro do Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Pompeia- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Aos 66 anos de idade, Hyldon integra a santíssima trindade da soul music à brasileira ao lado de Tim Maia e Cassiano, músicos dos quais ele era amigo e parceiro, por sinal. O artista baiano radicado no Rio estourou em 1975 com o incrível álbum Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda, um clássico da música brasileira que traz como destaques três hits mortais: a faixa título, As Dores do Mundo e Na Sombra de Uma Árvore

Ao contrário de outros artistas desse setor, ele não ficou eternamente apegado ao passado, e se manteve produzindo bons trabalhos, que se não conseguiram o sucesso merecido certamente agradaram em cheio os ouvidos mais descolados. As Coisas Simples da Vida (leia a resenha de Mondo Pop aqui) é simplesmente maravilhoso.

Hyldon será acompanhado basicamente pela mesma banda que gravou com ele seu trabalho atualmente em fase de divulgação, composta pelos ótimos Guinho Tavares (guitarra, violão e vocal), Felipe Marques (bateria), Ramon Torres (baixo, o mais novo do time), Márcio Pombo (piano, órgão e sintetizadores), Diogo Gomes (flugelhorn e trompete) e Rodrigo Revelles (flauta e sax). Para não perder!

As Coisas Simples da Vida– Hyldon:

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