Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: sesc pompeia (page 3 of 3)

Shows de Jorge Ben Jor em SP são cancelados

Por Fabian Chacur

Lembra daquela temporada anunciada em Mondo Pop que teria shows de Jorge Ben Jor, com abertura do grupo Los Sebosos Postizos, integrado por membros da Nação Zumbi e com repertório só com musicas do autor de Os Alquimistas Estão Chegando (leia mais aqui)? Pois não será dessa vez. A temporada, que rolaria desta quinta (23) a domingo (26) no Sesc Pompeia (SP) foi devidamente cancelada.

Um comunicado oficial afirmou que o cantor, compositor e músico carioca teve problemas de saúde que o impedirão de realizar os quatro shows, para os quais os ingressos já estavam devidamente esgotados há algum tempo. Para infelicidade geral dos fãs, não há previsão de quando (e se) essa reunião, que seria histórica mesmo que eles não tocassem uns com os outros, se tornará realidade. Adiada sine die, como diriam os antigos. Paciência!

Quem comprou os tíquetes via internet pelo portal Sesc SP terá os valores pagos em cartão devidamente cancelados ou devolvidos pelas respectivas operadoras. Quem já havia retirado os ingressos terá de ir nas bilheterias de quaisquer unidades do Sesc para ter seu dinheiro de volta. E infelizmente a Banda do Zé Pretinho não animará festa alguma nesta semana em que São Paulo comemora 460 anos de existência. Só se for na base dos discos…

Os Alquimistas Estão Chegando – Jorge Ben:

Ben Jor e Los Sebosos Postizos juntos em SP

Por Fabian Chacur

Um encontro histórico irá ocorrer em breve em São Paulo, do gênero “criador dá seu aval à criatura”. De 23 a 26 de janeiro (quinta a domingo) na Choperia do Sesc Pompeia (rua Clélia, 93- 0xx11-3871-7700- www.sesc.org.br), o grupo Los Sebosos Postizos abrirá shows do artista cujo repertório eles releem com muita categoria, ninguém menos do que Jorge Ben Jor. Os ingressos custam de R$ 10 a R$ 50, e devem ser procurados já, pois devem se esgotar rapidinho.

Para quem ainda não sabe, Los Sebosos Postizos é na verdade uma identidade alternativa da Nação Zumbi, na qual Jorge Du Peixe (vocal), Lucio Maia (guitarra), Dengue (baixo) e Pupilo (bateria e percussão) mergulham de cabeça no repertório de Jorge Ben Jor, alternando canções mais conhecidas como Os Alquimistas Estão Chegando e O Homem da Gravada Florida a pérolas escondidas como Cinco Minutos, A Jovem Samba, Descalço no Parque e A Tamba.

Neste show, Los Sebosos Postizos contam com o reforço do tecladista Chiquinho Corazón, do grupo Monbojó, e do percussionista Da Lua, também da Nação Zumbi. Vale lembrar que este badalado projeto paralelo da Nação Zumbi, surgido nos anos 90, tem em seu currículo um álbum lançado em 2012 pela gravadora Deck, o elogiado Los Sebosos Postizos Interpretam Jorge Ben Jor.

Jorge Ben Jor dispensa apresentações. Desde a primeira metade dos anos 60, esbanja seu swing inimitável, canções sacudidas e uma mistura musical repleta de samba, bossa nova, soul, funk, rock, reggae e o que mais pintar. A seu lado, a célebre Banda do Zé Pretinho, que hoje conta com Dadi Carvalho (baixo, ex-A Cor do Som), Luquinhas (bateria), Lory (piano), Neném do Cavaco (percussão), Jean Arnout (sax) e Marlon (trompete). Dá para esperar uma jam session entre as duas bandas, o que tornariam os shows ainda mais impactantes.

Ouça Os Alquimistas Estão Chegando, com Los Sebosos Postizos:

Boca Livre lança CD Amizade no Sesc Pompeia

Por Fabian Chacur

O Boca Livre é um dos melhores e mais importantes grupos vocais da história da nossa música popular. Com seu autointitulado álbum de estreia, lançado em 1979 pela via independente, atingiu os primeiros postos das paradas de sucesso e provou que música boa e elaborada também pode fazer sucesso comercial. Desde então, viveu diversas fases em sua bela carreira, com direito a alguns hiatos aqui e ali.

Nunca abriu mão, no entanto, da qualidade das canções, arranjos, álbuns e shows que realiza. O quarteto, que hoje conta com Zé Renato (vocal e violão), Maurício Maestro (baixo, violão e voz), David Tygel (viola e vocal) e Lourenço Baeta (flauta, violão e vocal), sua formação mais estável e produtiva, lança no Sesc Pompeia nesta sexta e sábado (18 e 19) o CD Amizade. Nos shows, participação de João Carlos Coutinho (piano) e Rafael Barata (bateria).

Trata-se do primeiro trabalho composto apenas por gravações feitas em estúdio e nunca antes gravadas por eles em 17 anos. Nesse período, além de alguns intervalos dedicados a projetos paralelos, o grupo investiu em CDs e DVDs gravados ao vivo e retrospectivos de sua trajetória, além de um histórico álbum ao vivo gravado com o 14 Bis. Amizade retoma a faceta independente do quarteto.

O repertório de Amizade inclui oito faixas, entre elas Baião de Acordar (Novelli), Tempestade (Chico Pinheiro-Chico Cesar), Terra do Nunca (Edu Lobo e Paulo Cesar Pinheiro), Paixão e Fé (Tavinho Moura-Fernando Brant) e Amizade (Maurício Maestro-Marcos Valle), pinçadas de várias épocas. Em entrevista exclusiva a Mondo Pop, Zé Renato nos conta as novidades do Boca Livre.

Mondo Pop – O Boca Livre está completando 35 anos de carreira, e já viveu diversas fases, incluindo alguns períodos longe de cena. Como você define a fase atual do grupo?
Zé Renato– Estamos com essa formação desde 2006, quando fizemos alguns shows e, no ano seguinte (2007), lançamos o CD e DVD Boca Livre e ao Vivo, fazendo trabalhos esporádicos. Eu tenho minha carreira solo, o Maurício Maestro está morando em Nova York, o David Tygel com trilhas para cinema, o Lourenço com suas coisas também… Amizade é nosso primeiro trabalho de inéditas em 17 anos, e nossa ideia agora é que o grupo vá adiante, faça mais coisas.

Mondo Pop- Como são realizados os trabalhos do Boca Livre? Como funciona a interação entre vocês, que fazem tantas outras coisas?
Zé Renato– O trabalho do Boca Livre é específico e bem diferente dos outros que fazemos paralelamente. É algo que nos faz muito bem. Juntar os quatro e escolher um novo repertório nos exige muito tempo, dedicação, todos decidem tudo, é um método de trabalho intenso. Tudo é muito cheio de detalhes, desde a escolha das canções aos arranjos vocais do Maurício, demanda uma entrega muito grande. Quando fica pronto, a gente comemora. As pessoas não fazem ideia do trabalho que temos.

Mondo Pop- O grupo teve algumas variações de formação durante sua existência, embora tenha tido apenas seis integrantes durante esses 35 anos. Como você avalia a escalação atual?
Zé Renato– Essa formação atual é a que gravou mais, permaneceu mais, e acho que a música Amizade simboliza muito essa nossa trajetória.

Mondo Pop- Que tipo de critério vocês usam para escolher repertório? Nesse disco novo, por exemplo, temos desde canções compostas nos anos 70 até algumas mais recentes. O que as une?
Zé Renato– A gente sempre privilegia as músicas que traduzam o que a gente está querendo expressar, independente de onde ou quando vieram. O mais importante é que a gente sinta uma vibração conjunta, que o entusiasmo seja dos quatro. A gente não se prende a um único caminho, abre o leque. Procuramos reunir canções que tenham uma harmonia entre elas.

Mondo Pop – Como será esse novo show que vocês estrearão aqui em São Paulo, no Sesc Pompeia?
Zé Renato– Vamos tocar umas seis ou sete canções do novo disco, outras que a gente não toca ao vivo há muito tempo, como Folia, e os clássicos do grupo, como Toada, Quem Tem a Viola e Mistérios, entre outros.

Mondo Pop – O CD Amizade inclui oito músicas, um número não muito comum em álbuns, que costumam ter dez, doze, até quatorze canções. O que levou vocês a incluir esse número de oito, especificamente?
Zé Renato– Na verdade, gravamos nove músicas, mas uma delas ficou para fora por problemas com os herdeiros. Aí, ficamos no impasse de ou adiar ou lançar o disco assim mesmo, e optamos pela segunda possibilidade. As oito músicas contam a história do grupo nesse momento, são representativas, e nada impede um disco de ter oito músicas.

Mondo Pop – Amizade está sendo lançado pela via independente, assim como ocorreu com o clássico disco de estreia de vocês, em 1979. Como você compara os dois momentos, e qual a sensação de voltar ao esquema independente?
Zé Renato– Para nós, Amizade é um retorno ao formato independente em parceria com o João Mário Linhares, que foi nosso primeiro empresário. Hoje, temos mais experiência do que antes, quando lançamos o disco por conta própria devido ao fato de as gravadoras não aceitarem um repertório como o que tínhamos. Era nossa única opção. Hoje, a gente nem sequer cogitou procurar as gravadoras.

Mondo Pop – Como vocês encaram lançar um novo disco nos dias de hoje, com as dificuldades impostas pela internet, pela pirataria e pela redução do mercado fonográfico no Brasil?
Zé Renato– O disco é hoje um cartão de visitas de luxo. Queremos mostrar que não estamos parados no tempo, que não nos prendemos ao passado, que temos coisas novas para mostrar. Hoje, a música valoriza demais a palavra em relação às melodias, os arranjos. A canção, a harmonia, estão caindo em desuso, não estão sendo explorados, e a gente só sabe fazer dessa forma. Estamos reentrando no mercado com um estilo que não está sendo tão praticado. Não é uma crítica ao que está sendo feito hoje, que fique bem claro, mas nossa forma de fazer é outra.

Mondo Pop- Quais são os planos do Boca Livre para o futuro mais próximo, digamos assim?
Zé Renato– Queremos viajar com esse show, levar esse novo trabalho para o Brasil. Vamos vender o disco novo no show, será parecido com o que ocorreu com nosso primeiro disco, que foi na base do mão a mão, de boca em boca. A primeira tiragem será vendida nesses shows no Sesc Pompeia. A época mudou, mas o tesão é o mesmo. Acho um bom presságio isso ocorrer, porque na verdade o CD já devia estar pronto há algum tempo, mas acabou ficando pronto só na semana do show.

Boca Livre no Sesc Pompeia (SP)- Projeto Vozerio:

Show Amizade – dias 18 e 19/10 (sexta e sábado) às 21h

Ingressos de R$ 4 a R$ 40.

Local: Sesc Pompeia- rua Clélia, 93 – Pompeia – fone: (0xx11) 3871-7700- www.sescsp.org.br/pompeia

Ouça Boca Livre (1979), primeiro álbum do Boca Livre:

Ao vivo, mais Titãs do que nunca

Por Fabian Chacur

Com 31 anos de uma carreira repleta de grandes momentos, os Titãs não parecem dispostos a dormir em cima dos louros conquistados. Boa prova é o show que a banda paulista mostrou nesta quinta-feira (10) na choperia do Sesc Pompeia, que será repetido nesta sexta-feira (11), com ingressos já esgotados. Uma hora e meia de garra, vibração, criatividade, vitalidade e carisma. O pulso ainda pulsa. Mesmo!

Titãs Inédito é um espetáculo corajoso, pois mostra em sua parte inicial dez canções inéditas em uma enfiada só. Essas músicas poderão estar presentes no próximo álbum de inéditas do hoje quinteto, previsto para sair em 2014. A safra é boa, tendo como marcas a urgência, a concisão e a simplicidade bem trabalhada. Mensageiro de Desgraça, República de Bananas e Não Pode são destaques, mas a rigor nenhuma delas merece ser rejeitada.

Após a première do novo repertório, os Titãs deram um mergulho em seu passado, com direito ao petardo de 1987 (embora atualíssimo) Desordem, a divertida (e pouco tocada ao vivo) Dona Nenê, a encantadora pop-rock Flores, as energéticas Bichos Escrotos e Polícia, a infalível Sonífera Ilha e a evocativa Domingo. Predominaram faixas do antológico Cabeça Dinossauro (1986), marco do rock brasileiro que eles releram em CD/DVD ao vivo em 2012.

Poucas bandas de rock ou de qualquer outro estilo no mundo conseguiriam se manter firmes e fortes após as saídas de integrantes do naipe de Nando Reis, Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Charles Gavin. E é exatamente isso o que a atual encarnação dos Titãs está conseguindo, e com louvor. As explicações para esse êxito não são tão difíceis de serem descobertas, especialmente após vê-los ao vivo em seu momento presente.

Começa pela atual autossuficiência do time, que incorporou o baterista Mário Fabre na vaga de Charles Gavin. Branco Mello assumiu o baixo, Toni Belotto se mantém na guitarra e Sérgio Britto e Paulo Miklos investem em guitarra, baixo e teclados. O resultado é uma sonoridade urgente, compacta e sem muitos rodeios e filigranas. Rock na veia, botando os ia-iás para fora o tempo todo de forma contagiante.

E o charme do tipo “cereja do bolo” fica com os três cantores. Paulo Miklos e Sérgio Britto com seus vozeirões e carismas particulares, com o primeiro mais teatral e o segundo visceral por natureza. Branco é o contraponto, com boa voz mais contida e efeito cênico marcante no melhor espírito new wave. Juntos, equivalem a um daqueles ataques goleadores que devastam as defesas adversárias sem dó nem piedade.

O mais legal é constatar que o entrosamento e a fome de bola dos Titãs em seu ano 32 equivale ao de uma banda iniciante talentosa tentando se firmar no competitivo mundo da música de 2013. Não é de se estranhar que eles possuam na plateia de seus shows um número significativo de garotos que nem eram nascidos quando Cabeça Dinossauro dominava as paradas de sucesso nos anos 80.

Como diria aquele clássico lançado por Paul Simon em 1975, esses caras ainda estão doidos, apesar de todos esses anos (Still Crazy After All These Years). Vale a pena conferir seus próximos passos, especialmente esse álbum de inéditas que irá suceder o ótimo Sacos Plásticos, de 2009. Tudo leva a crer que o epitáfio do grupo ainda está longe de ser cravado.

Veja o clipe de Desordem, com os Titãs:

Ibrahim Electric, da Dinamarca, toca em SP

Por Fabian Chacur

O projeto Dinâmica Dinamarquesa tem trazido ao Brasil desde 2012 vários nomes bacanas do cenário musical daquele país, entre os quais o Mikkel Ploug Quarteto, o Jakob Bro Trio e o DJ Copy Flex. Agora, é a vez do ótimo Ibrahim Electric Trio, que se apresentará no dia 19 de setembro (quinta-feira) às 20h30 na Sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro, nº1.000- fone 3397-4002).

Os ingressos são gratuitos, e devem ser retirado duas horas antes da apresentação. O projeto Dinâmica Dinamarquesa surgiu de uma colaboração entre o Instituto Cultural da Dinamarca e a empresa Plus Plus Plus, além de contar com o apoio de diversos órgãos governamentais da Dinamarca, especialmente os ligados à cidade de Copenhague, principal centro musical do país nórdico.

Com dez anos de estrada e sete discos em seu currículo, o grupo Ibrahim Electric Trio é integrado por Stefan Pajborg (bateria), Niklas Knudsen (guitarra) e Jeppe Tuxen (órgão Hammond), e admite influências diversas como The Doors, Fela Kuti, John Coltrane, Jimi Hendrix, Jimmy Smith e até mesmo Hermeto Pascoal, lendário músico brasileiro de quem o trio se confessa fã incondicional. O bom humor é outra marca deles.

O som do trio tem como base o som do Hammond, um dos teclados mais carismáticos e facilmente reconhecíveis da história da música, usado tanto no jazz como na soul music, pop e rock. A música instrumental deles teve como palco em Copenhague o célebre clube Montmartre, no qual os mais diversos músicos da cidade possuem espaços há décadas para divulgarem com liberdade seus trabalhos.

Ouça o som do Ibrahim Electric ao vivo em Copenhague:

Bixiga 70 lança novo trabalho no Sesc Pompeia

Por Fabian Chacur

O grupo Bixiga 70 faz parte de uma interessante cena de músicos em São Paulo que encaram a música com abertura a misturas e disposição a fazê-las de forma swingada e com o intuito de cativar a mente e a alma das pessoas. Para curtir em termos conceituais e dançar ao mesmo tempo. Eles lançarão seu segundo álbum em shows nos dias 19 e 20/9 (quinta e sexta) às 21h30 na choperia do Sesc Pompeia.

A banda reuniu músicos que tinham em comum o fato de atuarem com frequência no estúdio Traquitana, situado no tradicional bairro paulistano do Bixiga, mais precisamente na avenida Treze de Maio, 70 (daí o nome de batismo da turma). Eles participaram, juntos ou não, de projetos ao lado de artistas como Junio Barreto, Anelis Assumpção, Leo Cavalcanti e as bandas Funk Como Le Gusta e Black Rio, entre outros.

Esse timaço tem como integrantes Décio 7 (bateria), Marcelo Dworecki (baixo), Mauricio Fleury (teclados e guitarra), Cris Scabello (guitarra), Rômulo Nardes (percussão), Gustavo Cék (percussão), Cuca Ferreira (sax barítono), Daniel Nogueira (sax tenor), Douglas Antunes (trombone) e Daniel Gralha (trompete). Eles fundem música africana, latina, brasileira etc e tocam músicas próprias e de autores como Luis Gonzaga, Pedro Santos e Os Tincoãs.

O repertório do show trará músicas do novo trabalho, entre as quais Deixa a Gira Girá, Ocupai, Kalimba, 5 Esquinas e Kriptonita, entre outras, além de algumas do trabalho de estreia, lançado em 2011 e também batizado com o nome da banda. Você pode adquirir os trabalhos nos formatos digital, CD e vinil, e também conferir esses sons bacanas no site deles, www.bixiga70.com , ou nas redes sociais tipo Facebook.

Ouça Deixa a Gira Girar (ao vivo) com o Bixiga 70:

Bob Mould tocará no Brasil em outubro

Por Fabian Chacur

Graças ao brother jornalista Daniel Vaughan, fiquei sabendo de uma belíssima notícia para os fãs do melhor rock and roll. Bob Mould (no meio, de gorro), ex-integrante das bandas Husker Du e Sugar e artista solo de carreira interessantíssima, tocará no Brasil em breve. Ele se apresentará em Sâo Paulo nos dias 4 e 5 de outubro no Sesc Pompeia e no dia 6 de outubro no Circo Voador.

Mould, que toca guitarra e canta, terá a seu lado Jason Narducy (baixo, da banda Verbow) e Jon Wurster (da banda Superchunk), mantendo o formato power trio que o notabilizou. Vale avisar que os ingressos ainda não estão à venda, mas que estarão em breve, e no Sesc Pompeia eles costumam sumir em pouquíssimo tempo. Fiquem de olho em http://www.sescsp.org.br/unidades/11_POMPEIA/#/content=programacao .

Nascido em 16 de outubro de 1960, Bob Mould criou o Husker Du em 1979 ao lado de Grant Hart (bateria e vocal, outro gênio do rock) e Greg Norton (baixo). O grupo partiu de um rock hardcore rumo a uma mistura com folk, pós-punk, punk, hard rock e até pop, sendo considerado um dos pais do que posteriormente se rotulou como grunge e influenciando bandas como Pixies e Nirvana, entre muitas outras.

Álbuns como Zen Arcade (1984), New Day Rising (1985) e o sublime Candy Apple Grey (1986) estão entre os melhores álbuns de rock gravados nos anos 80 e por tabela de todos os tempos. Infelizmente, a banda não conseguiu obter sucesso comercial, e brigas apimentadas entre seus integrantes levaram a um fim prematuro no ano de 1987. Inicialmente, Mould investiu em uma carreira solo de forma mais tranquila.

Entre 1991 e 1994, partiu para um novo power trio, o Sugar, e o álbum Copper Blue (1992) obteve boas vendagens e colocou o grupo na crista da onda. Infelizmente, outra separação surgiu rapidamente, mas Mould se manteve na ativa, com projetos variados e a carreira individual como prioridade. Os discos do Sugar foram relançados em 2012 no exterior, com direito a material extra e embalagem luxuosa. E ele participou do mais recente álbum do Foo Fighters, Wasting Light (2011).

O novo trio de Bob Mould irá tocar no Brasil músicas do Husker Du, Sugar e carreira solo, com ênfase em seu mais recente álbum individual, Silver Age (2012), que traz músicas bacanas como a impactante The Descent. Tipo do show que tem tudo para se tornar um dos grandes eventos roqueiros do ano no Brasil, ao menos para quem curte a cena indie e rock de verdade.

Veja o clipe de The Descent, com Bob Mould:

Ouça Dead Set On Destruction, com o Husker Du:

Girls In Airports, da Dinamarca, toca em SP

Por Fabian Chacur

Sem pensar muito, cite o nome de pelo menos uma banda oriunda da Dinamarca. Difícil responder? Pois agora Mondo Pop irá ajudá-lo a responder essa questão, da próxima vez em que ela for colocada. Trata-se da ótima banda de jazz Girls In Airports.

O quinteto oriundo da cidade de Copenhague já está na estrada há alguns anos, e investe em um som instrumental que mistura elementos de jazz, funk de verdade, música africana e outras sonoridades das mais variadas origens, com total liberdade.

A banda foi criada por Martin Stender (sax) e Mathias Holm (teclados), que tem a seu lado Lars Greve (sax e clarinete), Victor Dybbroe (percussão) e Mads Forby (bateria).

Dois discos foram lançados até o momento pelo Girls In Airports: o autointitulado álbum de estreia, que lhes rendeu o prêmio mais importante da música dinamarquesa (similar ao Grammy americano), e Migrations (2011).

A boa notícia fica por conta de que esse interessante grupo europeu irá se apresentar em São Paulo no próximo dia 15/9 (sábado) às 21h30 na Choperia do Sesc Pompeia (rua Clélia, 93- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 5 a R$ 20.

No repertório do show, estão músicas como Pirates And Tankers, Transvestite, Migration, Little Baby Monkey, Childrens Temple, Friends And Aliens e Windy Nights, entre outras.

Além do próprio Sesc, estão por trás da visita do Girls In Airports o Instituto Cultural da Dinamarca e outras entidades ligadas àquele país, que até o fim de 2013 ajudarão outros artistas de lá a se apresentarem ao vivo por aqui. Site: www.dinadina.net .

Veja Pirates And Tankers, com o Girls In Airports:

Veja Transvestite, com o Girls In Airports:

Duofel toca hits dos Beatles no Sesc Pompeia

Por Fabian Chacur

Se há algo difícil no meio musical atualmente, é regravar canções dos Beatles de forma criativa. Afinal, o universo já releu as canções dos Fab Four, e fica complicado achar novos caminhos para mostrar uma das obras mais consistentes e brilhantes da história da música de um jeito diferente e bacana.

Pois o Duofel conseguiu essa façanha com seu projeto Duofel Plays The Beatles, que gerou um belíssimo CD gravado em estúdio e um DVD registrado ao vivo no local onde hoje está localizado o Cavern Club, em Liverpool, que em seu endereço original abrigou show antológicos do seminal grupo britânico.

Como forma de mostrar o repertório do DVD Duofel Plays The Beatles Live, o duo fará no dia primeiro de maio (terça-feira) às 19h um show que contará, em sua segunda parte, com a participação do experiente tecladista Tulio Mourão, que tocou com os Mutantes nos anos 70.

O espetáculo terá como palco o Sesc Pompeia (rua Clélia, 93 – fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 4,00 a R$ 8,00. O repertório inclui clássicos do porte de Got To Get You Into My Life, Strawberry Fields Forever, Across The Universe, Eleanor Ribgy e Norwegian Wood (This Bird Has Flown), entre outros, todos interpretados de forma instrumental.

O Duofel iniciou suas atividades em 1977, integrado pelo alagoano Luiz Bueno e pelo paulistano Fernando Mello, dois violonistas que primam pela variedade e versatilidade dos sons que tiram de seus instrumentos.

Muitos os conhecem por terem acompanhado Teté Espíndola em 1985 no Festival dos Festivais, da Globo, vencido pelo trio com a música Escrito Nas Estrelas, mas sua obra vai muito, mas muito além disso mesmo. Um programão para o feriado, para quem estiver na capital paulista.

Ouça Strawberry Fields Forever, com o Duofel:

Newer posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑