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Tuesday Night Music Club- Sheryl Crow (1993-A&M)

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Por Fabian Chacur

Em 3 de agosto de 1993, Sheryl Crow lançava Tuesday Night Music Club, o seu álbum de estréia. Aos 31 anos de idade, a cantora, compositora e musicista norte-americana era uma jovem veterana, com um currículo repleto de trabalhos interessantes. Faltava, no entanto, aquele algo mais para se tornar uma artista do primeiro escalão. E este trabalho proporcionou isso a ela, mas não sem uns belos percalços antes.

Nascida em Kenneth, Missouri (EUA) em 11 de fevereiro de 1962, filha de uma professora de piano e de um advogado que tocava trompete nas horas vagas, Sheryl se formou em educação musical na Universidade do Missouri em 1984 e logo começou a trabalhar como professora de música. Nos finais de semana, cantava em bandas e sonhava com uma carreira artística.

O produtor e músico Jay Oliver deu a ela suas primeiras oportunidades profissionais, escalando-a para gravar jingles para McDonald’s e Toyota. Após juntar um dinheiro, Sheryl resolveu mergulhar de vez no seu sonho e se mudou para Los Angeles em 1986. No ano seguinte, conseguiu uma oportunidade de ouro: ser backing vocals da turnê Bad, de Michael Jackson.

Até o início de 1989, a jovem cantora esteve com o Rei do Pop, com direito a um momento de destaque nos shows, quando interpretava I Just Can’t Stop Loving You ao lado do patrão, papel representado no álbum Bad pela cantora Siedah Garrett (também coautora do hit Man in The Mirror, do mesmo CD).

Fazer shows pelo mundo com Michael Jackson foi uma vitrine bastante útil para Sheryl. Naquele período, ela fez gravações ao lado de nomes importantes como Don Henley (dos Eagles), Belinda Carlisle (das Go-Go’s), Jimmy Buffett, Kenny Loggins e Neal Schon (do Journey e Santana).

O passo seguinte foi ter gravações próprias incluídas em trilhas de filmes, entre os quais Bright Angel, de 1990 (com a canção Heal Somebody), e Stone Cold, de 1991 (com a faixa Welcome To The Real Life).

Nessa época, entrou em cena na vida da futura estrela do rock um personagem que se mostraria decisivo. Era o cantor, compositor e músico Kevin Gilbert (1966-1996), que se tornou seu namorado e parceiro musical. Ele integrava a banda Toy Matinee e fazia trabalhos para gravadoras.

Ainda em 1991, graças à boa repercussão que sua canção Hundreds Of Tears (escrita por Sheryl em parceria com Bob Marlette- ouça aqui) teve ao ser incluída na trilha do filme Point Break (estrelado por Keanu Reeves e Patrick Swayze), ela foi contratada pela A&M para enfim gravar o seu primeiro álbum. Mas não seria assim tão fácil.

A gravadora escolheu um nome do primeiro escalão para se incumbir da produção, o britânico Hugh Padgham, conhecido por seus bem-sucedidos trabalhos com Phil Collins, Peter Gabriel, The Police e Sting.

O time de músicos envolvidos para a gravação desse álbum provavelmente incluiu músicos do gabarito de Dominic Miller (guitarra), Pino Palladino (baixo), Todd Wolfe (dobro e guitarra) e Vinnie Colaiuta. Não existe uma ficha técnica oficial disponível que possa confirmar 100% tal informação.

Programado para sair em setembro de 1992, o álbum teria as seguintes faixas (com os nomes dos autores quando essa informação for possível):

All Kinds Of People (Sheryl Crow- Eric Pressley-Kevin Gilbert), Father Sun, What Does It Matter, Indian Summer, Will Walk With You, Love You Blind. Near Me, When Love Is Over, You Want It All, Hundreds Of Tears (Sheryl Crow- Bob Marlette), The Last Time e Borrowed Time. O amigo Jay Oliver teria sido parceiro de Sheryl em algumas dessas composições.

Pouco antes de seu lançamento, no entanto, este álbum acabou sendo abortado em comum acordo entre a artista e a A&M. Aparentemente, ambas chegaram à conclusão de que aquele trabalho não conseguiria cumprir a missão de tornar Sheryl Crow uma grande estrela do pop rock.

Uma das razões pode ter sido a produção de Padgham, de alta qualidade técnica mas bastante impessoal nesta ocasião específica. Muitos teclados, bateria bombástica e solos um pouco exagerados são a marca registrada de uma sonoridade ainda muito ligada ao que se fazia na década de 1980.

No fim das contas, Sheryl também acabou deixando de lado as 12 composições, entre elas a única lançada anteriormente (Hundreds Of Tears), o ótimo rock Indian Summer (ouça aqui) e a balançada All Kinds Of People (ouça aqui), embora esta última lembre bastante Crazy, hit de Seal em 1991.

Duas dessas músicas acabaram sendo aproveitadas por outros artistas. All Kinds Of People foi gravada pela cantora country/contemporary christian Susan Ashton em seu álbum A Distant Call (1996), mesmo trabalho em que também gravou Hundreds Of Tears.

All Kinds Of People também seria regravada por Anita Hegerland (em 1994), Jill Johnson (1995), o grupo Big Mountain (1997) e Cherwin (1998), enquanto Hundreds Of Tears teria um registro do cantor Daryl Braithwaite em seu álbum Taste The Salt (1993).

Graças à pirataria, este álbum descartado pela A&M sairia em 1997 (ouça aqui) e hoje está disponível no Youtube, mas nunca teve uma versão oficial. Ouça e tire suas próprias conclusões.

Com um contrato a cumprir e uma primeira tentativa fracassada, Sheryl resolveu apelar para o namorado Kevin Gilbert, que a apresentou ao produtor e técnico de som Bill Botrell, dono de um pequeno estúdio em Los Angeles e que se reunia todas as terças-feiras com um time de músicos para jam sessions, parceria apelidada por eles de Tuesday Night Club.

De quebra, Botrell trazia como ótimas referências ser o coautor e coprodutor de Black Or White, megahit de Michael Jackson em 1991, e ter trabalhado na parte técnica para artistas como Thomas Dolby, Madonna, Tom Petty, Electric Light Orchestra e Travelling Wilburys.

Com essa turma, Sheryl mergulhou de cabeça na criação de um material que soasse mais personalizado e com a cara dela. E dessa forma nasceu o material contido em Tuesday Night Music Club, sem músicos badalados mas todos muito talentosos e capazes de oferecer um consistente som de grupo com uma assinatura própria para a candidata a estrela.

O time trazia, além da própria Sheryl Crow (vocal, guitarra e teclados), os músicos Kevin Gilbert (teclados, guitarra, bateria nas faixas Run Baby Run e All By Myself e baixo em All I Wanna Do), David Baerwald (guitarra), Bill Botrell (produção, guitarra, pedal steel), David Ricketts (baixo em Leaving Las Vegas), Dan Schwartz (baixo e assistente de produção) e Brian MacLeod (bateria, integrante das bandas Wire Train e Toy Matinee).

Tuesday Night Music Club é um trabalho coeso, com muita personalidade e centrado no pop rock com elementos de folk, country e jazz. Tinha tudo para dar certo, No entanto, não foi o que ocorreu inicialmente. Run Baby Run, o 1º single extraído do álbum, sequer entrou nos charts em setembro de 1993. What Can I Do For You bateu na trave em fevereiro de 1994. E Leaving Las Vegas, o 3º, não passou do nº 60 em abril de 1994.

Como forma de ser apresentada ao grande público, Sheryl começou a abrir shows de grupos e artistas como Big Head Todd & The Monsters, Crowded House e John Hyatt. Entre 7 de julho e 13 de setembro de 1994, abriu os shows da badaladíssima turnê Hell Freezes Over, que marcou o retorno dos Eagles do amigo Don Henley. Aí, as coisas começaram a andar.

Em outubro de 1994, All I Wanna Do, a faixa mais pop do álbum, atingiu o 2º posto nos EUA, e abriu caminho para que Sheryl Crow fosse uma das grandes vencedoras da 37ª edição do Grammy, em março de 1995, rendendo a ela três troféus- Record of The Year, Best New Artist e Best Female Pop Vocal Performance, todas graças a All I Wanna Do.

Aí, em 25 de março de 1995, Tuesday Night Music Club atingiu a sua posição máxima na parada ianque, um excelente 3º lugar, longos um ano e sete meses após o seu lançamento. O CD vendeu mais de 7 milhões de cópias no mercado americano e teve ótimas vendagens em vários países, tendo atingido o 8º posto nas paradas do Reino Unido.

Análise das faixas de Tuesday Night Music Club:

Run Baby Run (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- ouça aqui)

A marca registrada das canções deste álbum são histórias de personagens estradeiras, literalmente sem lenço e sem documento e em busca de suas identidades, destinos e sucesso. Mais ou menos a mesma situação de Sheryl e seus colegas, embora não dê para dizer com toda a certeza que se tratem de canções totalmente autobiográficas. Certamente tem ficção no meio, como deixa clara a abertura desta linda canção de tempero blues, que abre com um “ela nasceu em 1963 no dia que Aldous Huxley (o autor do livro Admirável Mundo Novo) morreu”, sendo que a cantora nasceu em fevereiro de 1962. Aqui, a garota, filha de hippies, aprendeu que o importante é “correr, baby, correr” em meio às dificuldades.

Leaving Las Vegas (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- David Ricketts- ouça aqui):

Neste folk rock compassado, temos Sheryl incorporando uma mulher saindo de Las Vegas após se cansar de tentar o sucesso na terra da jogatina insana e romantizada, dos shows bregas e das luzes brilhantes à noite e do clima de solidão no meio do deserto de dia. E se mandando de uma vez por todas, como ela ressalta. Outro momento bem ficcional com elementos reais, já que ela se mandou do Missouri rumo a Los Angeles, uma cidade totalmente envolvida com a música e o cinema.

Strong Enough (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- David Ricketts- Brian MacLeod- ouça aqui):

Aqui, a garota ficcional conta ao parceiro de momento os principais aspectos de sua trajetória, entre eles seus medos, desejos e carências. e sempre ressaltando a pergunta “seria você forte o suficiente para ser o meu homem?”. Destaques para a linda melodia, a slide guitar no melhor estilo country e uma interpretação apaixonada e contida na medida certa de Sheryl. Na parte final da canção, versos que denotam fragilidade e surgiriam novamente em outra composição incluída neste álbum: “minta pra mim, eu prometo que acreditarei, mas por favor não se vá”.

Can’t Cry Anymore (Sheryl Crow- Bill Botrell- ouça aqui):

Neste rockão com riff poderoso de guitarra que demonstra fortes influências de Lou Reed, a cantora mostra sua coragem para novamente sair de uma situação difícil pela razão mais simples: “não posso mais chorar”. O lamento pela má sorte e pelas situações difíceis recorrentes também surgem nos versos de uma pessoa que certamente não aguenta mais encrencas.

Solidify (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- David Ricketts- Brian MacLeod- Kevin Hunter- ouça aqui):

As canções de Tuesday Night Music Club saíram basicamente de jam sessions entre os músicos envolvidos, e esta funkeada e poderosa faixa é um dos exemplos mais evidentes, especialmente pelo fato de incluir uma letra bem vaga acerca de um relacionamento afetivo não muito estável e a questão básica de “porque eu deveria solidificá-lo?” Teria algo a ver com o namoro de Sheryl com Kevin Gilbert? Boa pergunta…

The Na-Na Song (Sheryl Crow- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- David Ricketts- Brian MacLeod- ouça aqui):

Faixa simplesmente sensacional e contagiante, obviamente inspirada em I Am The Walrus, dos Beatles, que inclusive são citados ironicamente pelo fato de uma de suas canções (Revolution) ter sido usada em um comercial da Nike (sem autorização direta da banda, vale ressaltar). Um dos seus versos: “quero ser a Madonna, mas o preço é muito alto”. Mas quem acompanhou sua trajetória sabe que o preço para ser Sheryl Crow também não foi nada baixo. Essa canção teve uma versão anterior (e bem inferior), Volvo Cowgirl 99, que só viria à tona em 2009.

No One Say It Would Be Easy (Sheryl Crow- Bill Botrell- Kevin Gilbert- Dan Schwartz- ouça aqui):

Em outro momento introspectivo do álbum, temos aqui um rock mais lento com tempero bluesy no qual novamente o tema é uma situação de impasse perante dificuldades sérias vividas pelo personagem, com o refrão deixando tudo claro: “ninguém disse que seria fácil, mas também ninguém disse que seria tão duro, e que chegaríamos a esse ponto”.

What Can I Do For You (Sheryl Crow- David Baerwald- ouça aqui):

Entra em cena um rock balançado com uma letra na qual Sheryl faz uma ácida crítica ao cenário machista da música, no qual muitos esperam que a mulher seja obrigada a fazer “favores” aos executivos e produtores musicais para poder atingir os seus objetivos profissionais. “O que eu posso fazer por você ninguém no mundo de Deus pode fazer”, diz em um dos versos.

All I Wanna Do (Sheryl Crow- Wyn Cooper- Bill Botrell- David Baerwald- Kevin Gilbert- ouça aqui):

Em 1987, o poeta norte-americano Wyn Cooper escreveu o poema Fun, no qual dizia a frase “Tudo o que eu quero é ter um pouco de diversão antes de morrer”. E esse foi o mote utilizado por Sheryl na canção mais pop e dançante do álbum, que acabou se tornando o seu maior hit. O cenário é o de um barzinho no qual desconhecidos se divertem tomando todas as cervejas possíveis enquanto observam o mundo cotidiano lá fora, sem grandes perspectivas. E dessa forma desencanada ela não só divertiu os fãs de música pop e de rock como também se tornou enfim uma estrela da música.

We Do What We Can (Sheryl Crow- Bill Botrell- Kevin Gilbert- Dan Schwartz- ouça aqui):

Após o momento mais descontraído do álbum, surge uma canção intimista e com forte inspiração jazzística no qual um músico de jazz relembra dos tempos de outrora e de como as coisas atualmente não estariam mais tão animadoras. Mas, apesar desse clima levemente deprê, a esperança surge em versos como “mas é bom estar vivo, e essas são as escolhas que você faz pra sobreviver, você faz o que pode”. Levemente conformista, é fato, mas confortante. Sheryl convidou para fazer um lindo solo de trompete nesta gravação ninguém menos do que o seu pai, Wendell.

I Shall Believe (Sheryl Crow- Bill Botrell-ouça aqui):

A versão original de Tuesday Night Music Club era encerrada com essa canção comovente, na qual a personagem vai fundo naquele verso de Strong Enough e ressalta “venha para mim agora, mesmo que seja mentira, diga que tudo ficará bem, e eu acreditarei”. Para não deixar margem a dúvidas da sua necessidade em acreditar, ela usa a expressão “I shall”, que vai além da simples “I will”, como que ressaltando uma crença dogmática naquilo em que acredita. Neste caso, no amor de que ela tanto necessita. Se bem que temos uma pequena ressalva: “Por favor, diga honestamente que você não desistirá de mim, e eu acreditarei”. Belo fim para um belíssimo álbum.

All By Myself (Eric Carmen- Sergei Rachmanonoff- ouça aqui):

Uma das marcas registradas da carreira de Sheryl Crow é a sua participação em inúmeras trilhas de filmes e séries televisivas, álbuns celebrando obras de outros artistas e projetos desse tipo. Sua regravação de All By Myself, grande sucesso de Eric Carmen em 1975 surgiu dessa forma, e acabou sendo incluída na trilha sonora da novela global Pátria Minha, exibida entre julho de 1994 e março de 1995.

A gravadora Polygram, que na época distribuía os lançamentos da A&M Records no Brasil, resolveu então incluir All By Myself na tardiamente lançada edição nacional de Tuesday Night Music Club, com direito a uma chamada na capa do CD. A releitura ficou bem simpática, mas abaixo do resto do repertório deste grande álbum.

Tuesday Night Music Club ganhou em 2009 uma Deluxe Edition via Universal Music, com direito a um CD adicional e a um DVD com clipes e um pequeno documentário sobre a gravação deste trabalho (saiba mais sobre o seu conteúdo aqui).

Uma informação final: Sheryl Crow faria seus primeiros shows no Brasil em novembro de 1995, abrindo as apresentações de Elton John, que também fazia a sua estreia em palcos brasileiros. Tive a sorte de ver sua ótima apresentação em São Paulo, perdida por muitos fãs por causa do trânsito nas imediações da Arena montada na região do Ibirapuera.

Ouça Tuesday Night Music Club, de Sheryl Crow, em streaming:

Sheryl Crow celebra 60 anos como uma artista impecável

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Por Fabian Chacur

Sheryl Crow esteve no Brasil pela primeira vez em novembro de 1995. Seu álbum de estreia, o maravilhoso Tuesday Night Music Club (1993), havia saído por aqui sem grande estardalhaço, e a moça veio para abrir os shows de Elton John no Brasil. Estive na coletiva de imprensa concedida pela cantora em São Paulo, no Maksoud Plaza, e apareço em uma foto meio bizarra com ela. Ao ver sua performance, ficou claro para mim que esta artista, que nesta sexta (11) completa 60 anos de idade, tinha potencial para ir muito, mas muito longe mesmo na cena musical. Eu estava certo.

Cantora, compositora e musicista, Sheryl não apareceu da noite pro dia, e pavimentou o seu caminho tocando em bares e depois atuando em bandas de apoio de outros artistas. Nessa seara, seu momento de maior destaque ficou por conta de ter sido vocalista de apoio na turnê Bad, de Michael Jackson, entre 1987 e 1989. Ela ficava nos holofotes em cada apresentação quando fazia as vezes de Siedah Garrett na música I Just Can’t Stop Loving You, encarando o dueto com o Rei do Pop sem o menor vacilo.

Mesmo demonstrando tanto talento, Sheryl demorou para lançar um trabalho solo. Seu álbum de estreia só saiu em 1993, o brilhante Tuesday Night Music Club. Dois anos antes, um álbum pronto foi colocado de lado, do qual apenas uma faixa veio à tona na trilha de um filme. Mas valeu a espera. A então já trintona esbanjou talento em uma mistura de rock, country, folk, soul e pop que gerou hits como All I Wanna Do e Strong Enough, com o álbum atingindo o 5º posto na parada americana. Esse foi o repertório de seus primeiros shows no Brasil.

A partir dessa estréia, a moça se consolidou como uma artista completa, sem nunca se desviar radicalmente dos caminhos que nos apresentou nesse disco de estreia. Sempre acompanhada por músicos do primeiro escalão, Sheryl Crow é daquelas artistas que sabem o que fazer quando sobem nos palcos, cantando muito e tocando com categoria. Nunca apelou nem se valeu de recursos cênicos mirabolantes em seus shows. Som na caixa e muita garra e talento, sempre.

Nesses anos todos, ela fez parcerias bacanas com artistas como Stevie Nicks, Eric Clapton, Keith Richards e muitos outros, e mostrou também ser boa para reler repertório alheio, como suas belas covers de Mother Nature’s Sun (dos Beatles) e The First Cut Is The Deepest (de Cat Stevens) provam de forma veemente. E ela voltou ao Brasil de forma triunfal em 2001, participando com destaque do Rock in Rio.

Inteligente, linda, articulada, discreta e sempre defendendo causas bacanas, Sheryl Crow chega aos 60 anos de idade mais relevante do que nunca, com novos álbuns e shows e uma trajetória brilhante que parece estar bem longe de terminar. Ela felizmente superou problemas de saúde que teve nos idos de 2006, e se mostra pronta para nos oferecer novas canções maravilhosas como Soak Up The Sun, Strong Enough, The Na-na Song e tantas outras.

Soak Up The Sun (clipe)- Sheryl Crow:

Sheryl Crow e Emmilou Harris em single que antecede disco ao vivo

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Por Fabian Chacur

Desde que iniciou sua carreira-solo há mais de 30 anos, Sheryl Crow não só emplacou diversos hits e vendeu milhões de discos como também se firmou como uma incrível artista no quesito shows. Para quem por ventura ainda tem alguma dúvida disso, no dia 13 de agosto sairá, em CD duplo, LP de vinil quádruplo e nas plataformas digitais, Live From The Ryman And More, um novo registro flagrando essa incrível cantora, compositora e musicista americana em seu habitat natural, os palcos mundo afora.

O repertório traz 27 faixas que dão uma geral no repertório da artista, extraído de shows realizados no Ryman Auditorium, em Nashville, The Ace Theatre, em Los Angeles e o New York Folk Festival, em Rhode Island. Além de sua afiadíssima banda de apoio, ela conta com participações especiais de nomes do calibre de Emmilou Harrys, Brandi Carlile, Jason Isbell, Lucius, Maren Morris, Natalie Hemby, Amanda Shires e Stevie Nicks.

Eis as faixas de Live From The Ryman & More:

1- Steve McQueen
2- A Change Would Do You Good
3- All I Wanna Do
4- My Favorite Mistake
5- Tell Me When It’s Over
6- Everything Is Broken (featuring Jason Isbell)
7- Can’t Cry Anymore
8- Prove You Wrong (featuring Stevie Nicks, Maren Morris, Waddy Wachtel, Steve Jordan)
9- Run, Baby, Run (featuring Lucius)
10- Don’t (featuring Lucius)
11- Strong Enough (featuring Lucius)
12. Leaving Las Vegas
13- It Don’t Hurt
14- Still The Good Old Days
15- Cross Creek Road
16- Nobody’s Perfect (featuring Emmylou Harris)
17- Home
18- Maybe Angels
19- Real Gone
20- Wouldn’t Want To Be Like You/Na Na Song
21- Beware Of Darkness (featuring Brandi Carlile)
22- The First Cut Is The Deepest
23- Best Of Times
24- If It Makes You Happy
25- Soak Up The Sun
26- Everyday Is A Winding Road
27- I Shall Believe (featuring Lucius)

Nobody’s Perfect (Live From Ryman)– Sheryl Crow & Emmilou Harris:

Sheryl Crow esbanja talento e maduridade em trabalho ao vivo

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Por Fabian Chacur

Quando o tema é grandes nomes femininos do rock, dificilmente alguém coloca Sheryl Crow no primeiro escalão. E isso é uma baita de uma injustiça. Algumas razões possíveis ficam por conta de a cantora, compositora e musicista americana ter perfil discreto, não apelar, não se deixar levar por modismos e ser uma fiel seguidora do rock and roll da escola Bob Dylan, Tom Petty, Eric Clapton e outros deste porte. A moça provou mais uma vez sua excelência em Live At The Capitol Theatre (2018), lançado no exterior no formato CD duplo+Blu-ray. Coisa finíssima!

O home vídeo, que integra atualmente a programação do canal a cabo brasileiro Bis, flagra Sheryl em gravação realizada no dia 10 de novembro de 2017 no imponente Capitol Theatre, em Port Chester, New York, local onde monstros sagrados do porte de Dylan, Clapton e o Grateful Dead se apresentaram, e onde ela nunca havia tocado antes. A cantora, então, encerrava a turnê de divulgação de seu mais recente álbum, Be Myself (2017).

Acompanhada por um sexteto caprichado no qual se destacam Peter Stroud (guitarra), Josh Grange (pedal steel guitar) e Jennifer Gunderman (teclados), a roqueira americana mostra sua desenvoltura se alternando entre violão, baixo e guitarra, além de cantar com uma voz potente e com assinatura própria que se mostra afiadíssima aos 55 anos (idade da cantora na época, pois em 11 de fevereiro ela completará 58 anos).

Com boa presença de palco e muita simpatia, Sheryl Crow realiza uma bela viagem pelos seus maiores hits, entre os quais All I Wanna Do, Leaving Las Vegas, If It Makes You Happy, a sublime releitura de The First Cut Is The Deepest (de Cat Stevens, hoje Yusuf) e Soak Up The Sun.

Seis faixas foram selecionadas de Be Yourself, todas ótimas, especialmente a canção que dá nome ao álbum, Atom Bomb e Halfway There. São 21 músicas que nos dão um belo panorama de uma carreira-solo que ultrapassou os 25 anos e é repleta de shows e discos de sucesso. Ela nos visitou em 1995, abrindo os shows de Elton John, e em 2001, no Rock in Rio, com performances impecáveis.

A grande lição que Sheryl Crow nos dá é que, sim, é possível seguir um rumo mais conservador em termos musicais sem necessariamente cair na mesmice ou na mera repetição de fórmulas já apresentadas anteriormente com sucesso. Basta ter o talento, a convicção e a segurança desta grande artista.

O vídeo também traz trechos de uma entrevista na qual a cantora fala sobre sua vida, incluindo a afirmação de que decidiu ter uma carreira-solo ao integrar a banda de Michael Jackson durante a turnê Bad, quando percebeu que gostaria de liderar seu próprio grupo. Vale lembrar que, naqueles shows, ela dividia o microfone com o chefão na música I Just Can’t Stop Loving You, fazendo ao vivo as partes de Siedah Garrett na gravação de estúdio.

All I Wanna Do (ao vivo)- Sheryl Crow:

Sheryl Crow divulga single com Joe Walsh e lança CD em agosto

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Por Fabian Chacur

Acaba de ser disponibilizado nas plataformas digitais um dueto inédito de Sheryl Crow com o cantor, compositor e guitarrista dos Eagles Joe Walsh. A canção é o ótimo rock funkeado Still The Good Old Days. Trata-se da quarta faixa divulgada de Threads, novo álbum da cantora, compositora e musicista americana, cujas versões físicas e digital serão disponibilizadas no exterior no dia 30 de agosto pela Universal Music.

O álbum mostra Sheryl gravando com vários artistas do primeiro escalão da música. Prove You Wrong, outro rockão invocado (ouça aqui), traz as presenças de Stevie Nicks e Maren Morris, enquanto o blues rock Live Wire (ouça aqui) reúne a roqueira americana com as incríveis Bonnie Raitt e Mavis Staples.

A faixa restante, das já divulgadas do álbum até aqui, traz um dueto possibilitado pela tecnologia com o saudoso Johnny Cash na introspectiva balada Redemption Day (ouça a nova versão aqui), canção que ela lançou originalmente em seu álbum autointitulado de 1996. Pela qualidade das amostras, um dos melhores trabalhos de sua carreira está a caminho.

Nascida em 11 de fevereiro de 1962, Sheryl Crow gramou bastante antes de conseguir sucesso individual. Antes, foi vocalista de apoio de artistas como Eric Clapton e Michael Jackson, entre outros. Teve um álbum solo abortado em 1991, e só lançou um primeiro disco em 1993. Mas valeu a espera, pois Tuesday Night Music Club vendeu milhões de cópias e abriu de vez as portas do cenário musical para o seu rock-pop-folk-soul-country de alta qualidade.

Clipe de Still The Good Old Days– Sheryl Crow e Joe Walsh:

Sheryl Crow volta com álbum de country rock

Por Fabian Chacur

Sheryl Crow é o tipo de artista que não costuma fazer muito sucesso entre os críticos de música do Brasil. A explicação é simples. Ela não investe em modinhas musicais, escândalos ou truques indies moderninhos, apostando pura e simplesmente na velha e boa fórmula de misturar rock, country, soul e pop. E a combinação sempre dá certo, vide seu novo álbum, Feels Like Home, que marca sua estreia na Warner após duas décadas na A&M Universal Music. Bela estreia, por sinal.

Esta cantora, compositora e guitarrista/violonista americana nascida em 11 de fevereiro de 1962 teve de batalhar bastante antes de se tornar uma artista solo de sucesso. Entre outras tarefas, ela fez vocais de apoio nos anos 80 para gente como Eric Clapton, Don Henley e especialmente Michael Jackson, com quem atuou na turnê 1987/88 que divulgou o álbum Bad, e na qual ela tinha seu momento máximo ao interpretar com o Rei do Pop a balada I Just Can’t Stop Loving You. Há um DVD lançado oficialmente de Jacko no qual o dueto pode ser conferido em toda a sua sutileza pop.

Em 1991, gravou um álbum produzido pelo badalado Hugh Padgham (The Police, Phil Collins etc), mas a gravadora não gostou do que ouviu e deixou o trabalho arquivado até hoje. Sem desistir, Sheryl conseguiu ser contratada pela A&M, lançado em 1993 seu primeiro álbum solo, Tuesday Night Music Club. Após um ano mofando injustamente nas lojas, o CD enfim estourou, graças ao single All I Wanna Do, e atingiu o top 5 das paradas de todo o mundo.

Desde então, a moça não saiu mais das paradas de sucesso, lançando belos álbuns e também fazendo parcerias com artistas do gabarito de Stevie Nicks, Tony Bennett, B.B. King, Smokey Robinson, Rolling Stones (e com Mick Jagger solo também) e Luciano Pavarotti. Ótima cantora e compositora, ela se firmou também graças a seus ótimo shows, como pudemos ver em 1995 (abrindo os primeiros shows de Elton John no Brasil) e no Rock in Rio de 2001.

Em 2010, a estrela lançou 100 Miles From Memphis, no qual deu maior ênfase ao seu lado soul/blues. Desta vez, com Feels Like Home, os holofotes foram endereçados ao country rock, com direito a gravações em Nashville, a meca do estilo, com a presença de músicos locais e participações especiais de nomes bacanas como Vince Gill e Zack Brown, além do fiel parceiro Jeff Trott (guitarra e violão).

O álbum é muito bom como um todo, valendo-se dos elementos tradicionais do country e do country rock mas sem cair na banalização do uso excessivo de slide guitar e cordas. Os arranjos são consistentes e fluentes, e as 12 músicas são bem bacanas. As roqueiras Shotgun, Nobody’s Business e Best Of Times, a certeira balada country rocker Easy, as tocantes baladas Give It To Me, Homesick e Stay At Home Mother são pontos altos de um disco delicioso de se ouvir.

Feels Like Home atingiu a sétima posição em sua semana de estreia na parada pop americana e a sexta na parada country, provas de que o púbico de lá continua interessada em sua obra, que já lhe rendeu 32 indicações ao Grammy (com 9 troféus conquistados), milhões de discos vendidos e o respeito de quem entende e gosta de música boa, direta e sem frescuras. E a miudinha Sheryl Crow é ainda uma gata. Quer mais o quê?

Best Of Times – Sheryl Crow:

Easy– Sheryl Crow:

Sheryl Crow lançará álbum de música country

Por Fabian Chacur

Sheryl Crow irá lançar até o final deste ano um álbum de música country. A primeira música incluída neste trabalho já está sendo divulgada. Trata-se de Easy, que começará a ser comercializada no formato single digital nos EUA logo em março. A cantora coproduz o CD em parceria com Richard Bennett, e contará com participação do cantor e compositor Brad Paisley.

Versátil, Sheryl já trabalhou com artistas de diversos segmentos musicais, entre os quais Eric Clapton, Michael Jackson, Stevie Nicks, Keith Richards e Justin Timberlake. Sua sonoridade mistura elementos de rock, country, folk, soul e pop, entre outros estilos musicais.

Seu mais recente lançamento, 100 Miles From Memphis (2010), por exemplo, foi dedicado à soul music, misturando composições próprias inspiradas nessa sonoridade e clássicos do gênero, em resultado dos mais consistentes (leia crítica do CD aqui e do DVD ao vivo aqui).

Ela não é estranha ao meio country ianque, pois em 2002 atingiu o top 30 daquele estilo musical com a musica Picture, gravada em parceria com outra estrela do rock, o cantor, compositor e músico Kid Rock. Ela já atuou ao lado de importantes nomes da country music como Brooks & Dunn, Vince Gill, Loretta Lynn, Keith Urban e Miranda Lambert.

Com 50 anos de idade, Sheryl Crow iniciou a carreira como vocalista de apoio de artistas como Michael Jackson (participou da turnê do disco Bad-1987). A estrela lançou seu primeiro disco solo, o aclamado Tuesday Night Music Club, em 1993, e a partir do estouro da faixa All I Wanna Do, destaque daquele álbum, firmou-se com força no cenário pop.

A cantora, compositora e guitarrista americana tocou no Brasil pela primeira vez em 1995, abrindo shows de Elton John, e depois no Rock in Rio, em 2001, com performances elogiáveis. Seu talento é dos mais consistentes, pois a moça compôe, canta e toca muito, mas muito bem mesmo. Se eu sou fã dela? Adivinhão, adivinhão…

Ouça Easy, a nova música de Sheryl Crow:

Sheryl Crow lança ótimo CD com tempero soul

Por Fabian Chacur

Há algumas semanas, a distribuidora ST2 lançou no Brasil o DVD Miles From Memphis Live At The Pantages Theatre, da cantora americana Sheryl Crow.Tomei um susto, pois se tratava do registro de um show de divulgação de um CD que eu desconhecia.

Acompanho a carreira dessa talentosa cantora, compositora e guitarrista desde que seu primeiro álbum, Tuesday Night Music Club saiu no Brasil, em 1994. Desde então, todos os seus discos de carreira saíram por aqui.

Fui conferir e 100 Miles From Memphis (2010) não teve edição brasileira. A gravadora Universal Music, que detém os direitos sobre a discografia completa da moça, por alguma razão desconhecida deixou esse trabalho de fora de seu catálogo de lançamentos.

Um fato estranho especialmente se levarmos em conta que todos os outros saíram, e que a estrela do rock sempre teve boas vendas em nosso país, onde se apresentou ao vivo em 1995 e 2001. E esse trabalho atingiu o terceiro posto na parada americana, prova de que não se trata de um álbum fracassado ou coisa que o valha.

Curioso, fui atrás da versão importada de 100 Miles From Memphis, em belíssima embalagem digipack no melhor estilo capa de LP duplo de antigamente. Já me ganhou antes mesmo de ouvi-lo.

Mas o melhor ainda estava por vir. O mais recente trabalho de Sheryl partiu do seguinte conceito: repertório predominantemente composto por canções inéditas, todas inspiradas na sonoridade da soul music dos anos 60/70.

Ou seja, com direito a sessão afiada de metais, o duo baixo/bateria extremamente swingado, guitarras rítmicas bem acentuadas, vocais de apoio poderosos e melodias emotivas, cativantes e ora doces, ora agressivas.

O resultado não poderia ter sido melhor. Ao contrário da opção mais óbvia, que seria escolher clássicos daquele período e regravá-los pela culionésima vez, a roqueira preferiu tentar incorporar o espírito daquela era de ouro da black music em novas criações. E acertou no alvo.

Apenas três faixas são releituras, e curiosamente só uma se encaixa no perfil “classic soul”, e ainda assim como faixa bônus. Trata-se de I Want You Back, primeiro sucesso do Jackson Five, homenagem feita por Sheryl a Michael Jackson, de quem foi backing vocalista na turnê Bad, nos anos 80. Ficou de arrepiar.

As outras duas são a introspectiva balada blues Sideways, de Clarence Copeland Greenwood, e a contundente Sign Your Name, hit em 1987 com o autor, o revivalista da soul music Terence Trent D’Arby. Ambas ficaram ótimas, sendo que a segunda conta com participação de Justin Timberlake.

E já que o assunto é participação especial, Keith Richards toca guitarra e participa dos vocais de apoio da quase reggae Eye To Eye.

O álbum flui com elegância, sensibilidade e um repertório impecável, no qual destaco a fantástica Summer Day, com sua levada cool e envolvente, a folk soul Long Road Home, a swingada Say What You Want, a baladona Stop e a estupenda faixa título.

100 Miles From Memphis atingiu tal grau de excelência graças também aos músicos que tocaram nele, incluindo o brilhante guitarrista, cantor e compositor Doyle Bramhall II, que toca há muito tempo com Sheryl e é o coautor de diversas faixas deste CD.

Este disco, além de ser um dos melhores da excelente discografia de Sheryl Crow, é a prova concreta de que é possível pegar um estilo fortemente ligado a uma era específica e atualizá-lo sem cair na caricatura.

E já aproveito para cumprimentar de forma antecipada Sheryl Crow, que no dia 11 deste mês entrará para o time das cinquentonas, aparentando uns 20 anos a menos e artisticamente mais relevante do que nunca.

Veja o clipe de Summer Day, com Sheryl Crow:

Sheryl Crow lança brilhante DVD ao vivo

Por Fabian Chacur

Sheryl Crow penou bastante até conseguir abrir espaços para sua carreira como cantora e compositora.

Antes de lançar, já aos 31 anos, seu primeiro álbum solo, a moça teve de cantar em bares e integrar as bandas de apoio de Eric Clapton e Michael Jackson, entre outros, para conseguir sobreviver.

Em 1993, saiu seu disco de estreia, Tuesday Night Music Club, que demorou um ano para estourar. Mas valeu a espera.

Desde então, ela se consolidou como uma das mais talentosas artistas no setor do rock, country rock, folk e pop, emplacando hits como All I Wanna Do, My Favorite Mistake e Soak Up The Sun, entre outros.

Se seus discos costumam ser muito bacanas, ao vivo a baixinha gatinha manda bala, como tivemos a oportunidade de conferir em 1995, quando ela abriu os shows de Elton John, e em 2001, no Rock in Rio.

Como forma de divulgar seu mais recente álbum, 100 Miles From Memphis, no qual gravou músicas inspiradas na soul music e no funk de raiz, ela realizou em novembro de 2010 um show no belíssimo Pantages Theatre, nos EUA.

O registro desse show com altíssima qualidade técnica gerou o DVD Miles From Memphis Live At The Pantages Theatre, lançado agora no Brasil pela ST2.

Acompanhada por uma banda afiadíssima, Sheryl mergulha no repertório do novo álbum, sem se esquecer de nos proporcionar energéticas versões de alguns de seus maiores sucessos.

As músicas mais recentes são ótimas, entre as quais Our Love Is Fading, enquantos os clássicos voltam reenergizados, entre os quais Soak Up The Sun, A Change Would Do You Good e I Shall Believe.

A releitura de All I Wanna Do, unida de forma espetacular em forma de pot-pourry com Got To Give It Up, clássico disco de Marvin Gaye, já vale o DVD, assim como a vibrante versão de I Want You Back, do Jackson 5, que ela dedica ao antigo patrão.

Durante o decorrer do show, fica claro o quanto a voz de Sheryl Crow está afiada e potente, além de seu carisma em cena permanecer intacto. Miles From Memphis Live At The Pantages Theatre é a prova de que essa moça deveria ser muito mais cultuada do que é.

Veja o clipe de Soak Up The Sun:

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