Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: the beatles (page 2 of 7)

All Things Must Pass será relançado em versões luxuosas

all things must pass capa 400x

Por Fabian Chacur

Como forma de celebrar os 50 anos de All Things Must Pass, um dos álbuns mais importantes e mais bem-sucedidos em termos comerciais da carreira de George Harrison, a Universal Music lançará no dia 6 de agosto novas versões deste trabalho, com produção executiva e coordenação da remasterização a cargo do filho do ex-beatle, Dhani Harrison. Serão disponibilizados diversos formatos físicos e digitais (conheça todos aqui). Também temos um vídeo informativo (veja aqui).

De todos os formatos, o mais completo é intitulado Uber Deluxe Edition, que traz todo o conteúdo, com direito a 5 CDs, 8 LPs de vinil 180 gramas, um livreto com 96 páginas e outro com 44 páginas repletos de fotos, textos e informações detalhadas sobre as gravações e também memorabilia. São 70 faixas no total, sendo 42 delas nunca antes lançadas, entre demos, versões alternativas e quetais. Essa versão tem uma caixa de madeira como embalagem e também traz um blu-ray de áudio com mixagem em surround Atmos hi-res.

Em comunicado enviado à imprensa, Dhani fala sobre essa versão do álbum:

“Trazer maior clareza sonora a este álbum sempre foi um dos desejos do meu pai, e era algo em que estávamos trabalhando juntos até ele falecer, em 2001. Agora, 20 anos depois, com a ajuda de novas tecnologias e o extenso trabalho de mixagem de Paul Hicks, realizamos esse desejo e apresentamos a vocês este lançamento muito especial do 50º aniversário de talvez sua maior obra de arte. Todos os desejos foram atendidos”.

Eis as faixas da versão em 5 CDs de All Things Must Passs:

Disc 1 (Main Album)
1. I’d Have You Anytime
2. My Sweet Lord
3. Wah-Wah
4. Isn’t It A Pity (Version One)
5. What Is Life
6. If Not For You
7. Behind That Locked Door
8. Let It Down
9. Run Of The Mill

Disc 2 (Main Album)
1. Beware Of Darkness
2. Apple Scruffs
3. Ballad Of Sir Frankie Crisp (Let It Roll)
4. Awaiting On You All
5. All Things Must Pass
6. I Dig Love
7. Art Of Dying
8. Isn’t It A Pity (Version Two)
9. Hear Me Lord
10. Out Of The Blue *
11. It’s Johnny’s Birthday *
12. Plug Me In *
13. I Remember Jeep *
14. Thanks For The Pepperoni *

* Newly Remastered/Original Mix

Disc 3 (Day 1 Demos – Tuesday 26 May 1970)
1. All Things Must Pass (Take 1) †
2. Behind That Locked Door (Take 2)
3. I Live For You (Take 1)
4. Apple Scruffs (Take 1)
5. What Is Life (Take 3)
6. Awaiting On You All (Take 1) †
7. Isn’t It A Pity (Take 2)
8. I’d Have You Anytime (Take 1)
9. I Dig Love (Take 1)
10. Going Down To Golders Green (Take 1)
11. Dehra Dun (Take 2)
12. Om Hare Om (Gopala Krishna) (Take 1)
13. Ballad Of Sir Frankie Crisp (Let It Roll) (Take 2)
14. My Sweet Lord (Take 1) †
15. Sour Milk Sea (Take 1)

Disc 4 (Day 2 Demos – Wednesday 27 May 1970)
1. Run Of The Mill (Take 1) †
2. Art Of Dying (Take 1)
3. Everybody/Nobody (Take 1)
4. Wah-Wah (Take 1)
5. Window Window (Take 1)
6. Beautiful Girl (Take 1)
7. Beware Of Darkness (Take 1)
8. Let It Down (Take 1)
9. Tell Me What Has Happened To You (Take 1)
10. Hear Me Lord (Take 1)
11. Nowhere To Go (Take 1)
12. Cosmic Empire (Take 1)
13. Mother Divine (Take 1)
14. I Don’t Want To Do It (Take 1)
15. If Not For You (Take 1)

† Previously Released

Disc 5 (Session Outtakes and Jams)
1. Isn’t It A Pity (Take 14)
2. Wah-Wah (Take 1)
3. I’d Have You Anytime (Take 5)
4. Art Of Dying (Take 1)
5. Isn’t It A Pity (Take 27)
6. If Not For You (Take 2)
7. Wedding Bells (Are Breaking Up That Old Gang Of Mine) (Take 1)
8. What Is Life (Take 1)
9. Beware Of Darkness (Take 8)
10. Hear Me Lord (Take 5)
11. Let It Down (Take 1)
12. Run Of The Mill (Take 36)
13. Down To the River (Rocking Chair Jam) (Take 1)
14. Get Back (Take 1)
15. Almost 12 Bar Honky Tonk (Take 1)
16. It’s Johnny’s Birthday (Take 1)
17. Woman Don’t You Cry For Me (Take 5)

Run Of The Mill (Take 36) (clipe)- George Harrison:

John Lennon/Plastic Ono Band (1970) volta em edição de luxo

john p o band 400x

Por Fabian Chacur

Lançado em 1970, meses após o fim dos Beatles, John Lennon/Plastic Ono Band é um álbum que aparece em praticamente todas as listas dos melhores trabalhos de todos os tempos. Para celebrar os 50 anos desse disco icônico, sairá no exterior John Lennon/Plastic Ono Band- The Ultimate Collection, que em sua versão super deluxe traz 2 CDs, 2 Blu-rays de áudio, dois cartões postais, um pôster e um livro com capa dura e 132 páginas repletas de fotos, informações e as letras das músicas.

O material, que totaliza 159 faixas, foi trabalhado pelos engenheiros de som Paul Hicks, Rob Stevens e Sean Gannon, e se divide entre demos, ensaios, out-takes, jam sessions e conversas entre os músicos. Um ponto interessante são as evolutionary documentary, montagens que mostram o desenvolvimento de cada uma das faixas do álbum original, desde a fase demo até a gravação final (master).

Um momento que certamente empolgará os fãs é o que traz jam sessions realizadas pelos músicos participantes das gravações (entre eles Ringo Starr) nas quais eles se divertem relendo clássicos do rock como Johnny B. Goode (Chuck Berry), Ain’t That a Shame (Fats Domino) e Send Me Some Lovin’ (Little Richard), sendo que Lennon imita Elvis Presley em um dos momentos mais marcantes.

No Blu-ray, também foram incluídas as versões longas das faixas do álbum Yoko Ono/Plastic Ono Band, que a artista japonesa gravou paralelamente ao álbum do marido. Aliás, o projeto, que também inclui versões em CD simples, CD duplo e LP duplo de vinil, contou com a supervisão dela.

Conheça mais detalhes sobre a box set aqui.

Veja o vídeo de apresentação do projeto John Lennon/Plastic Ono Band:

Ringo Starr divulga nova faixa e lançará novo EP nesta sexta (19)

ringo starr 400x

Por Fabian Chacur

Ringo Starr lançará Zoom In, um novo EP com cinco gravações inéditas, nesta sexta-feira (19). Como forma de saciar a curiosidade de seus milhões de fãs, ele acaba de divulgar previamente mais uma faixa. Trata-se de Zoom In Zoom Out (ouça aqui), um blues rock com tempero pop que conta com as participações especiais do guitarrista Robbie Krieger (ex-The Doors) e o pianista Benmont Tench (ex-Tom Petty And The Heartbreakers). Aliás, o que não falta nesse trabalho é gente famosa marcando presença ao lado do ex-beatle.

A primeira faixa a ser divulgada de Zoom In chegou às plataformas digitais em dezembro, e com direito a um clipe no qual podemos ver Paul McCartney, Joe Walsh (The Eagles), Sheryl Crow e outros. Trata-se de Here’s To The Nights, uma espécie de power ballad com o típico estilo de sua autora, a compositora americana Diane Warren, responsável por megahits gravados por astros como Céline Dion (Because You Loved Me), Aerosmith (I Don’t Want To Miss a Thing) e Nothing’s Gonna Stop Us Now (Starship), entre dezenas de outros.

RINGO STARR ZOOM IN – Créditos

Produzido por: Ringo Starr

Co Produzido, Gravado e Mixado por: Bruce Sugar

Gravado em: Roccabella West Beverly Hills, CA.

Masterizado por: Chris Bellman em Bernie Grundman Mastering

Faixas:

Zoom in Zoom Out (Jeff Zobar)

Ringo Starr: Bateria, Percussão e Vocal

Robby Krieger: Guitarra

Jeff Silbar: Baixo e Guitarra

Benmont Tench: Piano e Orgão

Amy Keys: backing vocals

Windy Wagner: backing vocals

Here’s to the Nights (Diane Warren)

Ringo Starr: Bateria e Vocal

Steve Lukather: Guitarra

Nathan East: Baixo

Benmont Tench: Piano

Bruce Sugar: Synth Guitar

Jim Cox: Arranjo de Corda e Synth Strings

Charlie Bisharat: Violino

Jacob Braun: Cello

Vocais Convidados: Paul McCartney, Joe Walsh bem como Corinne Bailey Rae, Eric Burton (Black Pumas), Sheryl Crow, FINNEAS, Dave Grohl, Ben Harper, Lenny Kravitz, Jenny Lewis, Steve Lukather, Chris Stapleton and Yola.

Waiting For The Tide To Turn (Ringo Starr- Bruce Sugar)

Ringo Starr: Bateria e Vocal

Nathan East: Baixo

Bruce Sugar: Teclado

Tony Chen: Guitarra

Ed Roth: Hammond B3

Zelma Davis: BGV

Not Enough Love in the World (Steve Lukather- Joseph Williams)

Ringo Starr: Bateria, Percussão e Vocal

Steve Lukather: Guitarras, backing vocals

Joseph Williams: Teclados, backing vocals

Arranjo por Joseph Williams

Teach Me To Tango (Sam Hollander)

Ringo Starr – Percussão, Vocal, 1 drum fill

Grant Michaels – Teclado

Josh Edmondson- Guitarra

Sean Gould – Guitarra

Kavah Rastegar – Baixo

Candace Devine – backing vocals

Zelma Davis – backing vocals

Charity Daw – backing vocals

James King – metais

Blair Scinta – Bateria

Hal Rosenfeld – Percussão

Sam Hollander –backing vocals

Produzido por Sam Hollander

Co Produzido por Grant Michaels

Mixado por Chris Dugan

Here’s To The Nights (clipe)- Ringo Starr & Friends:

Let It Be: material raro surge e some rapidinho do Youtube

let it be cena filme

Por Fabian Chacur

Se há um item cobiçado por beatlemaníacos de todo o mundo é o filme Let It Be. Indisponível desde o final dos anos 1980, trata-se de um registro cru do clima que gerou a dissolução da mais bem-sucedida banda da história da música pop. Após décadas de expectativa, parece que, em breve, teremos de volta esse importante documentário, mas em uma nova versão. A pergunta agora é como será essa reedição.

Enquanto isso, os fãs mais atentos se divertem com a divulgação não autorizada de material raro referente a Let It Be. A nova leva chegou ao Youtube em agosto, mas já foi devidamente tirada do ar a pedido da Apple Corps, detentora dos direitos autorais. Só que este crítico e jornalista especializado em música teve a oportunidade de ver esse rico material. Uma única, mas deliciosa vez. E aqui vai o relato, pedindo desculpas se por ventura algum ponto importante ficou de fora.

Foram postados dois arquivos. Um com aproximadamente 40 minutos de duração, trazia gravações realizadas de 2 a 14 de janeiro de 1969. O outro, com 2h08 de duração, compilava registros feitos de 15 a 31 de janeiro do mesmo ano.

Em entrevista recente, Paul McCartney afirma que existem mais de 56 horas das filmagens de Let It Be nos arquivos da Apple. Portanto, esse material vazado pode ser uma espécie de seleção prévia de momentos considerados mais significativos por quem fez esse trabalho e teve acesso ao total das gravações.

A qualidade dos registros varia do perfeito em cores ao mais precário em preto e branco. Em alguns casos, temos tomadas feitas de ângulos diferentes de uma mesma cena. A qualidade de áudio também varia. No entanto, os pontos mais interessantes para os seguidores mais detalhistas se mostram acima de quaisquer problemas técnicos.

O que mais impressiona são duas participações de Yoko Ono. Em uma delas, faz improvisos vocais agudos semelhantes a guinchos radicais acompanhada por John Lennon, que arranca sons de sua guitarra dando pequenos socos e tapas e também, em alguns momentos, provocando microfonia ao apontá-la em direção aos amplificadores. Sons de bateria são ouvidos, o que nos dá a entender que Ringo também está presente, embora não apareça em nenhum take.

Se essa primeira jam já seria um achado, a segundo vai ainda mais longe, pois, nela, o grupo aparece completo. Yoko berra John o tempo todo, como se fosse um refrão (há uma faixa em um dos discos experimentais que gravou ao lado de Lennon, The Wedding Album, que segue essa linha, com ele gritando Yoko em resposta), enquanto a banda faz uma trilha ardida como acompanhamento. Paul McCartney também provoca microfonia com seu baixo.

All Things Must Pass é uma das músicas que George Harrison tentou submeter à banda para entrar em Let It Be, mas ele só conseguiria lançá-la no álbum solo batizado pela mesma. Nos vídeos, temos o autor tocando-a duas vezes, sendo que, em uma delas, John Lennon aparece tocando piano e harmonizando o refrão com o amigo, aparentemente curtindo muito aquela canção.

Alguns momentos são bastante simpáticos, como, por exemplo, Lennon cantando com a enteada de Paul, Heather, em uma visita ao lado de Linda durante as gravações. Parte dessa visita aparece no filme original, mas não me lembro de ter visto esse dueto Lennon-Heather lá. Sarcástico, Lennon em um determinado momento aparece cantando sozinho um trecho do refrão de Let it Be, soltando um hilariante “Let it Be, Let It Ce”.

Em um determinado momento, enquanto a banda ensaia a canção que dá nome ao filme, Lennon dá uma de folgado e toca seu instrumento musical deitado no colo de Yoko, que, por sinal, aparece o tempo todo colada nele. Durante um ensaio de Two Of Us, temos ela sendo filmada durante o tempo todo pintando caracteres japoneses em pedaços de pano brancos, sem que os músicos sejam focados em momento algum.

I Want You (She’s So Heavy) é uma das faixas mais pesadas do maravilhoso Abbey Road. Neste vídeo, temos algo que eu nunca havia visto antes, que é seu autor, John Lennon, cantando um bom pedaço dela, acompanhando-se na guitarra. Também temos a banda ouvindo na mesa de som uma versão de Teddy Boy, outra canção que só seria lançada em um disco solo, no caso McCartney (1970).

Um momento muito legal ocorre quase no final do vídeo mais longo, quando a banda improvisa um trecho de Run For Your Life, do álbum Rubber Soul, em uma versão bem mais lenta do que a original. E também temos Commonwealth (ouça aqui), um divertido rock básico que já apareceu em discos piratas, mas que não me lembro de ter visto imagens da banda a tocando.

Outro ponto bem interessante é o bom humor que John Lennon demostra em diversos momentos dessas gravações, o que de certa forma reforça o ponto de vista defendido por Paul McCartney em algumas entrevistas de que a versão original de Let It Be tem um enfoque excessivo na parte mais, digamos assim, “beligerante” daquelas gravações. Aparentemente, tivemos também momentos em que os músicos estavam muito soltos e se divertindo.

Agora, fica a expectativa de como será a nova versão de Let It Be, e se teremos nele algumas das cenas mais bacanas dessa amostra pirata, especialmente as envolvendo Yoko Ono. Tomara que, em uma atitude de bom senso, o Let It Be original também seja disponibilizado oficialmente. Aliás, recentemente também uma versão aparentemente remasterizada do filme, com alta qualidade técnica, esteve disponível por um curto tempo no youtube.

Dig a Pony– The Beatles:

Paul McCartney relançará álbum Flaming Pie em diversos formatos

Collector's Edition 1-400x

Por Fabian Chacur

Se há um artista sempre disposto a oferecer material inédito aos fãs mais endinheirados, ele atende pelo nome de Paul McCartney. Ele já fazia isso desde o início de sua carreira-solo, com o lançamento de singles com faixas não incluídas em álbuns, mas radicalizou esse procedimento a partir de Flowers In The Dirt (1989), que virou um álbum duplo em sua edição japonesa, algo que também ocorreu com Off The Ground (1993). De lá para cá, a coisa só se expandiu, especialmente com a série Archive Collection.

O novo álbum a ser incluído nesse projeto, para ser mais preciso o 13º a receber tal tratamento, é Flaming Pie (1997). A versão mais luxuosa, intitulada Collection’s Edition e limitada a 3 mil cópias numeradas, traz 5 CDs, 4 LPs de vinil e 2 DVDs, além de um livro com 128 páginas, seis fotos em tamanho grande, reprodução das letras escritas a mão pelo ex-beatle e outros atrativos, acomodados em uma caixa. Veja vídeo apresentando essa edição luxuosa aqui.

Além dessa, temos também a Deluxe Edition, trazendo 5 CDs e 2 DVDs, e outras com 3 LPs de vinil, 2 LPs de vinil e 2 CDs. O álbum original aparece em versão remasterizada, e as faixas-bônus se dividem entre lados B de singles lançados na época, demo-tapes das músicas incluídas no álbum, versões alternativas e as seis partes do programa de rádio Oobu Joobu gravado pelo artista naquela época.

Nem é preciso dizer que os preços não são exatamente acessíveis, o que torna hoje praticamente impossível para um colecionador com renda média se meter a completar o seu acervo. Saiba mais sobre as novas versões de Flaming Pie aqui, com direito a comentários de fãs bravos com os “precinhos camaradas”.

Flaming Pie foi o primeiro álbum-solo lançado por Paul após o projeto Anthology, dos Beatles, e de certa forma pegou uma bela carona no mega-sucesso deste fantástico documentário sobre a carreira dos Beatles. O CD atingiu o 2º lugar nas paradas dos EUA e Reino Unido, algo que o astro do rock não conseguia desde a década de 1980 em sua trajetória individual.

O trabalho foi coproduzido por Jeff Lynne e George Martin e traz participações especiais de Ringo Starr, Steve Miller, Lynne e também da esposa Linda e do filho James. No entanto, ele se incumbiu da maior parte dos instrumentos e vocais. As faixas mais legais são Young Boy, The World Toninght e Calico Skies.

Young Boy (clipe dirigido por Alistair Donald):

Young Boy (clipe dirigido por Geoff Wondor)- veja aqui.

McCartney (1970) e McCartney II (1980), discos iguais e diferentes

mccartney capa-400x

Por Fabian Chacur

Neste ano, dois álbuns de Paul McCartney celebram datas redondas. McCartney (1970) é agora um cinquentão, enquanto McCartney II (1980) festeja 40 velinhas de seu lançamento. Pode parecer paradoxal (e é mesmo), mas são trabalhos ao mesmo tempo iguais e diferentes. Muito iguais e muito diferentes, só para reforçar o conceito. E é essa ideia que será desenvolvida durante esse longo texto.

Primeiro, apresentaremos as semelhanças, para depois nos atermos às peculiaridades de cada lançamento. Para início de conversa, são discos-solo radicais, no sentido de que temos Paul McCartney se incumbindo de todos os instrumentos musicais, produção e tudo o mais, exceto alguns vocais proporcionados por Linda McCartney. Ambos se originaram de gravações feitas em estúdios caseiros, algo ainda incipiente naqueles tempos.

Os dois tiveram como origem o ponto final de duas bandas. No caso do primeiro, os Beatles, cujo marco da separação é exatamente o dia 10 de abril de 1970, quando McCartney foi distribuído à imprensa. Junto com ele, veio um questionário respondido pelo artista no qual, se não de forma escancarada, ficava claro que os Fab Four eram passado para seu baixista e cantor. A repercussão na mídia apenas apressou os acontecimentos.

McCartney II foi o primeiro álbum de Paul após a dissolução dos Wings, que de certa forma estava no ar desde o final de 1979, mas que acabou impulsionada pelo desastrado e inesperado cancelamento da turnê japonesa do artista, com direito a uns bons dias de prisão naquele país por posse de maconha. Traumatizado, o roqueiro só voltaria às tours em 1989, e preferiu assumir novamente o caminho individual, ladeado por músicos de apoio.

A partir daqui, vamos para as histórias de cada um deles. Em setembro de 1969, mesmo mês em que Abbey Road chegava às lojas, John Lennon, em meio a uma tensa reunião, anunciou que desejava sair dos Beatles. O então contador e manager do grupo, Allen Klein, pediu para que ele ao menos segurasse a decisão por algum tempo, por razões estratégicas e comerciais. E foi o que ocorreu.

Canções, temas instrumentais e muito sucesso

Ciente de que a banda estava com os dias contados, Macca comprou um gravador e instalou um estúdio caseiro de quatro canais em Londres com o intuito de fazer gravações despretensiosas. Esse processo gerou o LP. O repertório mesclava músicas como Junk, composta durante a viagem à Índia com os Beatles em 1968, e Teddy Boy, gravada com o grupo mas que só entraria em um disco deles em 1996 (Anthology 3), com outras novíssimas.

O resultado é um disco básico, no qual o artista se mostra bastante versátil, conseguindo boa qualidade de execução até mesmo como baterista. Outra semelhança entre ele e o futuro McCartney II é o fato de ambos incluírem diversos temas instrumentais. Aqui, são eles a deliciosa Hot As Sun/Glasses e as simpáticas Valentine Day, Singalong Junk e Momma Miss America.

Outra instrumental, Kreen-Akrore, é de longe o momento mais experimental do álbum, e não por acaso foi incluída para encerrá-lo. Trata-se de uma faixa com vocalizações hipnóticas e solos de bateria, cuja inspiração veio de um documentário que Paul viu na TV sobre os indígenas brasileiros. Ou seja, a primeira ligação direta do genial músico inglês com o nosso país.

Iniciado com a sucinta The Lovely Linda, com meros 42 segundos, o álbum nos traz diversas daquelas canções melódicas e delicadas que são uma das marcas registradas do Macca. Entre elas, a iluminada Every Night, a deliciosa Man We Was Lonely e a quase valsa Junk. Teddy Boy soa como uma canção nostálgica, enquanto That Would Be Something tem pitadas de blues.

Os momentos mais roqueiros são a ardida Oo You, que abre o lado B do vinil, e a visceral balada rock Maybe I’m Amazed, com direito a um conciso e incandescente solo de guitarra. Curiosamente, esta música, um dos pontos altos do songbook do astro de Liverpool, só sairia no formato single em 1976, e numa versão ao vivo extraída do álbum Wings Over America.

A repercussão do álbum em termos comerciais não poderia ter sido melhor, com direito a atingir o topo da parada americana em 23 de maio de 1970, permanecendo lá durante três semanas. Um começo auspicioso para uma carreira pós-beatles que se mostraria no decorrer das décadas seguintes uma das mais consistentes da história da música pop.

Macca no mundo da música eletrônica dançante

Em janeiro de 1980, antes de chegar ao Japão para alguns shows com os Wings, Paul McCartney passou pelos EUA, e ganhou de um amigo uma quantidade significativa de maconha. Não se sabe onde ele estava com a cabeça quando resolveu colocar o pacote com o presente inusitado e valioso (para ele) em sua mala. Afinal, se a legislação antidrogas é rigorosa em toda a parte, vai ainda mais longe em território japonês. E não deu outra.

Ao ter sua bagagem revistada, Macca foi pego com a mão na massa, digo, na erva, e ficou durante dez dias detido em uma prisão japonesa, correndo o risco até de ter de cumprir uma longa pena por lá. Felizmente, a punição ficou por aí. Ao voltar para sua terra natal, o artista provavelmente ficou traumatizado, e resolveu dar prosseguimento a uma série de gravações caseiras que havia iniciado ainda em 1979, desta vez com um gravador de 16 canais.

Dez anos haviam se passado desde o primeiro álbum ‘exército de um homem só’ do astro britânico. Desde então, ganhou adeptos um estilo musical pontuado por sintetizadores e outros tipos de teclados, e Paul não se mostrou alheio a isso. Ao se ver sozinho novamente, resolveu investir nesses novos recursos para criar o repertório do que viria a ser McCartney II.

A primeira música a emergir da nova safra foi Coming Up, que entrou no repertório dos shows que o músico britânico fez no final de 1979. Ao vivo, mostrava uma pegada um pouco mais roqueira, mas na versão de estúdio, tornou-se totalmente dançante, com um leve tempero de disco music. E foi graças à essa música, disponibilizada previamente em single, que McCartney II teve uma ótima largada em termos comerciais.

Lançada em abril de 1980, Coming Up trazia em seu lado B uma versão ao vivo desta música gravada em Glasgow, Escócia com os Wings em 17 de dezembro de 1979 e também Luchbox/Odd Sox, out-take das gravações do álbum Venus And Mars (1975). Graças à forte execução da versão ao vivo, o single atingiu o topo da parada americana em 28 de junho de 1980, mantendo-se lá por três semanas.

Quando o álbum completo chegou às lojas de todo o mundo, teve vendagens iniciais muito boas, mas logo viu esse desempenho despencar ladeira abaixo. E a razão era simples: o conteúdo era muito diferente do que o ex-beatle habitualmente oferecia ao seu público, exceto por algumas faixas estrategicamente colocadas aqui e ali.

Após a abertura com Coming Up, o álbum traz Temporary Secretary, canção totalmente eletrônica com ecos de Kraftwerk e Devo com um refrão de sotaque irritante. On The Way é provavelmente a incursão pelo blues menos inspirada da carreira do músico. A coisa melhora a seguir com a balada Waterfalls, com ambiência erudita na melhor tradição de She’s Leaving Home e Winter Roses. Maravilhosa, chegou ao 9ª lugar na parada britânica, mas fracassou nos EUA.

Nobody Knows tenta adicionar uma pegada roqueira ao álbum, mas é muito abaixo do que o artista fez de melhor nessa praia. Front Parlour inicia a safra instrumental com elementos do som de Giorgio Moroder, e é passável. O clima etéreo volta em Summer Day Song, com sua letra concisa.

Frozen Jap, mais agitada, é provavelmente o momento mais legal da ala instrumental do álbum. Bogey Music, inspirada no livro Fungus The Bogeyman (1977), de Hamish Hamilton, que fala de um fantasioso povo que vive no subterrâneo, é quase tão constrangedora como Temporary Secretary.

Dark Room passa meio batida, sem deixar grande impressão no ouvinte. O álbum se encerra com One Of These Days, uma bela balada violonística que caberia em McCartney, com sua bela melodia, embora tenha sido gravada de uma forma meio fria e com muito eco, quem sabe.

Curiosamente, faixas gravadas durante as sessões de McCartney II e ou deixadas de lado, ou lançadas como meros lados B de singles, se mostram bem melhores do que várias do álbum, entre as quais podemos citar Secret Friend e Check My Machine (sobre a qual falaremos mais em breve).

No fim das contas, apesar dos pesares, McCartney II liderou a parada britânica e chegou ao terceiro lugar da americana, mesmo tendo vendido bem menos do que trabalhos mais recentes do ex-beatle. Esse álbum ganhou muitos fãs no meio musical com o decorrer dos anos, e é citado como influência por alguns deles, tornando-se possivelmente um dos trabalhos mais cult da carreira do artista.

Curiosidades sobre McCartney e McCartney II

*** A capa de McCartney traz cerejas registradas em cima de uma bancada preparada para pássaros se alimentarem. Na contracapa, temos o ex-beatle vestindo uma jaqueta e exibindo, dentro dela, a cabecinha de sua primeira filha com Linda, Mary. Curiosidade: Mary, nascida em 1969, é quem entrevista o pai no maravilhoso documentário Wingspam (2001), que conta a história dos Wings, a segunda banda de sucesso do Macca.

*** Linda Eastman McCartney foi fotógrafa profissional antes de se casar com Paul, tendo feito registros históricos de artistas como Jimi Hendrix. São delas as diversas fotos incluídas na capa, contracapa e encarte do álbum, que flagram o casal, Heather (filha do casamento anterior dela) e a célebre e encantadora cachorra sheepdog Martha, que inspirou a maravilhosa canção Martha My Dear, do álbum The Beatles (1968- o álbum branco).

*** A sequência harmônica que inicia Man We Was Lonely (ouça aqui) apareceu novamente em outra canção de McCartney, No Words (1973, faixa do álbum Band On The Run, ouça aqui). Confira as duas em seguida e perceba a semelhança. Seria intencional? O curioso é que a segunda é uma parceria de Macca com Denny Layne, dos Wings.

*** Logo após o final da faixa Hot As Sun/Glasses e pouco antes da faixa Junk, é possível ouvir um pequeno trecho do que parece ser outra canção. Só em 2011 essa música foi lançada na íntegra. Trata-se de Suicide, com direito a piano e estilo anos 1920.

*** Em 2011 foi lançada no Brasil uma reedição de McCartney no formato CD duplo. O segundo disco traz sete faixas. São elas Suicide (já comentada anteriormente), Don’t Cry Baby (na verdade, uma versão instrumental de Oo You) e Women Kind, todas deixadas de lado do álbum original, mais versões gravadas ao vivo em Glasgow em 1979 de Every Night, Hot As Sun e Maybe I’m Amazed. O encarte traz as letras das músicas e belas fotos feitas por Linda.

*** Ironia das ironias: após permanecer por três semanas na liderança da parada americana, McCartney perdeu a ponta para ele mesmo. Lançado pouco tempo depois da estreia solo de seu baixista, Let It Be, dos Beatles, assumiu a liderança no dia 13 de junho de 1970, ficando por lá por quatro semanas, ou seja, uma a mais do que o LP do Macca.

*** A edição de McCartney II lançada nos EUA no formato LP de vinil pela gravadora Columbia (que então distribuía os discos do ex-beatle por lá) trouxe como brinde um compacto simples com um único lado registrado trazendo a versão ao vivo de Coming Up gravada em Glasgow.

*** Uma das faixas mais legais de McCartney II é uma instrumental de nome pitoresco: Frozen Jap (japonês congelado, em tradução livre). Seria uma alfinetada em relação à sua prisão no Japão em janeiro de 1980? Ele nunca se estendeu nesse tema…

*** Se na contracapa do primeiro álbum solo Paul incluiu uma foto dele com Mary, em McCartney II, no encarte, a estrela da vez é seu filho James Louis, então com três anos, que aparece puxando a camiseta do pai no estúdio caseiro onde foi gravado o álbum.

*** Check My Machine, lançada originalmente como lado B do compacto cujo lado A é Waterfalls, foi descoberta na época pelas equipes de bailes black de São Paulo e Rio de Janeiro e se tornou um grande hit das pistas de dança. O sucesso foi tanto que a EMI lançou no Brasil essa música em dois formatos, o compacto simples tradicional e um maxi-single (no tamanho de um LP), este último mais utilizado pelos DJs. O DJ Cuca gravou uma versão, Check My Mix, no histórico LP O Som Das Ruas (1988), um dos primeiros do rap nacional (ouça aqui).

*** Em 2011, saiu por aqui uma versão remasterizada de McCartney II no formato CD duplo. O segundo CD traz as faixas inéditas Blue Sway (with Richard Niles Orchestration), Bogey Wobble, Mr. H Atom/You Know I’ll Get You Baby e All You Horse Riders/Blue Sway. Temos também as já lançadas anteriormente e raras no formato CD e em vinil Coming Up (Live At Glasgow 1979), Check My Machine, Wonderful Christmastime e Secret Friend.

*** McCartney atingiu o topo da parada americana e emplacou o 2º lugar no Reino Unido. Por sua vez, McCartney II se deu melhor no Reino Unido, liderando a parada de lá, enquanto nos EUA chegou ao 3º lugar.

Ouça McCartney II aqui .

Ouça McCartney (1970) em streaming:

Yellow Submarine será exibido em Sampa com entrada gratuita

yellow submarine-400x

Por Fabian Chacur

Se você é beatlemaníaco ou fã de cultura pop (ou as duas coisas) e mora em São Paulo, uma ótima notícia. Neste sábado (8), às 17h, será exibido o filme Yellow Submarine (1968), de George Dunning e estrelado por aquele célebre grupo de Liverpool. Detalhe: com resolução digital 4K e trilha remixada em surround 5.1 stereo. E melhor: com entrada gratuita. O local será o Cine Olido (avenida São João, nª 473- República- fone 0xx11-2899-7370).

Lançado em plena era psicodélica, esta animação em longa-metragem tem como cenário Pepperland, uma cidade repleta de cores, música e muito amor. Até que são invadidos pelos abomináveis blue meanies. Como salvar a pátria? Simples: chamando John, Paul, George e Ringo, que, viajando em um adorável submarino amarelo, incumbem-se de vencer os inimigos e restaurar a felicidade antes reinante. Detalhe: com muita música boa na trilha sonora, tipo All Together Now, It’s Only a Northern Song, It’s All Too Much e Yellow Submarine, entre outras. Diversão garantida em 90 viajantes minutos.

Na abertura, será exibido o curta-metragem Make It Soul (2018), ambientado em Chicago em 1965, no Teatro Regal, tendo como mestres de cerimônia e apresentadores ninguém menos do que James Brown e Solomon Burke, dois mestres da black music. São apenas 15 minutos, mas certamente muita coisa boa vai rolar, especialmente em termos musicais.

Essa adorável e bem-vinda exibição gratuita será promovida pelo Animage- Festival Internacional de Animação de Pernambuco, cuja mais recente edição, a 9ª de sua existência, foi realizada em Recife no último mês de outubro, e no qual essa edição incrementada em termos técnicos de Yellow Submarine foi exibida.

Veja o trailer de Yellow Submarine:

Paul McCartney mostra belas novidades para todos os fãs

paul mccartney capa novo album-400x

Por Fabian Chacur

Dois dias após completar 76 anos de idade, Paul McCartney mostra que dormir nos louros das glórias passadas não faz parte do seu modo de viver. Ele não só anunciou que lançará no dia 7 de setembro Egypt Station, seu primeiro álbum de inéditas desde New (2013), como também disponibilizou para audição duas das 14 músicas que estarão nesse trabalho, a balada I Don’t Know (ouça aqui) e o rock na veia Come On To Me.

Uma primeira curiosidade surge na capa do álbum, que também foi divulgada. Criada a partir de desenho feito pelo próprio artista, ela lembra um pouco a de Gone Troppo, lançada em 1982 por um certo George Harrison. Será mera coincidência? Tire suas próprias conclusões.

Gone-Troppo-cover-400x

Voltando ao mais importante que é o conteúdo artístico, o ex-Beatle explicou, em declaração divulgada pela gravadora na qual lança atualmente seus trabalhos, a Universal Music, como concebeu o novo trabalho:

“Gostei das palavras Egypt Station. Elas me lembram dos discos em vinis que costumávamos fazer… Egypt Station começa em uma estação na primeira música e a cada nova faixa visitamos uma nova estação. Foi essa a ideia que seguimos para criar cada faixa do disco a partir disso. Acho que ela veio de um sonho, mesmo lugar de onde as músicas surgem”.

Macca gravou seu novo disco em estúdios localizados em Londres, Los Angeles e Sussex. A produção ficou a cargo do badalado Greg Kurstin, que assinou trabalhos de Adele, Beck e Foo Fighters, sendo que uma faixa ficou a cargo de Ryan Tedder, líder da banda One Republic. Come On To Me é um rockão contagiante e muito inspirado, enquanto I Don’t Know é uma deliciosa balada com pitada roqueira. Belas amostras.

Também foram divulgados os títulos de mais três canções: a acústica Happy With You, a pacifista People Want Peace e uma que promete e muito, com seus quase sete minutos de duração, Despite Repeated Warnings, que parece seguir uma pegada mais experimental. McCartney fez um show surpresa no dia 9 de junho em um pequeno pub de Liverpool, o Philharmonic Pub, no qual tocou uma das inéditas e mais alguns hits. Que chegue logo o sete de setembro!

Come On To Me– Paul McCartney:

The Beatles in India: filme vai ser lançado ainda este ano

The-Beatles-in-India-photo-credit-Paul-Saltzman-TBIR_4x6_2_5-MB-400x

Por Fabian Chacur

Em fevereiro de 1968, os Beatles viajaram para Rishikesh, na Índia, com o intuito de estudar meditação transcendental com o guru local Maharishi Mahesh Yogi, que eles haviam conhecido em uma viagem do indiano pela Inglaterra no ano anterior. Essa curiosa passagem da trajetória da banda britânica é o tema do documentário The Beatles in India, que segundo informações da revista britânica Uncut, deve ser lançada mundialmente por volta de outubro.

Paul Saltzman é um fotógrafo e cineasta canadense que tinha 23 anos quando teve a oportunidade de conhecer os Beatles na Índia, por absoluta coincidência. Convidado a conviver com eles naquela experiência, fez fotos e filmagens que registaram aquele momento de redescoberta do quarteto britânico. Seu documentário dá uma geral na viagem, e mostra os registros e também as músicas que, compostas lá, acabariam integrando o célebre Álbum Branco (cujo título de fato é simplesmente The Beatles), lançado naquele mesmo 1968.

Com mais de 300 filmes no currículo, entre documentários e dramas, Paul Saltzman tem em seu currículo o badalado Prom Night In Mississipi (2008), e também integra projetos humanitários. Uma exposição permanente de suas fotos dos Beatles na Índia tem como local um espaço no John Lennon Airport, em Liverpool, Inglaterra. Ele lançou dois livros com reproduções de suas célebres fotos, The Beatles in Rishikesh (2000) e The Beatles in India (2006), este último em edição limitada.

Dear Prudence (c/cenas do grupo na Índia)- The Beatles:

Novo CD de Ringo Starr chega às lojas brasileiras em breve

ringo starr give more love cover-400x

Por Fabian Chacur

Para os fãs do formato físico, mais precisamente do CD, e de Ringo Starr, neste caso, uma boa notícia. Está chegando às lojas brasileiras nos próximos dias o novo álbum do ex-Beatle, Give More Love, que também está sendo disponibilizado para download pago e nas diversas plataformas de streaming. A edição será a mesma que já saiu no exterior.

Give More Love é o sucessor de Postcards From Paradise (2015), e não está indo muito bem das pernas em termos comerciais. Nos EUA, atingiu apenas a posição de número 128, ainda pior do que a de seu antecessor, que chegou ao posto de nº 99. Curiosamente, até o momento a melhor performance do álbum foi na República Tcheca, na qual o trabalho do baterista mais famoso do mundo chegou ao nº18 dos charts locais.

O novo álbum do astro britânico traz um elenco repleto de amigos célebres no cenário musical, como tem sido praxe em sua carreira solo. O maior deles, Paul McCartney, marca presença em We’re On The Road Again e Show Me The Way. Aliás, o título da primeira (estamos na estrada novamente) tem tudo a ver, pois McCartney tocará no Brasil em outubro, e Ringo tem oito datas para cumprir em Las Vegas.

Além do velho e bom Macca, Mr. Starkey tem a seu lado em Give More Love os craques Steve Lukather, Peter Frampton, Richard Marx, Dave Stewart, Joe Walsh, Glen Ballard, Timothy B. Schmit e Edgar Winter, entre outros. O álbum traz 10 composições inéditas de Ringo escritas com diversos parceiros. Como bônus, releituras de Back Off Boogaloo, Photograph, You Can’t Fight Lightining e Don’t Pass Me By.

O projeto inicial de Ringo era gravar um álbum totalmente country, mas essa ideia acabou sendo deixada de lado, sendo que a única faixa que se encaixa bem nessa praia é a bela So Wrong For So Long. De resto, temos rock básico, baladas e um pouco de pop, com destaque para We’re On The Road Again, Show Me The Way e Standing Still. Um trabalho despretensioso, básico e divertido de se ouvir.

We’re On The Road Again– Ringo Starr:

Older posts Newer posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑