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Welcome To The Blackout, de Bowie, chega ao Brasil em CD

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Por Fabian Chacur

Lançado no exterior no dia 21 de abril deste ano apenas no formato álbum triplo de vinil, o disco ao vivo Welcome To The Blackout (Live London ’78), de David Bowie, agora também já está disponível para o público brasileiro através da Warner Music, mas como CD duplo e digitalmente. O material traz 24 músicas gravadas ao vivo nos dias 30/6 e 1º/7 de 1978 em Earls Court, em Londres, com produção de Tony Visconti e mixagem feita em 1979 pelo próprio Bowie com David Richards.

O álbum inclui gravações realizadas no mesmo período das incluídas no ao vivo Stage, lançado originalmente em 1978. A diferença básica fica por conta do país onde os registros deste trabalho mais antigo se concretizaram, nos EUA, mais precisamente em shows ocorridos nas cidades de Filadélfia, Boston e Providence entre o fim de abril e o início de maio de 1978. O repertório de ambos é semelhante.

Bowie, nessa turnê, estava lançando na estrada seus ousados discos Low e Heroes, ambos de 1977, e que mesclam rocks intensos e eletrônicos com faixas instrumentais inspiradas no krautrock de Kraftwerk e nos experimentalismos de Brian Eno, que por sinal participou ativamente da criação, produção e gravação desses dois álbuns. A mescla desse repertório com clássicos de sua carreira é bastante interessante. A banda, bastante afiada, traz como destaque a dupla de guitarristas, Carlos Alomar e Adrian Belew, que se completam com precisão.

Eis as faixas de Welcome To The Blackout (Live In London ’78):

CD 1:

1. WARSZAWA – 06:27
2. HEROES – 07:33
3. WHAT IN THE WORLD – 04:01
4. BE MY WIFE – 02:45
5. THE JEAN GENIE – 06:34
6. BLACKOUT – 03:42
7. SENSE OF DOUBT – 03:25
8. SPEED OF LIFE – 02:37
9. SOUND AND VISION – 03:10
10. BREAKING GLASS – 03:31
11. FAME – 03:52
12. BEAUTY AND THE BEAST – 04:58

CD 2:

1. FIVE YEARS – 06:08
2. SOUL LOVE – 02:51
3. STAR – 02:30
4. HANG ON TO YOURSELF – 02:39
5. ZIGGY STARDUST – 03:24
6. SUFFRAGETTE CITY – 03: 50
7. ART DECADE – 03:08
8. ALABAMA SONG – 03:58
9. STATION TO STATION – 11:08
10. TVC 15 – 04:17
11. STAY – 06:58
12. REBEL REBEL – 03:51

Welcome To The Blackout-David Bowie (em streaming):

Bowie não fará mais turnês, afirma produtor

Por Fabian Chacur

Nesta semana, como você leu aqui em Mondo Pop, David Bowie lançou nova música e anunciou que The Next Day, seu primeiro álbum de inéditas após dez longos anos, chegará ao mercado musical em março nos formatos físico e digital e em duas edições.

Essa foi a parte boa da notícia. A ruim veio em reveladora entrevista concedida pelo produtor do álbum, o consagrado Tony Visconti (FOTO), ao site americano da revista Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial. Segundo ele, o eterno camaleão do rock and roll não fará mais turnês, nem dará entrevistas à imprensa em geral.

Visconti, que trabalhou com Bowie em álbuns como Young Americans (1975), Low (1977), Heroes (1977) e Lodger (1979), entre outros, garantiu que o “patrão” e amigo só quer saber de gravar discos, daqui por diante.

“Ele me disse que não, absolutamente não, nada de shows ou entrevistas. Ele me disse que tocou ao vivo e deu entrevistas durante 30 anos, e que não quer mais fazer nenhuma dessas duas coisas”, explicou Visconti, incumbido de falar sobre The Next Day para a imprensa.

O produtor afirmou que Where Are We Now?, primeira faixa divulgada do álbum, é a única balada do repertório do disco, que tem uma sonoridade que mistura rocks mais agitados e alguns momentos mais ousados e experimentais, mas com pegada “comercial”, digamos assim.

Participaram das gravações basicamente músicos que já atuaram anteriormente com Bowie, como Earl Slick (guitarra solo), Gerry Leonard (guitarra base), David Torn (guitarra base), Zackary Alford (bateria), Sterling Campbell (bateria), Gail Ann Dorsey (baixo e vocais) e Tony Levin, além de músicos de cordas que já atuaram em musicais da Broadway.

Visconti também garante que não rolaram participações especiais de nomes famosos, e que todos os que participaram das gravações, incluindo os técnicos e donos do estúdio em Nova York, tiveram de assinar um termo de silêncio, para que ninguém ficasse sabendo de nada. O álbum estava sendo produzido há dois anos. Deu super certo, como todos notaram.

Será que nunca mais veremos Bowie em turnês ou concedendo entrevistas mesmo? Ou seria mais uma de suas estratégias para atrair as atenções da mídia? Só saberemos nos próximos meses. Mas o produtor disse que o autor de Rebel Rebel e tantos outros hits não vê a hora de entrar em estúdio para gravar de novo. Beleza!

Rebel Rebel ao vivo na turnê Reality (2003/2004):

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