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Lionel Richie é nº 1 nos EUA após 26 anos

Por Fabian Chacur

Lionel Richie está vivenciando o mais surpreendente retorno às paradas em 2012 até o momento. O veterano cantor, compositor e músico americano conseguiu, nesta semana, atingir o primeiro lugar na parada americana com seu mais recente álbum, Tuskegee, no qual releu em estilo country e com convidados especiais 14 de seus grandes sucessos (leia crítica aqui em Mondo Pop).

Em sua terceira semana de lançamento, o novo CD do ex-líder do grupo The Commodores vendeu 129 mil cópias, o que o colocou à frente de quem imaginava ser a favorita para pontear a parada da Billboard esta semana, o álbum 21, de Adele, que ficou nas 92 mil cópias e perdeu o duelo. Nick Minaj, a líder da semana anterior, teve 81 mil cópias comercializadas de seu mais recente lançamento, Pink Friday: Roman Reloaded, e ficou no 3º posto.

Segundo o site da Billboard americana, uma boa razão para essa façanha fica por conta da audiência do especial Lionel Richie & Friends In Concert, exibido pela rede CBS na última sexta-feira (13), no qual o astro interpretou ao vivo com seus convidados as músicas do álbum. Segundo medição da empresa Nielsen, algo em torno de 7.7 milhões de pessoas viram o programa, um campeão de audiência.

Tuskegee, que em suas três semanas de lançamento vendeu até agora o total de 423 mil cópias no mercado americano, equivale ao retorno de Lionel Richie ao primeiro posto da parada americana, e marca a terceira vez que ele consegue esse feito.

O trabalho anterior do cantor a pontear os charts nos EUA foi Dancing On The Ceiling (1986), lançado, portanto, há 26 anos.

Curiosidade: três faixas de Tuskegee (Dancing On The Ceiling, Deep River Woman e Say You Say Me), em suas versões originais, também fazem parte do álbum Dancing On The Ceiling.

Deep River Woman ao vivo, com Lionel Richie e o grupo Little Big Town:

Lionel Richie relê hits com tempero country

Por Fabian Chacur

Em 1962, Ray Charles surpreendeu a muitos ao gravar Modern Sounds In Country And Western Music. Nessse álbum, ele relia à sua moda clássicos da música country, algo até então impensável para um artista que vinha da tradição do rhythm and blues e da soul music, que ele por sinal ajudou a criar. E deu certo, pois o álbum não só quebrou preconceitos como vendeu milhões de cópias e liderou a parada de sucessos americana e de vários países.

Desde então, este flerte entre a black music e o country volta e meia vem à tona de novo. Um momento expressivo dessa aproximação entre os estilos rolou em 1980, quando o astro country Kenny Rogers gravou Lady, escrita pelo então líder do grupo de funk/soul The Commodores, Lionel Richie. A parceria deu tão certo que a música bateu no número 1 das paradas.

Desta vez, Richie resolveu dedicar um álbum inteiro a esta aproximação entre o rhythm and blues e a música de origem rural. Trata-se de Tuskegee, CD que a Universal Music acaba de lançar no Brasil, e que estreou na parada americana direto na segunda posição, algo que o astro não conseguia desde o seu auge comercial, nos anos 80.

O conceito por trás do disco é simples: 14 grandes sucessos assinados e gravados anteriormente por Richie, sendo 12 de sua carreira solo e 2 dos Commodores, foram relidos com arranjos no estilo country atual, nas quais ele é acompanhado por astros de várias gerações deste gênero.

O elenco que participa desses duetos é estelar, incluindo Shania Twain, Kenny Rogers, Willie Nelson, Darius Rucker (ex-vocalista da banda de rock Hootie & The Blowfish e hoje cantor solo country), Jill Johnson, Kenny Chesney e os grupos Rascal Flatts e Little Big Town, entre outros.

Gravado basicamente em vários estúdios situados em Nashville, a capital mundial da country music, Tuskegee (nome da cidade onde Lionel Richie nasceu) é a prova de como, com o decorrer dos anos, a música negra e o country se aproximaram a ponto de ser difícil de notar diferenças tão gritantes entre uma e outra, especialmente no setor baladas.

Uma steel guitar aqui, um violão folk ali, um jeitão mais polido de encaixar as guitarras acolá, e pronto. Hits black ganham um jeitão country, embora pudessem perfeitamente também ser tocados nas rádios de black music.

Nenhuma das canções assinadas por Mr. Richie perdeu sua essência aqui, sendo imediatamente reconhecidas por quem as ouvir. O CD é bem gostoso de se ouvir. Eu destaco Stuck On You (com Darius Rucker), Deep River Woman (com o grupo Little Big Town), My Love (com Kenny Chesney), Lady (com Kenny Rogers), Easy (com Willie Nelson) e Sail On (com Jill Johnson).

Tuskegee cumpre bem todos os seus objetivos, mesmo sem superar as versões originais das canções contidas nele. O CD consegue reunir artistas bem distintos entre si de forma harmônica, contém releituras dignas de sucessos inesquecíveis e também ajudou a recuperar a popularidade de um dos nomes mais talentosos da história da música pop.

Último detalhe: note o título do álbum, esculpido no formato dessas fivelas grandonas que os fãs de música country/sertaneja usam na frente de suas calças.

Veja Easy ao vivo com Lionel Richie em 2007:

Madonna estreia na ponta da parada dos EUA

Por Fabian Chacur

Se havia alguém duvidando da capacidade de Madonna em obter grandes vendagens no lançamento de seu novo álbum, MDNA, elas se dissiparam. Após estrear na parada britânica na liderança, seu décimo-segundo trabalho a obter tal façanha por lá, a estrela pop repete a façanha, desta vez no mercado americano, conforme informa o site da revista americana Billboard.

MDNA iniciou sua trajetória nos EUA com 359 mil cópias comercializadas em sua semana inicial, o que lhe valeu o primeiro posto no país natal da Material Girl. A título de comparação, Hard Candy (2008), seu mais recente trabalho de estúdio, teve 280 mil cópias vendidas em seus sete primeiros dias de comercialização.

É a melhor performance de Madonna no período de lançamento em termos de vendas de um novo trabalho desde Music (2000), que no mesmo período vendeu 420 mil cópias. O CD é seu oitavo trabalho a atingir o primeiro lugar nos EUA, o que a deixa a apenas um posto abaixo de Barbra Streisand, a mulher que mais discos conseguiu colocar no topo da parada ianque.

Uma boa estratégia ajudou bastante esses belos números iniciais de vendas de MDNA. Uma promoção ofereceu aos fãs americanos a chance de adquirir, com preços reduzidos, pacote incluido ingressos para o show da nova turnê de Madonna e o álbum. Artistas como Tom Petty e o grupo Bon Jovi também se valeram dessa estratégia recentemente, com bons resultados em termos comerciais.

Coube a Lionel Richie o segundo lugar nesta semana, também a primeira de seu novo álbum, Tuskegee, que vendeu 199 mil cópias. É o melhor posto que o ex-cantor dos Commodores obtém desde 1986, quando Dancing On The Ceiling ocupou por duas semanas o primeiro lugar nos EUA.

O disco, no qual Richie relê seus sucessos em duetos com grandes astros, equivale também a seu melhor desempenho em uma primeira semana nas paradas desde que a Soundscan começou a medir as vendas no mercado americano, em 1991.

Coming Home (2006) equivalia à sua melhor performance até então, com 75 mil cópias vendidas e o sexto posto na semana inicial. Você lerá em breve resenha deste álbum em Mondo Pop.

E mesmo perdendo a liderança há quase um mês, o álbum 21, de Adele, continua entre os tops, ocupando a terceira posição nos EUA esta semana, com 121 mil cópias vendidas. Curiosamente, nesta mesma semana de abril, só que em 2011, o álbum havia vendido 88 mil cópias, ou seja, bem menos do que agora. Impressionante.

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