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Cantora Martha Reeves fará show grátis em SP, diz jornal

martha reeves atual-400x

Por Fabian Chacur

Para tristeza geral dos fãs da soul music e da música pop como um todo, a lendária cantora americana Martha Reeves foi obrigada a cancelar o show que faria em maio durante a Virada Cultural em São Paulo devido a uma chuva terrível. Um horror. Pois agora temos uma boa notícia: ela voltará à cidade ainda este ano, segundo nota publicada na coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo desta terça-feira (14).

O primeiro show no Brasil desta verdadeira diva da música pop, hoje com 73 anos, está marcado para o dia 16 de novembro no Ibirapuera, como parte do programa Circuito SP, da prefeitura da cidade. A entrada será gratuita, sem horário do show ainda confirmado. Eis uma bela forma de se conferir uma das mais importantes cantoras da geração dos anos 60 que ainda se mantém na ativa.

Martha Reeves nasceu em 18 de julho de 1941 e batalhou muito até conseguir uma oportunidade no meio musical. As coisas começaram a clarear para ela quando foi contratada para ser secretária do departamento artístico da gravadora Motown. Quando o diretor Mickey Stevenson viu o quanto ela cantava bem, começou a usá-la para gravar demos de canções para outros contratados da gravadora.

Em 1962, ela apresentou o grupo vocal que havia criado com duas outras amigas, Martha Reeves And The Vandellas, e inicialmente participaram de singles de Marvin Gaye, entre eles Stubborn Kind Of Fellow e Hitch Hike. Naquele mesmo ano, gravaram seu primeiro single, com pouca repercussão. Mas as coisas mudariam logo.

Come And Get These Memories chegou ao top 30 nos EUA em junho de 1963, criando uma expectativa de que coisas maiores viriam para Martha e sua turma. E isso se confirmou com (Love Is Like a) Heat Wave, que em setembro daquele ano atingiria o quarto lugar na parada ianque. Seria o primeiro de uma série de sucessos.

Com uma sonoridade pra cima e bem dançante, Martha Reeves And The Vandellas emplacariam hits até 1971 na Motown Records, entre eles as estupendas Nowhere To Run, Dancing In The Streets e Jimmy Mack. O grupo parou por uns tempos nos anos 70, quando Martha Reeves dedicou-se a uma carreira solo sem grande repercussão.

Se os discos solo não venderam tanto, embora conquistassem elogios por parte de alguns críticos e fãs, o grupo acabou voltando à tona anos depois, entrando no circuito nostálgico de shows pelo mundo afora. Afinal, quem não quer ouvir essas músicas tão marcantes? E Martha as canta, seja nas eventuais reuniões do grupo, seja sozinha.

Ela teve alguns problemas de saúde em sua trajetória pós-sucesso, mas felizmente os superou, e atualmente se encontra em plena turnê comemorativa dos 50 anos de lançamento do single Dancing In The Streets, denominada “Calling Out Around The World Tour 2014”.

Dancing In The Street– Martha Reeves And The Vandellas:

Nowhere To Run – Martha Reeves ANd The Vandellas:

Plebe Rude se consagra na Virada Cultural SP

Por Fabian Chacur

Fazia tempo que eu não via a Plebe Rude ao vivo. Muito tempo mesmo.

Aliás, acho que isso ocorreu pela última vez tipo na década de 80.

Desde então, não consegui mais ver ao vivo Philipe Seabra e sua excelente banda de rock, uma das melhores da sua geração e por tabela do rock brasileiro como um todo.

Nesse meio-tempo, muita coisa aconteceu. A banda se separou, mudou de formação, voltou ao time original por uns anos no início da década passada e, há seis anos, mais ou menos, solidificou a escalação atual.

Além de Phillippe nos vocais e guitarra e do baixista André X, outro dos pioneiros do time, entraram dois músicos de griffe no time.

Clemente, nos vocais e guitarra, é um deles. Sim, ele mesmo, o líder dos Inocentes, uma das melhores bandas punk brasileiras.

De quebra, o baterista Txontxa, ex-integrante da banda brasiliense de reggae e rock Maskavo Roots.

Há muito tenho curiosidade de saber como rolou a mistura entre eles. Se deu liga, como se diz por aí, ou então, se encaixou.

Eles até lançaram um disco de estúdio, R ao Contrário (2006-independente), que absurdamente ainda não tive a oportunidade de ouvir (tenho todos os outros).

Mas neste domingo (17), ao meio dia e com um sol digno do deserto do Saara, essa curiosidade foi saciada. E valeu eu estar mais queimado do que filme de político enquanto escrevo esta resenha.

Durante 60 minutos eletrizantes, ficou claro que Phillippe e Clemente foram feitos para tocar em uma mesma banda.

Eles dividem carisma, pique e alma roqueira, sendo muito bem assessorados por André e Txotxa (que nome artístico…).

Resultado: encararam uma plateia com mais de 20 mil pessoas como se estivessem em um Sesc Pompeia da vida, local, aliás, que os vi nos distantes e já míticos anos 80.

O repertório foi muito legal, incluindo maravilhas como Brasília, Medo, Sexo e Karatê, A Ida (arrepiante, como sempre!) e Minha Renda.

O final apoteótico ficou a cargo do megahit Até Quando Esperar, que voltou às paradas ao integrar a trilha de uma novela global recentemente.

Em duas semanas, a Plebe Rude lançará pela gravadora Coqueiro Verde seu primeiro DVD, Rachando Concreto ao Vivo. Clássico a caminho!

Se ainda não foram escalados, deveriam ser convidados urgentemente para tocar na próxima edição do Rock in Rio. Seria sensacional vê-los tocando para uma plateia tão grande. E eles estão preparados para isso, podem crer!

Veja trecho de Até Quando Esperar, no show da Virada Cultural:

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