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Polysom e Warner relançam 2 LPs do grupo Novos Baianos

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Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs dos Novos Baianos, que andam em estado de êxtase com os shows de retorno da mítica banda. A Polysom, em parceria com a Warner, está relançando no formato vinil de 180 gramas, pela série Clássicos em Vinil, dois álbuns seminais da discografia dos caras. São eles Novos Baianos F.C. e Novos Baianos, que fazem parte da fase áurea dessa formação inesquecível e criativa do nosso rock/MPB.

Novos Baianos F.C. (1973) teve a difícil missão de suceder o mitológico Acabou Chorare (1972, também relançado na série Clássicos em Vinil), e deu conta do recado. Gravado no sítio no qual a banda morava, em Jacarepaguá (RJ), o álbum traz maravilhas como Só Se Não For Brasileiro Nessa Hora, Sorrir e Cantar Como Bahia, as instrumentais Dagmar e Alimente e também Samba da Minha Terra (de Dorival Caymmi).

Lançado em 1974, Novos Baianos foi ensaiado e gravado no sítio de um dirigente da gravadora Continental, que lançou esses dois álbuns e cujo acervo hoje pertence à Warner. O trabalho marca a saída de Moraes Moreira do time, e inclui em seu repertório Isabel (Bebel), rara composição de João Gilberto, um grande amigo da banda, e também Linguagem do Alunte, Reis da Bola e Ao Poeta, entre outras.

Ouça Novos Baianos FC em streaming:

EMI Music é desmembrada e vendida

Por Fabian Chacur

Depois de quatro meses de intensas negociações, enfim a EMI Music foi vendida pelo seu mais recente proprietário, o CitiGroup, que teve de se desvencilhar da empresa após quatro anos. A notícia foi veiculada na edição eletrônica desta sexta(11) do The New York Times.

Como forma de escapar de um prejuízo que poderia se tornar ainda maior, o CitiGroup preferiu comercializar a célebre gravadora de origem britânica por um total de 4.1 bilhão de dólares, sendo que há quatro anos o grupo empresarial a havia adquirido por 5.5 bilhões de dólares.

A venda ocorreu da seguinte forma: a Universal Music, do grupo empresarial francês Vivendi, pagou 1.9 bilhão de dólares pela gravadora e seu acervo, que inclui obras dos Beatles, Pink Floyd, Norah Jones, Coldplay e inúmeros outros artistas.

A editora musical, por sua vez, rendeu 2.2 bilhões de dólares ao CitiGroup e ficou nas mãos de um grupo empresarial que tem como líder a japonesa Sony Music.

Desta forma, uma antiga previsão que eu havia feito enfim se concretizou no meio musical. Eu explico.

Inspirado pelas grandes incorporações e fusões do mercado de alimentos e afins nos anos 90, previ que, em um futuro breve, cada área de atividade industrial/comercial teria apenas três grandes empresas na ponta do processo, com todas as outras, de porte infinitamente menor, disputando o resto do mercado. Não deu outra.

Com essa negociação concretizada, agora temos apenas três grandes conglomerados mandando no mundo da música: a Universal Music, a Sony Music e a Warner Music. Esta última, hoje em mãos de empresários russos, tentou adquirir a EMI, mas não teve sucesso.

Cabe a essas imensas transnacionais lutarem para viabilizar a permanência do negócio da música gravada em patamares mais próximos dos seus tempos áureos, o que parece cada vez mais improvável.

A indústria musical sofreu um forte golpe nos últimos 12 anos devido aos downloads ilegais de músicas, que ajudaram a derrubar um mercado que parecia sólido e imune a pancadas.

A Universal Music, por exemplo, hoje abriga marcas que já foram autônomas e vencedoras, como EMI, Motown, Island, A&M e Polygram, só para citar algumas.

No caso da Sony Music, temos por lá a outrora poderosa alemã BMG, que por sinal já havia englobado, nos anos 80, a icônica RCA Victor.

Já a Warner traz em seu catálogo obras de selos como Atlantic, Elektra, Continental e diversos outros.

Ouça EMI, com os Sex Pistols:

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