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Alan White e Andy Fletcher, duas grandes perdas no rock

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Por Fabian Chacur

O mundo do rock perdeu dois nomes importantes nesta quinta-feira (26), de gerações e eras distintas, mas ambos britânicos. O baterista Alan White (foto), do grupo de rock progressivo Yes, nos deixou aos 72 anos, ele que havia anunciado sua saída da turnê que a banda faria em breve. O tecladista Andy Fletcher, por sua vez, era integrante do Depeche Mode, uma das mais expressivas formações do chamado synth pop ou tecnopop que estourou nos anos 1980 e 1990, e se foi aos 60 anos.

Nascido em 14 de junho de 1959, Alan White ganhou os holofotes da mídia ao tocar com John Lennon em 1969 no Toronto Rock and Roll Festival, cuja gravação rendeu o álbum Live Peace in Toronto 1969 (1969), no qual brilhou ao lado de Eric Clapton e Klaus Woorman. Naquele mesmo ano, participou com destaque do single Instant Karma!, de Lennon, e ainda participaria de várias faixas do icônico álbum Imagine (1971).

Ele também gravaria com George Harrison (no álbum All Things Must Pass, de 1970), Joe Cocker e outros artistas até ser convidado, em 1972, para substituir Bill Bruford (que deixou a banda rumo ao King Crimson) no Yes. A partir de então, tornou-se um dos destaques daquela formação de rock progressivo, gravando álbuns e participando de turnês mundiais. Sempre foi considerado um dos melhores músicos do rock no seu instrumento, e sofria com problemas de saúde nos últimos anos.

Por sua vez, Andy Fletcher, nascido em 8 de julho de 1961, criou o Depeche Mode junto com Martin Gore, Vince Clarke e Dave Gahan em 1980. Após o lançamento do 1º álbum, Speak And Spell (1981), Clarke (que depois criou o Yazoo e o Erasure) saiu e foi substituído por Alan Wilder. No decorrer daquela década, a banda se tornou uma das mais populares do synth pop, e se manteria no topo pelo menos até metade dos anos 1990.

Na hierarquia do Depeche Mode, Fletcher sempre ficou em um plano inferior em termos artísticos, e era tido como mais importante em dois setores fundamentais para o bom andamento da banda: a parte empresarial/comercial e a função de uma espécie de “algodão entre cristais”, mantendo unidos o vocalista Dave Gahan e o tecladista e principal compositor Martin Gore (Wilder, tido como ótimo músico, saiu em 1995).

Instant Karma! (clipe)- John Lennon & Plastic Ono Band:

Yes lança em outubro um álbum gravado ao vivo em Las Vegas

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Por Fabian Chacur

Em seus 50 anos de estrada, o Yes primou por grandes momentos musicais e também por variações diversas em sua formação. Desde a morte de seu fundador, o saudoso baixista Chris Squire (1948-2015), a, digamos assim, “versão oficial da banda” tem como comandante o guitarrista Steve Howe. E é esse time atual que anuncia para outubro o lançamento de um novo álbum ao vivo, The Royal Affair Tour- Live From Las Vegas, que sai inicialmente em 2 de outubro com exclusividade na Yes Store e a partir de 30 de outubro nos outros pontos de venda.

A gravadora BMG (a nova empresa que usa esta sigla, não confundir com a antiga, cujo acervo hoje pertence à Sony Music) disponibilizará o álbum, gravado ao vivo no Hard Rock Hotel, Las Vegas, em julho de 2019, nos formatos CD simples com encarte de 12 páginas, LP de vinil duplo com encarte de 12 páginas e digital. A capa, só pra variar, é de autoria de Roger Dean, responsável há décadas por essa tarefa e sempre com muita categoria.

Além de Steve Howe, a escalação do Yes neste trabalho traz Alan White (bateria), Geoff Downes (teclados), Billy Sherwood (baixo) e o “novato” (no time desde 2012) Jon Davison (vocal). A turnê, realizada em 2019 pelos EUA, reunia o Yes, a atual encarnação do Asia (que inclui Geoff Downes e uma participação especial de Howe), John Lodge (dos Moody Blues) e o ELP Legacy do baterista Carl Palmer (com participação do célebre vocalista Arthur Brown).

O set list viaja por várias fases do Yes, com direito a No Opportunity Necessary No Experience Needed (de Richie Havens e gravada por eles em 1970 no LP Time And a Word), America (fantástica releitura do hit de Paul Simon registrada por eles nos anos 1970) e Tempus Fugit (do polêmico álbum Drama, de 1980, da fase com Geoff Downes nos teclados).

A principal curiosidade fica por conta de uma releitura de Imagine, de John Lennon, com o vocal principal a cargo do amigo e colega de turnê John Lodge. Vale lembrar que, em 2017, três outros ex-integrantes do grupo, Jon Anderson, Ricky Wakeman e Trevor Rabin, fizeram shows (ótimos, por sinal) com o repertório do Yes. O Canal Bis costuma exibi-los de tempos em tempos.

Eis as faixas de The Royal Affair Tour – Live in Las Vegas:

1. No Opportunity Necessary, No Experience Needed
2. Tempus Fugit
3. Going For The One
4. I’ve Seen All Good People
5. Siberian Khatru
6. Onward
7. America
8. Imagine
9. Roundabout
10. Starship Trooper

Veja cenas de show da The Royal Affair Tour:

Yes lança álbum duplo 50 Live em formatos físico e digital no Brasil

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Por Fabian Chacur

Como forma de celebrar seus 50 anos de carreira, o Yes está lançando nesta sexta (2) no Brasil via Warner Music, em CD duplo e nas plataformas digitais, o álbum Yes 50 Live. Gravado ao vivo basicamente durante show realizado na Filadélfia (EUA), o trabalho inclui faixas de dez de seus álbuns de estúdio, com ênfase na fase mais progressiva de sua trajetória, deixando de lado o repertório desenvolvido nos anos 1980 e 1990 ao lado do guitarrista sul-africano Trevor Rabin.

A atual formação do Yes inclui Steve Howe (guitarra), Geoff Downes (teclados), Alan White (bateria), Billy Sherwood (baixo), Jon Davison (vocal) e Jay Schellen (bateria). O álbum traz as participações especiais de ex-integrantes como os tecladistas Tony Kaye (em Yours Is No Disgrace, Roundabout e Starship Trooper) e Patrick Moraz (em Soon) e também Tom Brislin (teclados) e Trevor Horn (vocal).

O set list traz a versão completa da longa e maravilhosa Close To The Edge, faixa-título do fantástico álbum da banda lançado em 1972 e um de seus melhores, e também clássicos como Roundabout, Soon e Yours Is No Disgrace.

Com capa mais uma vez trazendo desenho do genial Roger Dean, o álbum é bem interessante, mas não dá para negar que é no mínimo esquisito ouvir um disco do Yes sem a presença do cantor Jon Anderson, fora desde 2008, e, principalmente, do saudoso baixista e fundador do grupo, Chris Squire (1948-2015).

Vale lembrar que, repetindo situação já ocorrida em outros períodos da história dessa seminal banda de rock progressivo, há desde 2016 uma outra formação na ativa com ex-integrantes do time. Trata-se de Anderson, Rabin And Wakeman, que reúne Jon Anderson, Trevor Rabin e Rick Wakeman, sendo que este último prometeu novos shows do trio para 2020.

Eis as faixas de Yes 50 Live:

Disco um

Close To The Edge
-The Solid Time Of Change
-Total Mass Retain
-I Get Up I Get Down
-Seasons Of Man

Nine Voices (Longwalker)
Sweet Dreams
Madrigal
We Can Fly From Here, Part 1
Soon
Awaken

Disco dois

Parallels
Excerpt From The Ancient
Yours Is No Disgrace
Excerpt From Georgia’s Song And Mood For A Day
Roundabout
Starship Trooper
a. Life Seeker
b. Disillusion
c. Wurm

Ouça Yes 50 Live em streaming:

Chris Squire, fundador do Yes, sai da cena rock com 67 anos

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Por Fabian Chacur

Sempre que se fazem listas com os nomes dos melhores baixistas da história do rock, Chris Squire é presença garantida, graças a seus quase 50 anos de serviços prestados. Infelizmente, ele nos deixou neste domingo (28) em Phoenix, Arizona, onde morava com a família, vítima de um tipo raro de leucemia que foi divulgado para o público no mês de maio. Ele tinha 67 anos.

Quando anunciou a doença que lamentavelmente o levaria desse plano físico, Squire também divulgou que, pela primeira vez na história do Yes, uma turnê do grupo não contaria com a sua presença. Seria a dobradinha Yes/Toto programada para ter início em agosto. Billy Sherwood, que integrou o Yes entre 1997 e 2000, seria o seu substituto (leia sobre a turnê aqui), anunciado em comunicado pelo próprio Squire.

Chris Squire nasceu em Londres em 4 de março de 1948 em Londres, e criou o Yes em 1968 com o vocalista Jon Anderson. Ele foi o único integrante a participar de todos os discos e shows da banda, uma das mais importantes, bem-sucedidas e criativas do rock progressivo. O primeiro álbum saiu em 1969, e desde o início chamou a atenção pelo talento de seus músicos.

O estouro mundial veio em 1972 com o álbum Fragile, que inclui faixas marcantes como Roundabout, Long Distance Runaround e Heart Of The Sunrise. A partir dali, o Yes viveu várias fases em sua carreira, incluindo uma mais próxima do pop na década de 1980, mas sempre tendo Squire como âncora e garantia de qualidade.

São várias as virtudes de Chris Squire. Suas linhas de baixo sempre se caracterizaram pelas belas melodias e criatividade na utilização de timbres e recursos eletrônicos. De quebra, participava das vocalizações de forma consistente e foi coautor de alguns dos clássicos da banda, entre os quais I’ve Seen All Good People, Heart Of The Sunrise, Owner Of a Lonely Heart e Leave It, só para citar algumas mais conhecidas.

Além do Yes, Squire também lançou um aclamado álbum solo, Fish Out Of Water (1975), que alguns críticos consideram tão bom como os da sua banda. O músico tocou no Brasil pela primeira vez em janeiro de 1985 na mitológica primeira edição do Rock in Rio, e esteve por aqui pela última vez em 2013. Esse vai deixar muita saudade.

Leave It – Yes:

Heart Of The Sunrise– Yes:

I’ve Seen All Good People– Yes:

Toto e Yes anunciam sua tour conjunta pelos EUA/Canadá

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Por Fabian Chacur

Duas das bandas de maior sucesso da história do rock estarão reunidas em uma turnê pelos EUA e Canadá que terá início no dia 7 de agosto e se estenderá até o dia 12 de setembro, com 26 datas previstas até o momento. Toto (foto) e Yes, os grupos em questão, ficarão juntas nessa tour durante cinco semanas, segundo informações do site americano da Billboard.

A parceria flagra os dois grupos, que tiveram grande sucesso comercial e artístico nos anos 1970 e 1980, em momentos bastante ativos de suas trajetórias. O Toto, por exemplo, acaba de lançar Toto XIV, primeiro trabalho de estúdio e de inéditas desde 2006 (Falling In Between) e CD que os trouxe de volta aos charts americanos após 25 longos anos.

A atual formação da banda americana fundada no meio dos anos 1970 conta com quatro de seus integrantes originais: Steve Porcaro (teclados), David Hungate (baixo e vocais), Steve Lukather (guitarra) e David Paich (teclados). Completa o time o vocalista Joseph Williams, que já está no time há bons anos. Eles prometem tocar nos shows hits como Africa, Rosanna, Hold The Line, ’99’ e Georgy Porgy, além de músicas do novo CD, entre elas Burn.

Por sua vez, o mitológico grupo britânico Yes, na estrada desde 1968, lançará no dia 7 de julho Like It Is, novo CD/DVD gravado ao vivo em Mesa, Arizona (EUA), com a atual formação. Também chegou recentemente às lojas Progeny: Seven Shows From Seventy-Two, caixa com 14 CDs contendo registros de shows feitos em 1972, um dos grandes momentos de sua história.

A escalação atual do Yes inclui Chris Squire (baixo e vocais, único que nunca saiu fora), Alan White (bateria), Steve Howe (guitarra), Geoff Downes (teclados) e o novato Jon Davison (vocal), cuja difícil tarefa consiste em substituir o genial Jon Anderson, melhor vocalista da história da banda britânica que marcou a evolução do rock progressivo.

Por enquanto, não há nenhuma previsão de que essa dobradinha passe aqui pelo Brasil, o que é uma pena. Afinal de contas, são duas bandas com um número de fãs bastante razoável por aqui, e que certamente levariam um bom público se tocassem em solo tupiniquim. Vale lembrar que Steve Lukather tocou recentemente em nosso país como componente da All Starr Band de Ringo Starr.

Hold The Line (live)- Toto:

Roundabout- Yes:

Morre Peter Banks, da fase inicial do Yes

Por Fabian Chacur

Morreu no último dia 7 de março, em Londres, vítima de parada cardíaca, o músico britânico Peter Banks. Ele tinha 65 anos e ficou conhecido no universo do rock progressivo como o primeiro guitarrista do Yes, com o qual gravou os bons álbuns Yes (1969) e Time And a Word (1970).

Embora tenha saído do Yes ainda em sua fase inicial, quando o sucesso comercial da célebre banda inglesa ainda não era tão grande, Banks deixou sua marca na obra do grupo, e é considerado por especialistas como um dos músicos mais talentosos da história do rock progressivo. Seu desempenho no brilhante cover de Every Little Thing, dos Beatles, serve como boa prova dessa afirmação.

Depois de deixar Jon Anderson e sua turma, Peter Banks integrou bandas como a Flash e a Empire, além de investir em carreira solo razoavelmente produtiva, embora sem tanta repercussão. Ele nasceu em 15 de julho de 1947, e reza a lenda que foi dele a sugestão de que o grupo britânico até hoje na ativa fosse batizada como Yes, nomenclatura assumida de forma provisória pelo grupo em princípio, mas que logo se solidificou.

Every Little Thing, com o Yes:

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