Zé Renato é aquele tipo de artista que equivale a uma garantia eterna de qualidade, seja qual for o projeto no qual se envolve. Seja carreira-solo, Boca Livre, Banda Zil ou o quer que seja, o jogo é sempre ganho quando este grande cantor, compositor e violonista está em cena. E seu novo álbum solo, Quando a Noite Vem (Biscoito Fino), mantém este alto padrão. Ele mostra o repertório deste trabalho com shows em São Paulo no Teatro Anchieta do Sesc Consolação (rua Doutor Vila Nova, nº 245- Vila Buarque), com ingressos de R$ 12,00 a R$ 40,00 (saiba mais aqui).
Os shows serão realizados nesta sexta (2) e sábado (3) às 20h e domingo às 18h. Além do protagonista se incumbindo de voz e violão, teremos o acompanhamento de Tiago Costa (piano e acordeon), Luque Barros (contrabaixo, violão 7 cordas e violão de aço) e Caio Lopes (bateria).
Quando a Noite Vem teve direção artística a cargo da consagrada atriz Patrícia Pillar, que também ajudou na escolha do repertório, composto por composições alheias de autores como Adoniran Barbosa, Vinícius de Moraes, Eden Ahbez e outros. O romantismo e seus vários ângulos e estados anímicos são um tema recorrente nas canções, entre elas Suave é a Noite, Bom Dia Tristeza e Seu Olhar Não Mente.
A icônica boneca Barbie acaba de gerar um filme com atores de carne e osso. Trata-se de Barbie The Movie, estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling. Como seria de se esperar, a atração também investe em uma trilha sonora com estrelas da música pop, e o primeiro single mostra muito poder de fogo. Trata-se de Dance The Night, interpretada por ninguém menos do que Dua Lipa.
Tendo a produção geral a cargo do premiadíssimo Mark Ronson, Dance The Night mostra a cantora e compositora britânica mais uma vez à vontade em uma área que domina com muita categoria, a dance music eletrônica com forte influência da disco music dos anos 1970. O resultado é matador, e não é precisa ser profeta para se prever um estouro mundial.
Além de Dua Lipa, também marcam presença na trilha, cujo título oficial é Barbie The Album, nomes do primeiro time do pop atual, entre os quais Tame Impala, Nick Minaj e Ava Max, só para citar três exemplos.
Quando chegou à cidade de San Jose, na Califórnia, em 1968, Tom Johnston tinha como projeto desenvolver uma carreira como cantor, compositor e guitarrista de rock. Cinco anos depois, ele podia se considerar um vencedor. Após lançar dois álbuns, sua banda, The Doobie Brothers, despontava como uma das mais bem-sucedidas formações do rock americano naquela época (leia mais sobre eles aqui).
Naquele 1973, o novo desafio dos Doobies era manter a onda de sucesso gerada pelo icônico single Listen To The Music e pelo álbum Toulouse Street (1972). Isso, em meio a inúmeros shows e apresentações em TVs e rádios. Diante de tal cenário, Johnston e seu principal colega de banda, o também cantor, compositor e guitarrista Patrick Simmons, tiveram de mostrar muito jogo de cintura para conseguir material à altura de tal missão.
Para felicidade geral de todos, o entrosamento da formação que estreou no LP anterior se mostrou excelente. Tiran Porter (baixo e vocais) deu imensa consistência musical à banda, assim como os dois ótimos bateristas/percussionistas Michael Hossack e John Hartman, seguindo uma tendência de dois bateras em uma mesma banda criada inicialmente pelos Allman Brothers e mesmo Santana.
Como armas secretas adicionais, a banda trouxe como músicos de apoio para este álbum o tecladista Bill Payne, integrante da cultuada banda Little Feat, e o guitarrista Jeff Skunk Baxter, então tocando com o Steely Dan. De quebra, contaram com a programação de sintetizadores de Malcolm Cecil e Robert Margouleff, os mesmos que trabalhavam na época com Stevie Wonder.
Com essa escalação e também com a produção de Ted Templeman, que estreou com tudo na profissão em Toulouse Street e acabaria se tornando um dos grandes do setor, o grupo soube solidificar suas marcas registradas: vocalizações personalizadas, diversificação rítmica e o perfeito encaixe entre os riffs e a guitarra rítmica de Johnston com o dedilhado delicado de Simmons no violão e guitarra.
Resultado: The Captain and Me, o 3º LP dos Doobies, levou a banda pela primeira vez ao top 10 americano entre os álbuns mais vendidos, atingindo a posição de nº 7. Trata-se do ponto mais alto dessa fase inicial do grupo, e até hoje é considerado por muitos como o seu melhor trabalho. Vale uma análise faixa a faixa deste disco antológico.
Os timbres originais de teclados gerados pela programação de Cecil e Margouleff aparecem com muito destaque nesta faixa, com os sintetizadores Arp tocados por Johnston e Simmons. Com um refrão matador e uma levada um pouco mais pop, esta canção traz uma das marcas dos Doobies, que são letras positivas e pra cima, com versos do tipo “todos buscam ser amados, é a coisa natural”. Bela abertura de álbum!
Precisando de material urgente para o disco, Johnston resgatou um rascunho de música que ele havia apelidado de Osborn. Ouvindo sugestões de Ted Templeman, ele criou uma letra fazendo uma espécie de metáfora da vida como uma “longa viagem de trem”, com o refrão perguntado “sem amor, onde estaríamos agora?”. De quebra, foi criado um clima de rock latino, com ênfase em percussão e guitarra rítmica. Resultado final: um dos maiores hits da banda, que atingiu o nº8 nos EUA no formato single.
Mostrando mais uma vez seu grande talento em escrever rocks energéticos e diretos, Tom Johnston aumenta o peso na sua guitarra, com um efeito saturado inconfundível. De quebra, aproveita o enorme talento de Bill Payne para uma presença de destaque do piano, aliado a mais um daqueles refrões contagiantes. Resultado: outro single de sucesso, que chegou ao 15º lugar na parada ianque e entrou pra sempre no set list dos shows da banda.
Dark Eyed Cajun Woman (Tom Johnston) (ouça aqui)
Como forma de diversificar um pouco o clima sonoro, Johnston desta vez investe no blues homenageando B.B.King (especialmente o seu marcante hit The Thrill Is Gone). A roupagem ficou linda graças ao inspirado arranjo de cordas assinado por Nick De Caro, que trabalhou com James Taylor, Arlo Guthrie e Fleetwood Mac, entre outros.
Clear As The Driven Snow (Patrick Simmons) (ouça aqui)
Em sua primeira composição neste álbum, Patrick Simmons assume o vocal principal e fala, na letra, sobre o perigo do consumo de drogas, especialmente a cocaína. A canção começa com um clima folk, e depois investe em variações rítmicas energéticas que abrem espaço para solos e demonstram a extrema qualidade dos músicos desta grande banda. Esta faixa encerra de forma marcante o lado A do vinil.
Creditada aos cinco integrantes do grupo naquela época, trata-se de um rockão pesado que faz uma homenagem ao The Who, e é outro momento daqueles em que a banda se permite improvisar de forma sólida e criativa. Bill Payne se incumbe do órgão e o produtor Ted Templeman também participa nos vocais de apoio. Os solos são simplesmente maravilhosos, de uma simplicidade e contundência exemplares.
South City Midnight Lady (Patrick Simmons) (ouça aqui)
Depois da virulência da faixa anterior, Patrick Simmons nos oferece essa linda canção folk-rock romântica, com direito a outro arranjo inspirado de cordas de Nick Caro e o piano de Bill Payne, além dos sintetizadores arp dando um tempero. Outro ponto arrepiante é a slide guitar a cargo de Jeff Skunk Baxter, que no ano seguinte seria oficializado como integrante dos Doobies, onde ficaria até o início de 1979.
Patrick Simmons mostra que também sabe escrever rocks pesados, embora o vocal principal aqui traga Tom Johnston como protagonista. Temos não creditados vocais femininos no refrão, bem adequados se levarmos em conta que a letra fala sobre uma mulher muito, muito má mesmo!
Busted Down Around O’Connelly Corners (James Earl Luft) (ouça aqui)
A única faixa não escrita por um dos integrantes da banda é na verdade um curto e delicado (além de lindo) tema de violão acústico executado com maestria por Patrick Simmons e seus dedilhados inspirados.
Com uma levada shuffle, a mesma usada pelo grupo brasileiro Capital Inicial em seu hit Música Urbana, de 1986 (ouça aqui), esta canção balançada traz lindos solos de Tom Johnston e inspiradas passagens de piano de Bill Payne.
Um álbum tão bom não poderia ser encerrado de qualquer jeito, e a faixa-título se incumbe da tarefa com perfeição, trazendo um início folk e uma progressão que a impulsiona rumo a uma pegada percussiva final de tirar o fôlego. Outra performance magistral de Johnston e também dos vocais de apoio, uma das marcas registradas do som dos Doobies.
Toulouse Street e The Captain And Me marcaram tanto a trajetória dos Doobies que foram executados na íntegra no icônico Beacon Theatre, em Nova York, em 15 e 16 de novembro de 2018, performances que geraram em 2019 o álbum/DVD Live From The Beacon Theatre (leia a resenha aqui).
The Captain and Me– The Doobie Brothers (ouça o álbum em streaming):
Existe um olimpo destinado às grandes divas da música, e poucas são as suas integrantes. Tina Turner certamente é uma delas. E, infelizmente, ela nos deixou em termos presenciais nesta quarta-feira (24) aos 83 anos, vítima de uma longa doença não detalhada por seus entes queridos. E nem importa mesmo saber. O duro é perder mais alguém desse porte, tão pouco tempo depois de Rita Lee. Ao completar 80 anos, fiz o texto abaixo em sua homenagem. Fica como meu tributo neste momento para alguém que quebrou cada barreira mesmo!
É infalível. Toda vez que ouço a bela introdução da música What’s Love Got To Do With It as lágrimas começam a brotar dos meus olhos. Tem a ver com a emotividade que herdei da minha saudosa mãe, mas também pode ser explicado pelo significado dessa incrível canção escrita por Terry Britten e Graham Lyle. Ela marca o momento em que Tina Turner, em 1984, atingiu o primeiro lugar na parada americana de singles e sacramentou uma das mais espetaculares voltas por cima da história da música.
Aos 45 anos de idade na época, essa verdadeira guerreira superava quase dez anos de uma luta intensa para recuperar sua relevância no cenário da música, após sair literalmente sem nada de um turbulento casamento musical e pessoal com o talentoso, mas detestável e truculento Ike Turner, com quem conviveu por quase duas décadas. O que essa mulher sofreu nas mãos desse sujeitinho ultrapassa os limites do humanamente suportável.
Mas Anna Mae Bullock, que nasceu em 26 de novembro de 1939, não só suportou como teve a coragem de dar um basta naquela situação. Além do lado pessoal, também tinha a ditadura musical, que o marido barra pesada lhe impunha. Tudo bem, ele foi muito importante para que aquela jovem e ingênua garota de Nutbush, Tennessee, conseguisse aparecer com sucesso no cenário da música, no finalzinho dos anos 1950.
Com shows eletrizantes e gravações valorizadas por sua voz potente, Ike & Tina Turner se tornaram uma das atrações mais empolgantes do circuito da soul music nos anos 1960. No entanto, a partir da segunda metade dos anos 1960, o formato de seus shows e gravações foi ficando mais padronizado, e só mesmo a incrível energia da cantora conseguia atrair o público.
Percebendo esse potencial imenso e mal utilizado, o genial produtor Phil Spector propôs trabalhar com Tina em um trabalho-solo, que Ike autorizou sem muita convicção. O resultado foi a incrível River Deep Mountain High (1966), uma das grandes gravações protagonizadas por ela. A repercussão abaixo do esperado no mercado americano deu uma arrefecida nessa promissora carreira-solo.
Até 1976, Ike & Tina Turner tiveram bons momentos em termos de shows e discos, mas não é de se estranhar que o maior sucesso desse período tenha sido uma impressionante releitura de Proud Mary, do Creedence Clearwater Revival. Tina queria ter a liberdade de cantar o que quisesse. E essa liberdade veio quando a violência de Ike tomou proporções tamanhas que só restou à artista sair fora, com a roupa do corpo e não muito mais.
Demorou um pouco para conseguir um rumo, mas contou com a ajuda de amigos famosos como os Rolling Stones e Rod Stewart, para quem abriu shows. A entrada em sua vida do empresário Roger Davies, no início de 1980, marcou o momento em que as coisas começaram a se encaminhar de forma positiva. E, em 1984, enfim aquele projeto de megadiva do rock se concretizou. E veio com tudo, para tirar o atraso com juros e correção monetária sonora.
A partir de então, todos sabem o que aconteceu. Novos hits, como Private Dancer, Typical Male, Paradise Is Here e dezenas de outros, milhões de discos vendidos, shows em estádios pelos quatro cantos do mundo (Brasil inclusive, com direito a Pacaembu e Maracanã lotados, em 1988) e as pernas mais elogiadas da cena pop como uma espécie de bônus em meio a tanto talento artístico e musical.
Tina Turner virou um dos exemplos mais fortes do poder da mulher, e de como a violência doméstica em relações afetivas é um câncer que precisa ser combatido de forma veemente. Ela sofreu, mas sobreviveu, e colheu os mais belos frutos. Nada mais merecido. Viva essa maravilhosa Acid Queen! E que venham novas lágrimas ao ouvir What’s Love Got To Do With It. São lágrimas de felicidade e admiração!
Dentro do efervescente cenário do rock paulistano dos anos 1980, o Agentss conseguiu deixar a sua marca, mesmo se mantendo ativo apenas entre 1981 e 1983. Nesse período, o grupo integrado por Kodiak Bachine (vocal, teclados e synths), Miguel Barella (guitarra) e Eduardo Amarante (guitarra) lançou dois compactos simples bastante elogiados, mas com pouca repercussão comercial. Um ótimo trabalho que está sendo resgatado pela Nada Nada Discos (saiba mais aqui).
O lançamento oferece ao público dois álbuns de vinil contendo as quatro faixas dos compactos lançados em 1981 e 1983- Agentss, Angra, Professor Industrial e Cidade Digital– e mais 11 registradas no mesmo período, entre gravações feitas ao vivo e em estúdio. A caixa-box também inclui três pôsteres e um livreto de 64 páginas com fotos e depoimentos dos integrantes da banda, amigos e quem conheceu na época o trabalho deles.
Miguel Barella explica como foi a restauração do material:
“O 1º passo foi digitalizar as fitas. Tinha rolo de 1/4” e cassetes. Nesse processo o medo é que a fita rompa ou descasque. Felizmente estavam em boas condições. Uma vez digitalizado, escutamos tudo várias vezes e escolhemos o que entraria nos LPs, respeitando a limitação de tempo. Com as músicas e a ordem das mesmas escolhidas, a masterização ficou a cargo do Homero Lotito da Reference Mastering Studio”.
Dois dos integrantes do Agentss também tiveram destaque em outras bandas. Barella marcou presença no Voluntários da Pátria, enquanto Amarante marcou presença na segunda e mais bem-sucedida em termos comerciais formação da banda Zero, do hit Agora Eu Sei.
A box set dos Agentss terá o seu lançamento oficial em São Paulo realizado neste sábado (27) das 18 às 24h na Portal (rua Fidalga, nº 642- Vila Madalena), com entrada franca.
Nos últimos anos, o Maroon 5 tem investido forte em um som pop com tempero eletrônico e dançante. Desta vez, no entanto, a banda certamente irá surpreender seus milhões de fãs mundo afora ao nos oferecer um single totalmente fora desse contorno. Trata-se de Middle Ground, linda balada folk com direito a um coral gospel e uma letra repleta de poesia e conexão com os dias atuais.
A interpretação do cantor Adam Levine é uma das mais emocionais de seus mais de 20 anos de estrada, e tem tudo para cativar muita gente fora do universo habitual do grupo. A canção terá em breve um clipe completo, e será apresentada na fase final do programa de TV americano The Voice.
Em meio a uma temporada de shows em Las Vegas, que já teve oito apresentações e prosseguirá em julho no Park MGM dentro do projeto Dolby Live!, o grupo provavelmente prepara um novo álbum, mas nada em torno disso foi revelado até agora. Enquanto isso, é curtir essa linda canção.
Desde a sua separação, em 1987, o retorno dos Smiths sempre foi um grande sonho de seus inúmeros fãs pelo mundo afora. Algo que parecia muito improvável, devido ao total distanciamento ocorrido entre o vocalista Morrissey e o guitarrista Johnny Marr. Infelizmente, esse desejo se torna agora impossível, ao menos com a formação clássica da banda, pois o baixista Andy Rourke nos deixou nesta sexta (19) aos 59 anos, vítima de um câncer no pâncreas. A notícia foi divulgada nas redes sociais de Marr.
Rourke e Marr se conheceram ainda moleques, e tiveram algumas experiências com música anteriores, até que o guitarrista convidou o velho amigo para integrar seu mais consistente projeto, The Smiths, ao lado do vocalista e letrista Morrissey e do baterista Mike Joyce. De 1982 a 1987, o grupo se firmou como uma das bandas mais criativas e influentes do rock.
Com uma sonoridade que mesclava o rock dos anos 1950 e 1960 com elementos oitentistas, os Smiths marcaram época com letras irreverentes e poéticas e um som conciso e melódico no qual o baixo de Rourke tinha presença marcante, especialmente em músicas como How Soon Is Now e This Charming Man, só para citar duas dessas faixas incríveis.
Com a separação dos Smiths, gerada pela total incompatibilidade entre Morrissey e Marr após aqueles cinco anos intensos, Rourke se virou bem. Em 1989 e 1990, participou de alguns singles da carreira solo do ex-cantor dos Smiths, entre os quais Interesting Drugs e Last Of The Famous International Playboys, marcando presença até em clipes dele.
Em 1990, ele tocou em algumas faixas do álbum I Do Not Want What I Haven’t Got, que elevou Sinéad O’Connor ao estrelato, especialmente por causa da canção Nothing Compares 2 U (escrito por Prince).
Pouco depois, Andy Rourke trabalhou com os Pretenders (participou do álbum Last of The Independents, de 1994), Killing Joke, Ian Brown (vocalista do grupo Stone Roses) e o guitarrista Aziz Ibrahim.
Andy também integrou dois grupos montados por músicos famosos por seus trabalhos anteriores. Um foi o Freebass em 2007, com Mani (baixista dos Stone Roses) e Peter Hook (ex-baixista do New Order). O outro surgiu com o nome D.A.R.K., tendo a participação da saudosa cantora dos Cranberries, Dolores O’Riordan. Ambos os projetos geraram singles e álbuns.
Além de músico, Rourke também atuou intensamente como DJ, e veio ao Brasil em várias ocasiões, na primeira e também na segunda década deste século, para discotecar por aqui.
Após ter batalhado com o Oasis pelo posto de principal banda do britpop britânico nos anos 1990, o Blur se notabilizou por longos sumiços. Até o momento, o grupo do vocalista Damon Albarn lançou no século 21 apenas dois álbuns de estúdio, Think Tank (2003) e The Magic Whip (2015). Para alegria de seus inúmeros fãs, eles acabam de divulgar a data em que The Ballad Of Darren, o 9º disco de estúdio da banda, sairá.
O álbum, cuja capa ilustra este post, sairá em 21 de julho e terá 10 faixas, sendo que uma delas já está nas plataformas digitais. E trata-se de uma amostra bem promissora. The Narcissist é um pop rock melódico e delicioso, com direito a guitarras envolventes, vocais de apoio muito bem concatenados e um espírito de anos 1960.
O Blur também fará shows neste ano para divulgar The Ballad Of Darren. O álbum foi gravado em Londres e Devon, com a produção a cargo de James Ford, produtor também conhecido por integrar as bandas Simian Mobile Disco e Last Shadow Puppets. O lançamento será pelo selo Parlophone, que atualmente é distribuído pela Warner Music.
Tem single novo de Kylie Minogue disponível. Trata-se de Padam Padam, faixa pop dançante e eletrônica que é a primeira a ser divulgada de Tension, álbum que a cantora e compositora australiana lançará pela gravadora BMG em 22 de setembro nas plataformas digitais e em vários formatos físicos. O clipe mostra traz a cor vermelha como grande marca, no cenário e especialmente nos trajes da estrela.
Em press release enviado à imprensa, Kylie explica o espírito em torno deste trabalho, que trará 11 faixas inéditas:
“Comecei este álbum com a mente aberta e uma página em branco. Não teve um tema, como meus últimos dois álbuns; segui meu coração, encontrei a diversão e toda fantasia do processo criativo da música. Eu quis celebrar cada música individualmente e mergulhar nessa liberdade. Eu diria que é uma mistura de reflexões minhas, algo meio ‘club’ e uma pegada melancólica.”
No dia 16 de junho, Yusuf/Cat Stevens lançará o álbum King of a Land. Como forma de atiçar os ouvidos dos fãs, ele nos oferece mais uma faixa previamente. E não poderia ter escolhido melhor. All Nights, All Days é um pop-rock simplesmente delicioso e contagiante, daqueles que você acaba ouvindo muitas vezes seguidas, e por várias razões possíveis.
Pra começo de conversa, temos um ritmo irresistível, melodia linda e um riff de guitarra marcante, além de pequenas passagens agudas a la George Harrison. A voz de Stevens, que fará 75 anos no próximo dia 21 de julho, continua envolvente, no mesmo nível da sua fase de sucesso dos anos 1970. E a letra é incisiva, sugerindo que os políticos mentirosos deveriam ser presos no zoológico de Londres…
Para ilustrar All Nights, All Days, foi criado um clipe dirigido por Nick Cinelli e produzido pelo Studio Linguine com uma animação sensacional que traz como destaque homenagem a personagens do filme cult Ensina-me a Viver (1971), cuja trilha foi feita pelo próprio artista. E a música tem apenas 2m25 de duração. O máximo de qualidade em um tempo reduzido!
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