jamie_cullum.jpgEsse cantor, compositor e musico inglês ganhou um público fiel nos quatro cantos do mundo graças à sua peculiar fusão de jazz, pop, funk e o que mais pintar. Seus discos são bem simpáticos, mas o cara mostra do que é capaz, mesmo, é ao vivo. O público presente na Via Funchal na noite desta terça saiu chapada com o moleque de vinte e poucos anos, que tocou, cantou, pulou, batucou e cativou a todos. Show para não ser esquecido tão cedo, e que mostra ter o rapaz potencial muito grande, ainda não bem explorado em disco.

Mister Cullum já foi apelidado de “Sinatra de Tênis”, “Beckham do Jazz” e coisas do gênero, e seu visual descolado e desencanado torna esse tipo de comparação inevitável. Com ótima bagagem técnica, ele arrebenta tanto ao tocar piano como cantando, e sua abordagem do jazz é totalmente roqueira, um cruzamento improvável de Harry Connick Jr. com Mick Jagger. Além de interpretar seus próprios sucessos, como London Skies (que fez para a namorada brasileira, Izabela) ele deu vazão a releituras personalizadas e muito boas de clássicos alheios como I Get a Kick Out Of You (hit do Sinatra), Rocket Man (clássico de Elton John),Singing In The Rain e High And Dry (do Radiohead).

Não satisfeito em tocar piano, ele batucou e cantou só no gogó trechos de Dont’cha, hit pop do grupo feminino britânico Pussycat Dolls. De quebra, teve a participação especial de Maria Rita em duas músicas, para delírio de muitos e irritação de alguns. Sua banda de apoio é das melhores, e os solos não deixaram margem a dúvidas de que são músicos com pedigree. Em uma noite congelante em Sampa City, um show dos mais quentes e estimulantes.