Ninguém cantou mais o bairro de Copacabana do que o jornalista, autor teatral e compositor Fausto Fawcett. Gravou três álbuns, escreveu alguns livros, e permanece no underground embora seja venerado por artistas como Samuel Rosa, Herbert Vianna, Lobão, entre outros.
Seu primeiro álbum, Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros, chegou ao mainstream graças ao hit Kátia Flávia, que contava a história de uma loira que, montada num cavalo branco, andava pelas noites cariocas. A canção, um dos primeiros raps nacionais a atingir o topo das paradas, é um das composições mais simples de Fausto que costumava parafrasear grandes nomes da música pop em suas músicas.
O fato é que o grande público dificilmente conseguiria digerir o grande número de citações, referências, alusões, personagens do submundo que fazem parte das canções (ou contos) de Fausto Fawcett. Seu segundo álbum, a fantástica ópera-pornô-futurista O Império dos sentidos, não obteve o mesmo sucesso comercial, mas é igualmente imperdível com canções como a fantástica Silvia Pfiffer (confira a letra),que mostram uma Copacabana futurista à la Blade Runner.
Quem o vê tomando um chopp no Cervantes pode chamá-lo de louco, quem o viu no palco de Básico Instinto, cercado de loiras esculturais, chamou-o de imoral. Nada disso, ou tudo isso ao mesmo tempo, isso é Fausto Fawcett, sempre à frente de seu tempo, para sempre mal compreendido.
April 16, 2009 at 8:38 am
oi!
esse é um dos pouquíssimos post que encontrei sobre o fausto fawcett. curto ele demais. gostei do seu texto.
também compartilho da mesma questão: um cara incompreendido. não entendo porque ele sumiu de cena.
se estiver a fim, dá uma olhada no blog, também fiz meu desabafo, rs.
abraços,
ana elisa
April 16, 2009 at 11:07 pm
Muito obrigado pelo elogio, Ana Elisa, e vou conferir, sim, pode ter certeza. Volte sempre, viu? E viva o Fausto Fawcett!!!!