A trajetória de David Bowie durante a década de 70 pode ser considerada uma das mais originais, ousadas, diversificadas e consistentes de todos os tempos. Nesse curto período, o cantor, compositor e músico britânico enveredou pelas baladas pontuadas por piano, glitter/glam, hard rock, soul, funk, música experimental, disco, world music (quando esse termo nem mesmo existia) etc
Em 1976, após ter mergulhado de cabeça em drogas pesadas, o astro mudou-se para Berlim, na Alemanha. Aquele cenário urbano, inóspito, claustrofóbico, solitário, gerou dois discos complementares (lançados no mesmo ano) que sempre entram na relação dos melhores de todos os tempos. Reza a lenda que Bowie pretendia gravar dois LPs, um instrumental e o outro com vocais, mas que acabou resolvendo misturar os dois modos, em atitude que deu aos discos uma identidade forte e peculiar.
Os rocks tem pegada funk, levadas tensas, timbres ardidos e vocais direcionados para as regiões mais graves, diferenciando bastante do que ele fazia até a metade dos anos 70. Por sua vez, as instrumentais partem de uma inédita aposta em sonoridades lúgubres, reflexivas, intensas, com influências de música concreta, as alas mais experimentais do rock progressivo e a então emergente eletrônica do Kraftwerk. A acompanhá-lo, músicos do naipe de Carlos Alomar, Robert Fripp (do King Crimson) e Brian Eno, este último peça chave nessa fase da carreira do Camaleão do rock. Beauty And The Beast, Heroes e What In The World são grandes momentos roqueiros, enquanto no setor instrumental, Warszawa (inspirou o Joy Division), Sense Of Doubt (tensa, reflexiva) e Moss Garden (new age antes do tempo?) se sobressaem, entre as instrumentais. Sound And Vision pode ser considerada o momento mais pop e contagiante. A influência desses discos pode ser detectada até hoje no mundo do rock.
Heroes em 1977 em especial televisivo de Bing Crosby:
http://www.youtube.com/watch?v=ejJmZHRIzhY
Speed Of Life ao vivo 1978-Dallas:
http://www.youtube.com/watch?v=FptbFU6P8U0
February 2, 2008 at 8:47 pm
Digamos, que David Bowie, é um grande astro e pronto..suas musicas são sofriveis..eu por exemplo tenho tenho mais ou menos umas 65000 mil musicas no meu arsenal, e desse cara deve ter umas duas…e olha lá..
July 27, 2012 at 5:18 am
Ah claro Altinor! porque o resto das suas “65000 mil musicas”,devem ser tudo de pagode,sertanejo universitário,funk,axé,etc.
Francamente,viu?!
July 27, 2012 at 2:21 pm
Tô contigo nessa parada, Alisson. David Bowie é um dos grandes gênios da história do rock, e sua discografia é riquíssima em grandes momentos, indispensáveis para quem gosta de rock com erre maiúsculo. Se o Altinor não concorda conosco, azar dele…… Tudo de bom e obrigado por visitar Mondo Pop!