Na semana anterior, Cibelle se apresentou no Auditório Ibirapuera (SP) como atração de uma das noites do Tim Festival. Casa cheia. Em procedimento incomum, os empresários do evento liberaram a cantora, compositora e guitarrista brasileira radicada em Londres para uma nova data no mesmo local, desta vez por si própria.

Dia 2 de novembro, feriado nacional. O auditório é grande (cabem umas mil pessoas). Choveu. Logo, bem arriscado. Mas não é que a moça lotou completamente o espaço, gerando filas, atraso no início (a chuva colaborou) e muitos vips? E ninguém saiu decepcionado.

No currículo, Cibelle tem dois CDs, sendo o mais recente The Shine Of Dried Electric Leaves (ST2, no Brasil), um dos melhores lançamentos envolvendo um artista pop nacional nos últimos tempos (leia crítica do disco em www.mondopop.net ). Sua mistura de folk, bossa nova, MPB em geral, rock, eletrônica e psicodelismo é única, aliada a uma voz deliciosa e a um trabalho instrumental impecável. Como essa fórmula se portaria ao vivo? No Brasil, ela contou com uma banda compacta e all star, composta por Pupilo (batera da Nação Zumbi), Bartolo (da Orquestra Imperial) e Apollo 9 (produtor do CD e um dos músicos mais talentosos da nova geração pop brazuca).

Juntos, abusaram do direito de investir em variações de andamentos, climas e dinâmica, indo do very cool ao very hot em questão de segundos. Canções como City People, Train Station e a ótima releitura de London London (Caetano Veloso) arrepiaram, assim como coreografias para algumas canções, com direito a balé. Cibelle, simpática e bem humorada, superou até pequenos problemas com os efeitos que usa na guitarra e vocais, e saiu ovacionada por todos. Tomara que volte mais vezes, pois a moça é excelente artista, além de linda e com ótima presença de palco.

Clipe de London London, participação de Devendra Banhart: http://www.youtube.com/watch?v=65N_1eSkKWg
Clipe de Green Grass:
http://www.youtube.com/watch?v=0yPMdWxSxUg