Por Fabian Chacur

Nos últimos tempos, o cenário do rock brasileiro tem tido, em seu mainstream, um predomínio de grupos de inspiração emocore, ou “emo”, como ficaram rotuladas bandas do naipe de NX Zero, Fresno, CPM-22 e outras. Para quem não simpatiza muito com essa corrente e busca algo diferente por aqui, uma boa sugestão pode ser os cariocas do Moptop.

Com cinco anos de estrada, lançaram na noite de quinta-feira, em pocket show para jornalistas e convidados na sede da gravadora Universal em São Paulo, seu segundo CD, Como Se Comportar. Em cena, o quarteto integrado por Gabriel Marques (voz, guitarra e violão), Rodrigo Curi (guitarra e violão), Daniel Campos (baixo) e Mário Mamede (bateria) esbanjou coesão instrumental, pique e entrosamento, o que certamente ganharam ao fazer mais de 190 shows nos últimos dois anos e abrir para bandas do porte de Oásis, The Bravery, Placebo e The Magic Numbers.

O som do Moptop tem influências de bandas como Strokes, Smiths, Pretenders, Hojerizah e Muzak, para citar só algumas, sendo que o bom vocal de Gabriel aproxima-se do tom e atitude de Marcelo Camelo (ex e futuro Los Hermanos). Sem firulas desnecessárias e com timbres instrumentais muito bem pesquisados e definidos, tem um repertório bem consistente para divulgar.

Do novo CD, podem ser destacadas as ágeis Aonde Quer Chegar?, Contramão, Bom Par, Desapego e Beijo de Filme. A apresentação visual do disco é belíssima, inspirada em foto da Segunda Guerra Mundial, aquela dos soldados americanos em Iwo Jima. Rock and roll melódico, energético, delicado e com apelo suficiente para atingir o grande público, embora com aura indie.

My Space do Moptop:

www.myspace.com/moptopyeahrock