Mondo Pop

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Dhani Harrison lança primeiro CD no dia 31 de março

Por Fabian Chacur

 

Nada mais previsível do que um filho seguir a carreira do pai. Ainda mais se esse “pai” era ninguém menos do que George Harrison, integrante da melhor banda de rock de todos os tempos e um guitarrista iluminado. No entanto, Dhani Harrison lutou contra isso o quanto pode, como explicou em entrevista ao site www.billboard.com . “Fiz tudo para não ser músico; entrei na faculdade, trabalhei como designer, fiz esportes…..mas acabei virando músico; está no meu DNA, imagino”. Enquanto lutava contra a vocação, o cantor, compositor e guitarrista nascido no dia primeiro de agosto de 1978 e filho único do ex-beatle participou de um CD dos Travelling Wilburys e do último disco de George, o ótimo Brainwashed (2002), que ele co-produziu ao lado do pai e de Jeff Lynne. Ele também teve presença marcante no Concert For George, homenagem ao autor de Something realizada no The Royal Albert Hall em Londres no dia 29 de novembro de 2002, com a participação de Eric Clapton, Paul McCartney, Ringo Starr, Tom Petty and The Heartbreakers e outros. Pois finalmente o agora trintão Dhani resolveu encarar de vez a carreira musical por sua própria conta. Ele criou, ao lado de Oli Hecks, o grupo de nome estranho thenewno2, cujo primeiro CD, You Are Here, está programado para sair no exterior no dia 31 de março. Algumas músicas já foram lançadas pela via digital, incluindo a ótima Choose What You’re Watching. “Quero ser uma entidade sem rosto, não quis me valer do meu nome para que a minha música seja ouvida, colocando o nome no grupo tipo Dhani And The Muppets ou algo assim; meu pai me dizia, seja músico, mas não fique famoso, porque você perde toda a sua liberdade”, explicou. O novo Harrison no mundo musical também anunciou para 9 de setembro o lançamento de The Beatles: Rock Band, game interativo envolvendo músicas dos Beatles, incluindo gravações inéditas e nunca ouvidas anteriormente, segundo ele. O projeto demorou dois anos para ser concretizado, e contou com total colaboração de Dhani, que ajudou a concebê-lo.

 

Confira o videoclipe de Choose What You’re Watching, do Thenewno2:

 

http://www.youtube.com/watch?v=F5huduB0Uf0&feature=related

13 Comments

  1. Alexandre Damiano

    March 13, 2009 at 1:19 pm

    Também não conhecia.
    Vou conferir o video agora mesmo!
    E detelhe…impressionante como ele se parece com o pai.

    e excelente a frase do George sobre ser musico e famoso.
    é para pensar mesmo.

    abs
    Alexandre

  2. Ele é a cara do pai!
    Que semelhança absurda.
    Vou conferir o trabalho dele.Fiquei curiosa!

    “Quero ser uma entidade sem rosto, não quis me valer do meu nome para que a minha música seja ouvida…”

    O Dweezil Zappa veio com o mesmo papinho uns aninhos atrás….mas quando ele pega a guitarra já se percebe que ele é o filho do homem.(mesmo porque o nariz já entrega…).
    Definitivamente, talento é genético.

    Aliás, o Dhani Harrison nem precisa ter dito que trabalhou como designer….parece que tá escrito na testa dele.
    Ainda contribuiu no game interativo?hum…..adoro trabalhos de 3D mesmo não tendo o mínimo talento para animação, vou querer ver também.

    Off topic:gente, quando ele colocar a barba estilo Let it be o que vai ter de menininha berrando em show e chorando litros não vai ser brincadeira….rsrsrs

    Saudações, Chacur!

  3. Vale conferir, pois a música e o videoclipe que postei são muito legais, e eu tenho o DVD e CD gravado ao vivo do tributo ao George Harrison, e a participação do moleque é ótima, assim como no CD Brainwashed. Realmente, no caso dele, o talento deve estar no DNA, mesmo…rsrsrsrs Brigadão pela visita e tuuuudo de bom para os dois!!!!!

  4. vladimir rizzetto

    March 13, 2009 at 5:56 pm

    Meu, que coincidência… Adivinhem o que eu estava ouvindo quando acessei o Mondo Pop??? All Things Must Pass, exatamente na música I Dig Love!!!
    O Alexandre e a Carla já disseram, e eu só vou fazer eco: ele parece um clone do George Harrison!
    Vou entrar no link e conferir o trabalho do “beatle genético”.
    Fabian, achei o Brainwashed um tanto “down”, e você?
    Tem uma outra frase igualmente ótimo do George Harrison, mais ou menos assim: “Quando estava nos Beatles me sentia como se estivesse constipado”. All Things Must Pass, foi a cura da prisão de ventre, e que cura!
    Abraço à todos

  5. vladimir rizzetto

    March 13, 2009 at 5:57 pm

    Desculpem…
    “… igualmente ÓTIMA…”

  6. All Things Must Pass é um disco maravilhoso, prova de que George estava com muito material bom “represado”, pelo fato de tocar em uma banda que tinha dois gênios do porte de Lennon e McCartney. Acho o Brainwashed um disco até leve, no qual Harrison parece lidar bem com a morte que ele sabia estar próxima. Preste bem atenção nas letras, nas levadas tranquilas das músicas, ou mesmo na frase da minha faixa favorita no CD, Any Road, “se você não souber para onde está indo, qualquer estrada o levará até lá”. Down, esse sim, é o Extra Texture (1975), no qual ele põe para fora o fato de ter perdido Patty Boyd para o amigo Eric Clapton. Ouça a releitura de Bye Bye Love, dos Everly Brothers, e sinta o que é uma faixa down…rsrsrsrsrss Grande abraço, e muito obrigado pela visita e pelos comentários altamente qualificados.

  7. vladimir rizzetto

    March 14, 2009 at 10:56 am

    Fabian, sobre o Extra Texture você está totalmente certo! Peguei meu cd agora e bati o olho nas letras e o tom de tristeza e desabafo domina quase o álbum todo: Ooh baby( you know that I love you), You, Can´t stop thinking about you, Grey Cloudy Lies e etc. Quem será que é a “You”, tão homenageada? Hehehe… Baixo astral total.
    E depois de mais uma aulinha gratuita, você não quer que eu te chame de “baluarte”…
    Ainda sobre o Extra Texture, eu entendo que se comparado com os outros álbuns do George, daquela época, fica devendo. Living in the Material World, Dark Horse e, All thing… são muito superiores, você não acha?
    Quanto ao Brainwashed, eu só o tenho nos “marditos” mp3, e confesso que não ouvi muito e além do mais, a audição não é tão prazerosa como a de um stereo com duas caixonas acústicas, não é verdade? Mas, vou ouví-lo novamente e prestar bem atenção às letras, ainda que meu inglês não seja lá essas coisas.
    Ah, vi o clip da banda do Dhani Harrison e gostei, e além dele ser o clone do pai, até a voz é bem parecida! Incrível!
    Abraço

  8. Meu caro, Living In The Material World é um dos meus discos favoritos do George, até pela ligação afetiva, pois era um moleque de 12 anos quando o comprei. Também curto o Dark Horse, especialmente a faixa título. No meio desses, e também do excepcional 33 1/3, o Extra Texture é bem inferior, mesmo, embora a música You seja bem legal. Dê uma atenção maior ao Brainwashed. Se não é tão bom como os discos que a gente já citou nesse bate-bola musical, não fica tão atrás, não. Grande abraço, e obrigado pela visita!!!!!

  9. vladimir rizzetto

    March 14, 2009 at 8:32 pm

    É interessante como essas coisas marcam a gente. Lembro-me exatamente quando comprei o Tatoo You (Stones) e o Dynasty (Kiss), foi em 1983 e eu tinha 13 anos!
    O Living in the Material World é uma obra-prima, todas as músicas são clássicas, é muito difícil destacar alguma, mas, vá lá: Give me Love, The Light has lighted the World, That’s All, Be Here Now, etc.
    Tanto a parte musical como as letras nos passam uma sensação de leveza e paz, é bem como você disse, George Harrison era um cara iluminado, impossível não se emocionar ouvindo Be Here Now, por exemplo, que letra bonita e simples. É o máximo dos máximos!!!!!
    O Thirty Three 1/3 é outro discaço, não tão genial como o Living…, mas é coisa fina! Como não se emocionar ouvindo Beautiful Girl e Learning How to Love You? E Crackerbox Palace, lembra do clip? Quando o vi no saudoso Som Pop, da Cultura quase pirei!
    Sabe outra música que eu acho o “supra-sumo dos máximos” (desculpe pelos exageros)? Blow Away do álbum homônimo.
    “…All I got to do is to love you
    All I got to be is, be happy…
    Quanta simplicidade, quanta autenticidade e quanta genialidade, só um ogro não se emocionaria.
    George Harrison é o cara!
    E dá-lhe verdão, que cacetada no Barueri!
    Grande abraço Fabian e amigos do Mondo Pop!

  10. Alexandre Damiano

    March 15, 2009 at 11:13 am

    Vladimir,
    Dynasty ( sou suspeito) é um bom disco. Infelizmente recebeu pouca atenção da crítica.

    Sobre Bye Bye Love…com o George vou ouvir, pois a versão do Simon and Garfunkel é muito boa…muito up !

    abs
    Alexandre Damiano

  11. O grande barato da música é esse, Vladimir, nos levar de volta a lugares e épocas específicas, além de nos emocionar. Grandes recordações, heim? E meu caro Alexandre, prepare-se, pois a versão de Bye Bye Love do George Harrison é diametralmente oposta às dos Everly Brothers e do Simon & Garfunkel. Beeeeem down!!!! Grande abraço aos dois, e obrigado pela visita!!!!

  12. silvio pomanti

    June 16, 2009 at 10:58 am

    Considero All Things Must Pass o melhor trabalho de um beatle, na fase solo. Além de melodias belíssimas, como Beware Of Darkness, Run of Mill, etc etc, há canções inovadoras, de um ótimo astral como a consagrada My Sweet Lord e Awayting On Your All, e rocks antológicos como Wah Wah e What’s Life. Parcerias excepcionais como Bob Dylan e músicos de primeiríssima linha. Para mim é definitivamente o melhor trabalhos solo de um beatle, mesmo comparando-se a obras como Imagine de John Lennon e Band On The Run de Paul Mc Cartney.

  13. Silvio, All Things Must Pass é certamente um dos melhores álbuns da história do rock. Todas as canções citadas por você são ótimas, e as outras também são bem legais. Só o disco bônus (no formato em vinil) tem algumas coisas não tão legais, mas acho que a ideia era essa, mesmo. Prefiro o Band On The Run, do Paul, mas é uma questão de preferência que não invalida a qualidade ímpar do disco do George. Grande abraço e muito obrigado pela visita, Silvio, volte sempre que puder/quiser!!!!

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