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Considerações aleatórias sobre Woodstock

woodstock 25 anos Por Fabian Chacur

 Há exatos 40 anos, começava o maior festival de rock de todos os tempos. Quando digo o maior, é em todos os aspectos. Você até encontra um ou outro evento com mais de 400 mil pessoas de público. Mas será que com tudo o que cercou Woodstock? Esse nome se transformou em um marco de um montão de coisas. O auge do movimento hippie, da filosofia sexo, drogas e rock and roll. A confirmação de que, sim, o rock tinha vindo para ficar. O início da era dos megafestivais, dos megaeventos de rock, do rock se transformando de uma vez por todas em uma indústria milionária. O final da era da inocência, que o violento Altamont (festival promovido pelos Rolling Stones ainda em 1969) iria confirmar com veemência.

Na verdade, Woodstock só se tornou o ícone de uma era de forma definitiva graças ao filme homônimo, que em 1970 levou os registros dos três dias de paz e música aos quatro cantos do mundo, para que todos os conhecessem. A participação no festival foi fundamental para as carreiras de alguns artistas. Sempre que o filme me vem à mente, penso em Joe Cocker cantando à sua moda With a Little Help From My Friends, dos Beatles. No alucinante convite ao baile de Sly & The Family Stone com seu incendiário medley Dance To The Music/Music Lover/I Want To Take You Higher. Na performance de Crosby Stills & Nash, acústica e se valendo apenas de violões e vocais, na maravilhosa música Suite: Judy Blue Eyes. Ou ainda em Jimi Hendrix relendo de forma sublime e subversiva Star Spangled Banner, o hino americano. E que tal Santana, a banda, sacudindo a todos com sua endiabrada Soul Sacrifice? E teve muito mais gente boa na programação, como The Band, Joan Baez, The Who (espetacular em We’re Not Gonna Take It),Creedence Clearwater Revival, Janis Joplin, Mountain, o meu amado Jefferson Airplane….. Agora, que é bem melhor ver no filme do que se imaginar lá, não tenho dúvidas. Ou você adoraria ter se enlameado todo, passado fome e demorado horas e mais horas para chegar lá e/ou ir embora? Fala sério! E novos produtos continuam sendo lançados para faturar em cima do mito. Mas nenhum dos mais recentes supera as duas trilhas originais, o filme e a caixa de aniversário de 25 anos lançada em 1994 (foto), com quatro CDs, apresentação visual impecável e 21 faixas inéditas.

 Confira Sly & The Family Stone em Woodstock:

 http://www.youtube.com/watch?v=QBIA7hZE0l0

4 Comments

  1. Bom , sobre o festival em si , em linhas gerais é o que você colocou no texto . Talvez o Monterey tenha crédtio pra rivalizar em importância musical e por ter sido o pioneiro , mas por tudo que Woodstock representou , e que foi muito , mas muito além do que apenas a música em si , concordo que ele fica com a taça . Falando um pouco sobre o novo material colocado no mercado , foi lançada uma caixa comemorativa de cds que é a mais extensa já lançada , com uma penca de coisas inéditas , pelo menos de maneira oficial . Fora que existe uma outra de dvds que tem algumas versões de embalagens , entre elas uma muito especial com um material gráfico de babar , pra quem curte como eu , claro . Tem até uma cópia de uma edição especial da revista LIfe lançada na época , reproduções de ingressos idênticos aos originais , capas e mais capas representando roupas vestidas na época que envolvem a caixa desde a embalagem externa , entre outras coisas . Já pude pegar na mão em uma loja pra conferir , mas ainda não assisti . Como diria você , tremo só de pensar no nível do material inédito que ela contém .

  2. A de DVDs me parece ser bem bacana. Quanto à de CDs, tem algumas coisas interessantes. Mas existe uma série muito picareta intitulada Woodstock Experience que é de doer, pois inclui também álbuns de carreira das bandas, algo totalmente desnecessário e que só encarece o produto. Se não me falha a memória, essa caixa a qual você se refere inclui esses CDs de estúdio, que são bons, não há dúvidas, mas que os fãs já tem em suas coleções. Enfim…… Grande abraço, e concordo contigo também em relação ao pioneirismo de Monterey.

  3. Fabian , eu até já vi esses que você citou e incluem um disco de estúdio , aliás , também gostaria de saber porque . Mas a que eu citei , é uma nova da Rhino com 6 cds , que contém “apenas” 38 músicas inéditas , e com uma série de bandas que eu nunca vi ou ouvi nenhum material em termos de Woodstock . Tem Canned Heat , Grateful Dead , Mountain , etc, etc , e mais faixas inéditas dos artitas que já entraram nos lançamentos anteriores .

  4. Haja dinheiro, meu caro Marcelo!!!!! Grande abraço e tuuuuudo de bom!!!!

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