Jeff Beck, um dos maiores guitarristas da história do rock e da música em geral, voltará ao Brasil em breve. O brilhante músico britânico tocará em São Paulo no dia 25 de novembro, na Via Funchal. Será a segunda passagem dele por aqui, e espero estar por lá para colocar essa fera em meu currículo de shows vistos.
Nascido em 24 de junho de 1944, Jeff Beck tornou-se conhecido inicialmente ao substituir Eric Clapton nos Yardbirds em 1965, tarefa que cumpriu com maestria. Ele acrescentou elementos psicodélicos à sonoridade blues e rhythm and blues da banda, em clássicos como The Train Kept-a Rollin’.
Em 1968, saiu para montar o Jeff Beck Group ao lado de Rod Stewart e Ronnie Wood. A banda lançou um dos melhores álbuns da história do rock, Truth (1968), um dos marcos iniciais do hard rock. Beck-Ola (1969) finalizou esse momento chave de sua carreira.
Nos anos 70, investiu em nova formação do Jeff Beck Group e também no Beck Bogert & Appice, power trio a la Cream montado com dois ex-integrantes do Vanilla Fudge.
Mas seu melhor momento naquela década foi como artista solo, lançando os irrepreensíveis Blow By Blow (1975) e Wired (1976), nos quais mergulhou com categoria no jazz fusion funkeado.
A partir dos anos 80, passou a não se preocupar mais com fronteiras musicais, gravando o que lhe desse na telha na hora que quisesse. Nessas, gravou funk, jazz fusion, pop, rockabilly, blues, hard rock etc. Um bom exemplo é a arrepiante releitura do clássico do rock instrumental Sleepwalk para a trilha do seminal filme La Bamba, em 1987.
Para quem deseja ter uma ideia da excepcional forma atual de Jeff Beck, recomendo o DVD Performing This Week Live At Ronnie Scott’s, gravado em Londres com participações especiais de Eric Clapton, Joss Stone e Imogen Heap e lançado em 2008 no Brasil pela ST2. Se a performance por aqui for nesse mesmo nível, teremos garantia de show histórico a vista.
September 2, 2010 at 7:32 pm
Salve, Fabian!
Truth é um disco fundamental. Seu peso, suas guitarras distorcidas e seu estilo bem peculiar de blues-rock influenciaram tudo que surgiria depois.
É claro que Truth não fez isso sozinho. Yardbirds, Cream, Led Zeppelin e Jimi Hendrix também criaram todas as regras para o que viria a ser o rock posteriormente.
Mas, Truth é digno de nota. Tudo ali é perfeito: os arranjos das músicas até a voz rouca, potente e cheia de sentimento do até então, desconhecido, Rod Stewart.
O crítico e produtor Ezequiel Neves certa vez definiu Truth com maestria: “cuidado ao colocá-lo na estante com os demais discos, ele ficarão envergonhados…”.
Beck-Ola também é bom demais, mas, inferior a Truth.
Da fase mais jazz, gosto exatamente dos discos que você citou. Blow by Blow e Wired. Discaços.
Eu tenho a opinião de que Jeff Beck sempre se adaptou bem a novas tendências. Vide o ótimo Guitar Shop, do fim dos anos de 1980 e seu mais recente trabalho, que conta com várias participações.
Olha, Fabian, gostaria muito de vê-lo tocar ao vivo. Quem sabe…
Grande abraço, baluarte e viva o Parmera!
September 4, 2010 at 2:13 am
Jeff Beck é realmente um grande nome da guitarra, Vladimir. E opinião do meu saudoso mestre Ezequiel Neves é sempre merecedora de crédito. Ele tem toda a razão! Grande abraço, e viva o Verdão, hoje e sempre!!!!