Por Fabian Chacur

O Superchunk ficou quase dez anos sem lançar um novo álbum, até que, em setembro de 2010, Majesty Shredding chegou às lojas.

O grupo está escalado para tocar na Virada Cultural Paulista, que será realizada em várias cidades do interior paulista nos dias 14 e 15 de maio.

Sorocaba será uma das cidades a ser visitada por eles.

O álbum acaba de sair no Brasil pelo selo Lab 344 e equivale a uma profissão de fé no velho e bom power pop, um dos gêneros mais legais e mais subestimados do rock and roll.

Para quem não sabe, power pop é aquele estilo com canções normalmente não ultrapassando 4 minutos de duração, com direito a refrãos pegajosos, riffs de guitarra certeiros, vocais caprichados e muita energia.

O gênero tem como patronos bandas como The Who (em sua fase inicial), Beatles, Badfinger, Big Star, Dwight Twilley Band, XTC e Weezer, só para citar alguns mais célebres.

O quarteto americano tem como integrantes Mac McCaughan (vocal e guitarra), Laura Ballance (baixo), James Wilbur (guitarra) e John Wurster (bateria).

Entre 1990 e 2001, lançaram por volta de oito álbuns e se firmaram no cenário independente do power pop.

Majesty Shredding é um daqueles álbuns para se ouvir da primeira à décima-primeira (e última) faixa com o mesmo prazer.

A coisa já começa a mil por hora, com as vibrantes Digging For Something (que tem um clipe simples, genial e muito divertido) e My Gap Feels Weird.

A pegada quase pop a la Beatles 1964 de Rosemarie, o pique punk pop de Crossed Wires, ecos psicodélicos em Fractures In Plaster

Poucos discos atuais podem oferecer tanto prazer como esse aqui.

Como diria o impagável Lobão, Majesty Shredding é repleto de “paudurescência”!

Veja o clipe de Digging For Something:

Veja e ouça Digging For Something acústica e ao vivo: