Por Fabian Chacur

Só pra constar: esse post era para ter sido escrito no dia 5 de abril, pois essa é a data correta do aniversário de Victoria Amorim Chacur.

Mas pergunta se eu consegui escrever isso isso nesta terça (5)? Não rolou.

Lembro bem que nos anos de 1991 e 1992, por causa dessas correrias da vida, absurdamente esqueci de ligar para a pessoa acima, que vocês já devem ter deduzido se tratar da minha amada e saudosa mãe.

Prá quê? Tive de ouvir durante muito tempo ela reclamando: “é, lembra de tudo e de todos, menos da mãe!”, “pra que lembrar da mãe, não é mesmo?” e coisas assim.

Nem mandar flores ou dar presentes legais nos anos posteriores adiantou muito.

Na verdade, ela fazia isso sem nenhum tipo de rancor, era só para tirar uma da minha cara, mesmo.

Dona Victoria era uma pessoa de um carisma absurdo. Em poucos minutos em um lugar, logo fazia amigos e esbanjava simpatia. Ah, se eu tivesse 10% desse espírito cativante…

Conheci muita coisa legal de música com ela, que era fã incondicional de música clássica, embora também curtisse música sertaneja, brasileira, pop e até alguma coisa de rock.

Uma pessoa que conseguia ouvir Beethoven, Chitãozinho & Xororó, Scorpions e Abba, pode?

Ela se foi em um triste 22 de junho de 1996. Do plano físico, pois do meu coração ela só sai quando eu também for dessa para sabe Deus onde.

Enquanto isso, fico aqui, morrendo de saudade e cultuando sua memória. Beijão no seu coração, Dona Victoria!

Ouça Still Loving You, com os Scorpions:

Ouça The Winner Takes It All, com o Abba: