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O dia desse tal de rock and roll é hoje. Só hoje?

Por Fabian Chacur

Tem dia pra tudo: pais, mães, crianças, carteiros, leiteiros, bombeiros, secretárias… Lógico que um deles, entre os 365 disponíveis, seria destinado ao rock and roll. E é hoje (quarta-feira), 13 de julho.

A justificativa da escolha, ao menos, é das mais nobres. Nessa mesma data, em 1985, foi realizado o megaconcerto Live Aid, que juntou grandes astros do gênero para ajudar os necessitados da África.

Estiveram nos dois shows, realizados no mesmo dia em Londres e na Filadélfia, nomes do porte de Paul McCartney, U2, Black Sabbath, David Bowie, Duran Duran e inúmeros outros.

Adaptando aquela velha máxima que sempre utilizamos para nossas amadas progenitoras, “dia das mães é na verdade todo dia”, o que também podemos falar em relação a esse tal de rock and roll.

De conotação sexual e usado para rotular uma variação estilizada do rhythm and blues que vivia o seu auge nos anos 50, o rock and roll surgiu como música essencialmente de apelo dançante.

A partir da chamada Invasão Britânica, com os Beatles estourando nos Estados Unidos em fevereiro de 1964 e abrindo as portas para seus conterrâneos, o gênero foi ganhando novos contornos.

Hoje, artistas e grupos tão diferentes entre si como David Bowie, Chuck Berry, Genesis, Duran Duran e Joy Division são rotulados como integrantes do universo rocker.

Isso mostra a essência desse gênero musical, a democracia e a capacidade de miscigenação, misturando-se a diversos outros estilos musicais sem perder sua essência, quando tal alquimia é feita da melhor forma.

Se há algo que me irrita é aquele papo furado de que “o rock morreu”.

Sem chance. Enquanto houver um garoto puto com a sua vida monótona, ou um disposto a ganhar todas as garotas, ou ainda aquele que sonha em ficar rico, e existir o talento musical na parada, nosso velho e bom rock and roll pulsará firme e forte.

O pulso ainda pulsa, como diriam os Titãs. Ou de forma mais direta: I know, it’s only rock and roll, but i liked, como diriam os Stones.

It’s Only Rock And Roll, com os Rolling Stones, Rio, 1995:

2 Comments

  1. vladimir rizzetto

    July 15, 2011 at 9:43 pm

    O Rock, juntamente com o cinema são as maiores manifestações artísticas do século 20. São imbatíveis na arte do imaginário.
    Emocionam, divertem, chocam, amendrontam, enfim, é impossível ficar inerte ao poder de sedução de ambos.
    E, agradeçamos a Robert Johnson e aos velhos bluseiros e colhedores de algodão do Sul dos Estados Unidos! Foram eles que começaram tudo isso! Thank you!
    Eles nos legaram este diamante em estado bruto e, coube, além dos pioneiros do rockabilly dos anos 1950, à geração dos anos 1960, a tarefa de lapidá-lo e desenvolver uma roupagem nova e mais, digamos, ‘comercial’.
    Beatles, Stones, Hendrix, Cream e Led Zeppelin, entre outros, exerceram fundamental importância com suas sonoridades vanguardistas e abriram espaços para tudo que se ouve atualmente.
    E o rock, acima de tudo é contraditório, bizarro e, sobretudo, contestador. Talvez por isso, alguns rockeiros insistem em nos provocar com o bordão “rock is dead”. Pete Tonwshed e Lenny Kravitz e mais alguns, já cometeram tal “sacrilégio”.
    Mas, eu acho que eles podem, afinal de contas, o espírito rebelde tem que prevalecer, senão, não é rock!
    Aliás, Neil Young profetizou que o rock nunca vai morrer e eu acredito no que ele disse!
    Grande abraço, baluarte!

  2. É, Vladimir, não há mesmo como não lembrar dos pioneiros do blues como alguns dos responsáveis pelo surgimento do nosso amado rock and roll, especialmente Robert Johnson, cujos incríveis licks, criados nos anos 30, ainda hoje são reproduzidos e imitados por Deus e o mundo. E que o rock não vai morrer, é fato. Não mesmo! Grande abraço e obrigado pela visita sempre qualificada!

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