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Mondopop homenageia: Paul Simon setentão!

Por Fabian Chacur

Nesta quinta-feira, 13 de outubro de 2011, um dos grandes gênios da história da música pop completa 70 anos. Trata-se de Paul Simon. Felizmente, o astro americano atinge sete décadas de vida em plena forma, vide seu mais recente álbum, o sensacional So Beautiful Or So What, lançado este ano pela Universal Music e resenhado por Mondo Pop.

Paul Simon iniciou sua carreira moleque, ainda nos anos 50, e já como parceiro do amigo Art Garfunkel. Eles gravaram como Tom & Jerry, e nos anos 60, voltaram à tona como Simon & Garfunkel, oferecendo-nos suas belíssimas canções folk-rock-country.

A dupla teve seu fim anunciado em 1970, após o lançamento do brilhante álbum Bridge Over Troubled Water, mas voltou a fazer shows em ocasiões especiais nas décadas de seguintes. Os amigos também participaram eventualmente dos discos uns dos outros.

Sua carreira individual o levou ainda mais fundo na fusão da música americana em todas as suas variáveis (country, rock, folk, soul, gospel, jazz etc) com os ritmos do resto do mundo, ele que pode ser considerado um dos pioneiros da world music do bem.

Não faltam momentos estelares nessa trajetória, entre os quais os sublimes Hearts And Bones (1983), Graceland (1986) e The Rhythm Of The Saints (1990). Tive a honra de ver o mestre ao vivo em 1992, no Ginásio do Ibirapuera. Que show maravilhoso!

A Sony Music relançou recentemente, em edições remasterizadas e incluindo faixas bônus, os quatro álbuns que iniciaram a carreira solo de Paul Simon.

Como homenagem a esse mestre, um de meus ídolos desde quando eu era criança, vou fazer uma rápida análise de cada um, tentando provar o óbvio, ou seja, que esse cara é um gênio.

PAUL SIMON (1972)

Logo na estreia de sua carreira solo, Paul Simon aperfeiçoa sua incrível capacidade de se valer de ritmos latinos e folclóricos e uni-los de forma impecável ao rock. A quase reggae Mother And Child Reunion, a bela e delicada Duncan e a sacudida Me And Julio Down By The Schoolyard (esta com participação do percussionista brasileiro Airto Moreira) são os destaques.

THERE GOES RHYMIN’ SIMON (1973)

A fantástica e energética Kodachrome (cujo single eu comprei quando tinha apenas 12 anos!), a nostálgica Take Me To The Mardi Grass e a deliciosamente contagiante Loves Me Like a Rock são pontos altos de um álbum repleto de melodias preciosas e ritmos envolventes. Prestem atenção em como Simon é exímio violonista, capaz de se acompanhar de forma simplesmente sublime.

LIVE RHYMIN’ (1974)

A união do violão personalizado e da voz doce e inconfundível de Paul Simon com o grupo latino Urubamba e os vocalistas do Jessy Dixon Singers dão uma liga simplesmente perfeita neste álbum, que se divide entre canções da carreira solo do astro e também algumas dos tempos da dupla com Garfunkel.

STILL CRAZY AFTER ALL THESE YEARS (1975)

Um dos álbuns mais premiados da carreira de Paul Simon e da história do Grammy traz como destaques a belíssima balada que nomeia o trabalho, a tocante My Little Town (com participação de Art Garfunkel) e a fantástica 50 Ways To Leave Your Lover, com sua inconfundível abertura feita pelo baterista Steve Gadd.

Veja o clipe de Me And Julio Down By The Schoolyard:

9 Comments

  1. Alexandre Damiano

    October 13, 2011 at 9:17 pm

    Um dos posts mais bacanas que tive oportunidade de ler aqui em Mondo Pop. Paul Simon é um mestre. The concert in Central Park 1981 é um dos meus top 5 !!

    Fabian,
    Eu estava no Ibirapuera também !! até esses dias atrás tinha meu ingresso guardado e por algum motivo perdi.
    obrigado pelas informações
    abraços
    Alexandre Damiano

  2. Alexandre Damiano

    October 13, 2011 at 9:24 pm

    ahh..do brilhante There´s goes… podemos destacar também a muito boa American Tune e a divertida e enigmática cronica sobre a vida em aptos de One man´s ceiling is another man´s floor.

    abraços Chacur !

  3. Alexandre Damiano

    October 13, 2011 at 9:29 pm

    Fabian,
    Steve Gadd acompanha Paul até hoje, certo?
    depois dá uma olhada no youtube, tem um video do Paul Simon cantando Me and julio down no programa de TV infantil Vila Sésamo nos EUA nos anos 70. Muito legal.
    digita Paul Simon Vila Sesamo.
    legal
    abraços

  4. É, Alexandre, você estava lá no show do Paul Simon, também. Cara de bom gosto!!! Foi ou não foi um momento desses para a gente não se esquecer jamais? Sensacional!!!! Valeu pelos toques, e apareça sempre!!!!

  5. Alexandre Damiano

    October 14, 2011 at 7:08 pm

    Foi demais.

    pena que eu fiquei na arquibancada e fiquei longe pacas.
    mas foi demais.

    depois, anos mais tarde, em 96 para ser mais preciso, estive em NY pela primeira vez e fui até o central park, me sentei no gramado e escutei inteiro em meu headphone ( naquela época era com fitas cassetes ) o album ao vivo gravado lá em 81.
    experiência única.

  6. Oi, Fabian

    Excelente post. Desde já sugiro um post sobre a edição de 40 anos do album Bridge Over Troubled Water, com 2 Cds + 1 DVD que já está na pré-venda de sites como Livraria Cultura e Saraiva.

    Abs
    André Luiz

  7. admin

    October 16, 2011 at 1:36 am

    Muito obrigado pelo elogio e também pela sugestão. Bridge Over Troubled Water é um álbum histórico, e nessa edição especial deve ser realmente imperdível. Grande abraço!

  8. admin

    October 16, 2011 at 1:38 am

    Caramba, Alexandre, você já foi no Central Park? Eu só o conheço via TV e pelo DVD do histórico show de Simon & Garfunkel por lá em 1981. Parabéns, a experiência deve ter sido inesquecível, ainda mais com essa trilha sonora saindo dos fones de ouvidos!!! Grande abraço e obrigado pela força de sempre!

  9. Graceland foi o disco de Paul que mais ouvi na vida, inclusive fiz uma homenagem aos 25 anos de seu lançamento em meu outro blog:

    http://johnnyxpress.wordpress.com/2011/08/14/graceland-a-obra-prima-de-paul-simon-completa-25-anos/

    espero que goste

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