Por Fabian Chacur

No ano em que se comemoram os 100 anos do nascimento do inesquecível Nelson Cavaquinho (1911-1986), várias homenagens bacanas estão sendo feitas ao autor de Folhas Secas e tantos outros clássicos da MPB.

A mais recente surge com o CD Carlinhos Vergueiro Interpreta Nelson Cavaquinho, lançado pela gravadora Biscoito Fino e no qual o cantor, compositor e músico Carlinhos Vergueiro relê algumas das composições do mestre, com participações especiais de Chico Buarque, Cristina Buarque, Wilson das Neves e Marcelinho Moreira.

Carlinhos tem conhecimento de causa para homenagear Nelson Cavaquinho, pois foi seu amigo e parceiro. Ele o conheceu quando tinha 17 anos, e teve a honra de fazer shows e dividir mesas de bar com o compositor carioca em inúmeras ocasiões.

Mais: ele produziu ao lado de Cristina Buarque o álbum Flores Em Vida, último trabalho de Nelson Cavaquinho, além de atuar na produção do curta metragem Nelson de Copo e Alma, de Ruy Solberg.

Como forma de marcar o lançamento do CD, Carlinhos Vergueiro fará dois shows em São Paulo nos próximos dias. Neste domingo (20), às 11h, com entrada gratuita, ele estará no teatro Arthur Rubinstein de A Hebraica (rua Hungria, 1.000 – fone 3818-8888)

Nesta terça-feira (22), o palco será o Tom Jazz (avenida Angélica, 2.331 – fone 4003-1212), com ingressos a R$ 35.

O repertório inclui pérolas do naipe de Palavras Malditas, Palhaço, Nome Sagrado, Luz Negra, Pranto de Poeta , Folhas Secas e Deus Não Me Esqueceu, entre outras.

Carlinhos será acompanhado por Italo Peron (violão e arranjos), Adriano Busko (bateria e percussão), Pratinha (flautas), Ildo Silva (cavaquinho) e Fábio Peron (bandolin).

Com 59 anos de idade, Carlinhos Vergueiro começou a se tornar conhecido do grande público nos anos 70, graças a músicas como Camisa Molhada (aquela do “fique de olho no apito”), Como Um Ladrão e Torresmo à Milanesa (esta em parceria com Adoniran Barbosa.

Além de ótimo cantor, compositor e violonista, com carreira irrepreensível, Carlinhos também é conhecido por sua simpatia, e por integrar o elenco do Polytheama, time de futebol de Chico Buarque.