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Dez anos sem a agridoce e genial Cassia Eller

Por Fabian Chacur

Graças ao convite da minha amiga Regina Estela Vieira, então assessora de imprensa da gravadora Polygram (hoje, Universal Music), tive a oportunidade de ver um dos primeiros shows em São Paulo (bobeou foi o primeiro…) de uma certa Cassia Eller.

Essa apresentação teve como palco o teatro do hotel Crowne Plaza (hoje infelizmente extinto), em 1990. Lembro que logo de cara tomei um susto ao ouvir aquela figura marcante, só na base do voz e violão, interpretando Por Enquanto, de Renato Russo.

Após o show (no qual também foi acompanhada por uma ótima banda), saí encantado com o que vi e ouvi. Como jornalista especializado em música, tive a honra de entrevistar a Cassia em diversas oportunidades, sendo que nas últimas ela me cumprimentou chamando-me pelo nome.

Mais: em uma delas, autografou para mim de forma personalizada os seus discos. Em um deles, o célebre “chuta essa porra”, do lado da foto na qual ela chutava uma lata de lixo. Não tem preço!

Quando lançou um álbum tributo com músicas de autoria de Cazuza, ainda de quebra conheci o produtor de tal trabalho, o lendário Wally Salomão, outro que infelizmente também já se foi.

E nem é preciso dizer que, naquele 29 de dezembro de 2001, fui um daqueles que tomou um susto horrível ao receber a notícia da inesperada morte daquela estrela, com apenas 39 anos.

Cassia Eller foi um talento ímpar, tipo da artista difícil de ser comparada com outra. Sua voz era potente e ao mesmo tempo doce, combinação perfeita e gerando o agridoce total.

Ela era a mais roqueira das cantoras da MPB, e a mais MPB das cantoras de rock. Não sabia reler igualzinho as músicas dos outros, vide suas versões sensacionais de Por Enquanto, Smells Like Teen Spirit e Try a Little Tenderness, só para citar algumas.

E também sabia lançar novas composições com rara categoria, que o diga o cantor, compositor e músico Nando Reis, que teve várias músicas com sua assinatura lançadas pela saudosa moça do All Star azul.

Triste o fato de Cassia ter morrido no auge de seu sucesso, após ter feito naquele 2001 um show histórico no Rock in Rio e também após ter lançado seu disco de melhor desempenho comercial, Acústico MTV. A moça saiu de cena deixando um amargo gosto de quero mais na boca dos inúmeros fãs.

Fazer o que? Vida que segue. Ao menos, a cantora e violonista nos deixou como legado uma obra impecável, repleta de rocks, baladas, sambas, de música de alta qualidade, enfim. Saudade, muita saudade!

Ouça Por Enquanto, com Cassia Eller:

2 Comments

  1. boa tarde! fabian pois e, dez anos sei a grande cassia eller adoro suas músicas, a nossa mpb e bem servida tanto de artistas já consagrados como os novatos(A) adoro mpb. e ai fabian achei que você ficou um pouco distante de mim, foi porque eu postei aquilo de repórter mas e verdade aqui pensam isso, acham que eu só posso ser costureiro, mas deixa pra lá e ai cadê, há a matéria com a cyndi já vi em vários jornais do rio de janeiro. você não ficou chateado porque falei que gosto do corynthia s não e, isso não tem nada haver fabian porque temos que saber discernir as coisas, eu não sou fanático, por isso não falaria com torcedores do fortaleza e nei gostaria do cantor e compositor fagner, porque ele torce fortaleza! tenha um bom ano novo. com muito sucesso. dê um simplês fã da cyndi.

  2. Imagina, Rogério, nada a ver!!! Pelo contrário, tenho orgulho de ter gente com seu alto nível entrando aqui em Mondo Pop, e suas opiniões são sempre benvindas!!! E dessa semana não passa a resenha da Cyndi. Já vi uma vez, mas quero ver pelo menos mais uma para fazer uma resenha decente. Grande abraço, e aproveitando a deixa, desejo a você e aos seus entes queridos um 2012 de muita saúde, paz, realizações e música de qualidade. Tuuudo de bom!!!

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