Fabian Chacur

A vida é assim. No post anterior, lamento os três anos da morte de Michael Jackson, um dos grandes gênios da história da música pop. Neste, para minha felicidade, celebro os 70 anos de idade que outro mito musical, Gilberto Gil, completará nesta terça-feira (26).

O cantor, compositor e músico soteropolitano aproveitou muito bem esses anos todos. Tornou-se conhecido na década de 1960, sendo um dos criadores do Tropicalismo, um dos movimentos mais criativos e particulares da história da nossa música e ainda influente e atual em pleno 2012.

A partir da década de 1970, mostrou-se sempre inquieto e aberto a outros estilos musicais, incorporando com originalidade e talento rock, reggae, funk, soul, música africana e o que mais chegasse ao seu delicioso coquetel molotov sonoro.

Muita coisa boa para relembrar: os discos produzidos por Liminha que ajudaram a delinear os rumos do pop-rock brasileiro; a versão Não Chore Mais (No Woman No Cry), que abriu as portas do Brasil para Bob Marley; a parceria com os Paralamas do Sucesso (A Novidade); a turnê com Jimmy Cliff; Tropicália 2 com Caetano Veloso etc (e tome etc!).

Compositor versátil e refinado, músico espetacular (especialmente tocando violão), cantor de voz deliciosa e versátil, Gil sempre teve como marca registrada a maestria com a qual se apresenta ao vivo, contagiando, cativando e hipnotizando fãs do Brasil e do mundo com seu swing. Que Deus deu, que Deus dá! E tome suor!

Como todo profissional, teve seus altos e baixos, mas fez tanta coisa boa que dá para deixar os momentos não muito inspirados para lá. E também ignorar sua atuação na política, levando-se em conta que, lá, nosso heroi acabou sendo apenas mais um. Mas é melhor deixar esse tema para outros analisarem. Minha praia é a musical, e nela, Gil é rei!

Ouça Realce, com Gilberto Gil: