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Neil Peart, do Rush, uma espécie de baterista dos bateristas

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Por Fabian Chacur

Em suas mais de quatro décadas de existência, o Rush foi uma banda polêmica. Não tanto pela atitude de seus integrantes, mas pela forma como era encarada por fãs e detratores, quase que em um espírito de “ame ou odeie”. Um ponto, no entanto, não costumava gerar tanta confusão: a enorme e reconhecida qualidade técnica de seu baterista, Neil Peart. Infelizmente, o icônico músico canadense nos deixou na última terça (7), embora sua morte só tenha sido divulgada nesta sexta (10) por seus familiares e amigos.

O músico, de 67 anos, foi vítima de um câncer no cérebro, contra o qual lutou durante quase quatro anos. Ele estava longe dos palcos desde 2015, desde o fim da então divulgada como última turnê do Rush, fato agora infelizmente definitivo, pelo menos com a formação que consagrou o trio canadense. Como consolo, aquela turnê teve grande repercussão, e o mostrou em plena forma, saindo de cena de forma digna.

Nascido em 12 de setembro de 1952, Neil entrou no Rush em 1974 para substituir o baterista fundador do time, John Rutsey (1952-2008), que saiu após o autointitulado álbum de estreia da banda. O novo integrante entrou com tudo, tornando-se logo o principal letrista e se encaixando feito luva ao lado de Geddy Lee (baixo, teclados e vocal) e Alex Lifeson (guitarra), estreando em disco no segundo LP do grupo, Fly By Night (1975).

Fã de bateristas como Keith Moon e Ginger Baker, Neil Peart desenvolveu um apuro técnico e uma energia inesgotáveis, que abriram espaços enormes para que o grupo canadense desenvolvesse sua original e consistente sonoridade, que trafegou entre o hard rock puro, o rock progressivo mais intrincado, um rock mais sutil e com elementos eletrônicos nos anos 1980 e diversos outros desdobramento com o decorrer dos anos.

A crítica especializada frequentemente os hostilizou, especialmente nas décadas de 1970 e 1980, mas isso não os impediu de cultivar um fã-clube imenso pelos quatro cantos do mundo, que permitiu ao grupo fazer turnês massivas, sempre com estádios e ginásios lotados de admiradores entusiásticos e fanáticos.

O Rush esteve no Brasil em 2002 e 2010, e o show realizado no estádio do Maracanã em 2002 foi eternizado no DVD Rush In Rio (2003). As apresentações geraram forte comoção perante os fãs brasileiros, que celebraram a presença de seus ídolos por aqui com muita vibração e demonstrações de fidelidade.

Neil Peart sempre foi o mais inacessível integrante da banda, raramente participando de entrevistas coletivas, por exemplo, ao contrário da simpatia e acessibilidade de seus colegas de Rush. Isso, no entanto, nunca atrapalhou o respeito que seus fãs sempre tiveram por ele.

Time Stand Still (clipe)- Rush:

2 Comments

  1. Grande homenagem

  2. Fabian Chacur

    January 13, 2020 at 5:47 pm

    Nossa, que honra ter sua visita por aqui, meu caro Alessandro Giannini (ou Fender, como eu te chamava rsrsrsrs)! Muito obrigado pela gentileza. Grande abraço e tudo de bom para você, hoje e sempre!

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