Por Fabian Chacur
Nesta quinta-feira (16), completa-se o centenário do nascimento de Elizeth Cardoso (1920-1990), uma das cantoras mais importantes e emblemáticas da história da nossa música popular. Como forma de celebrar essa efeméride das mais significativas, a Universal Music disponibiliza nas plataformas digitais de uma só vez 18 álbuns de carreira, 7 coletâneas e 1 EP com quatro faixas. De quebra, ainda temos três playlists temáticas criadas para a ocasião.
O material abrange um período situado entre 1956 e 1978, durante o qual a cantora carioca integrava o elenco da hoje extinta gravadora Copacabana, cujo acervo atualmente integra o arquivo da Universal Music. Foram anos em que ela se firmou de vez no cenário musical brasileiro, fazendo por merecer o apelido Divina, ganho graças à sua capacidade incrível de interpretar canções de vários estilos com muita paixão, técnica e personalidade.
Este pacote é acrescido a outros 14 álbuns e 5 coletâneas que a Universal Music já havia distribuído no cenário digital. Infelizmente, nenhum desses relançamentos está previsto para merecer o formato físico, privando assim quem gosta de ouvir música desse modo de ter tal opção. Uma pena.
Eis os álbuns disponibilizados, com algumas de suas faixas:
– Fim de Noite (1958) – regravações de Negro telefone, Culpe-me, Segredo, Último desejo, Feitio de oração, Prece ao vento e No rancho fundo.
– Naturalmente (1958) – É luxo só, Jogada pelo mundo e Na cadência do samba.
– Magnífica (1959) – Cidade do interior, Velhos tempos e Aula de matemática.
– A Meiga Elizeth Nº2 (1962) – Deixa andar, Tudo é magnífico e Moeda quebrada.
– A Meiga Elizeth Nº4 (1963) – Balada da solidão e Nosso cantinho.
– A Meiga Elizeth Nº5 (1964) – Canção que nasceu do amor e Diz que fui por aí.
– 400 anos de Samba (1965) – O meu pecado.
– Elizeth Sobe o Morro (1965) – A flor e o espinho, Luz negra, Malvadeza Durão, Folhas no ar, Minhas madrugadas e Sim.
– A Bossa Eterna de Elizeth e Cyro (1966) – Tem que rebolar (com Cyro Monteiro).
– Muito Elizeth (1966) – Mundo melhor, Lamento, Cidade vazia, Sem mais adeus, Meiga presença e Apelo.
– A Enluarada Elizeth (1967) – Melodia sentimental, Meu consolo é você, Carinhoso, Demais e Seleção de sambas da Mangueira.
– Viva o Samba – Elizeth Cardoso, Francineth, Cyro Monteiro, Roberto Silva (1967) – Meu drama (Senhora tentação).
– A Bossa Eterna de Elizeth e Cyro Nº2 (1969) – Louco e Sei lá, Mangueira.
– Falou e Disse (1970) – Corrente de aço, É de lei, Refém da solidão, Aviso aos navegantes, Foi um rio que passou em minha vida e A flor de laranjeira.
– Feito em Casa (1974) – Água de sereno e Peso dos anos.
– Elizeth Cardoso (1976) – Minha verdade, Entenda a rosa e De partida.
– Live in Japan (1977) – Barracão, Naquela mesa, Apelo, É luxo só, Manhã de carnaval, A noite do meu bem e Última forma.
– A Cantadeira do Amor (1978) – Deixa, Até pensei, Velho arvoredo e Acontece.
– Elizeth Cardoso (EP com 4 faixas raras) – Trinta e um de dezembro, Chuvas de verão e Quarto vazio” (as três de 1957), além de Balão apagado, de 1961.
As coletâneas são: Super Divas (2012), Bis – Cantores do Rádio (2000), Disco de Ouro – Vol. 2 (1979), Elizeth Cardoso – Vols. 1, 2 e 3 (lançados entre 1971 e 72); A Exclusiva (1970), além de três playlists temáticas: Elizeth Cardoso com o Samba no Pé, Elizeth Cardoso Muito Romântica e Elizeth Cardoso Revive Clássicos da Música Brasileira.
Sei Lá, Mangueira– Elizeth Cardoso:
July 16, 2020 at 5:43 am
Esta capa do Live in Japan é do CD que lancei pela Movieplay nos anos 1990, quando representava a ABW, sucessora da Copacabana. É da Série que criei, Memória da Música Brasileira. O filho de Elizeth tinha na época inumeras gravações- com qualidade – de shows dela, inclusive com o Zimbo Trio… mas infelizmente ficaram inéditas devido ao alto preço que pedia para licenciar. Uma pena…