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Chico Lobo esbanja inspiração no CD O Tempo é Seu Irmão

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Por Fabian Chacur

A música do violeiro, compositor e cantador mineiro Chico Lobo é presença constante aqui em Mondo Pop (leia mais sobre ele aqui). Duas razões explicam esse fato: a qualidade de seu trabalho e sua alta produtividade. E ele tem pãozinho musical quentinho saindo do forno. É O Tempo é Seu Irmão, seu 27º álbum, disponível nas plataformas digitais e em belíssima edição digipack em CD com encarte repleto de informações e texto do jornalista Chico Pinheiro.

Embora com fortes raízes rurais, Chico Lobo mantém a sua música aberta a outras influências, e mistura moda de viola, pagode caipira, catira e outros ritmos desse universo sonoro com elementos de folk, country e MPB. Ele usa a sua viola com categoria, adornando com raro bom gosto suas belas canções. Neste álbum, são cinco só dele e outras cinco com Eudes Fraga, Jorge Nelson, Edmundo Bandinelle, Carlos Di Jaguarão e Thales Martinez.

Agregador como ele só, o nosso amigo mineiro trouxe convidados especiais bem bacanas para seu novo trabalho. Kleiton & Kledir, por exemplo, marcam presença na canção rural Rio e Mar. Luiz Caldas surge com seu swing na moda de viola Sementeira, enquanto a voz sempre marcante de Tetê Espíndola pontua a belíssima Lua e Sol. O ótimo Sergio Andrade completa o time na bem nordestina Indagorinha.

Valendo-se de temas ecológicos e da vida junto à natureza, do amor, da saudade e do futuro das novas gerações, Lobo se mostra particularmente inspirado na maravilhosa faixa-título, em Se a Noite Apaga a Luz e Faca de Talho. Com sua voz quente e acolhedora, ele nos leva a refletir sobre como a vida pode ser melhor se formos mais positivos e se soubermos perceber o aviso que a natureza sempre nos dá. Belo disco! E que venha o 28º!

Ouça O Tempo é Seu Irmão, de Chico Lobo, em streaming:

Chico Lobo esbanja talento e gentileza em Alma e Coração

chico lobo alma e coracao

Por Fabian Chacur

Neste árido e complicado 2020, há quem considere o Brasil um caso perdido, entre lutas políticas insanas, falta de uma luz no fim do túnel e a consolidação de problemas sérios que oprimem e judiam violentamente a população menos bem aventurada em termos financeiros. É em meio a essa desesperança que o álbum Alma e Coração (Kuarup), do cantor, compositor e violeiro mineiro Chico Lobo, nos traz uma mais do que necessária dose de lirismo, arte e esperança, espalhadas por suas 13 canções. Um verdadeiro bálsamo eficaz e gentil.

Com 56 anos de idade muito bem vividos, Lobo começou a tocar seu instrumento musical de preferência aos 14 anos. O primeiro CD, No Braço Dessa Viola, veio em 1996. Este é o de Nº26, entre trabalhos solo e com outros artistas, e marca uma trajetória repleta de parcerias bacanas, shows no Brasil e no exterior, dois DVDs, um livro, o apoio a vários projetos bacanas e uma inquietude eterna.

Alma e Coração está disponível nas plataformas digitais e também em uma belíssima edição em CD no formato digipack com direito a encarte luxuoso, prova de que nada supera as versões físicas enquanto prova concreta de um trabalho consistente e cujo teor artístico transborda de cada nota tocada e cantada por este grande artista.

Sabe aquele espírito poético e cordial que a gente imagina ter sumido de cena do brasileiro em geral? Pois o nosso amigo mineiro, oriundo de São João Del Rei, prova que isso ainda existe. Aquele clima do ser convidado a ir à casa de um amigo, tomar um cafezinho, comer um pão de queijo e jogar conversa qualificada fora. Este álbum nos remete precisamente a esse lado bacana do nosso povo que precisa ser resgatado em meio a tanta sandice.

Com a pandemia comendo solta, Chico soube rapidamente se adaptar ao novo momento, tanto que conseguiu gravar este álbum valendo-se de um esquema de cooperativa com seus músicos, que realizaram suas partes no trabalho a partir de estúdios caseiros. E isso também valeu para os convidados especiais, algo constante em sua carreira.

Acima de tudo, Alma e Coração é um trabalho centrado em canções, e o nosso querido amigo mineiro usa sua afiada viola para ressaltar cada parte delas, sem cair em virtuosismos desnecessários que por ventura pudessem tirar o foco desejado. Ele e os músicos que o acompanharam souberam criar uma moldura sonora ideal para cada uma das composições incluídas no álbum, com um resultado impecável.

Pela primeira vez em sua carreira, Chico Lobo optou por lançar previamente cinco das canções de um de seus álbuns pela via digital, o que permitiu ao público ir descobrindo aos poucos o seu conteúdo. Uma dessas músicas foi a encantadora Nós, que conta com a delicada e deliciosa voz de Roberta Campos. Luiz Carlos Sá, um dos inventores e mestres do rock rural, marca presença em outra pérola preciosa deste CD, Sonhos.

Criativo e sem se limitar a um único caminho musical, Chico mistura folk, rock rural, o chamado “som caipira” e elementos da música nordestina e latino-americana, entre outros ingredientes, para nos proporcionar um som doce, amistoso e com letras líricas e repletas de uma esperança tão necessária para todos os de alma sensível.

Sagrado em Meu Olhar, com participação do talentoso paulista de Jundiaí Drigo Ribeiro, a definidora faixa que dá nome ao álbum, a inspirada Povos da América e a encantadora Própria História, na qual se destaca outro parceiro constante, Tatá Sympa, são outros momentos de destaque de um álbum acima de tudo necessário para os fãs de boa música. O título não mente, tem mesmo muita alma e coração neste novo disco do Chico Lobo.

Alma e Coração (clipe)- Chico Lobo:

Chico Lobo e Roberta Campos fazem uma bela parceria em Nós

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Por Fabian Chacur

Tudo começou quando o violeiro Chico Lobo foi convidado pela cantora e compositora Roberta Campos para fazer um arranjo de viola em uma de suas composições, Para Raio. Logo a seguir, eles a interpretariam em um show em Minas Gerais. Era o início de uma parceria musical que agora rende um belo fruto. Trata-se da canção Nós, composta por Chico e cantada em um inspirado dueto por eles, e cujo clipe e single já estão disponíveis nas plataformas digitais em parceria com a Kuarup.

Nós foi escrita por Chico Lobo para celebrar os 25 anos de sua união com a produtora e manager Angela Lopes. O clipe, assim com a canção em si, foram registrados de forma remota, e as gravações dessa bela canção também tiveram as participações dos músicos Ricardo Gomes (baixo e teclados), Leo Pires (bateria) e Marcello Sylvah (violões com cordas de aço).

Esta é a primeira de um total de quatro canções que serão divulgadas previamente do 26º álbum do cantor, compositor e violeiro mineiro, Alma e Coração, cujo lançamento está previsto para novembro e traz, além de Roberta, participações de Luiz Carlos Sá, Drigo Ribeiro e Tatá Sympa.

Os recursos para viabilizar este trabalho estão sendo viabilizados com uma campanha colaborativa desenvolvida desde o início deste ano na Plataforma Colaborativa Vakinha, e que será encerrada neste sábado (15) às 19h com uma live de Chico Lobo na qual ele tocará músicas deste álbum e também momentos importantes desse repertório. Saiba como participar dessa campanha aqui.

Nós (clipe)- Chico Lobo e Roberta Campos:

Chico Lobo mostra novidades e hits em show ao vivo via internet

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Por Fabian Chacur

Há 35 anos na estrada, Chico Lobo é um dos grandes nomes da viola no Brasil. Este talentoso cantor, compositor e músico oriundo de São João Del Rei (MG) se engajou nesse movimento para levar a música ao vivo às pessoas em um período no qual os shows presenciais estão suspensos devido à pandemia do covid-19. Ele se apresentará através de seu canal do youtube (o link está aqui) neste sábado (28) às 17h o show Quarentena Ao Vivo.

No melhor estilo viola e voz, sozinho em cena, Chico se apresentará durante 35 minutos, alternando-se entre clássicos de seu repertório e algumas inéditas que estarão em seu novo álbum, atualmente em fase de gestação. Seus filhos Mateus, Luisa e Tomás se incumbirão da transmissão, enquanto o músico e amigo Tatá Symba se responsabilizará pela parte técnica.

Com mais de 25 CDs e também dois DVDs em seu currículo, Chico Lobo já teve músicas gravadas por artistas do calibre de Maria Bethânia, Mauricio Pereira e a Banda de Pau e Corda, além de dividir o palco com Renato Teixeira, Zé Geraldo, Zé Alexandre e Quinteto Violado. Ele explica o início dessa nova forma de divulgar seu trabalho:

“Nesse momento tão dramático que o meio artístico vive, temos de usar a nossa criatividade, as nossas relações e levar ao público a nossa música, a nossa esperança. Usar dessa modernidade em nosso favor. E assim chegar na casa das pessoas; criar vínculos maiores – de parceria dos artistas com o seu público. Acho isto importante e decidi ir à luta”.

Após essa apresentação solo, Lobo irá participar do Homestage Festival de Portugal, no dia 31 de março às 17h, festival virtual comandado a partir de Portugal que será realizado de 27 de março a 1º de abril com a participação de 86 artistas oriundos de 11 países.

Outra boa notícia fica por conta de ele estar organizando o Festival Quarentena Violada, que nos dias 11 e 12 de abril trará performances de 12 violeiros do primeiro escalão. Vale lembrar que os músicos tem nos shows uma parte muito importante de arrecadar fundos para a sua subsistência. Então, doações dos fãs (equivalentes ao valor de ingressos) serão bem-vindas.

CHICO LOBO apresenta: QUARENTENA AO VIVO — Show Lá em Casa
DIA: 28 de Março (sábado)
HORÁRIO: 17h
CENSURA: Livre
INGRESSO: Contribuição livre, a produção sugere o valor de R$15,00
DEPÓSITO EM CONTA: Viola Brasil Produções (CNPJ 05.725.977/0001-90) | Banco Itaú (nº 341) – Agência:3076 | Conta: 14.525-3

Chico Lobo e Maria Bethânia ao vivo:

Chico Lobo /Zé Alexandre em show de lançamento de CD

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Por Fabian Chacur

Há não muito tempo, o cantor, compositor e violeiro Chico Lobo iniciou uma parceria com o cantor, compositor e violonista Zé Alexandre. O encontro gerou a música Esperança. Era o pontapé inicial do que viria a ser o CD Tempo de Paz, lançado pela gravadora Kuarup. Eles vão mostrar o repertório desse trabalho em pocket show nesta quinta-feira (26) em São Paulo às 19h30 na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, nº 915- Pinheiros- fone 0xx11-3814-5811), com entrada gratuita.

Centrado em sonoridades da música rural brasileira e essencialmente acústico, Tempo de Paz traz 11 faixas, sendo três parcerias de Lobo e Alexandre, seis composições deles (solo ou com outros parceiros) e duas releituras. Uma é Bandolins, de Oswaldo Montenegro, que Zé Alexandre apresentou ao lado do autor no Festival da Tupi de 1979 com grande sucesso, e a outra é Cruzada, dos craques mineiros integrantes do Clube da Esquina Tavinho Moura e Márcio Borges.

Delicioso, o álbum flui com facilidade nos ouvidos, com destaque para a endiabrada viola de Chico e para as belas vozes dos dois parceiros. Suas composições em dupla são muito boas: Esperança, Tempo de Paz e Estradar. As letras trazem poesia de primeira. Participam do álbum músicos como Milton Guedes (gaita), Carlinhos Ferreira (percussão) e Sérgio Chiavazolli (violão de 12 cordas e bandolim).

Com mais de 30 anos de carreira e natural de São João Del Rey (MG), Chico Lobo tem mais de 20 CDs, dois DVDs e um livro lançados, além de ter feito shows pelo Brasil e vários outros países. De quebra, ainda tem no currículo trabalhos com Maria Bethânia, que escolheu sua composição Criação para o DVD Abraçar e Agradecer e ainda participou do álbum Viola de Mutirão, do músico, interpretando a canção Maria, feita em homenagem à estrela baiana.

Nascido no Rio de Janeiro e criado em Brasília, Zé Alexandre tornou-se conhecido nacionalmente ao interpretar Bandolins com Oswaldo Montenegro, de quem virou parceiro em inúmeros shows e projetos. A seguir, mergulhou em uma carreira solo que já rendeu quatro álbuns, entre os quais Alma de Músico e Zé Alexandre Ao Vivo. Recentemente, lançou o CD e livro infantil Pedrinho e o Formigueiro, do qual participaram Sandra de Sá, Luis Melodia, Oswaldo Montenegro e Eduardo Dussek, entre outros.

Caipira (ao vivo)- Chico Lobo:

Chico Lobo divulga CD e livro em SP com um pocket show

Chico Lobo - Foto Rui Mendes-400x

Por Fabian Chacur

Chico Lobo vive um momento bem produtivo em sua carreira. O cantor, compositor e violeiro mineiro está lançando um novo CD, Cantigas de Violeiro, e também o livro Conversa de Violeiro, ambos pela Kuarup. Este último tem como parceiro Fábio Sombra. Ambos serão divulgados com um pocket show gratuito em São Paulo nesta quinta (6) na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, 915- Pinheiros- fone 0xx11-3814-1063).

Quem acompanha o cenário da viola caipira no Brasil conhece e muito o trabalho de Chico Lobo. Mineiro de São João Del Rei, o músico está comemorando 30 anos de carreira com o CD Cantigas de Violeiro, que traz 14 faixas de várias fases de sua trajetória e duas inéditas. Participam do trabalho Tavinho Moura, Xangai, Rolando Boldrin, Célio Balona, Aldo Lobo, Wilson Dias, Pena Branca e Fábio Sombra.

Por sua vez, o livro Conversa de Violeiro traz um subtítulo que dá uma boa ideia da intenção dos autores Lobo e Sombra: “Viola Caipira: tradição, mistérios e crenças de um instrumento com a alma do Brasil”. Trata-se de uma compilação deliciosa de “causos”, informações e detalhes acerca desse instrumento musical que é a cara do Brasil.

O pocket show trará as participações especiais do escritor e pesquisador Fábio Sombra, o parceiro no livro, e do jornalista Assis Ângelo, que escreveu o prefácio do livro e é conhecido por seu profundo conhecimento da música e folclore brasileiros, especialmente da obra de Luiz Gonzaga. O evento terá início às 19h30.

Alma Caípira– Chico Lobo:

Brasil Violeiro– Chico Lobo e Wilson Dias:

Ciranda de Roda– Chico Lobo e Fabio Sombra:

Quarentena Violada, um festival virtual rola neste fim de semana

01. MILTINHO EDILBERTO - Crédito foto Pierre Yves Refalo (1)-400x

Por Fabian Chacur

Uma bela amostra do cenário atual da viola no Brasil é o que nos oferecerá o Festival Quarentena Violada. Idealizado pelo músico mineiro Chico Lobo, o evento virtual traz em seu elenco 11 músicos que representam várias tendências desse instrumento tão ligado à cultura popular brasileira. A sonzeira rola neste sábado (11) a partir das 17h e domingo (12) a partir das 16h, e pode ser conferida a partir deste link aqui. A contribuição solicitada pelos artistas envolvidas nesse belo projeto é livre, com o valor sugerido de R$ 25,00.

Além de grande violeiro, o mineiro Chico Lobo (leia mais sobre ele aqui) tem o mérito de sempre aglutinar músicos talentosos em torno de seus projetos. Este aqui, por exemplo, nos traz representantes dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Temos desde nomes emergentes como Letícia Leal, que lançou seu primeiro CD (Urutu) no final de 2019 até veteranos consagrados e inovadores. Entre eles, destacam-se o excelente Miltinho Edilberto (FOTO), que já teve músicas em trilhas de novelas, é admirado por artistas como Maria Bethânia e Elba Ramalho, e inseriu com categoria o instrumento no contexto do forró em discos como o excelente Como Alcançar Uma Estrela (1999).

Outra fera do instrumento escalado para o Quarentena Violada é o incrível Ricardo Vignini, que além de atuar nos grupos Matuto Moderno e Moda de Rock também desenvolve um consistente trabalho solo, sempre sem se prender a regras rígidas e aberto a misturas da música rural com o rock, folk e o que mais vier. E Henrique Bonna teve a manha de criar em pleno Rio de Janeiro a primeira orquestra de viola da capital nacional do samba, a Caipirando Alma Carioca de Viola. Ou seja, um belo festival para você conferir nesses tempos esquisitos.

Programação do Festival Quarentena Violada:

11 de abril (sábado)
— 17h Chico Lobo (MG)
— 17h30 Du Machado (RJ)
— 18h Valdir Verona (RS)
— 18h30 Osni Ribeiro (SP)
— 19h Luiz Salgado (MG)
— 19h30 Miltinho Edilberto (SP)

12 de abril (domingo)
— 16h Maestro Sabiá (SP)
— 16h30 Letícia Leal (MG)
— 17h Bilora (MG)
— 17h30 Henrique Bonna (RJ)
— 18h Ricardo Vignini (SP)

Conta para depósito de contribuições: Abacateiro Produção & Arte Ltda (CNPJ: 05.676.557/0001-60) | Banco do Brasil (no001) — Agência: 6854-3 / Conta Corrente: 108.875-0- Contribuição livre (valor sugerido: R$ 25,00).

Do Ferro ao Pó (clipe)- Ricardo Vignini:

Duo Aduar lança seu sublime álbum com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Sublime. Essa palavra resume minha opinião acerca de Riachinho das Pedras, álbum de estreia do Duo Aduar e também de um novo selo discográfico, o Lobo Kuarup, fruto de parceria entre o consagrado violeiro mineiro Chico Lobo e a gravadora Kuarup. O álbum será lançado em luxuoso formato CD em São Paulo com pocket show nesta sexta (13) às 19h na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (avenida Paulista, nº 2.073- Cerqueira César- fone 0xx11-3170-4062), com entrada gratuita.

Gabriel Guedez (violão e voz) e Thobias Jacó (viola e voz) deram início ao Duo Aduar em 2017, pouco depois de se conhecerem nas escadarias da escola de música da Universidade Federal de São João Del Rei, histórica cidade mineira. Não demorou para que se tornassem figurinhas carimbadas nos principais festivais de música realizados pelo Brasil afora, tendo conquistado o primeiro lugar em sete edições dos mesmos. Merecidamente.

Seu trabalho de estreia traz oito músicas, sendo seis autorais e duas releituras, a lírica Matança, de Augusto Jatobá, e a icônica A Vida do Viajante (Hervê Cordovil e Luiz Gonzaga), que se encaixa feito luva no espírito estradeiro da dupla.

Valendo-se apenas de suas vozes e de violão e viola, o Duo Aduar construiu tapeçarias sonoras envolventes e de uma doçura mágica. Nas letras, trazem belíssimas e cada vez mais necessárias mensagens ecológicas, protestando de forma incisiva contra a devastação da natureza em nosso país sem, no entanto, jamais perder a ternura. As vocalizações merecem um capítulo à parte, de tão perfeitas, tocantes e bem concatenadas.

A audição do álbum é prazerosa demais, ganhando o ouvinte logo de primeira e tornando-se viciante a partir da segunda. O Silêncio do Rio, Terra Nossa, Sentinela, Riachinho das Pedras, Índia Tuíra e De Que Depende o Perdão? formam, ao lado dos dois covers, um conjunto conciso e tocante de melodias inspiradas na música rural brasileira com muita inspiração e originalidade.

Em tempos tão áridos como os que vivemos atualmente, a audição deste álbum equivale a uma forma encantadora de instigar a consciência das pessoas em torno da importância que a natureza tem para que possamos permanecer vivos de forma saudável e encantadora. Que seja apenas o marcante início de uma bela trajetória desse incrível Duo Aduar.

Veja o clipe de Riachinho das Pedras, do Duo Aduar:

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