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Zé Brasil inclui o tempero rural no seu som em Viola Paulistana

viola paulistana capa 400x

Por Fabian Chacur

Aos 73 anos de idade, o cantor, compositor e multi-instrumentista paulistano Zé Brasil continua esbanjando energia e criatividade. Na estrada do rock desde os anos 1970 (leia mais sobre ele aqui), esse grande e inquieto artista nos traz uma novidade interessante no seu trabalho que já se revela logo no título de seu novo álbum, lançado pelo selo Natural Records: Viola Paulistana.

Sim, este roqueiro de fé incorporou ao seu coquetel sonoro os acordes da viola caipira, uma espécie de resgate das origens interioranas de seus familiares. Ele se incumbe desse instrumento, além de cantar, tocar teclados e assinar os arranjos e programações.

A viola aparece nas 12 faixas de formas bem diversificadas,indo das convenções mais próximas da música caipira paulista influenciando as melodias até a mistura com rock, folk e psicodelia. Temos 3 instrumentais (Folia de Reis, Pingo D’Água e Para Andrea), colocadas estrategicamente após blocos de três canções cada uma, como se fossem interlúdios.

O álbum abre com as três composições que Brasil divide com outros parceiros. Gente Decente foi escrita com Gerson Conrad (ex-Secos & Molhados), e é um lindo e poderoso libelo a favor do povo brasileiro, que é visto como “simples objetos” pelos poderosos de plantão.

Das Terras do Sem Fim é parceria com Cezar de Mercês (ex-O Terço) e Silvia Helena, esta última a parceira de vida e trabalho do Zé, que se incumbe também de vocais principais e de apoio durante todo o álbum, e traz como destaque a guitarra psicodélica de Fábio Golfetti (Violeta de Outono).

Desvario fecha o bloco das parcerias, com letra assinada pelo jornalista e poeta Nico Queiróz, e traz uma melodia bem mais próxima das canções rurais mais tradicionais, sem cair na mera repetição do já feito, vale ressaltar.

Após a delicada e encantadora instrumental Folia de Reis, temos Rio da Vida, rock com uma letra filosófica mergulhando no que seria a vida, de onde vem e pra onde vai, com tiradas bem profundas.

Monte Verde homenageia a encantadora localidade mineira mesclando o clima folk rural de sua letra e estrutura com sonoridades de tons indianos executadas pela cabacítara do sempre afiadíssimo Ricargo Vignini. Pura Intenção, bela balada folk-rock, fecha bem este bloco.

A instrumental Pingo D’Água, bem curtinha e linda, antecede Viola Sertaneja, provavelmente o momento mais caipira raiz do álbum. A seguir, vem o rockão Naturalmente, aberto por um lindo solo de guitarra de Fernando Alge.

Terra dos Bem-Te-Vis, com estrutura também extraída do formato da música rural, é uma linda e emocionante homenagem a São Paulo, cidade que até o início do século XX era muito provinciana e próxima do espírito caipira. E é exatamente essa mistura com o urbano e o progresso acelerado que esta linda canção exalta, com todos os seus paradoxos.

Para Andrea (homenagem a uma das filhas de Zé e Silvia Helena) é faixa instrumental que encerra Viola Paulistana, com participação especial do celebrado guitarrista André Christovam. Vale destacar a participação de outros ótimos músicos no álbum, como Edu Gomes (guitarra e violão), Nivaldo Campopiano (guitarra, da banda Muzak) e Fred Barley (bateria).

Neste seu lindo mergulho por suas origens rurais que dura aproximadamente meia hora, Zé Brasil nos oferece um trabalho que é ao mesmo tempo fiel à sua sonoridade rock delicada e a suas temáticas fiéis à filosofia paz e amor dos anos 1960-70 e inovadora em seus nuances e misturas. Prova de que o cara que leva o nome do nosso país no sobrenome artístico ainda tem muita lenha pra queimar. Gente muito decente mesmo!

Veja vídeo do Zé Brasil ao vivo mostrando músicas do Viola Paulistana aqui.

Ouça o álbum Viola Paulistana em streaming aqui.

Terra dos Bem-te-vis– Zé Brasil:

Zé Brasil chega aos 71 anos mais ativo e criativo do que nunca

crédito: Dean Cláudio

crédito: Dean Cláudio

Por Fabian Chacur

O rock brasileiro possui algumas figuras incríveis que, por uma razão ou outra (ou por várias delas), não são reconhecidas como deveriam. Zé Brasil é certamente uma desses caras que você precisa conhecer para aprender detalhes importantes da história do nosso amado rock and roll brazuca.

Com 71 anos de idade e cinco décadas de estrada como cantor, compositor e músico, ele acaba de lançar um álbum espetacular, DoisMilEVinteUm, disponível em formato físico e também nas plataformas digitais. O disco traz participações especiais de nomes do porte de André Christovan, Fabio Golfetti (Violeta de Outono), Rolando Castello Júnior e Roberto Lazzarini, entre outros.

Vale lembrar que ele é parceiro de Arnaldo Baptista, gravou com Edgard Scandurra (Ira!) e Billy Forghieri (Blitz) e participou em 1975 do lendário Festival de Águas Claras, só para citar mais alguns feitos desse talentoso roqueiro paulistano. Em deliciosa entrevista a Mondo Pop, ele dá uma geral em sua trajetória e fala sobre este novo CD.

Mondo Pop- Fale um pouco do conceito por trás de DoisMilEVinteUm. Você lançou previamente quatro das 11 faixas em 2020 em um EP digital. Desde aquele momento já existia a ideia de criar este álbum completo que saiu agora ou isso veio depois?
Zé Brasil
– Você usou a palavra certa: conceito. “DoisMilEVinteUm” é um CD conceitual, para levantar a moral em meio à tragédia. Lancei online em 2020 o EP com quatro músicas e no final do ano o álbum completo com 11 músicas finalizadas durante esse tempo que marcou nossa geração pelo perigo e pela dor. Agora, no início de 2021 lancei a versão física. Todas as músicas já tinham sido lançadas como singles na maioria das plataformas através da distribuição da Tratore. Foi a primeira vez que usei essa estratégia de lançamento e o resultado está sendo muito interessante.

Mondo Pop- Em termos musicais, o seu novo álbum é bem diversificado, com vários estilos sendo desenvolvidos. Mas quem ouve certamente perceberá uma unidade, um sotaque próprio, que liga tudo. Fale um pouco sobre isso.
Zé Brasil
– Uma das minhas características como compositor é o ecletismo emoldurado pela linguagem do rock. Acho que isso decorre da minha formação como baterista, pois a bateria é um instrumento que propicia a execução de diversos gêneros musicais através dos diferentes ritmos. A unidade intencional transparece nos temas e nas letras das músicas. Pelas canções, busco transmitir uma mensagem com energia, alegria e esperança.

Mondo Pop- Como pintaram as participações especiais? Essa, digamos assim, troca de figurinhas com outros músicos é um elemento fundamental na sua criação, uma espécie de modus operandi seu?
Zé Brasil
– Tenho o privilégio de conviver e partilhar da amizade de grandes artistas e músicos de diversas gerações. Sempre quando me proponho a uma nova tarefa musical, tanto nos palcos como nos estúdios, convido e peço a colaboração dessa elite transgeracional. Atualmente, na minha carreira solo, isso tem se intensificado e enriquecido todas as canções, em geral a partir de guias e arranjos de base que eu forneço. Acostumado ao trabalho coletivo nas bandas, essa situação traz novas possibilidades e mais liberdade de criação artística.

Mondo Pop- Uma de suas músicas do novo álbum intitula-se Povo Brasileiro. Fale um pouco sobre a mesma, e sobre o seu recado.
Zé Brasil
Povo Brasileiro é um testemunho poético/musical da visão mágica e psicodélica da nossa gente que compartilho com meu parceiro/letrista Nico Queiroz. Nossa atual realidade, careta e preocupante, ainda nos permite sonhar com um mundo novo regido pela paz, amor e compaixão.

Mondo Pop- Quando surgiu o nome artístico Zé Brasil? Como você se sente levando o nome de seu país nas costas? Rsrsrsrs
Zé Brasil
– Antes de tudo, é uma prova de fé e amor pela nossa terra. No final dos anos 1960 e começo dos 1970, na sala de visitas da minha casa da rua Padre João Manuel, no bairro Cerqueira César da capital paulista, os músicos ensaiavam e improvisavam (principalmente) com nossas namoradas e amigas. Era uma atividade amadora, mas que nos ajudou muito nas futuras atividades profissionais. Chegamos inclusive a nos apresentar no Colégio Equipe e na Fundacão das Artes de São Caetano do Sul, levando de trem a banda e os instrumentos até aquela cidade da Grande São Paulo. Eu nomeei essa turma de Grupo Brasil, e desde então fiquei conhecido como Zé Brasil. No ano de 1972 me apresentei pela primeira vez como Zé Brasil e a nata dos músicos que tocavam comigo no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Já em 1973, em Arembepe, na Bahia, o espírito do Zé Brasil se incorporou definitivamente em mim através de uma viagem de ácido e viola caipira.

Mondo Pop- Como a música surgiu na sua vida, e como foi o seu início na carreira de músico?
Zé Brasil
– Acho que eu fui predestinado: meu primeiro presente, que ganhei da minha mãe quando nasci, foi um pandeirinho… hehehe. Sou descendente de músicos e políticos. Meu tataravô paterno fundou a banda Aurora Aparecidense em 1886 na cidade de Aparecida do Norte (SP), e o pai dele já era músico. Meu avô materno liderou a independência de Aparecida e foi seu primeiro prefeito. Meu tio foi ministro no governo Sarney. No meu caso, desde cedo ouvia todo tipo de música na vitrola de casa: brasileira, erudita, orquestras americanas etc. Também me maravilhava com os saraus na casa das minhas tias em Aparecida, onde meus parentes demonstravam toda a sua maestria cantando e tocando as peças do repertório erudito no piano, violino e cello. Aí veio o rock and roll e me abduziu. Estamos falando dos meados da década de 1950 e a bela professora de piano surge como mais um estímulo para me jogar de corpo e alma nessa estrada. No início da adolescência me aventurei no violão com os cadernos de aulas do meu irmão. Também comecei a compor, mas aos quinze anos a bateria, que já me seduzia, me conquistou definitivamente. De lá para cá muita água passou debaixo dessa ponte: estudei, viajei, conheci muita gente incrível e pratiquei muito para me apresentar e gravar da melhor forma possível, sempre respeitando a música como arte, missão e o ouvinte como prioridade.

Mondo Pop- O documentário O Barato de Iacanga trouxe para as novas gerações o trabalho do seu grupo Apokalypsis. Fale um pouco sobre ele, sobre como foi a participação no Festival de Águas Claras em 1975, e do porque o grupo acabou. Pensa em voltar com ele um dia?
Zé Brasil
– Saí da Space Patrol em meados de 1974 para fundar o Apokalypsis. O Prandini (guitarra, sax, flauta e viola caipira) já tinha tocado comigo e trouxe o Tuca Camargo (piano). O Edú Parada (in memoriam, baixo) me foi indicado pelo Rolando Castello Junior (n da r. :fundador e líder do grupo Patrulha do Espaço) que era meu amigo e vizinho. Ensaiávamos todos os dias e logo fomos contratados pela Trinka Produções Brasileiras, do empresário Fernando Tibiriçá. Nossa estréia oficial foi no TUCA, que era o templo dos grandes shows musicais da época. Depois, nos apresentamos no Teatro Aquarius, ainda em 1974, num show memorável, gravado e depois lançado pelo meu selo Natural Records em 2009 no CD “1974”. No início de 1975, fomos contratados pelo empresário Gabriel Neto e participamos do Festival de Águas Claras tocando duas horas e meia para um público acordando num domingo de sol. Não queriam nos deixar sair do palco. Fomos até Londres em 1978 e o nosso farewell show da fase setentista foi em fevereiro de 1979. O Apokalypsis voltou aos palcos em 2006 e continua hibernando nos shows ao vivo por causa da pandemia, mas contando com novos integrantes para apresentar seu repertório progressivo setentista e novas músicas compostas no Século XXI. Também lançou novos álbuns, CDs e se apresenta com grandes artistas convidados nos shows do Movimento 70 De Novo que fundei com meu parceiro Nico Queiroz em 2006.

Mondo Pop- Como foi a sua parceria com o Arnaldo Baptista, especialmente na criação do Space Patrol, e porque você não seguiu adiante com aquele grupo? Fale um pouco sobre a canção que vocês compuseram juntos.
Zé Brasil
– Antes de viajar para os Estados Unidos, participei do Festival de São Lourenço, Minas Gerais, em meados de 1973. O Arnaldo Baptista tinha acabado de sair dos Mutantes e também se apresentou lá. Já o conhecia desde 1968 no Tropicalismo, mas foi então que ficamos amigos. Em seguida fui para os EUA onde, além de viajar de carona pela costa leste de Miami a Nova York e depois cruzar o país até a Califórnia, toquei bastante em San Francisco, tanto na rua quanto em coffee houses e nightclubs. Na volta, reencontrei o Arnaldo e, com o Alan Kraus que era técnico dos Mutantes e guitarrista, fundamos a Space Patrol no final de 1973. Depois o Alan, que deu o nome à banda, saiu, e entrou o guitarrista Marcelo Aranha (in memoriam). A Space Patrol ensaiava sempre na casa do Arnaldo na Mutantolândia da Serra da Cantareira, assim como os Mutantes do Sergio Dias e o Tutti Frutti da Rita Lee na casa do Sergio. Jams memoráveis aconteciam frequentemente com os músicos das três bandas. Ensaiávamos, desde novembro de 1973, o repertório do disco Loki? que o Arnaldo iria gravar no segundo semestre de 1974. Tivemos o privilégio de participar dessa gestação e da formatação dos arranjos das músicas. Apresentamos esse repertório em dois grandes festivais no Parque do Ibirapuera: no final de 1973 e em janeiro de 1974. A curiosidade do Show do Cometa, como ficou conhecido o primeiro em 1973, é que foi a única apresentação em que os três Mutantes originais se apresentaram com suas bandas: Arnaldo Baptista (Space Patrol), Sergio Dias (Mutantes) e Rita Lee (Tutti Frutti). O segundo festival, comemorando o aniversário de São Paulo, foi nossa melhor performance, com grandes bandas paulistanas (Som Nosso, Made in Brazil, Mutantes), quando apresentamos na íntegra o repertório do que viria a ser o Loki? para um público estimado em 25 mil pessoas. Depois, continuei ensaiando com a Space Patrol até meados de 1974, quando amigavelmente saí para fundar o Apokalypsis, minha banda do coração até hoje. O único integrante da Space Patrol que gravou no Loky? foi o saudoso baixista Sergio Kaffa, que entrou em 1974 e nunca se apresentou ao vivo com a gente. Minhas melhores lembranças desse tempo estão em imagens em Super 8 mm do Mario Luiz Thompson da nossa presença no Festival da Saúde Perfeita, de novo em São Lourenço, em 1974. O legado da Space Patrol está também registrado na música Cabelos Dourados, que compus em 2005 com uma letra que o Arnaldo me deu nas manhãs setentistas da Cantareira em 1974. É um rock and roll que contagia as plateias e ouvintes nos shows do Apokalypsis.

Mondo Pop- Porque você demorou tanto para lançar trabalhos como artista solo?
Zé Brasil
– Desde 1965 sou independente, mas preocupado com o presente e o futuro da humanidade. Talvez, aliado ao sonho das bandas inspiradas pelos Beatles, essa característica tenha me conduzido a um trabalho coletivo na música. Com a Silvia Helena, comecei a ensaiar e me apresentar em duo também. Mas nunca deixei de compor, estudar e praticar. Isso naturalmente me levou a uma atitude e comportamento de liderança na música. Ao mesmo tempo sempre desenvolvi um trabalho solo que só dependesse de mim. Em algumas ocasiões cheguei a me apresentar ao vivo e consegui concretizar essa situação em 2017, quando lancei o primeiro EP como Zé Brasil. De lá para cá, venho me apresentando nessas condições: artista solo, duo, convidado, com bandas (Apokalypsis, Delinquentes de Saturno, UHF) e no Movimento 70 De Novo.

Mondo Pop- Fale um pouco sobre a sua duradoura e consistente parceria musical e afetiva com a Silvia Helena.
Zé Brasil
– Em 17 de novembro de 1975, conheci a cantora Silvia Helena num show do Gilberto Gil no Teatro Aquarius em São Paulo. Desde então, estamos juntos na vida e na música. Casamos em 1977, lançamos nosso primeiro disco em 1976, viajamos para Europa em 1978 e constituímos, desde 1981, uma família maravilhosa com nossos filhos Alexandre e Andréa. Minha satisfação maior é quando subimos, os quatro, no palco juntos. Já com a Silvia Helena, cantamos, compomos e tocamos em duo ou com banda. O sentido da minha vida é buscar e propagar paz, amor e compaixão. Isso só foi possível a partir do nosso encontro. Acho que é o que nos define, inspira e fortalece.

Mondo Pop- Bicho Grilo, uma das faixas do seu novo CD, brinca com um certo preconceito existente contra o espírito hippie no Brasil. Fale um pouco de como é lutar contra isso, contra os estereótipos negativos.
Zé Brasil
– Acho que o humor é arte e, quando integrado positivamente na música, agrega interesse e diversidade. Procuro compor canções que lidam com os diversos sentimentos e emoções, incluindo o bom humor. Bicho Grilo, parceria com o Edu Viola, que é meu amigo desde 1968, é uma brincadeira com o estereótipo do hippie/bicho grilo, que surgiu na transição dos anos 1960 para os anos 1970 no Brasil. Éramos, de uma certa maneira, todos bichos grilos na nossa ingenuidade e esperança por um mundo melhor, apostando no rock e na Era de Aquarius.

Mondo Pop- Você foi um dos criadores do projeto 70 de Novo, em 2006. A quantas anda, e como avalia os frutos colhidos com o mesmo?
Zé Brasil
– O Movimento 70 De Novo resgatou uma década complexa da história do Rock Brasileiro. Para muitos foi o ápice da criatividade e qualidade musical dessa vertente. Por causa das condições sócio-políticas decorrentes da repressão da ditadura militar, a maioria dos artistas e músicos permanece praticamente desconhecida do grande público atual. Tínhamos dezenas de milhares, pelo menos, de seguidores naquele período, mas hoje em dia somos conhecidos por um nicho de aficionados que conhecem nosso trabalho através dos discos e registros que sobreviveram até aqui. O Apokalypsis, ao contrário das grandes bandas da época, não chegou a gravar por um capricho do destino. Apesar de ser considerado a revelação de 1975, está sendo reconhecido e apreciado por um maior número de pessoas através dos shows, discos gravados no século XXI e do documentário O Barato de Iacanga. O mesmo acontece com os grandes artistas e músicos que participam dos nossos shows/celebrações. Meu parceiro Nico Queiroz, que batizou o Movimento 70 De Novo, e eu vivemos intensamente esse tempo inesquecível do underground paulistano e brasileiro.

Mondo Pop – O seu show celebrando 70 anos de vida foi um dos últimos realizados antes da pandemia. A festa musical ocorreu poucos dias antes disso. Como você encara essa feliz coincidência?
Zé Brasil
– Chegar aos 70 anos não é fácil, mas é gratificante. Resolvi celebrar da melhor forma possível e, ao mesmo tempo, agradecer pela minha vida. Todos que compareceram receberam um CD Zé Brasil de presente. O show contou com caros e talentosos amigos que proporcionaram um belo espetáculo. Minha família compareceu em peso e a casa estava cheia de gente feliz. Foi o meu melhor aniversário até hoje.

Mondo Pop- Vivemos atualmente no Brasil um clima de muito retrocesso, com extremismos e reacionarismo no ar o tempo todo. Você iniciou sua trajetória musical na época da ditadura militar. Como compara essas duas épocas? Tem esperança de que isso mude em um futuro próximo?
Zé Brasil
– Houve um tempo em que eu evitava comparações, dualismos, dialética, essas coisas. Buscava a unidade espiritual e intelectual. Hoje, mais experiente, procuro ser tolerante e compreensivo. Meu radicalismo me forçou a dois exílios voluntários: em 1975 nos Estados Unidos e em 1978 na Europa. Fui torturado no pau-de-arara, levei choques e porradas. Não penso mais em me mudar do Brasil. Uma das principais diferenças entre os dias de hoje e os da ditadura militar é a quantidade e a facilidade de informação. É muito mais difícil, quase impossível, esconder algum fato verídico da população. Ao mesmo tempo é muito mais fácil disseminar mentiras, fake news, etc. Sempre fui progressista, a favor das mudanças, da evolução, da diversidade, da democracia… Enfim, agradeço pela minha criação e formação de caráter para enfrentar e resistir ao arbítrio, negacionismo, ignorância e fanatismo.

Mondo Pop- Aos 71 anos de idade, você se mantém mais ativo do que nunca. Qual a receita para chegar a esse momento da vida nesse pique todo?
Zé Brasil
– Paz, amor e compaixão, babe!

Mondo Pop- Bem, era “só” isso, por enquanto rsrsrsrrs Desde já, agradeço pelas respostas e um grande abraço!
Zé Brasil
– Sou eu é quem agradece, jovem e talentoso amigo.

Povo Brasileiro– Zé Brasil:

Zé Brasil esbanja categoria em seu novo EP, o estiloso 2020

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Por Fabian Chacur

Zé Brasil celebrou seus 70 anos de vida em março, em um dos últimos shows realizados em São Paulo antes da paralisação por causa da pandemia do novo coronavírus (leia mais sobre ele e o show aqui). Dando provas de que energia é o que não lhe falta, o roqueiro paulistano nos oferece um novo EP, 2020, lançado pelo selo Natural Records em parceria com a Tratore e já disponível nas plataformas digitais.

O trabalho traz para a era digital o formato do compacto duplo, disco de vinil do tamanho do compacto simples e que habitualmente nos oferecia quatro músicas. Aqui, o cantor, compositor e músico mantém esse padrão. Duas das músicas são parcerias com o jornalista Nico Queiroz, o ótimo rock básico com ecos de Creedence Clearwater Revival e Beatles de 1963 intitulado Povo Brasileiro e a quase psicodélica Beautiful People.

Festim do Fim, que Zé compôs sozinho, mescla a levada do reggae com vigorosos riffs de guitarra executados por Marcello Schevano. Aqui, como nas outras faixas, destaca-se o vocal sussurrado, quase declamado do artista, que sua parceira musical e de vida Silvia Helena harmoniza com um registro ao mesmo tempo delicado e potente, em uma combinação charmosa e envolvente.

O grande momento do EP é Desterrado no Cerrado, parceria de Zé com o lendário Rolando Castello Jr., da banda Patrulha do Espaço, que aqui também se incumbe (com maestria, como de praxe) da bateria. São quase seis minutos de uma balada hard, intensa, com bela presença dos músicos.

Aliás, além de Rolando, temos também participações de feras do calibre de André Christovam, Gerson Tatini, Tuca Camargo e o escocês Dylan Webster. 2020 é rock brazuca de primeira linha, para conhecedores e não conhecedores, com letras certeiras que equivalem a um jato de esperança em um dos anos mais difíceis vividos pela humanidade em tempos recentes.

Desterrado no Cerrado– Zé Brasil:

Zé Brasil celebra 70 anos em show com convidados em SP

Divulgação - Edgar Franz 2 zé brasil 400x

Por Fabian Chacur

O rock paulistano tem grandes representantes, e Zé Brasil é certamente um deles. Com cinco longas décadas na estrada, este cantor, compositor e músico celebrará seus 70 anos de vida com um show em São Paulo neste domingo (8) às 20h no célebre Café Piu Piu (rua 13 de maio, nº 134- Bela Vista- fone 0xx11-3258-8066), com ingressos a R$ 20,00. Um artista de rock do bom e fortemente ligado à década de 1970, agora setentão. Legal demais da conta!

Como festa boa que se preze precisa ter bons convidados para animar a coisa toda, essa trará, entre outros, figuras do alto calibre de Gerson Conrad (ex-Secos & Molhados), Esméria Bulgari (dos Mutantes) e Marinho (do Casa das Máquinas). Além, é lógico, de sua parceira de música e de vida, a cantora Silvia Helena.

O repertório conta basicamente com faixas de seu mais recente álbum, Povo Brasileiro, que traz canções ótimas como a que dá título ao mesmo e também Festim do Fim, Bicho Grilo e Mistérios Universais, entre outras. Leia mais sobre essa figura seminal do nosso velho e bom rock and roll aqui.

Povo Brasileiro– Zé Brasil:

Zé Brasil, o roqueiro classudo, lança primeiro CD solo em SP

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Por Fabian Chacur

Zé Brasil é merecedor da denominação “roqueiro classudo”. Afinal, com quase 50 anos de trajetória dedicado ao velho e bom rock and roll, nunca, jamais, perdeu a classe, mesmo perante as dificuldades que se apresentaram à sua frente nesse tempo todo. Ele enfim lança o seu primeiro álbum solo, autointitulado, e mostra esse trabalho em show em São Paulo na próxima sexta (31) às 21h30 na comedoria do Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº1.000- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Na estrada desde 1970 e com passagens por EUA, Reino Unido, França e Espanha, Zé Brasil integrou bandas bacanas como Apokalypsis, UHF, Delinquentes de Saturno e Space Patrol, esta última um embrião da Patrulha do Espaço. Parceiro do mutante Arnaldo Baptista na música Cabelos Dourados (homenagem a Rita Lee), este cantor, músico, produtor e compositor já fez trabalhos com diversos nomes do rock brasileiro. Ele é uma cabeças pensantes do projeto 70 de Novo, que busca resgatar o espírito criativo e visionário do rock dos anos 1970.

Zé Brasil, o CD, que também está disponível nas principais plataformas digitais, traz 11 faixas, sendo dez delas inéditas e uma a releitura de sua faixa mais conhecida, Novo Eden, que ele gravou em parceria com a cantora e parceira de vida Silvia Helena. Trata-se de um trabalho dos mais consistentes, no qual ele mescla rocks básicos ótimos, como Borocoxô, Louco de Rock e Passarinho Rock And Roll, com baladas roqueiras bacanas como Segredo da Vida e Tudo a Ver.

A sonoridade do cara mescla rock básico, folk e muito mais, com influências de Bob Dylan, Jethro Tull e Beatles, entre outros. Temos até um reggae, Tudo a Ver. As letras trazem mensagens positivas e bom humor. Já Era de Aquarius, Maya, Peregrino e Victor são outros momentos importantes de um CD ótimo e repleto de personalidade. Opa, citei todas as faixas do álbum… E elas mereceram!

O disco conta com a participação de diversos músicos conhecidos com os quais Zé Brasil já trocou muitas figurinhas em sua carreira, entre os quais Edgard Scandurra (Ira!), Billy Forghieri (Blitz), Rolando Castello Junior (Patrulha do Espaço), Xando Zuppo (Harpia, Patrulha do Espaço), Adriano Grineberg e Jimmy Pappon, entre outros. Além, é claro, dos vocais de Silvia Helena. No show, Zé terá a seu lado Julio Manaf (guitarra), Mario Baraçal (baixo), Alexandre Barreto (bateria) e Silvia Helena (voz). Para ver, curtir e celebrar junto!

CD Zé Brasil-ouça em streaming:

Zé Brasil mostra seu primeiro disco solo com show em SP

Ze Brasil (cantor e compositor) - Foto Marcos Trojan 2017 PB (3)-400x

Por Fabian Chacur

Em sua canção Orra Meu, Rita Lee disse que “roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido”. Na verdade, eles tem é cara de heróis. Pelo menos, aqueles pioneiros, oriundos das décadas de 50, 60 e 70. Tipo o cantor, compositor e músico Zé Brasil. Na estrada há mais de 40 anos, o cara continua aí, firme e forte. Ele é a atração em São Paulo neste sábado (12) às 19h na Sala Olido (avenida São João, nº 473- Centro- fone 0xx11-3331-8399), com ingressos a módicos R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira).

Nesse show, Zé Brasil mostrará o repertório de seu 1º disco solo, autointitulado. O disco traz uma profissão de fé em rock consistente, ora energético, ora viajante, com direito a vocais na melhor linha Bob Dylan e letras que vão direto ao assunto em termos de amor, paz, rebeldia do bem e esperança em um futuro melhor. Ao seu lado, Julio Manaf (guitarra), Mário Baraçal (baixo), Jimmy Pappon (teclados) e Silvia Helena (voz e percussão), esta última esposa e talentosa parceira.

O álbum conta com participações especialíssimas de, entre outros, Edgard Scandurra (Ira!), Rolando Castello Junior (Patrulha do Espaço), Adriano Grineberg, Akira S e Billy Forghieri (Blitz). e traz 11 faixas bem bacanas, entre as quais Segredo da Vida, Borocoxô, Big Brother, Passarinho Rock And Roll, Victor e Louco de Rock, todas inéditas, além da releitura de Novo Eden, dueto do Zé com Silvia que é a faixa mais conhecida do artista em termos discográficos.

Embora só tenha lançado um álbum solo agora, Zé Brasil é figura conhecidíssima no cenário rocker brasileiro desde os anos 1970, tendo integrado bandas como Apokalypsis, Space Patrol (Patrulha do Espaço) e UHF. Ele também capitaneia o belo projeto 70 de Novo, que procura resgatar os elementos que tornaram o rock daquela era tão especial. E, além de tudo isso, é uma figuraça, um daqueles caras com quem você é capaz de conversar durante horas, sem sentir.

Zé Brasil-Zé Brasil (CD na íntegram em streaming):

Zé Brasil e sua banda estão no projeto Virada Pro Rock SP

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Por Fabian Chacur

Como sempre costuma ocorrer no cenário musical brasileira, alguns artistas ganham superexposição e grandes destaques na mídia e nos espaços para shows, enquanto a grande maioria fica sujeita às migalhas restantes. É por isso que projetos como Virada Pro Rock SP, que terá início nesta sexta (20) às 22h no Fofinho Rock Club (avenida Celso Garcia, nº 2.728-próximo ao metrô Belém) com ingressos a R$20,00, merecem ser apoiados.

Com produção a cargo do mitológico Oswaldo Rock Vecchione, do Made in Brazil, e Gigi Jardim, Virada Pro Rock reunirá em três sextas-feiras seis bandas rockers que não são tão vistas no cenário rocker como deveriam. Uma boa oportunidade de conferi-las, e a preço módico, em um dos espaços mais tradicionais do rock paulistano.

A estreia reúne Zé Brasil & Delinquentes de Saturno e Capitão Bourbon. A primeira banda é liderada pelo cantor, compositor e músico Zé Brasil, uma das figuras mais persistentes, talentosas e carismáticas do rock brasileiro, há mais de quatro décadas na estrada. Ao seu lado, Julio Manaf (guitarra), Fausto Celestino (guitarra), Gabriel Costa (baixo) e Fernando Rapolli (bateria). Seu som é um rock viajante de primeira.

O trio Capitão Bourbon, com cinco anos de estrada, está na programação desta sexta junto com Zé Brasil e seu time afiado. No dia 4 de dezembro, teremos Three Some e Saco de Ratos, enquanto no dia 11 de dezembro encerram a programação (que esperamos possa prosseguir em breve) os grupos Dudé e a Máfia e Crom.

Paranoia– Zé Brasil & Os Delinquentes de Saturno:

Zé Brasil & Delinquentes de Saturno- Show Completo- Dynamite Pub – 04/10/2014 (SP):

Olivia Newton-John enfim irá fazer shows no Brasil!2016!

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Por Fabian Chacur

Essa notícia eu já estava sabendo desde segunda-feira (14), mas só agora poderei revelar, por questões éticas. Depois de décadas de espera, agora é oficial: Olivia Newton-John, uma das maiores estrelas da história da música pop mundial, enfim irá se apresentar ao vivo no Brasil. A cantora fará shows por aqui em março de 2016, no Rio (1º-Theatro Municipal), São Paulo (3-Espaço das Américas) e Porto Alegre (5-Teatro Araújo Viana).

E que ninguém venha com aquela conversa de que “agora ela está no fim da carreira” ou “a moça está em baixa”. Nada disso. A cantora britânica de 67 anos lançou há pouco o álbum duplo gravado ao vivo Summer Nights- Live In Vegas, gravado ao vivo em bem-sucedida estadia no hotel Flamingo Las Vegas na qual ela deu uma bela geral em seus principais hits e também lançou uma canção inédita, Grace & Gratitude.

Foi uma espera daquelas, mas certamente valerá a pena. Nascida na Inglaterra em 26 de setembro de 1948 (mesmo dia e mês de Gal Costa e Brian Ferry, curiosamente), Olivia mudou-se com a família para a Austrália aos 5 anos de idade, onde foi criada. Ela iniciou sua carreira musical em 1965. Seu primeiro sucesso foi If Not For You, de Bob Dylan e também conhecida por gravação de George Harrison.

A cantora se mostrou uma especialista em quebrar barreiras, pois se tornou uma das maiores estrelas da música country nos EUA, grande façanha para uma estrangeira. Um de seus primeiros hits nesse setor foi Let Me Be There, seguido depois pelo estouro de I Honestly Love You, que chegou ao número 1. Outros hits country da moça são Please Mr. Please e Have You Ever Been Mellow, só para citar mais dois.

Em 1978, surpreendeu a todos ao aceitar viver o papel de Sandy na versão cinematográfica do musical Grease, uma ousadia, se levarmos em conta que ela já tinha 30 anos e viveria uma jovem adolescente. Mas deu super certo a sua parceria com o então ainda iniciante John Travolta, e o filme virou um grande sucesso nas bilheterias.

Mais: rendeu vários hits em sua trilha sonora, entre os quais dois duetos de Olivia e Travolta, as trepidantes Summer Nights e You’re The One That I Want, e a balada solo Hopelessy Devoted To You. O sucesso a incentivou a dar uma guinada roqueira em 1979 com o hoje clássico álbum Totally Hot, que inclui os petardos A Little More Love e Deeper Than The Night, entre outros, um grande sucesso.

Em 1980, outra surpresa das boas: estrelou o filme Xanadu ao lado de ninguém menos do que Gene Kelly, o rei dos musicais. O filme não teve bom desempenho nas bilheterias mas virou cult depois. A trilha, no entanto, que a reuniu com a Electric Light Orchestra, estourou, com hits como Xanadu (com a ELO), Magic, Whenever You’re Away From Me (com Gene Kelly) e Suddenly (dueto com o amigo Cliff Richards).

Em 1981, veio seu maior hit solo, a contagiante Physical, que ficou dez semanas no topo da parada americana e virou uma febre como tema de vídeos de ginástica. Fez mais um filme com Travolta, Two Of a Kind, e também investiu em causas sociais. Em 1992, lutou contra um câncer de mama, mas não só o venceu como também criou uma fundação para arrecadar fundos no intuito de ajudar as vítimas dessa doença terrível.

Sempre ativa, lançou bons discos nesses anos todos, entre eles Back With a Heart (1998). O mais recente é o duplo ao vivo Summer Nights- Live In Vegas, gravado ao vivo em incluindo hits como Have You Ever Been Mellow, Xanadu, A Little More Love, Sam, Physical, Summer Nights e inúmeras outras, em um total de 22 faixas. E é esse show comemorativo de seus 50 anos de carreira que ela, ainda linda, simpática e cantando muito bem, trará ao Brasil em março de 2016. Até que enfim!

A Little More Love– Olivia Newton-John (do CD Totally Hot-1979):

Deeper Than The Night– Olivia Newton-John (do LP Totally Hot-1979):

Thiago Pethit mostra o novo CD ao vivo em Vozes do Brasil

Pethit_Foto de Fernanda Ligabue-400x

Por Fabian Chacur

O programa de rádio Vozes do Brasil, apresentado há 16 anos na Eldorado FM 107,3 pela jornalista e radialista Patricia Palumbo, gravou uma edição especial em parceria com o Red Bull Station. O artista enfocado é o cantor e compositor Thiago Pethit, que mostra ao vivo músicas de seu novo CD, Rock ‘N’ Roll Sugar Darling. A atração pode ser ouvida na íntegra nesta quarta-feira (3) às 23h na emissora paulistana. Veja vídeo aqui .

Após seu início na extinta Musical FM e já há 16 anos na Eldorado FM 107,3, Vozes do Brasil traz como atrações as revelações da música brasileira em suas várias vertentes, sempre apostando no novo e promissor. A atração já experimentou vários formatos, incluindo apresentações matutinas gravadas no Sesc Vila Mariana (SP) e gravações no Outra Margem, estúdio de Paulinho Lepetit e Vange Milliet. Tudo sempre com a apresentação descolada e charmosa de Patricia Palumbo, uma das mais antenadas, badaladas e premiadas figuras da mídia musical brasileira.

O Red Bull Station ocupa os cinco andares de um prédio construído em 1926 e tombado pelo Patrimônio Histórico de SP, e conta com um estúdio e diversos projetos experimentais de arte e música sendo desenvolvidos e implementados por lá. Vozes do Brasil pode ser ouvido nas emissoras e horários relacionados abaixo:

– São Paulo/SP: Rádio Eldorado FM 107,3, domingos, 20h

– Salvador/BA: Rádio Educadora FM 107,5, segundas 21h30

– Belo Horizonte/MG: Rádio Inconfidência FM 100,9, terças 22h

– Rio de Janeiro/RJ: Rádio MPB FM 90,3, de quarta para quinta 0h

– Belém/PA: Rádio Unama FM 105,5, sextas 21h

– Santos/SP: Rádio Litoral Jazz FM 91,9, sábados 18h

– Curitiba/PR: Rádio Lumen FM 92,5, sábados 19h, segundas 23h

– Brasília/DF: Rádio Nacional FM 96,1, sábados 22h

– Aracaju/SE: Rádio Aperipê FM 104,9, domingos 15h

– online: Rádio Web Natura Musical, quartas 19h, sábados 16h

Thiago Pethit – Rock’n’Roll Sugar Darling – feat. Joe Dallesandro:

Madonna fará shows no Brasil em dezembro

Por Fabian Chacur

Todos já sabiam, mas agora é oficial: Madonna voltará ao Brasil em breve. A cantora se apresentará por aqui para divulgar seu mais recente álbum, MDNA, além de dar uma geral em seus maiores sucessos.

Por enquanto, foram confirmadas três datas: 1/12 no Rio, no Parque dos Atletas, com ingressos de R$ 200 a R$ 850, 4/12, em São Paulo, no estádio do Morumbi, com ingressos de R$ 170 a R$ 850, e em Porto Alegre, no Estádio Olímpico, com ingressos de R$ 120 a R$ 800.

Os shows da eterna Material Girl integram a turnê mundial que será iniciada no dia 29 de maio em Tel Aviv, Israel, com previsão de 90 shows ao redor do mundo.

A primeira passagem de Madonna pelo Brasil ocorreu em 1993 durante a turnê que divulgava o álbum Erotica, um dos melhores de sua carreira. O tour foi denominado Girlie Show, e equivalia a um show repleto de elementos inspirados em cabaré.

A venda dos ingressos para os espetáculos em São Paulo e Porto Alegre serão iniciadas no dia 25 de abril, enquanto os do Rio começarão a ser comercializados a partir do dia 4 de maio. Mais informações serão postadas em breve no site www.ticketsforfun.com.br .

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