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Língua de Trapo destila o seu humor único em “último” CD

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Por Fabian Chacur

Existem inúmeras maneiras de se fazer música, todas válidas e capazes de render bons frutos. Há longos 36 anos, o Língua de Trapo resolveu criar a sua, única e facilmente reconhecível por quem os acompanha nessa trajetória mais do que peculiar. Em plena forma, o combo capitaneado pelo impagável Laert Sarrumor volta ao mundo fonográfico com O Último CD da Terra (Gênesis/Arlequim), que mantém o alto padrão de qualidade de sempre. E olha que a espera foi longa!

Trata-se do primeiro álbum da banda desde ao vivo 21 Anos na Estrada (2001), e o primeiro de inéditas desde o longínquo ano de 1992, quando Brincando Com Fogo chegou às lojas. Valeu a espera. Melhor lançar poucos e bons trabalhos do que enfiar abacaxis azedos goela abaixo do público, como muitos fazem por ai. E ao menos os caras continuaram com os shows, sem a frequência desejável mas sempre com categoria.

E o que seria essa tal fórmula própria de se fazer música implementada pelos “linguistas”? Trata-se de uma incrível mistura de ritmos musicais, indo do mega-brega ao mega-chique, passando por literalmente tudo. E tudo significa chorinho, jazz, rock, jovem guarda, blues, heavy/hard rock, country, folk, samba, brega de todos os tipos, romantismo… O que amarra isso tudo é um humor que consegue a façanha de ser cáustico, ácido e virulento, sem no entanto cair na tentação politicamente incorreta do “perco a piada, mas não perco o amigo”.

As tiradas do Língua não perdoam ninguém, mas nunca com teor ofensivo. E a provável explicação para essa façanha é o fato de não levarem ninguém a sério, especialmente eles próprios. Os compositores habitualmente gravados por eles, figuras do naipe de Laert, Carlos Melo, Guca Mastrodomênico, Ayrton Mugnaini Jr. e o saudoso Cesar Brunetti (entre outros) sabem, digamos assim, manter as amizades, sem perder as piadas jamais. Jamais!

Ouvir O Último CD da Terra equivale a uma viagem pelas programações das rádios AM de antigamente, nas quais se tocavam todos os estilos musicais, sem exceção (lógico que sempre em horários específicos, no caso de alguns deles). Se há algo de que não se pode rotular esse novo álbum de “Laert e seus Comparsas” é de monótono. As molduras musicais mudam a cada nova faixa, e às vezes em uma mesma faixa, como na impagável Os Infernautas, sátira aos viciados em internet que vai do vira a la Roberto Leal ao rap sem medo de ser feliz.

Três composições são da fase inicial da banda, o período 1980-1982, e que por um motivo ou outro nunca haviam sido gravadas: Circular 46, Amor Indigente e Ratatá no Zum-zum-zum. Sempre espere o inesperado em um disco e/ou show do Língua: ode a um pombo, encontro modelo humor negro em uma fila de hospital, o canto de um mendigo, um imitador de Bob Dylan que poderia ser o sumido Belchior, um ex-fã de rock progressivo… Tem até uma releitura do Hino Nacional Brasileiro, desta vez em homenagem aos desempregados (Hino dos Desempregados).

Em texto incluído na segunda página do encarte, o grupo afirma que este será o seu último CD. Tomara que não. Afinal de contas, eles mostram aqui que ainda tem muita lenha para queimar. E quer saber? O formato compact disc ainda ficará em cena por muito tempo, tal qual os discos de vinil e mesmo as fitas-cassete, ambos vivendo um revival improvável nos últimos anos. Quem duvida estar lá na esquina uma nova era dos CDs? E que venha um novo do Língua. Que último que nada, seus preguiçosos! Me dá o mizão e vamos logo gravar outro!

Ouça trechos das músicas de O Último CD da Terra:

Trechos do show de lançamento do CD- Sesc Pompeia abril 2016:

Rick Wakeman Nunca Mais– Língua de Trapo:

As incríveis aventuras do meu saudoso filhinho canino Jack

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Por Fabian Chacur

“Você tem dono”. Com essa frase, dita em um dia de fevereiro de 2003, cumprimentei um cachorrinho preto com detalhes em branco que estava em frente ao portão da minha casa. Eu na época tinha o Yuri, um poodle grandão, e estava a caminho de uma reunião que poderia me render um trabalho mais do que necessário. A frase fazia sentido: ele usava uma coleirinha vermelha, sem indicação de dono, nome ou endereço. Mal sabia eu que aquele era um início…

Sim, o início de uma intensa e bela relação afetiva, que durou daquele mês até o dia 23 de agosto de 2016. Voltando ao ponto inicial, retornei à noite à minha casa, e aquele carinha pretinho continuava por ali. O curioso é que ele defendia a nossa porta de estranhos. Era uma quinta-feira. Aos poucos, ele foi ficando, ficando… Não aparecia ninguém a procura-lo. E na segunda-feira seguinte, a decisão: vamos ver se ele se dá com o Yuri. Cruzamos os dedos.

Vale lembrar que aquele poodle grandão havia passado por poucas e boas no finalzinho do ano anterior, e não parecia levar jeito de que viveria por muito mais tempo, ele que na época estava com uns 11 anos e pouco. “Quem sabe se uma companhia não o deixará melhor?”, argumentou a minha esposa. E, quando cheguei em casa naquela segunda-feira, não mais um, mas dois cachorros pulavam no portão, uma espécie de Chitãozinho & Xororó caninos, me esperando.

Os dois cãezinhos se entenderam muito bem, e isso pode explicar a sobrevida que Yuri teve, ficando conosco até julho de 2004, ou seja, pelo menos um ano e meio a mais do que imaginávamos inicialmente. Só por isso, já seria abençoada a chegada daquele carinha que escolheu a minha família para fazer parte dela. Quem o batizou foi a Virgínia, que por alguma razão achou que ele deveria se chamar Jack. E Jack aquele carinha passou a ser chamado.

Após a morte de seu parceiro, ficou uns seis meses como nosso único cãozinho, mas parecia triste, e aí fomos atrás de uma parceira, que chegou no dia 8 de janeiro de 2005, a Kelly, uma serelepe cachorrinha castrada de cor cinza, com pelinho duro e alguns detalhes com cor de palha. Pronto: viraram parceirinhos. E o nome dela derivou do dele: Jack, Kelly…The Osbournes!!! Uns bons anos depois, em 2010, ainda viria o Ozzy (leia sobre ele aqui).

Jack se mostrou um ser adorável. Bem-humorado, inteligente, carinhoso na medida e um ótimo guarda. Sempre dizia a ele, “você aprendeu com o melhor professor, o Yuri, lembra do seu amigo grandão?”, e aquela lindeza pretinha, o meu bebê pretinho, sempre me olhava com cara de quem sabia de quem eu estava falando. Seu latido forte sempre chamava a atenção para quaisquer movimentos na região de casa. Mas ele era bonzinho, não mordia ninguém.

Com o decorrer dos anos, ganhou pelinhos brancos, perdeu a visão dos dois olhos e ficou um pouco mais abatido, especialmente em seus últimos dois anos. Mas reagiu como um guerreiro, especialmente após ser tratado pelo adorável veterinário Eduardo, do Rio Pequeno, um cara que realmente está na profissão certa, pois trata dos bichinhos com uma atenção e carinho de como se fossem dele. Meu Jack ganhou sobrevida, e de forma emocionante aprendeu a se movimentar mesmo sem a visão. Era muito esperto o cara!

Aí, ele passou a não ser mais o meu bebê pretinho, tornando-se então meu bebê sênior. E isso porque eu ainda não sabia da história anterior dele. Pois acreditem se quiser: tipo em 2015, uma garota de uns 24 anos parou em frente de casa e perguntou para a minha esposa se aquele cachorrinho preto não tinha aparecido em casa com uma coleira vermelha. Sim, depois de 12 anos, enfim a dona de Jack (cujo nome inicial era algo como Fluke ou coisa que o valha) aparecia.

Ela nos contou que tinha vários cãezinhos, sendo que aquele pretinho era o mais levado. Que ele tinha emprenhado outras cachorrinhas e era pai de vários cachorrinhos. Que sumiu quando ela era criança, e que nunca mais foi encontrado. Ela, anos depois, até o viu na minha casa anterior (morei em duas casas na mesma rua, uma em frente à outra, em um período de 13 anos), mas a mãe achava que não poderia ser ele. Mas era. Segunda a garota, “Fluke” (na verdade, o meu Jack) tinha uns três anos quando fugiu.

Se ele ficou 13 anos comigo e já tinha três anos quando apareceu, ele então estava com uns 16 anos de idade. Um verdadeiro Highlander canino! Só que, infelizmente, esse ser adorável acordou mal naquele fatídico 23 de agosto, e antes que fosse possível leva-lo a um veterinário, ele nos deixou. A dor foi tão grande, e continua tão grande, que só agora fui capaz de escrever esse texto para ele. Demorou, querido, mas está aqui. E nunca mais irei me esquecer de Jack, o cãozinho que me escolheu como dono. Como me sinto honrado por causa disso!

obs.: a foto que ilustra esse post não é dele. Infelizmente não tenho à mão nenhuma foto desse anjinho canino. Mas esse cachorro paranaense parece demais com ele. Vá com Deus, meu amor, e não se iluda: nunca irei me esquecer de você. E 13 anos foram pouco tempo para a gente se relacionar. Muita, muita, mas muita saudade mesmo!

The Jack– AC/DC:

Jack’s Lament Song– The Nightmare Before Christmas:

Jumpin’ Jack Flash– The Rolling Stones:

Clipe reúne Tuia e Zé Geraldo na contagiante Ainda a Mosca

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Por Fabian Chacur

Se tivesse sido lançada nos anos 1970, a música Ainda a Mosca provavelmente se tornaria um grande hit nas programações das rádios de todo o Brasil. Como as coisas mudaram muito desde então, e não necessariamente para melhor, pouca gente já conhece esse verdadeiro petardo sonoro, gravado pelo ótimo cantor, compositor e músico Tuia em parceria com Zé Geraldo. Acaba de ser lançado um clipe para divulga-la. Imperdível é pouco.

Mesclando cenas das gravações em estúdio com outras colhidas em show ao vivo, o vídeo que ilustra Ainda a Mosca aposta na simplicidade e na limpeza de imagem, com ótimo resultado. Uma forma sem complicações de divulgar uma música com letra irônica e citando Mosca na Sopa, clássico de Raul Seixas. Esse country-folk rock mostra um casamento perfeito entre as vozes de Tuia e Zé Geraldo, e o resultado entra para a galeria do rock rural brasileiro.

Com mais de 20 anos de carreira, Tuia Lencioni se firmou como um dos grandes nomes do folk brasileiro, digno sucessor (e colega) de craques como Sá, Rodrix & Guarabira, Tavito e o próprio Zé Geraldo. Seu mais recente CD, Reverso Folk (leia a crítica de Mondo Pop aqui), é um dos melhores lançamentos da música popular brasileira em 2016. Vá conferir agora, você irá me agradecer!!!

Veja o clipe de Ainda a Mosca, com Tuia e Zé Geraldo:

Peter Hook relê os hits de ex-bandas em shows no Brasil

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Por Fabian Chacur

Peter Hook virou figurinha fácil no Brasil. Desde sua primeira visita por aqui, em 1988, o baixista, cantor e compositor britânico tocou por aqui inúmeras vezes. E em dezembro ele nos visitará mais uma vez. Felizmente, cada visita nos proporciona novos repertórios, e desta vez não será diferente. Ele apresentará o show Peter Hook & The Light Performing Substance- The Albums Of Joy Division & New Order em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre (veja mais informações no fim deste post).

Desde que saiu do New Order, em 2007, Peter Hook montou uma nova banda, a The Light, que tem a seu lado Jack Bates (baixo, é seu filho), David Potts (guitarra), Andy Doole (teclados) e Paul “Leadfoot” Kehoe (bateria). Em seus shows, eles tem se proposto a tocar em sequência cronológica e na íntegra os trabalhos marcantes de Joy Division e New Order, sempre mudando os discos/repertórios de tempos em tempos.

Após shows por aqui em 2011, 2014 e 2015, a The Light agora traz como foco o repertório de suas coletâneas, ambas com o mesmo nome, Substance. A primeira saiu no formato vinil (2 LPs) em 1987 e dá uma geral nos principais sucessos do New Order enquanto a outra chegou ao mercado fonográfico em 1988, com um único bolahão, e conta com os singles de maior êxito da carreira do Joy Division.

Entre outras, teremos clássicos do naipe de Bizarre Love Triangle, Blue Monday, Ceremony, Perfect Kiss, Temptation e Thieves Like Us , do New Order, além de Atmosphere, Dead Souls, Love Will Tear Us Apart, She´s Lost Control e Transmission, do Joy Division.

Considerado um dos mais originais e influentes baixistas da história do rock, Peter Hook também participou dos grupos Revenge (com o qual lançou um CD e tocou no Brasil), Monaco (que lançou dois CDs) e Free Bass, este último ao lado de outros dois baixistas ilustres, Mani (do The Stone Roses) e Andy Rourke (dos Smiths, outro que sempre está no Brasil). Em breve, ele lançará um novo livro, Substance- Inside New Order, com 768 páginas e sucessos de livros que Hook lançou respectivamente sobre o bar Hacienda e o Joy Division.

PETER HOOK SERVIÇO SHOWS:

RIO DE JANEIRO

Local: Teatro Rival – Rua Álvaro Alvim 33/37, subsolo – Cinelândia, Rio de Janeiro / RJ. Telefone: (21) 2240-4469.

Data: 1º de dezembro 22h

Ingressos: Lote 1 – meia entrada: R$80 / inteira: R$160. Lote 2 – meia entrada: R$100 / inteira: RS200.

•Online: www.ingresso.com

PORTO ALEGRE

Local: Bar Opinião – R. José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa, Porto Alegre / RS.

Data: 3 de dezembro 20h30.

Ingressos: de R$ 80,00 a R$ 220,00

•Online: www.minhaentrada.com.br/opiniao

SÃO PAULO

Local:Cine Joia -Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade, São Paulo/ SP. Telefone (11) 3101-1305.

Data: 6 de dezembro 22h.

Ingressos: Lote 1 – meia entrada: R$70 / inteira: R$140. Lote 2 – meia entrada: R$80 / inteira: RS160.

•Online: www.livepass.com.br

Ceremony(live)- Peter Hook & The Light:

Temptation (live)- Peter Hook & The Light:

Blue Monday (live)- Peter Hook & The Light:

Amelinha mostra nova fase e hits com três shows em SP

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Por Fabian Chacur

Após 12 anos longe do mercado fonográfico, Amelinha lançou em 2014 o CD Janelas do Brasil, seguido em 2015 por um DVD de mesmo nome gravado ao vivo no Teatro Fecap, em São Paulo. Ela volta à capital paulista para divulgar esses trabalhos com shows de sexta a domingo (26 a 28/8), sempre às 19h15, na Caixa Cultural (praça da Sé, nº 111-Centro- fone 0xx11-3321-4400), com ingressos gratuitos que podem ser retirados a partir das 9h do dia de cada show (um par por pessoa).

O repertório do espetáculo mescla grandes sucessos dos 40 anos de carreira da cantora cearense, entre os quais Frevo Mulher, Foi Deus Quem Fez Você, Mulher Nova Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor e Romance da Lua Lua com as canções mais recentes Felicidade (Marcelo Jeneci e Chico Cesar) e O Silêncio (Zeca Baleiro). Ao seu lado, os violonistas Julinho Braw e Cesar Rebechi, que dão ao show uma aura acústica e bastante elegante e contagiante.

Amelinha iniciou sua carreira na década de 1970, e seu primeiro trabalho profissional foi em uma turnê com Toquinho e Vinícius de Moraes. Em 1976, lançou o primeiro LP, Flor da Terra, mas o sucesso veio mesmo em 1979 com a empolgante Frevo Mulher. A partir daí, a cantora emplacou vários hits, com voz potente e repertório repleto de canções bacanas, como Galos Noites e Quintais (Belchior) e tantas outras.

Frevo Mulher (ao vivo)- Amelinha:

Foi Deus Quem Fez Você (ao vivo)- Amelinha:

Galos, Noites e Quintais (ao vivo)- Amelinha:

Polysom relança em vinil fase progressiva dos Mutantes

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Por Fabian Chacur

Após ter lançado uma caixa com seis LPs da fase dos Mutantes com Rita Lee, a Polysom agora completa a discografia anos 60/70 da banda paulistana no formato bolachão colocando nas lojas versões em vinil de 180 gramas com prensagem premium e remasterizadas dos álbuns Tudo Foi Feito Pelo Sol (1974) e Ao Vivo (1976), discos que na época saíram com o selo da Som Livre, a gravadora global. São trabalhos muito interessantes.

Tudo Foi Feito Pelo Sol marca o início de uma nova era do grupo, que mantinha de sua escalação clássica apenas Sergio Dias (guitarras, violão, sitar e voz), agora acompanhado por Túlio Mourão (piano, órgão Hammond, Minimoog e voz), Antonio Pedro de Medeiros (baixo e voz) e Rui Mota (bateria, percussão e voz). Com sete faixas, o álbum marca a adesão dos músicos ao rock progressivo na melhor tradição de Yes, Emerson Lake & Palmer e outros, e vendeu na época 30 mil cópias, a melhor marca da história desses roqueiros.

Ao vivo trouxe mais novidades, com as saídas de Antônio Pedro e Tulio Mourão. O quarteto agora era integrado por Sergio Dias (guitarras, violão, sitar e voz), Paul de Castro (guitarra e violino), Luciano Alves (teclados) e Rui Mota (bateria, percussão e voz). Ao contrário do que se poderia esperar, o disco gravado ao vivo no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro trouxe 12 faixas inéditas, sem canções antigas.

Tudo Foi Feito Pelo Sol- Os Mutantes (LP em streaming):

Mutantes Ao Vivo- Os Mutantes (LP em streaming):

Jamie Cullum toca em Sampa no Samsung Best Of Blues

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Por Fabian Chacur

Após o sucesso das apresentações da dupla Richie Sambora e Orianthi, o Samsung Best Of Blues trará a São Paulo mais uma atração de primeiríssimo escalão. Trata-se de Jamie Cullum. O cantor, compositor e tecladista britânico tocará em São Paulo no dia 21 de outubro às 22h no Tom Brasil (rua Bragança Paulista, nº 1.281- call center: 0xx11-4003-1022), com ingressos custando a partir de R$125,00. A produção é da Dançar Marketing. Tipo do show imperdível.

Nasido em 20 de agosto de 1979, Jamie Cullum começou a tocar piano ainda garoto, e rapidamente adquiriu uma habilidade incrível no instrumento. Seu primeiro CD, Jamie Cullum Trio- Heard It All Before, saiu pela via independente em 1999, seguido posteriormente por Pointless Nostalgic (2002). O sucesso comercial veio em 2005 com o terceiro CD, Twentysomething, com grande vendagem no Reino Unido.

O principal mérito de Jamie é o fato de ser um exímio tecladista, capaz de solos intrincados, mas que não se rende a sonoridades excessivamente elaboradas ou difíceis de serem decodificadas pelo público médio. Ele é jazzista, sim, mas sabe incluir boas doses de soul, funk e pop em sua musicalidade, o que gera um trabalho contagiante, com espaço para o virtuosismo mas no qual a paixão pela música fala mais alto. E o cara ainda canta muito bem. O pacote perfeito…

Em seus shows, ele mescla composições próprias, standards jazzísticos e canções de autores do pop e rock como Jimi Hendrix, Elton John e Stevie Wonder, entre outros, sempre com releituras personalizadas incríveis. Quem já o ouviu cantando Rocket Man sabe do que estou falando. Vi Jamie Cullum ao vivo em São Paulo em 2006, na extinta Via Funchal, e posso garantir que foi um dos melhores shows que já vi, com o artista esbanjando carisma e simpatia com o público.

O Samsung Best Of Blues é um evento que já trouxe ao Brasil grandes nomes da música internacional, entre os quais gente do gabarito de Jeff Beck, George Benson, Ben Harper, Chris Cornell (cantor das bandas Soundgarden e Audioslave), Buddy Guy, John Mayall e a dupla Richie Sambora (ex-Bon Jovi) e Orianthi, entre outros.

Última dica: a releitura de Cullum para Don’t Stop The Music, de Rihanna, dá de dez a zero na versão original.

Don’t Stop The Music– Jamie Cullum:

Everlasting Love– Jamie Cullum:

What a Difference a Day Made (ao vivo)- Jamie Cullum:

Canto Cego lança seu 1º CD e faz um show no Imperator-RJ

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Por Fabian Chacur

Na estrada desde 2010, a banda Canto Cego está lançando seu primeiro álbum, Valente. O CD, com direito a capa digipack, encarte luxuoso e produção do experiente Felipe Rodarte, será apresentado ao público carioca com um show nesta quinta-feira (18) às 20h30 no Imperator (rua Dias da Cruz, nº 170- Meier- fone 0xx21-2597-8512), com ingressos a R$ 5,00 (meia) e R$ 10,00 (inteira). Boa chance para se conferir ao vivo um bom expoente da nova safra roqueira do Brasil.

Integram o grupo carioca Roberta Dittz (vocal),Rodrigo Solidade (guitarras, violão e vocais de apoio), Magrão Kovoc (baixo e vocais de apoio) e Ruth Rosa (bateria e vocais de apoio). O seu som é um rock vibrante, com direito a boas passagens de guitarra, vocais expressivos, boas letras e o carisma da cantora Roberta Dittz, que também assina a maior parte das letras. A música O Dono da Ordem é uma parceria de Dittz com Marcelo Yuka (ex-O Rappa), que por sinal assina sozinho outra faixa do álbum, Eu Não Sei Dizer.

Além de um bom repertório autoral que inclui faixas como Nuvem Negra e Vão, o quarteto nos proporciona em seu CD uma bela e original releitura de Zé do Caroço, um dos grandes clássicos da consagrada sambista Lecy Brandão. O Canto Cego tem fãs ilustres como o baixista, compositor, produtor e ex-integrante do Barão Vermelho Dé Palmeira. Os integrantes do time também atuam em áreas como poesia, artes plásticas, grafite e produção cultural.

Nuvem Negra (clipe)- Canto Cego:

Vão (clipe)- Canto Cego:

Max de Castro celebra Prince e toca com músicos da NPG

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Por Fabian Chacur

Em abril deste ano, perdemos Prince, um dos grandes nomes da história da música pop. Naquela época, Max de Castro estava em Los Angeles, fazendo contato com o baixista Andrew Gouche, da banda New Power Generation (NPG), que tocou com o astro de Minneapolis durante muitos anos. Na hora surgiu a ideia de um show no Brasil homenageando o autor de Purple Rain. Esta apresentação se concretizará nesta sexta-feira (19) à meia-noite no Cine Joia (Praça Carlos Gomes, nº 82- Liberdade-fone 0xx11-3101-1305), com ingressos a R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00 (inteira).

Ao ser convidado para tocar com Max no Brasil, Gouche sugeriu o nome de outros músicos da NPG para entrarem no time, e Dominique Taplin (teclados) e Cassandra O’Neal (teclados e vocal) toparam. Gorden Campbell, baterista que já tocou com Earth Wind & Fire e George Duke, e os brasileiros Sidmar Vieira (trompete), Will Boné (trombone), Denílson Martins (sax barítono) e Josué dos Santos (sax tenor) completam a banda, que poderá ter convidados especiais surpresa.

O repertório da apresentação vai privilegiar as canções mais dançantes do saudoso astro americano, entre as quais Kiss, I Wanna Be Your Lover, When Doves Cry, 1999 e outras com a mesma pegada. Vale lembrar que Prince só tocou duas vezes no Brasil, ambas em janeiro de 1991 durante a segunda edição do Rock In Rio, no estádio do Maracanã, com direito a performances inesquecíveis. O show de Max de Castro terá a abertura do projeto Discopédia, dos DJs Nyack, Dandan e Marco.

Onda Diferente– Max de Castro:

Samba Raro– Max de Castro:

Apenas Uma Mulher– Max de Castro:

André Frateschi e Heroes com o melhor de Bowie em Sampa

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Por Fabian Chacur

Aos 7 anos de idade, André Frateschi ouviu pela primeira vez o antológico álbum Alladin Sane (1973), de David Bowie. Nascia uma paixão que iria gerar, em 2005, o surgimento da banda Heroes, com a qual o cantor, compositor e ator já fez inúmeros e concorridos shows com o repertório do saudoso astro britânico. Ele se apresenta em São Paulo nesta sexta (12) e sábado (13), às 21h, no Teatro Morumbi Shopping (avenida Roque Petroni Junior, nº 2.800- estacionamento do piso G1- fone 0xx11-5183-2800), com ingressos a R$ 25,00 (meia) e R$ 50,00 (inteira).

Pode se dizer que Frateschi realmente incorporou o personagem que representa em seus shows. Acompanhado por ótimos músicos, ele não só canta com muita garra e categoria as sofisticadas músicas do Camaleão do Rock, como também possui uma performance cênica que torna suas apresentações temáticas ainda melhores. Fica claro para todos que ele realmente ama as canções que interpreta, fugindo de cair na armadilha de um projeto caça-níqueis ou coisa que o valha.

A Heroes tem em seu repertório mais de 80 canções de David Bowie ensaiadas, o que possibilita a eles fazer shows bastante distintos uns dos outros. Para essas apresentações em São Paulo, estão previstas algumas canções que priorizam o piano, como All You Pretty Things e Changes, hits como Ziggy Stardust, Let’s Dance, China Girl, Space Oddity e Starman e também Lazarus, esta lançada no início de 2016 no álbum Blackstar, lançado dois dias antes da morte do genial astro britânico.

Além do trabalho com as músicas de David Bowie, Frateschi também ficou conhecido ao participar da turnê de aniversário de 30 anos do primeiro álbum da Legião Urbana ao lado de Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá como o vocalista principal. Ele lançou em 2014 seu primeiro álbum autoral, Maximalista, que conta com a participação especialíssima de Mike Garson, pianista que fez inúmeras gravações e shows com David Bowie, incluindo o demencial solo em Alladin Sane.

Under Pressure (ao vivo)- André Frateschi e Miranda Kassin:

Life On Mars (ao vivo)- André Frateschi:

Cracked Actor (ao vivo)- André Frateschi:

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