Mondo Pop

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E como foi 2010 na área da musica? Heim?

Por Fabian Chacur

Na hora de se fazer balanços anuais em setores específicos, cada um segue habitualmente sua linha de pensamento.

Na área da música, no caso de 2010 certamente teremos os saudosistas, dizendo que nada de novo surgiu que valesse a pena.

Por outro lado, sempre surgem os entusiasmados com as novidades, pintando um mundo totalmente novo baseado nos últimos meses/anos.

Não dá para negar que foi um ano ótimo para Restart (foto), Justin Bieber, Lady Gaga, Beyoncé Knowles, Lady Antebellum, Black Eyed Peas, Taylor Swift, Michel Teló, Luan Santana, Scissor Sisters e Maria Gadú, só para citar alguns.

Se eles são bons ou se provarão que mereceram o destaque recebido durante 2010, só mesmo o tempo dirá.

Afinal de contas, quem é que se lembra, atualmente, de MC Hammer, Vanilla Ice, Extreme, Limp Biskit, Herman Hermits, Inimigos do Rei, Vanessa Rangel e Luka, só para citar artistas com muito destaque em determinados anos, mas que sumiram para nunca mais?

No entanto, destaques como Beatles, The Doors, Gilberto Gil, Green Day, Guns N’ Roses, Marisa Monte, Lulu Santos, Tom Petty, James Taylor, U2 e Skank continuam referência de qualidade musical.

A vida é assim. Portanto, antes de caírem na fácil tarefa de execrarem os Restarts da vida, que tal dar a eles o benefício da dúvida?

Um mais do que feliz 2011 é o que Mondo Pop deseja a todos aqueles que fazem da música sua trilha sonora, sua razão de viver, seu curativo para dores, sua fonte de prazer, sua droga sem contraindicação!

Veja o clipe de Any Which Way, do Scissor Sisters, clássico de 2010:

E para quem não se lembra, Ice Ice Baby, de Vanilla Ice, de 1990:

Taylor Swift estoura com seu Speak Now

Por Fabian Chacur

Taylor Swift completou 21 anos nesta segunda (13). Novinha, a moça já pode ser considerada uma das grandes estrelas pop da nova geração.

Seu terceiro álbum Speak Now, que a Universal Music acaba de lançar por aqui em edição luxuosa, obtém até agora um desempenho comercial excepcional.

Em sua semana de lançamento, o álbum vendeu em torno de 1.1 milhão de cópias, entrando direto no primeiro posto da parada americana.

Para que vocês possam ter uma idéia do tamanho dessa façanha, nos últimos três anos alguns álbuns atingiram o topo da parada da Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial, vendendo em torno de 100 mil cópias em sua semana inicial nas lojas.

Ou seja, a loirinha vendeu “apenas” onze vezes mais nesse período do que isso com o seu Speak Now.

Seria ela, então, mais um desses fenômenos pop malas do tipo Justin Bieber?

Não exatamente. Já começa pelo fato de a bela loirinha ser compositora das músicas que grava.

Boa autora, diga-se de passagem. Ela domina bem os cânones de sua área, que é o country com forte tempero pop rock.

Sua voz é boa de se ouvir, embora não tenha lá essa extensão toda e também não tenha timbre incomum ou coisa do gênero.

Mas ela sabe usá-la com inteligência e jogo de cintura, sempre apelando para refrãos pegajosos e bem construídos, com vocais de apoio precisos.

Speak Now abre com força total graças às excelentes e sacudidas Mine e Sparks Fly, no melhor estilo pop rock que consagrou o Fleetwood Mac.

O álbum apresenta uma alternância de canções mais vigorosas e outras melódicas e românticas, que no entanto não caem no brega mais escancarado.

A moça tem bom gosto e tem a preocupação de dosar apelo comercial ao desejo de inovar e colocar sua assinatura própria no que grava.

Mean, Speak Now, Better Than Revenge e Last Kiss são outros momentos bacanas de um disco muito bom de se ouvir.

Ela pode ser considerada uma irmãzinha do trio Lady Antebellum, sobre o qual já escrevi aqui em Mondo Pop e que também manda um country pop de primeiríssima linha. Outro bom destaque da nova geração pop.

Speak Now tem obviamente o auxílio luxuoso de clipes repletos de recursos visuais, shows superproduzidos e coisas do gênero para divulgá-lo.

Mas a música contida nele seria suficiente para tornar a mocinha uma estrela.

Como é bom ver que isso ainda existe na atual indústria fonográfica, quando tudo parece tão previsível, tão construído sob medida, tão falso…

Adoro Kanye West, mas ele foi um idiota ao praticamente agredir a moça em 2009 durante uma premiação da MTV, ao não se conformar que ela, e não sua amiguinha Beyoncé Knowles, faturasse um dos prêmios.

Quer saber? Taylor soa mais sincera e visceral do que a atual rainha da música negra americana. Pronto, escrevi!

Maroon 5 garante a animação do seu bailinho

Por Fabian Chacur

Certas bandas surgem para revolucionar a música e fazer sucesso, tipo Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Nirvana etc.

Outras vivem a frente de seu tempo e só depois têm seu valor reconhecido, como Velvet Underground, Big Star, Joy Division.E existe uma outra categoria bem bacana.

É a que comporta as bandas que, sem revolucionar, nem influenciar, nem causar tanto frisson, acabam fazendo a trilha sonora dos melhores bailes em seus tempos de existência. Suas músicas embalam festas, viram trilhas sonoras de romance e, no fim das contas, vivem para sempre.

Exemplos não faltam nesse caso. Alguns bem bacanas: The Hollies, Three Dog Night, Bread, The Doobie Brothers, Inxs…. Uma jovem inclusão nesse time vencedor é o quinteto americano Maroon 5.

Com seu terceiro álbum de estúdio, o ótimo Hands All Over, que a Universal Music acaba de lançar no Brasil, eles se firmam como fornecedores de hits pra cima e bacanas para as festas da rapaziada do mundo afora.

Com uma década de estrada e nascida das cinzas da banda Kara’s Flowers, o Maroon 5 é integrado por Adam Levine (vocal, guitarra, teclados), Jesse Carmichael (guitarra e teclados), Mickey Madden (baixo), James Valentine (guitarra) e Matt Flynn (bateria).

Seu álbum de estreia, Songs About Jane (2003), emplacou os hits Harder To Breathe, This Love e She Will Be Loved, apresentando uma banda com um som entre o rhythm and blues moderno, o soul, o rock e o pop.

Influências: Inxs, Simply Red, Jamiroquai e até Michael Jackson.

O álbum seguinte, It Won’t Be Soon Before Long (2007) atingiu o primeiro lugar na parada americana, graças a hits como Makes Me Wonder, If I Never See Your Face Again (que eles também gravaram ao lado de Rihanna em disco da cantora) e Won’t Go Home Without You.

Eles encararam agora com categoria a responsabilidade de dar sequência ao estouro dos trabalhos anteriores, e contaram com o apoio do multiplatinado produtor Robert John Mutt Lange, o mesmo por trás de trabalhos marcantes de AC/DC, Bryan Adams, Deff Leppard e Shania Twain (sua ex-mulher).

A produção de Lange aparece de forma discreta e não tira as características que marcam o Maroon 5 desde seu início: a ótima voz de Levine (que se vale do falsete com categoria), o swing de suas batidas rítmicas e os sempre bem arranjados vocais de apoio.

Misery, primeiro single a ser divulgado e a faixa de abertura do álbum, é daqueles hits instantâneos, sendo na linha de Makes Me Wonder mas sem soar como cópia. Acho até melhor do que sua antecessora.

Stutter soa como aqueles rocks com leves pitadas country que fizeram a fama de Shania Twain. Popíssima e de levada dançante, Don’t Know Nothing tem um quê de anos 80, e agrada bem.

I Can’t Lie apresenta uma mistura de soul e pop que lembra bastante o Simply Red. A faixa título é o momento mais pesado do álbum, com guitarras mais ardidas e batida cadenciada a la hard rock.

Just A Feeling é aquela balada rhythm and blues delicada que as rádios adoram tocar à exaustão, embora bem mais inspirada do que a maior parte da produção recente nessa praia musical. É tocar e virar hit.

Runaway investe bem na eletrônica, com um refrão daqueles pegajosos e toques roqueiros.

Out Of Goodbyes conta com a parceria do trio country-pop-rock Lady Antebellum (comentei o segundo e ótimo álbum deles aqui em Mondo Pop), e a mistura de caldo do bom, em uma balada soul country que também tem toda a cara de hit.

O álbum é encerrado com um cover quase nota por nota de Crazy Little Thing Called Love, do Queen, que ficou interessante mas que soa deslocado do resto do álbum, tendo sido encaixado no lugar certo, ou seja, no final.

Hands All Over é daqueles discos perfeitos para você colocar na trilha sonora da sua festinha, logicamente para quem é fã de pop bem feito. Dá para dançar de rosto colado, pular feito doido e se divertir a vontade.

Não revoluciona, não vai virar um recordista de vendas como Thriller, mas certamente cativará os ouvidos de muita gente boa por aí. Merecidamente.

Obs.:  eu vi os caras ao vivo no Brasil em sua mais recente visita, em 2008 (fiz crítica aqui em Mondo Pop, também): eles seguram a onda e tocam muito bem, pondo o povão para dançar sem grande dificuldade.

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