Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

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Robbie Robertson, 80 anos, um dos integrantes do The Band

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Por Fabian Chacur

The Band foi uma das bandas mais incríveis e seminais da história do rock. Em sua fase áurea, entre 1968 e 1977, produziu um trabalho consistente, sólido e no qual seus 5 integrantes tinham participação ativa. Nesta quarta-feira (9), perdemos mais um deles, o guitarrista e principal compositor, Robbie Robertson. Ele nos deixou aos 80 anos, vítima de uma doença não revelada por seu empresário, Jarred Levine.

Nascido em Toronto, Canadá, em 5 de julho de 1943, Robertson foi uma espécie de menino prodígio do rock. Aos 16 anos, não só já integrava a banda de apoio do roqueiro americano radicado no Canadá Ronnie Hawkins como ainda tinha duas músicas gravadas por ele. E esse grupo de apoio acabou sendo o berço do que viria a ser o The Band.

Após deixar Hawkins para tentar a própria sorte, a partir de 1964, o grupo se envolveu com ninguém menos do que Bob Dylan, acompanhando-o com variações na formação entre o fim de 1965 e meados de 1966 no início da fase mais roqueira daquele artista. Em 1967, Dylan se recuperou de um grave acidente de moto e eles gravaram juntos músicas que só seriam lançadas oficialmente em 1975 no seminal álbum The Basement Tapes.

Poucos grupos poderiam usar um nome tão aparentemente arrogante, The Band (a banda), sem soar como pretensiosos, e esse quinteto podia se dar a esse luxo sem sustos. Além de Robbie, que era o guitarrista e seu principal compositor, tínhamos um talentoso multi=instrumentista, Garth Hudson (agora, o único do grupo ainda entre nós) e três grandes vocalistas e músicos.

Levon Helm (1940-2012), o único norte-americano do time, tinha uma voz mais áspera, além de tocar bateria. Rick Danko (1942-1999), o baixista, era o rei das harmonizações vocais, e Richard Manuel (1943-1986) tinha uma linda voz e também tocava piano.

Juntos, eles criaram uma sonoridade que poderia ser definida de forma muito abrangente por country soul, pois mistura de forma extremamente original rock, soul music, country, folk e música americana tradicional. Nas composições de Robertson, ele usava temas como religiosidade, fé e as culturas americana e canadense.

Quando Music From Big Pink saiu, em 1968, conquistou rapidamente a crítica especializada, o público e os colegas músicos, especialmente gente do gabarito de Eric Clapton e George Harrison, trazendo músicas marcantes como The Weight, que virou uma espécie de cartão de visitas do grupo, além de ter sido incluída em várias trilhas de filmes.

Além de gravar as músicas de Robertson, The Band também registrou várias músicas de Bob Dylan e fez alguns covers muito bacanas em seus anos de ouro. Eles ainda arrumaram tempo para uma nova parceria com o autor de Blowin’ In The Wind em 1974, que rendeu um álbum de estúdio, Planet Waves, e um ao vivo simplesmente espetacular, Before The Flood.

Em 1976, Robertson decidiu que havia chegado a hora de sua banda encerrar a sua trajetória, não sem antes realizar um último show, registrado por Martin Scorsese e gerando o excelente filme The Last Waltz (1978- exibido no Brasil como O Último Concerto de Rock).

Como legado, deixaram álbuns incríveis como o já citado Music From Big Pink e também pelo menos The Band (1969), Stage Fright (1970) e outro álbum ao vivo simplesmente matador, Rock Of Ages (1972). Se bem que qualquer um dos discos desse período merece ser ouvido com carinho, pois são todos no mínimo ótimos.

Das composições de Robbie Robertson gravadas pelo The Band, podemos citar como exemplos de excelência maravilhas do naipe de Chest Fever, Acadian Driftwood, Up On Creeple Creep, The Shape I’m In, The Night They Drove Old Dixie Down e Rag Mama Rag, só pra começo de conversa. Ouça essas e tente não querer ouvir muitas outras…

O The Band voltaria à ativa nos anos 1980, mas sem Robbie Robertson, que preferiu se dedicar à carreira-solo, compondo trilhas incidentais para diversos filmes de Martin Scorsese, entre os quais The Colour Of Money (A Cor do Dinheiro-1987), que emplacou o hit It’s In The Way That You Use It, interpretado por seu parceiro nesta composição, Eric Clapton.

Robertson lançou discos solo muito elogiados pelos críticos e com resultados comerciais aceitáveis, como Robbie Robertson (1987- com participações de U2 e Peter Gabriel), Storyville (1991) e How To Become a Clayrvoyant (2011), este último com participações de Eric Clapton, Steve Winwood, Trent Reznor e Tom Morello e atingindo o 13º posto nos EUA, sua melhor performance fora do The Band.

The Weight (ao vivo em Woodstock)- The Band:

George Israel celebra 40 anos de estrada com show em SP

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Por Fabian Chacur

George Israel celebra 40 anos de carreira com um show cujo título já entrega a intenção básica: Baile do George #40. Ele mesclará músicas do Kid Abelha, grupo que criou em 1981 e que o tornou famoso nacionalmente, com outras composições suas e também músicas alheias que tem a ver com a sua formação em termos musicais. A apresentação será nesta sexta (11) às 22h30 em São Paulo no Blue Note São Paulo (avenida Paulista, nº 2073- 2º andar- saiba mais aqui).

Cantor, compositor e saxofonista, George Israel escreveu várias músicas com Cazuza, entre elas Brasil, Solidão Que Nada, Burguesia e Amor Amor. Aliás, um de seus três discos solo, 13 Parcerias Com Cazuza (2010), reúne algumas dessas canções, gravadas ao lado de convidados especiais como Elza Soares, Paulo Ricardo, Marcelo D2 e Ney Matogrosso.

No Kid Abelha, George foi coautor de hits como Lágrimas e Chuva, Amanhã é 23, Grand’ Hotel, No Seu Lugar e Eu Tive Um Sonho, entre outros. Além de participar de gravações de Ritchie, Paralamas do Sucesso, Biquini Cavadão e Bliz, ele também criou grupos paralelos como Os Britos e os Roncadores.

Eu Tive Um Sonho (ao vivo)- George Israel:

Ritchie inicia turnê de 40 anos de seu icônico álbum de estreia

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Por Fabian Chacur

Ritchie é o mais brasileiro dos ingleses, ou o mais inglês dos brasileiros, como preferirem. Radicado no Brasil desde os anos 1970, ele estourou nacionalmente em 1983 com o seu álbum de estréia, Voo de Coração, que inclui o megahit Menina Veneno. Para celebrar os 40 anos desse lançamento icônico, o cantor e compositor fará a turnê nacional A Vida Tem Dessas Coisas, cujo início será nesta sexta (11) no Vivo Rio e no domingo (13) no Espaço Unimed, em São Paulo.

Em parceria com a experiente e competente Top Cat Produções Artísticas, Ritchie preparou um show repleto de recursos tecnológicos e no qual contará com uma afiada banda de apoio composta por Eron Guarnieri (teclados e vocais), Igor Pimenta (baixo), Renato Galozzi (guitarra, Violão e vocais), Hugo Hori (sax, flauta e vocais) e Luiz Capano (bateria).

O repertório trará os maiores sucesso da carreira do artista, entre os quais Menina Veneno, Casanova, A Vida Tem Dessas Coisas, Pelo Interfone, Voo de Coração e Transas. Rita Lee, que foi decisiva na vinda de Ritchie ao Brasil, será homenageada com uma releitura de Ando Meio Desligado, dos Mutantes.

No dia 19 de agosto, Ritchie dividirá o palco com o guitarrista britânico Steve Hackett, ex-integrante do grupo Genesis e que participou da faixa Voo de Coração com um solo de guitarra impactante. Será um show gratuito na praia de São Francisco, em Niteroi.

Eis a atual agenda da turnê A Vida Tem Dessas Coisas:

11 de AgostoRio de Janeiro

Vivo Rio- Av. Infante D. Henrique, 85 – Parque do Flamengo

Phone: 55.21. 2531-1227 – Web: http://www.vivorio.com.br/

13 de AgostoSão Paulo

Espaço Unimed -R. Tagipuru, 795, Barra Funda – São Paulo – SP – ZC 01156-000

Phone: +55 (11) 3864-5566 – Web: http://espacounimed.com.br/

19 de Agosto – Niteroi:

Praia de São Francisco S/N – Aberto ao Público sem cobrança

Praça do Rádio Amador S/N – Praia de Sao Francisco – Niterói – Rio

Telefone: +55(21) 2722-1973 – Web: http://www.niteroi.rj.gov.br

15 de SetembroJuiz de Fora

Grande Theatro Central-Praça João Pessoa, S/N – Centro, Juiz de Fora – MG, 36010-150

(32) 3215-1400 Web: https://www.theatrocentral.com.br

16 de Setembro – Belo Horizonte:

Teatro Palácio das Artes: Avenida Afonso Penas 1.537, Centro Belo Horizonte

Phone :31.3236-7400 Web: http://www.fcs.mg.gov.br

18 de Outubro – Curitiba

Teatro Guaíra- R. XV de Novembro, 971 – Centro, Curitiba – PR, 80060-000

Telefone: (41) 3304-7900 Web: https://www.teatroguaira.pr.gov.br

20 de Outubro – Porto Alegre

Teatro Bourbon Country- Av. Túlio de Rose, 80 – 71 – Jardim Europa, Porto Alegre – RS, 91340-110

Telefone: (51) 3375-3700 Web: https://www.teatrodobourboncountry.com.br/

21 de Outubro – Florianópolis

UFSC – Centro de Cultura e Eventos- R. Des. Vítor Lima, 117 – Trindade, Florianópolis – SC, 88040-400

Telefone: (48) 3721-3853 Web: https://dac.ufsc.br/espacos-culturais/teatro-da-ufsc

Casanova (clipe)- Ritchie:

Herb Alpert relê tema de filme e lança novo álbum em setembro

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Por Fabian Chacur

Em meio a tantas partidas de grandes nomes da música ocorridas nos últimos tempos, nada melhor do que celebrar alguém lendário que continua firme e forte entre nós. Alguém como Herb Alpert. O lendário trompetista norte-americano também conhecido como o fundador da gravadora A&M Records se mostra bem ativo aos 88 anos de idade. Ele acaba de divulgar um novo single, que vai integrar o álbum Wish Upon a Star, previsto para sair no dia 15 de setembro.

Trata-se de East Bound And Down. Esta composição do artista country Jerry Reed foi o tema principal do filme Smokey And The Bandit (exibido no Brasil como Agarra-me Se Puderes), de 1977, estrelado por Burt Reynolds e Sally Field e um grande sucesso em termos de bilheterias em todo o mundo.

O tema country dançante ficou delicioso na releitura de Alpert, que mostra sua categoria e bom gosto ao tocar o trompete. A linda capa do álbum certamente é uma pintura de sua autoria, pois ele passou a se dedicar a essa arte a partir de um determinado momento de sua trajetória.

Herb Alpert tornou-se conhecido mundialmente nos anos 1960 com a sua Tijuana Brass, orquestra que tinha como marca registrada temas instrumentais deliciosos que se dividiam entre pop, música latina, jazz e o que mais pintasse. Ele emplacou cinco álbuns no topo da parada dos EUA entre 1965 e 1968. além de chegar ao número 1 por lá com seu único single como cantor, This Guy’s In Love With You, em 1968.

Esses discos foram lançados pela A&M Records, gravadora que criou com Jerry Moss e que lançou na cena musical nomes do porte de The Carpenters, Chris Montez, Burt Bacharach, The Police, Bryan Adams, Suzanne Vega, Joe Jackson, Supertramp, Janet Jackson, Gino Vanelli e The Brothers Johnson, entre inúmeros outros.

Em 1978, ele emplacou um novo single, desta vez instrumental, no primeiro lugar nos EUA, a sensacional Rise (leia sobre a história dessa música aqui).

East Bound And Down– Herb Alpert:

Rosana divulga uma nova amostra de seu álbum Feitiço

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Por Fabian Chacur

Conhecida por hits marcantes do pop nacional como Nem Um Toque, Direto no Olhar, Custe o Que Custar, Doce Pecado e O Amor e o Poder, entre outros, Rosana está em vias de lançar um novo álbum. Será pelo selo Poliphonia, da Lab 344. E para criar expectativa em torno desse lançamento, temos dois singles já devidamente divulgados, ambos muito interessantes.

Eu Bem Que Te Avisei (ouça aqui), de autoria de Marco Bombom e Sergiopí (que também produziram o álbum), traz uma envolvente batida house estilo anos 1990 e conta com a participação especial do rapper Fiengo, que é nada menos do que o filho de Rosana.

Por sua vez, Feitiço, a faixa que dá nome ao álbum, é de autoria de Leoni e Cris Braun e nos oferece uma batida mais próxima do r&b, bem envolvente e com uma interpretação classuda da cantora, que se mostra em excelente forma, fugindo dos exageros e caprichando na classe e swing.

Curiosidade: nos vocais de apoio, temos um trecho que remete a You Get Me Hot, hit disco-funk em 1979 com o cantor norte-americano Jimmy Bo Horne, certamente uma homenagem bem bacana.

Além dessas duas belas amostras, o álbum também trará material inédito de autores do gabarito de Hyldon, Michael Sullivan, Zeca Baleiro e Gabriel Moura. Entre os músicos participantes, tivemos o saudoso Lulu Martin nos teclados, ele que integrou a banda Heróis da Resistência ao lado de Leoni e trabalhou com grandes nomes da nossa música como Angela Ro Ro, Luis Melodia, Lulu Santos, Jane Duboc e Ney Matogrosso.

Feitiço– Rosana:

Fábio Jorge mostra repertório de Aznavour com show em SP

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Por Fabian Chacur

Fábio Jorge lançou recentemente, nas plataformas digitais e em caprichada edição em CD, o excelente álbum Aznavour, no qual relê com grande categoria canções do repertório do grande Charles Aznavour (1924-2018), um dos maiores ícones da música francesa. Este é o mote do show que ele realizará em São Paulo neste sábado (5) às 20h no Teatro Brincante (rua Purpurina, nº 412- Vila Madalena- fone 0xx11-3816-0575), com ingressos a R$ 60,00. O espetáculo será no formato voz e piano, com o cantor sendo acompanhado pelo talentosíssimo músico Alexandre Vianna.

Com quase 20 anos de carreira (leia mais sobre ele aqui), Fábio Jorge mostrará nessa apresentação algumas canções mais conhecidas do repertório de Aznavour, como She e Que C’Est Triste Venise, mescladas a outras pinçadas com olhar de profundo conhecedor, entre as quais Come Ils Disent e Trousse Chemise. Um ótimo intérprete esbanjando paixão e classe.

La Bohème– Fábio Jr:

Roberto Gurgel, o Juba, celebra 71 anos e faz show com a Blitz

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Por Fabian Chacur

Roberto Gurgel, mais conhecido como Juba, é uma das figuras mais queridas do rock brasileiro. Ele completará 71 anos nesta sexta (4), e certamente receberá cumprimentos de muita gente pela data. Lógico que só ser um cara legal não basta, e ele se tornou famoso como um dos melhores bateristas brasileiros, especialmente em sua atuação com a Blitz. E como roqueiro ama celebrar no palco, ele toca com a banda que integra há 40 anos neste sábado (5) em São Paulo, às 22h, no Tokio Marine Hall (rua Bragança Paulista, nº 1281), com ingressos de R$ 120,00 a R$ 240,00 (saiba mais aqui).

Ainda adolescente, Juba conferia os ensaios dos badaladíssimos Mutantes no final dos anos 1960 na Pompéia, verdadeiro celeiro do rock paulistano. Fã dos Beatles e das grandes bandas daquela época, como Led Zeppelin e The Rolling Stones, mergulhou na carreira de músico tocando inicialmente em afiadas bandas covers paulistanas como Memphis e Watt 69.

Seu envolvimento com trabalhos autorais não demorou, e gravou e fez shows com João Ricardo (dos Secos & Molhados), Made in Brazil (participou do icônico álbum Paulicéia Desvairada, de 1978) e Joelho de Porco (marcou presença no ótimo álbum homônimo, de 1978), além do Tutti Frutti do amigo Luiz Carlini e pela badalada banda cover Rock Memory.

Ele entrou na Blitz no início de 1983, substituindo o baterista que gravou o primeiro álbum da banda, um certo Lobão. Sua versatilidade e solidez técnica se mostraram decisivas para a consolidação do grupo, conhecido por sua mistura de rock, reggae, samba, pop, blues e soul. Juba se mostrou fiel à banda e a Evandro Mesquita, pois no único período em que o grupo saiu de cena, ele integrou a banda de apoio do também ator, músico e compositor.

O núcleo da banda nessas quatro décadas se manteve em torno de Juba, Evandro Mesquita (vocal, guitarra e violão) e Billy Forghieri (teclados), sendo que atualmente completam o afiadíssimo time de músicos os ótimos Rogério Meanda (guitarra), Alana Alberg (baixo), Andréa Coutinho (backing vocal) e Nicole Cyrne (backing vocal).

Intitulada significativamente Turnê Sem Fim, a atual série de shows da Blitz oferece ao público seus grandes hits, incluindo desde Você Não Soube Me Amar, a música que deu início a tudo, até faixas de seu mais recente e muito elogiado álbum de estúdio, Aventuras II (2016). E Juba certamente esbanjará sua energia, garra e técnica, além da simpatia habitual.

A Dois Passos do Paraíso (ao vivo)- Blitz:

Olivia Rodrigo vê seu single Vampire estourar nos EUA

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Por Fabian Chacur

Com seu álbum de estreia, SOUR, a cantora e compositora norte-americana Olivia Rodrigo ganhou três Grammys, o Oscar da música, e invadiu as paradas de sucesso do mundo todo, com faixas como Drivers License e Good 4 U. Com apenas 20 anos de idade, ela se prepara para um enorme desafio, que é tentar igualar ou até superar esse bom desempenho. Guts, o seu 2º álbum, tem seu lançamento programado para o dia 8 de setembro.

A amostra inicial do álbum agradou em cheio ao público. Trata-se de Vampire, uma canção intensa divulgada por um clipe impactante e com elementos vampirescos e cinematográficos que já ultrapassou a marca de 34.8 milhões de views, segundo a gravadora Universal Music. O single atingiu o topo da parada americana, sendo o 3º de sua curta trajetória a conseguir tal objetivo.

O single Vampire tem versões físicas e pode ser encomendado no site da gravadora, assim como o álbum (saiba mais aqui). Olivia Rodrigo aposta no formato canção e em boas melodias, prova de que existe espaço entre as novas gerações para trabalhos na tradição da música pop das antigas.

Vampire (clipe)- Olivia Rodrigo:

The Pretenders oferece três amostras do álbum Relentless

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Por Fabian Chacur

Vem disco novo dos Pretenders por aí. O selo Parlophone, hoje distribuído pela Warner Music, promete para o dia 15 de setembro o lançamento em vários formatos de Relentless. Além da líder, a cantora, compositora e guitarrista Chrissie Hynde, o grupo hoje conta com James Walbourne (guitarra), Kris Sonne (bateria), Chris Hill (contrabaixo), Dave Page (baixo) e Carwyn Ellis (teclados e guitarras) em sua formação. Os arranjos de cordas ficaram a cargo de Jonny Greenwood, do Radiohead.

Como forma de criar expectativa antecipada em torno deste trabalho, a gravadora já divulgou 3 das 12 faixas que o integrarão. O interessante é que são bem distintas entre si. A Love, que acabou de ser disponibilizada, é um rock melódico com aquele sabor de anos 1980 que cativou tantos fãs pelo mundo afora, e surge como um novo e possível hit.

I Think About You Daily (ouça aqui), por sua vez, é uma balada introspectiva com belas passagens de cordas e uma letra emotiva e que certamente cativará os românticos de plantão.

A trinca de amostras se completa com Let The Sun Come In (ouça aqui), um rockão mais ardido que mostra Chrissie Hynde em ótima forma vocal no vigor de seus 71 anos de idade. A banda está atualmente na estrada, e seu show surpresa no badalado festival de Glastonbury contou com participações especiais de Johnny Marr e Dave Grohl.

A Love (clipe)- The Pretenders:

Randy Meisner, 77 anos, um dos fundadores do grupo Eagles

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Por Fabian Chacur

Em 1977, os Eagles viviam o seu auge em termos de popularidade. Um de seus integrantes, no entanto, não conseguia segurar a onda. Era o baixista e também vocalista Randy Meisner, que em setembro daquele ano surpreendeu a todos ao sair da banda. Desde então, ele se manteve ativo, como veremos a seguir, mas esse momento mágico não se repetiria mais. Ele nos deixou nesta quarta-feira (26) aos 77 anos, vítima de problemas pulmonares.

Nascido no estado de Nebraska, nos EUA, em 8 de março de 1946, Randall Herman Meisner virou fã de rock and roll ao ver Elvis Presley na TV. Com o tempo, aprendeu a tocar baixo e integrou pequenas bandas. Com a The Poor, gravou alguns singles, participou de um filme estelado por Jack Nicholson e abriu um show de Jimi Hendrix, tudo isso em meados de 1967 e 1968.

Com o fim do Buffalo Springfield, que ficou famosa com o hit For What It’s Worth e revelou Neil Young e Stephen Stills, outros dois integrantes do grupo, Richie Furay e Jim Messina, resolveram montar uma nova banda, e Randy foi convidado a entrar no time. Era o Poco, grupo que se solidificou como um dos mais populares do chamado country rock. Logo após participar do álbum de estreia, Pickin’ Up The Pieces (1969), Meisner saiu fora, substituído por Timothy B. Schmit. Guarde este nome.

Não faltou trabalho para o nosso amigo neste período pós-Poco. Ele integrou a banda de apoio de Rick Nelson, a Stone Canyon Band, com quem fez vários shows e gravou os álbuns In Concert At The Troubador, 1969 (1970) e Rudy The Fifth (1971). Ele também participou, tocando baixo, dos álbuns Sweet Baby James (1970), de James Taylor, e Singer of Sad Songs (1970), do astro country Waylon Jennings.

Aí, a sorte grande bateu na sua porta. Ele foi convidado a tocar na banda de apoio da então emergente cantora Linda Ronstadt, e conheceu dessa forma Don Henley, Glenn Frey e Bernie Leadon. No finalzinho daquele 1971, ele e os novos amigos resolveram deixar aquele emprego e montar a sua própria banda. Nascia, assim, Eagles, uma das bandas mais populares do rock.

Nesses 6 anos com a banda, Meisner gravou os álbuns Eagles (1972), Desperado (1973), On The Border (1974), One Of These Nights (1975) e Hotel California (1976), que venderam milhões de cópias e geraram turnês intermitentes com direito a todas as tentações que a estrada proporciona.

Além de tocar baixo e fazer vocais de apoio, Meisner também compôs e fez o vocal principal nas músicas Take It To The Minute, Try and Love Again, Is It True?, Take The Devil, Tryin’, Certain Kind Of Fool e Too Many Hands. Ele fez o vocal principal em Most Of Us Are Sad (composição de Glenn Frey) e Midnight Flyer (de Paul Craft) e duetou com Don Henley em Saturday Night. Ufa!

Dessas todas, o seu principal hit foi certamente Take It To The Minute, de 1975, na qual tinha uma performance brilhante no vocal. No entanto, ele não gostava de ficar no centro dos holofotes, e isso, aliado ao fato de se sentir estafado e com saudades da família o levaram a tomar a inesperada decisão de deixar a banda no seu auge.

Adivinhe quem entrou no lugar dele? Foi exatamente aquele nome que eu pedi pra você deixar anotado, o de Timothy B. Schmit. Não foi for acaso que, anos depois, ao receber seu troféu do Rock and Roll Hall of Fame, em 1998, Schmit fez questão de agradecer a Meisner por essas oportunidades.

Randy marcou presença também em 5 das 15 faixas do álbum Eagles Live, lançado em 1980 e que trazia gravações ao vivo registradas em shows realizados pela banda em 1976 (ainda na fase com o seu baixista original) e em 1980 (com Timothy no seu lugar).

Logo ao sair dos Eagles, Randy Meisner iniciou a carreira-solo em 1978 com um autointitulado álbum que passou batido. One More Song (1980) teve repercussão muito melhor, atingindo o posto de nº 50 nos EUA e emplacando os hits Deep Inside My Heart (dueto com Kim Carnes) e Hearts On Fire, que no formato single chegaram respectivamente ao n º22 e nº 19.

Randy Meisner (1982) o manteve bem cotado na cena rock, chegando ao nº94 nos EUA e trazendo como destaques as faixas Strangers (Elton John e Gary Osbourne), que ele cantou em dueto com a cantora Ann Wilson, do grupo Heart, Never Been In Love (atingiu o posto de nº 28 na parada de singles) e Tonight, composição de Bryan Adams e Jim Vallance.

Em 1985, criou a banda Black Tie ao lado de dois outros músicos famosos, James Griffin (ex-integrante do grupo Bread) e Billy Swan (cantor pop-country que emplacou em 1974 o hit I Can Help. Lançaram um álbum sem grande repercussão.

Recordando o passado de glórias, Randy Meisner participou de uma retomada da formação original do Poco, que rendeu o álbum Legacy (1989), nº 40 na parada pop ianque e incluindo os hits Call It Love e Nothin’ To Hide (composição de Richard Marx).

A partir daqui, a carreira de Randy tomou um rumo mais obscuro. Ele afirmou ter ficado magoado ao não ser cogitado para integrar os Eagles em seu retorno triunfal em 1994, mas a banda optou por manter a formação de sua fase 1977-1980 com Timothy B. Schmit. No entanto, participou com os antigos colegas na entrada da banda no Rock and Roll Hall Of Fame em 1998, com direito a tocarem ao vivo Hotel California e Take It Easy.

Em 2013, ele foi convidado a participar da turnê History Of The Eagles, mas teve de recusar devido a problemas de saúde que o acompanharam desde os anos 1970. Randy também teve problemas mentais e psicológicos, certamente amplificados devido à trágica morte de sua esposa, Lana, em 2016, que atirou em si própria com um rifle de forma acidental.

Take it To The Minute (live)- Eagles:

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