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Abba lança novo lyric video para o grande hit Fernando

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Por Fabian Chacur

Uma estratégia que várias gravadoras usam para revitalizar itens de seu catálogo é investir em novos clipes de canções escolhidas de forma estratégica, como forma de atrair as atenções das gerações atuais. Isso tem acontecido bastante com o Abba, especialmente depois do lançamento de seu primeiro álbum de inéditas em quase 40 anos, Voyage, que saiu em 2021. Desta vez, a canção escolhida para ganhar um clipe renovado é Fernando, um de seus hits mais expressivos em termos de popularidade.

A nova atração segue o formato lyric vídeo, que é aquele que mescla cenas dos artistas a animações em meio à apresentação da letra da canção. A direção e concepção do clipe coube a Lucy Dawkins e Tom Readdy, da Yes, Please Productions, bastante ativa nessa área específica.

Fernando foi lançada originalmente em sueco em 1975 e em um disco solo da cantora Anni-Frid Lyngtad, a Frida. Em 1976, recebeu uma nova letra em inglês e saiu como single e também nos álbuns Arrival e Greatest Hits.

Em sueco, os versos falavam sobre a tristeza de um amor encerrado, mas, em inglês, registravam as reminiscências de dois ficcionais participantes da Revolução Mexicana de 1910, liderada pelo icônico Emiliano Zapata. E pensar que muitos brasileiros dançaram essa música abraçadinhos…

Fernando (lyric video 2022)- Abba:

ABBA volta após 40 anos com um belo exercício de estilo, Voyage

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Por Fabian Chacur

Outro dia, um grande amigo meu, o talentosíssimo crítico musical (ele vai me matar ao ler isso!) Zeca Azevedo definiu o álbum de estreia do supergrupo de r&b Silk Sonic como um “exercício de estilo”, ou seja, um trabalho que não nos oferece novidades e gira em torno de uma determinada sonoridade pré-existente, o que pode gerar álbuns bem legais. Bem, Voyage, o álbum que nos traz de volta o Abba após quatro longas décadas, é basicamente isso: um grupo histórico mergulhando em seu próprio jeitão de fazer música. E como deu certo!

A coisa começa bem logo na opção que Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, os músicos, compositores e produtores do seminal grupo sueco, tiveram de reunir um total de dez músicas no álbum, com uma duração total que equivale a de um LP de vinil de antigamente. Nem mais, nem menos, na medida certa, sem gorduras ou aquilo que na língua inglesa se define como “filler”, ou, em português mais avacalhado, de “encher linguiça”. Voyage não faz você perder o seu tempo.

A coisa começa com tudo, com a balada épica I Still Have Faith In You, de início mais contido e com uma explosão de emoções logo a seguir. Nela, uma marca registrada do Abba se mostra mais afiada do que nunca: os arranjos vocais, sempre precisos tanto nas intervenções solo das cantoras Agnetha Faltskog e Anni-Frid Lyngstad como nos sempre categóricos corais, capazes de cativar os ouvintes com rara facilidade. E as vozes do quarteto estão ótimas!

O lado mais folk-pop do quarteto aparece em When You Danced With Me. Uma marca do grupo, aquelas canções pop com leve influência erudita, surge em Little Things e Bumblebee. Don’t Shut Me Down mescla pop eletrônico com orquestra, enquanto I Can Be That Woman traz como marcas um romantismo mais denso também com adereços orquestrais bastante delicados e elogiáveis.

Just a Notion investe bem naquele estilo pop-rock nostálgico e dançante que o quarteto usou em hits anteriores. Ainda na esteira do rock, mas com umas guitarras um pouquinho mais ardidas, No Doubt About It pega na veia, enquanto Keep An Eye On Dan mostra a habilidade da banda na área do pop eletrônico, com uma discreta citação do hit S.O.S. no seu finalzinho.

O álbum é encerrado com outra canção de teor épico, a deliciosa Ode To Freedom, com direito a arranjo orquestral enxuto e ótimos vocais. O álbum atingiu o topo da parada britânica e o 2º lugar nos EUA, este último o melhor desempenho de um álbum do Abba no mercado norte-americano. Sem flertar com modernidades, mas sem soar empoeirado ou repetitivo, Voyage é certamente um retorno à altura para este grupo que tanto nos encantou em eras passadas.

Ouça o álbum Voyage, do Abba, em streaming:

Abba lançará álbum de inéditas, Voyage, no dia 5 de novembro

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Por Fabian Chacur

Durante décadas, um retorno do Abba era o sonho de milhões de fãs pelo mundo afora. Parecia cada vez mais difícil de ocorrer, ainda mais se levarmos em conta que seus integrantes já passaram dos 70 anos de idade. No entanto, aquela famosa frase “cuidado com o que você deseja” se mostra mais atual do que nunca. No dia 5 de novembro, sairá via Universal Music, em vários formatos, Voyage, o primeiro lançamento inédito do quarteto sueco em quase 40 anos. E não é só isso. Duas músicas já foram disponibilizadas. E vem show por aí também.

A balada de estilo épico I Still Have Faith In You mereceu um clipe com cenas extraídas de várias fases da carreira do Abba que ressalta a letra cujo conteúdo ressalta a relação apaixonada entre os fãs e o grupo. Não é uma obra-prima, mas certamente comoverá aqueles que tanto desejavam esse retorno.

A outra faixa disponibilizada, Don’t Shut Me Down (ouça aqui) aposta em uma levada mais dançante, bem longe de clássicos como Dancing Queen mas nada comprometedor. As gravações foram feitas no estúdio Riksmixningsverket, de Benny, localizado em Estocolmo, na Suécia.

Quanto ao show, será nos termos modernos. Ao invés dos artistas, estarão em cenas versões digitais deles, criadas por uma equipe de mais de 850 pessoas (com a supervisão dos integrantes do Abba) da Industrial Light & Magic, empresa de efeitos especiais do cineasta e produtor americano George Lucas, primeira incursão deles no mundo musical.

O local onde ocorrerá a estreia mundial será a Abba Arena, construída especialmente para comportar esse evento, em Londres no Parque Olímpico Queen Elizabeth, com capacidade para mais de 3 mil pessoas. No palco, dez músicos tocarão ao vivo acompanhando os Agnetha, Bjorn, Benny e Anni-Frid virtuais. O show inicial será realizado no dia 27 de maio de 2022, e os ingressos serão vendidos a partir deste domingo (5) neste link aqui.

O grupo divulgou através de sua assessoria de imprensa a carta abaixo sobre esse retorno tão aguardado:

CARTA ABERTA – ABBA

“Já faz um tempo que não fazemos música juntos. Quase 40 anos, na verdade. Fizemos uma pausa na primavera de 1982 e agora decidimos que está na hora de acabar com isso. Dizem que é imprudente esperar mais de 40 anos entre álbuns, por isso gravamos uma continuação de “The Visitors”. Para dizer a verdade, a principal inspiração para gravar novamente vem de nosso envolvimento na criação do concerto mais estranho e espetacular que você jamais poderia sonhar. Vamos ser capazes de, na próxima primavera, nos sentarmos em uma plateia e assistirmos nossos ‘eus digitais’ executarem nossas músicas em um palco, em uma arena construída sob medida em Londres. Estranho e maravilhoso!

A todos vocês que pacientemente nos seguiram de um modo ou outro nestas últimas décadas: obrigado por esperarem – é hora de uma nova jornada começar.

Chamamos simplesmente Voyage e estamos realmente navegando em águas inexploradas. Com a ajuda de nossos ‘eus’ mais jovens, nós viajamos para o futuro. Não é fácil de explicar, mas isso não foi feito antes.

É difícil dizer o que tem sido a coisa mais alegre para mim (Benny) com este projeto. Se é o envolvimento em criar o show junto com todos ou estarmos de volta ao estúdio juntos novamente, após 40 anos. Acho que ouvir Frida e Agnetha cantando novamente é difícil para superar. Quando você vier à arena, você terá nós quatro juntos com uma banda absolutamente gloriosa de 10 integrantes. E mesmo que não seja em carne e osso, estaremos ali, graças ao trabalho da equipe criativa e da IL&M.

Essas primeiras sessões em 2018 foram tão divertidas e quando Benny ligou e perguntou se eu (Anni-Frid) consideraria cantar de novo, eu agarrei a oportunidade! E que canções! Meu respeito e meu amor vão para esses compositores excepcionalmente talentosos e verdadeiramente geniais! Que alegria foi trabalhar novamente com o grupo. Estou tão feliz com o que fizemos e espero sinceramente que nossos fãs sintam o mesmo.

Quando nos reunimos novamente no estúdio eu (Agnetha) não tinha ideia do que esperar…, mas o estúdio de gravação de Benny é um ambiente tão amigável e seguro e, antes que eu percebesse, eu estava realmente me divertindo! Mal posso acreditar que finalmente chegou o momento de compartilhar isto com o mundo!

Essas duas são cantoras tão incríveis, que eu (Björn) fiquei completamente chocado com a maneira como elas entregaram as canções. Elas são verdadeiras musicistas; totalmente não impressionadas pelo glamour das estrelas pop, mas ainda se divertindo muito e sendo criativas em um estúdio de gravação. O projeto Voyage injetou vida nova em nós em mais de uma maneira. Então, novamente, obrigado por esperarem! Esperamos vê-lo no “ABBA Arena” e sim – assistam – porque nós infundimos uma boa parte de nossas almas nesses avatares. Não é exagero dizer que estamos de volta”.

Agnetha, Björn, Benny, Anni-Frid

Estocolmo, Suécia, 2 de setembro de 2021

I Still Have Faith In Me (clipe)- Abba:

Cher lançará álbum de covers do grupo Abba em setembro

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Por Fabian Chacur

Cher é uma das estrelas do filme Mamma Mia 2- Here We Go Again (no Brasil, Mamma Mia- Lá Vamos Nós de Novo), ao lado de Meryl Streep e extenso elenco. Para quem achou interessante o envolvimento dela com a música do Abba, uma notícia adicional dentro do mesmo universo. A cantora anunciou que lançará no dia 28 de setembro pela gravadora Warner o álbum Dancing Queen, com dez releituras de hits do célebre grupo sueco.

A premiada cantora, atriz, apresentadora e ativista política americana explicou as razões pela qual optou por esse novo projeto, em declaração divulgada em press-release pela gravadora:

“eu sempre gostei do Abba e vi o musical original de ‘Mamma Mia’, na Broadway, três vezes. Depois de filmar ‘Mamma Mia! Here We Go Again’, eu me lembrei novamente das músicas maravilhosas e pensei ‘por quê não fazer um álbum com música deles? As músicas eram mais difíceis de cantar do que eu imaginava, mas estou muito feliz com a forma como saiu. Estou muito animada para as pessoas escutarem. É um momento perfeito. ”

O CD foi gravado e produzido em sessões de gravação realizadas em Londres e Los Angeles por Mark Taylor, o mesmo produtor por trás do megahit Believe, que trouxe a estrela pop de volta às paradas de sucesso de todo o mundo há 20 anos. A primeira faixa a ser divulgada é Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight), que Madonna usou em 2005 como base de seu sucesso Hung Up.

Confirma a tracklist completa de Dancing Queen:

1. Dancing Queen
2. Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)
3. The Name Of The Game
4. SOS
5. Waterloo
6. Mamma Mia
7. Chiquitita
8. Fernando
9. The Winner Takes It All
10. One Of Us

Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)– Cher:

Greatest Hits-Queen é o disco mais vendido no Reino Unido

queen greatest hits

Por Fabian Chacur

Nunca o Queen teve tanta razão por cantar a música We Are The Champions como agora. Segundo informação divulgada pela parada de sucessos oficial do Reino Unido, a Britain’s Official Albums Charts, que completou 60 anos de existência este ano, o álbum mais vendido da história daquela parte do mundo é Greatest Hits, da banda do saudoso Freddie Mercury. O disco vendeu 6.1 milhões de cópias por lá desde que foi lançado, em 1981.

Primeira coletânea a dar uma geral nos principais sucessos do grupo britânico, concentrando-se na fase entre 1973 e 1980, Greatest Hits teve versões com ligeiras mudanças de repertório em outros países. No Brasil, por exemplo, a faixa Seven Seas Of Rhye deu lugar a Love Of My Life, na versão ao vivo do álbum Queen Live Killers, certamente a canção de maior sucesso do quarteto por aqui. Essas alterações estratégicas tiveram a autorização do próprio grupo, na época.

Outro álbum de Brian May e sua turma, não por coincidência Greatest Hits II (1991), também entrou na lista dos 10 mais de todos os tempos no Reino Unido, precisamente na posição de número 10. E já que o tema desta conversa é compilações, outra ocupa o segundo lugar. Trata-se de Abba Gold- Greatest Hits, do grupo sueco Abba, que saiu em 1991 e vendeu até o momento em torno de 5.2 milhões de copias.

Nomes bem familiares aos fãs do rock e da música pop completam a lista. Michael Jackson marca presença com dois trabalhos, Thriller (1982), o 6º colocado, e Bad (1987), na posição de número 9. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967), dos Beatles, é o terceiro posicionado, com 5.1 milhões de cópias vendidas. Bem mais recente, 21 (2011), da estrela britânica Adele, está no quarto posto, com 4.7 milhões de cópias comercializadas.

Da geração anos 1990, só entrou nesse seleto time o Oasis, com o trabalho que o consagrou no Reino Unido e no resto do mundo, (What’s The Story) Morning Glory (1995) que abiscoitou o 5º posto nesse chart mais do que nobre. The Dark Side Of The Moon (1973), clássico da carreira do Pink Floyd, atingiu o sétimo lugar, enquanto Brothers In Arms (1985), do Dire Straits, um dos discos mais vendidos da década de 1980, completa a lista, na posição de número 8.

Another One Bites The Dust– Queen:

Bicycle Race– Queen:

We Are The Champions– Queen:

Gracias Por La Musica (Abba) é relançado em edição de luxo

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Por Fabian Chacur

Como forma de ampliar seu público fora de seus países de origem, diversos grupos e artistas solo gravaram trabalhos em outros idiomas. O Abba também se valeu dessa fórmula, e registrou várias de seus hits em castelhano. Seu álbum nessa língua, Gracias Por La Musica, acaba de ser relançado em belíssima Deluxe Edition, com direito a faixas-bônus, DVD e livreto.

O livreto de 20 páginas que acompanha o álbum reúne fotos da época, reproduções de capas de LPs e compactos simples, além de belíssimo texto (disponível em castelhano e inglês) que conta a história da incursão do grupo sueco no universo do castelhano. Tudo começou em 1979, quando ficou claro que a banda não tinha muito sucesso na América Latina e Espanha.

Como forma de tentar superar essa aparente rejeição ao trabalho do Abba, o diretor de marketing da gravadora que os representava na época na América Latina, Buddy McCluskey, sugeriu que eles regravassem em castelhano alguma música deles que tivesse algum apelo para o público latina. E essa canção acabou sendo Chiquitita.

Gravada de forma fonética pelas cantoras Frida e Agnetha em janeiro de 1979, a canção foi lançada em compacto simples nos mercados latinos, e estourou na Argentina, Espanha e México. I Have a Dream (Estoi Soñando) se seguiu em agosto daquele mesmo ano, e semanas depois o sucesso se repetiu. Aí, ficou claro que um álbum seria bastante viável.

Em janeiro de 1980, Agnetha e Frida voltaram aos estúdios, gravando em cima dos playbacks dos registros originais das canções uma mistura de sucessos com influência latina, tipo Fernando, Mamma Mia, Hasta Mañana e Thanks For The Music (Gracias Por La Musica) com hits como Dancing Queen (Reina Danzante) e Knowing Me Knowing You (Conociéndome, Conociéndote).

Com 10 faixas em sua versão original, Gracias Por La Musica tornou-se um grande sucesso de vendas em toda a América Latina (Brasil incluso), Espanha e até mesmo Japão. Lógico que as versões em inglês são muito melhores, mas Agnetha e Frida até que não se saíram mal na língua de Julio Iglesias, e isso explica um pouco o êxito do álbum.

A reedição traz a versão remasterizada do LP original mais cinco faixas adicionais. Quatro delas foram acrescidas na época nas versões para os países latinos dos álbuns Super Trouper (1980) e The Visitors (1981),duas em cada. A quinta é uma versão em castelhano de Ring Ring, gravada e 1973 e lançada apenas em 1994 em uma coletânea.

O DVD que acompanha o pacote (em bela versão digipack com capa quádrupla) tem 43 minutos de duração, e inclui participações do grupo em dois programas de TV espanhóis, 300 Millones e Aplauso. Este segundo foi alvo de um especial, com entrevistas com os integrantes na qual apenas Bjorn Ulvaeus fala em castelhano, de forma desenvolta, por sinal. Os outros se viram em inglês, mesmo, com direito a tradução.

As performances em músicas como Chiquitita (duas vezes), Estoy Soñando e No Hay a Quien Culpar são simples e divertidas, com direito aos integrantes do grupo cantando Dame! Dame! Dame! (Gimme! Gimme! Gimme! A Man After Midnight) lendo as letras escritas a mão em papéis almaço ou coisa do gênero. Algumas são videoclipes. Pode ser uma espécie de souvenir mais indicado para fãs mais fiéis, mas pode ser interessante para qualquer simpatizante, pelo teor histórico.

Gracias por La Musica- Abba- álbum original em streaming:

Gracias Por la Musica– Abba- faixa remasterizada:

Waterloo, do Abba, volta em edição luxuosa

Por Fabian Chacur

Em 1974, a música Waterloo venceu o disputado Eurovision Festival e se tornou um divisor de águas na carreira da banda que a compôs e defendeu no evento, o Abba. De um grupo composto por quatro componentes já bastante experientes e conhecidos apenas em seu país natal, a Suécia, iniciavam sua trajetória rumo a um estrelato mundial de grandes proporções. O álbum que marca esse momento, Waterloo (Universal Music), volta às lojas em impecável, luxuosa e imperdível edição comemorativa.

Antes do estouro dessa música emblemática, Bjorn Ulvaeus, Benny Andersson, Anni-Frid (Frida) Lyngstad e Agnetha Faltskog contabilizavam anos de batalha em projetos distintos, e apenas o início de uma disposição em tentar a sorte como quarteto. O batismo com o nome Abba surgiu quase que por acaso, e ficou no fim das contas por causa do fácil apelo em qualquer língua. A ambição do sucesso mundial era evidente.

Waterloo, o álbum, foi feito obviamente para capitalizar o sucesso de sua faixa-título, e ainda mostra um grupo em busca de sua total identidade. As faixas que já mostram esse estilo Abba de se fazer música são a própria Waterloo, a sensacional Honey Honey e a simpática Hasta Mañaña. As outras são bem interessantes, mas abaixo do que o quarteto faria de melhor posteriormente em seus anos de ouro.

A edição comemorativa dos 40 anos de Waterloo é simplesmente sensacional, com direito a capa digipack que abre em quatro partes, encarte luxuoso com ficha técnica completa, fotos lindas e textos detalhando tudo sobre essa fase seminal na carreira do mitológico grupo sueco. Puro capricho. E tem ainda um DVD que é não uma, mas um monte de cerejas do bolo.

Com 45 minutos de duração, o DVD traz nove apresentações diferentes da música Waterloo, desde as da vitória no Eurovision Festival em Londres até a da classificação na eliminatória sueca e outras nas TVs britânica, alemã e de outros países. Temos também três performances de Honey Honey, uma ácida e polêmica entrevista com Frida e o produtor Stig Anderson e galeria de fotos com capas de discos do grupo lançadas em vários países diferentes.

As roupas usadas pelo quarteto nessas apresentações são típicas do visual exagerado dos anos 70, com direito a Agnetha usando um macacão ou coisa que o valha com um decote em forma de coração mostrando o seu umbigo. Inacreditável. O CD traz o álbum original remasterizado e oito faixas-bônus do tipo Waterloo em francês, alemão e sueco e a música Ring Ring, lançada em 1973 e importante na trajetória inicial do Abba.

Essa espetacular reedição do álbum Waterloo é essencial para os fãs do Abba e também por quem deseja conhecer um pouco mais a fundo a fase inicial dessa banda que, trinta anos após a sua separação, continua cultuada nos quatro cantos do mundo por fãs das mais diversas faixas etárias. Fã-clube, por sinal, que continua tendo novos integrantes. Gracias por la música!

Waterloo, ao vivo, no Eurovision Festival, 1974:

Honey Honey (ao vivo em 1974)- Abba:

Agnetha Faltskog, ex-Abba, lançará disco solo

Por Fabian Chacur

Agnetha Faltskog, ex-integrante do grupo Abba, está de volta ao cenário pop. A cantora sueca acabou de lançar o single When You Really Loved Someone. A canção é a primeira a ser divulgada de seu novo álbum solo, intitulado A, que está previsto para chegar ao mercado musical no próximo dia 13.

Considerada a mais reclusa dos ex-integrantes do grupo sueco que conquistou as paradas de sucesso de todo o mundo nos anos 70 e 80 com hits como Dancing Queen, Fernando, Knowing Me Knowing You e tantos outros, a loirinha e mais jovem componente do quarteto (nasceu em 5 de abril de 1950) rejeitou o rótulo de eremita em entrevista concedida a uma TV australiana neste sábado (4).

Ela afirma que o fato de ter ficado muito exposta nos tempos de Abba a levou a desejar um maior afastamento da mídia, impulsionada principalmente por sua timidez. As comparações com a atriz hollywoodiana Greta Garbo não a agradam. A entrevista foi concedida a Rahni Sadler, no programa Sunday Night, da rede de TV Seven Network.

Na mesma entrevista, Agnetha respondeu pela milésima vez a inevitável pergunta: é possível um retorno do Abba, que nunca mais voltou à cena desde sua separação, ocorrida em 1982? Ao ouvir a questão, ela balançou a cabeça e deu a resposta que os integrantes do extinto quarteto sueco costumam dar, só que à sua moda.

“Não acho que o Abba deva voltar. Deveríamos deixar o Abba descansar, e apenas ouvir as suas canções”. O programa também trouxe uma entrevista, feita separadamente, com Bjorn Ulvaeus, não só ex-Abba como também ex-marido de Agnetha. As informações sobre essas entrevistas foram divulgadas no site americano da revista Billboard.

A marca o retorno da cantora sueca após nove anos longe do mercado fonográfico. Seu disco mais recente, My Colouring Book, é de 2004. O novo trabalho conta com a produção de Jorgen Elofsson, que já trabalhou com Britney Spears, Kelly Clarkson, Celine Dion e o grupo Weslife, e do arranjador e produtor Peter Nordahl.

Veja o clipe de When You Really Loved Someone, com Agnetha Faltskog:

Faixa inédita do Abba sairá em abril

Por Fabian Chacur

Os fãs do grupo Abba podem esfregar as mãos. Uma faixa inédita da banda sueca será a atração do relançamento do álbum The Visitors, previsto para chegar ao mercado no dia 23 de abril.

A canção intitula-se From a Twinkling Star To a Passing Angel, e equivale ao principal atrativo do relançamento no formato Deluxe Edition de The Visitors, que também incluirá mais faixas-bônus e um DVD.

Lançado originalmente em 30 de novembro de 1981, este foi o último álbum de estúdio lançado pelo lendário grupo sueco antes de sua separação, que ocorreria um ano depois.

O trabalho tem como marca um flerte do quarteto com as sonoridades eletrônicas que predominavam no pop da época, e inclui como destaques as faixas The Visitors (Crakin’ Up), When All Is Said And Done e One Of Us.

Apesar das inovações e de seu bom conteúdo artístico, The Visitors teve repercussão abaixo da dos trabalhos anteriores de Agnetha, Benny, Bjorn e Frida, atingindo apenas a posição de número 29 nos EUA, por exemplo.

Ouça The Visitors (Crakin’ Up), com o Abba:

85 anos de Victoria Amorim Chacur, viva!

Por Fabian Chacur

Só pra constar: esse post era para ter sido escrito no dia 5 de abril, pois essa é a data correta do aniversário de Victoria Amorim Chacur.

Mas pergunta se eu consegui escrever isso isso nesta terça (5)? Não rolou.

Lembro bem que nos anos de 1991 e 1992, por causa dessas correrias da vida, absurdamente esqueci de ligar para a pessoa acima, que vocês já devem ter deduzido se tratar da minha amada e saudosa mãe.

Prá quê? Tive de ouvir durante muito tempo ela reclamando: “é, lembra de tudo e de todos, menos da mãe!”, “pra que lembrar da mãe, não é mesmo?” e coisas assim.

Nem mandar flores ou dar presentes legais nos anos posteriores adiantou muito.

Na verdade, ela fazia isso sem nenhum tipo de rancor, era só para tirar uma da minha cara, mesmo.

Dona Victoria era uma pessoa de um carisma absurdo. Em poucos minutos em um lugar, logo fazia amigos e esbanjava simpatia. Ah, se eu tivesse 10% desse espírito cativante…

Conheci muita coisa legal de música com ela, que era fã incondicional de música clássica, embora também curtisse música sertaneja, brasileira, pop e até alguma coisa de rock.

Uma pessoa que conseguia ouvir Beethoven, Chitãozinho & Xororó, Scorpions e Abba, pode?

Ela se foi em um triste 22 de junho de 1996. Do plano físico, pois do meu coração ela só sai quando eu também for dessa para sabe Deus onde.

Enquanto isso, fico aqui, morrendo de saudade e cultuando sua memória. Beijão no seu coração, Dona Victoria!

Ouça Still Loving You, com os Scorpions:

Ouça The Winner Takes It All, com o Abba:

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