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Tony Bennett, 96 anos, um dos cantores que marcaram épocas

lady gaga e tony bennett album capa 400x

Por Fabian Chacur

Pode um cantor ser um dos favoritos de artistas tão distintos entre si como Frank Sinatra, Roberto Carlos, Amy Winehouse e Elvis Costello? Melhor do que isso: atravessar décadas e até mesmo ir de um século para outro se mantendo relevante? Pois a resposta para estas duas questões pode ser dada com um só nome: Tony Bennett. Esse mestre, que nos deixou nesta sexta (21) aos 96 anos, sai de cena fisicamente, mas de forma alguma em termos de legado artístico.

Anthony Dominic Benedetto (seu nome de batismo) nasceu em Nova York em 3 de agosto de 1926, e desde criança mostrava vocação para a música. Entre 1944 e 1946, teve de prestar o serviço militar, e isso envolveu ter de lutar na 2ª Guerra Mundial, escapando várias vezes da morte prematura e se tornando um pacifista convicto desde então. Ao voltar à vida civil, decidiu se dedicar à vida artística, inclusive estudando técnicas de canto.

Em 1951, contratado pela Columbia Records (hoje, parte do conglomerado Sony Music), emplacou o seu 1º hit, Because Of You, e inicialmente deixou o estilo que fazia seu coração bater mais forte, o jazz, em prol de canções pop românticas que dominavam as paradas de sucesso na época. Ralph Sharon, o pianista que passou a tocar com ele em 1957, foi aos poucos o convencendo a voltar ao jazz, o que ocorreria aos poucos.

Mesmo lutando contra o predomínio do então emergente rock and roll, Bennett se manteve fazendo sucesso, e emplacou seu hit mais emblemático dessa fase em 1962. Curiosamente, I Left My Heart In San Francisco, que já havia sido gravada por outros intérpretes antes, teve menos impacto nos charts, mas permaneceu como uma espécie de cartão de visitas desse seu lado romântico, sempre em seus shows desde então.

Com o estouro dos Beatles e da chamada British Invasion a partir de 1964, os discos de Benedetto foram despencando em termos de vendagens, e isso o levou a aceitar a “sugestão” de sua gravadora em gravar algumas das canções daqueles roqueiros, em álbuns como Tony Sings The Great Hits Of Today! (1970) e Tony Bennett’s Something (1970). Não deu certo.

A década de 1970 viu o intérprete sem seu pianista (que saiu do time no final dos anos 1960) e dispensado da Columbia. Tentou outras gravadoras e até lançou o seu próprio selo, Improv, mas os discos desse período foram solenemente ignorados. Pra piorar, mergulhou nas drogas, e em 1979 teve sérios problemas com a cocaína. Aí, a família de certa forma o salvou.

O filho Danny, que tentava ser cantor e não sentia firmeza nas suas performances, viu que tinha talento para o ramo empresarial, e se tornou o empresário do papai Tony. Aos poucos, foi ampliando os horizontes do cantor, levando-a a cantar em teatros e outros espaços fora do circuito de Las Vegas. Melhor: conseguiu encaixá-lo em programas bacanas de TV.

Com Ralph Sharon de volta e a decisão de mergulhar nos standards do jazz, como sempre quis, Tony Bennett começou seu retorno triunfal aos poucos, quando o álbum The Art Of Excellence (1986) marcou não só o seu retorno à Columbia como também às paradas de sucesso, que não frequentava desde o então longínquo 1972. E isso era só o começo.

Sempre citado por ícones como Frank Sinatra e Roberto Carlos como um dos melhores do ofício, o cantor aos poucos conseguiu não só retomar seu público antigo como adicionou muitos jovens, com álbuns como Perfectly Frank (1992) e Steppin’ Out (1993). Este último lhe rendeu o 1º Grammy desde 1963 (ele faturou 20, em toda a carreira), façanha que MTV Unplugged (1994) superou, ao levá-lo com destaque ao público da emissora musical e com as participações de Elvis Costello e k.d.lang.

A partir daí, nosso querido Benedetto não saiu mais dos holofotes. Suas parcerias com outros artistas se mostraram frequentes e abrangentes, indo de B.B. King a Lady Gaga, passando por Paul McCartney, Diana Krall, Willie Nelson, Stevie Wonder, Christina Aguilera, Amy Winehouse, James Taylor, Elton John, Michael Bublé, Sting e inúmeros outros. Mas só gente do primeiríssimo escalão, e de talento comprovado.

Com o álbum Duets II (2011), que inclui a última gravação de Amy Winehouse, Body And Soul, Bennett atingiu o topo da parada americana de álbuns pela 1ª vez, algo impressionante para um artista então com 85 anos de idade. Ele repetiria a dose com Cheek To Cheek (2014), gravado em duo com Lady Gaga. E foi com ela que o cantor gravou seu derradeiro trabalho, Love For Sale (2021). Os etaristas deviam odiá-lo!

Body and Soul– Tony Bennett e Amy Winehouse:

Amy Winehouse partiu há 10 anos e deixou uma bela herança

amy winehouse

Por Fabian Chacur

Quando trabalhei no canal de música do portal R7, entre julho de 2009 e junho de 2011, lembro muito bem que uma de nossas principais fontes de notícias era uma certa Amy Winehouse. Eu brincava comigo mesmo de que tínhamos por volta de umas cinco ocorrências diárias envolvendo essa cantora, compositora e musicista britânica. Quando ela fez shows no Brasil, no início de 2011, isso aumentou ainda mais. Parece irônico pensar que meu fim naquela empresa ocorreria tão próximo ao da vida dela. Dia 1º de julho, adeus R7. No dia 23 de julho, Amy se foi. Triste, nos dois casos, pelas circunstâncias. Vamos às da cantora de Rehab, que é o que interessa aqui.

Sejamos francos logo de cara: a morte prematura de uma das grandes estrelas da música mundial não surpreendeu a ninguém. Chocou, emocionou, tocou, mas não surpreendeu. Afinal de contas, estava claro que o sucesso e o assédio de público e principalmente de mídia não eram devidamente administrados por ela. Parece óbvio que, se pudesse escolher, Amy teria preferido cantar em bares, para poucos sortudos, sem se expor. Mas como seria isso possível, com tanto talento e carisma? E tem aquela coisa da “artista certa na hora certa”.

Quando Amy Winehouse estourou mundialmente com seu segundo álbum, Back To Black (2006), ela deu um verdadeiro chega pra lá nas cantoras pop mais certinhas e de eventual rebeldia fabricada, mergulhando fundo em uma sonoridade resgatada dos anos 1960 de grupos vocais como The Shangri-las, Shirelles e no qual era preciso saber cantar, como bem sabia Ronnie Spector, uma de suas principais influências.

O coquetel soul-jazz-pop proposto por Winehouse não tinha ninguém da nova geração com acesso às grandes gravadoras passível de competir com ela. Graças ao apoio que encontrou nos produtores Mark Ronson e Salaam Remi, pôs para fora um trabalho impactante que conseguia ser acessível ao grande público e também ao mais sofisticado. Frank (2003) equivaleu a uma boa estreia, mas Back to Black foi muito além, entupindo a artista de prêmios, milhões de cópias vendidas mundo afora e do holofote da mídia.

Não por acaso, Amy Winehouse nos deixou aos 27 anos, mesma idade de saída de cena de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones e Kurt Cobain, só para citar alguns integrantes notórios desse clube macabro. Qual seria a explicação? Vale lembrar que existem vários livros sobre o tema, e uma das explicações defendidas é a do fato de esses artistas serem expostos de forma muito intensa ao trinômio sexo-drogas-rock ‘n roll acrescido de muito dinheiro também, o que os afastou de uma vida minimamente regrada que fosse.

Muitos artistas expostos a esses excessos que eram cotados como possíveis vítimas precoces ultrapassaram de longe essa idade fatal, como Keith Richards, Mick Jagger, Lou Reed, David Bowie e tantos outros. Cada um sabe onde dói o seu calo, como diriam os antigos. Mas o fato é que tanta adulação e tanto abuso de limites impõem preços que podem ser cobrados muito antes do que seria de se esperar. Especialmente se as suas companhias não forem das melhores…

Amy Winehouse nos deixou uma obra pequena, que tem mais itens póstumos do que os lançados enquanto ela ainda estava entre nós. No entanto, esse trabalho dificilmente será esquecido, embora seja difícil imaginar o surgimento de uma continuadora. Fica a lição de o quanto a vida pode ser breve e de o quanto precisamos nos cuidar para podermos viver mais e melhor. Mas o que vale mais, viver 27 anos no limite ou 80 de forma bovina e pastosa? Melhor não julgar ninguém, e curtir o legado de uma artista realmente maravilhosa.

Back To Black (live)- Amy Winehouse:

Documentário sintetiza bem o fenômeno Amy Winehouse

amy cartaz do filme 2015-400x

Por Fabian Chacur

O início do documentário Amy, de Asif Kapadia, mostra cenas caseiras de uma então adolescente Amy Winehouse brincando com as amigas e se deliciando com um pirulito daqueles redondos. Aquela ingenuidade permearia toda a curta trajetória dessa grande cantora, que nos deixou de forma prematura. O filme será exibido em São Paulo em sessões exclusivas na Rede Cinemark, e é absolutamente essencial para os fãs de boa música pop, jazz etc. Traz o making of de uma estrela trágica sem rodeios.

Miss Winehouse é de uma era na qual a documentação de cenas caseiras tornou-se rotineira até para famílias de classe média baixa. Então, o diretor teve acesso a um material dos mais ricos, que soube aproveitar com maestria, dando vida a uma viagem intensa e nem sempre muito agradável pelos 27 anos de vida da cantora, compositora e musicista.

Além de reveladores filmes caseiros, também temos material extraído das entrevistas concedidas pela autora e intérprete de Rehab para programas de rádio e TV, nas quais sempre se mostrava direta, aberta e sem frescuras, embora em alguns momentos aparentasse ser vítima do uso excessivo de drogas, não falando coisa com coisa.

A incrível beleza e força de sua voz se mostrava desde criança, e progrediu a ponto de simplesmente encantar os dirigentes da gravadora Universal, quando ela foi contratada em 2003. No ano seguinte, lançou o álbum Frank, trabalho que a tornou extremamente badalada no Reino Unido e Europa, criando um clima de atenção em cima dela.

Seu envolvimento amoroso com Blake Field-Civil, com quem ficou casada durante três anos, ampliou seu envolvimentos com drogas, assim como sua incapacidade de lidar de forma tranquila com as consequências oriundas do sucesso comercial. O filme nos mostra que ela esteve próxima de sair de cena antes mesmo de gravar o álbum que a tornou um estouro mundial.

Felizmente, ou não, Back To Black saiu em 2006, e a partir daí o furacão Amy Winehouse tomou conta do mundo, especialmente dos EUA, onde o CD chegou ao segundo lugar na parada pop e vendeu milhões de cópias. Mais: rendeu a ela cinco troféus Grammy, o Oscar da música, em fevereiro de 2008. O cenário do seu fim precoce estava pronto.

A partir do sucesso de músicas maravilhosas e envolventes como Back To Black (“nossa, que final triste”, comenta ela, após gravar a canção com o produtor Mark Ronson), Rehab (tirando sarro dela mesma ter tentado uma internação para se curar dos efeitos gerados pelas drogas, sem sucesso) e Tears Dry On Their On, Amy ganhou as manchetes e também a perseguição da mídia e dos papparazzi, especialmente os britânicos.

O documentário flagra algumas dessas perseguições, e se chega às raias do insuportável para quem as vê na tela, imagine para a protagonista daqueles ataques à privacidade. Temos a cantora em alguns momentos peitando fotógrafos que a atingiram fisicamente, empolgados para ter registros escandalosos. Pior: a mídia ajudou a transformá-la em alvo de piadas cruéis e politicamente incorretas até a medula.

Era difícil para Amy para aguentar. Para onde olhasse, só tinha “amigos do alheio” ao seu redor. De um lado, fãs do tipo “olha lá, que legal, ela é muito doida”, similares a alguns que seguiram Raul Seixas e o curtiram pelas razões erradas. Do outro, gente a ridicularizando, como se ela fizesse aquelas presepadas por querer, e não por estar doente.

Para piorar, tinha a seu lado (a seu lado?) um pai, Mitchell, que sempre se preocupou apenas com o que a filha poderia lhe render em termos financeiros, sendo capaz de invadir por várias vezes um recanto em que a estrela tentava se refugiar do mundo hostil levando a tiracolo uma equipe de filmagem no melhor estilo “reality show picareta” para botar tudo no ar. O horror! Joe Jackson teve um “bom” seguidor, pelo visto…

Em meio a tudo isso, temos também a chance de ouvir ela mostrando seu imenso talento em interpretações de alguns de seus grandes hits, covers bacanas e mesmo o registro de seu encontro com o ídolo Tony Bennett, já perto do fim de sua curta vida, quando o mestre do jazz esbanja generosidade e paciência para com ela, que no fim arrasa em dueto com ele no standard Body And Soul, infelizmente lançado só quando a moça já não estava mais entre nós.

Amy (o documentário) pega leve com sua triste morte, apenas mostrando a remoção de seu corpo (devidamente coberto) e com algumas reações de fãs. As entrevistas com figuras fundamentais em sua trajetória, como os produtores, músicos e amigos, também nos ajuda a entender essa vida tão conturbada. A música incidental, a cargo de Antônio Pinto, é sublime, especialmente o tema tocado na parte dedicada à morte de Amy. De arrepiar!

Está previsto para 2 de novembro (no exterior, ao menos) o lançamento de Amy em DVD e Blu-ray, e também de uma trilha sonora incluindo gravações inéditas da intérprete-compositora e também as faixas feitas por Antônio Pinto. Desde já, podem ser considerados como objetos de desejo para o Natal de 2015. E, quatro anos após sua morte. a música de Amy Winehouse continua arrepiando, sinal de que veio para ficar.

Trailer do filme Amy:

Amy com Mark Ronson no estúdio, cena do filme Amy:

Tears Dry On Their Own– Amy Winehouse (clipe):

DVD/CD mostram Amy Winehouse à vontade

Por Fabian Chacur

Dizem que mesmo um fato horrível como a morte tem algo de bom. No caso de Amy Winehouse, que nos deixou prematuramente aos 27 anos de idade no dia 23 de julho de 2011, é o fato de que, nos últimos meses, seu nome só tem vindo à tona quando o assunto é música, deixando seu lado polêmico e triste de lado.

Após o ótimo Lioness: Hidden Treasures (2011), a Universal Music lança um novo trabalho póstumo da saudosa cantora e compositora britânica. Trata-se de Amy Winehouse At The BBC, que traz um CD de áudio com 14 faixas e um DVD com o registro de um show intimista e histórico.

O CD conta com gravações feitas ao vivo por Amy com exclusividade para a BBC de Londres entre 2004 e 2009, nas quais a cantora esbanja carisma, pique e aquela voz mezzo jazzista, mezzo roqueira, mezzo pop e mezzo soul que cativou milhóes de fãs no mundo todo.

Se o lado áudio do pacote é muito legal, é no DVD que se encontra o ponto alto deste lançamento. Trata-se do documentário The Day She Came To Dingle, que mostra a participação da cantora em dezembro de 2006 no projeto Other Voices, realizada na pequena cidade litorânea de Dingle, na Irlanda. Ela estava às vésperas de estourar em termos mundiais.

Amy cantou em uma pequena igreja, com capacidade para 85 pessoas, acompanhada apenas pelo baixista Dale Davis e pelo guitarrista Robin Banerjee. A bela acústica do prédio e o teor intimista da apresentação deixaram a intérprete totalmente à vontade, e o resultado foi um show simplesmente arrasador, basicamente com o repertório do CD Back To Black.

Ela interpreta as canções Tears Dry On Their Own, You Know I’m No Good, Love Is a Losing Game, Back To Black, Rehab e Me & Mr. Jones. Os felizardos presentes na plateia se mostram totalmente cativados pelo furacão Winehouse.

A entrevista concedida pela cantora no evento é também sensacional, pois nela Amy fala com desenvoltura e simplicidade sobre seus ídolos na música, com direito a cenas desses mestres da música, entre os quais Ray Charles, Mahalia Jackson, Thelonius Monk, The Shangri-las, Carleen Anderson e Soweto Omar Kinch.

Amy Winehouse At The BBC também inclui um belo livreto repleto de fotos bacanas e informações sobre as gravações de áudio e de vídeo. Trata-se de um lançamento que não tem o menor teor de caça-níqueis, sendo recomendado não só aos fãs mais fanáticos, como para qualquer pessoa que queira desfrutar desse imenso talento que nos deixou tão cedo.

Veja trechos do vídeo The Day She Came To Dingle:

Tears Dry On Their Own, com Amy Winehouse, ao vivo em Dingle:

Amy Winehouse: esse nome ainda dá dinheiro

Por Fabian Chacur

Nesta segunda-feira (23), completou-se um ano da prematura morte de Amy Winehouse. Com apenas 27 anos de idade, a cantora britânica saiu de cena, deixando milhões de fãs órfãos no mundo todo.

Seus discos, no entanto, continuam vendendo como nunca. Aliás, estão sendo comercializados em quantidade bem maior do que no período imediatamente anterior ao seu sumiço do mundo dos vivos.

Segundo dados publicados pelo site americano da revista Billboard, os álbuns de Amy venderam no mercado ianque nos últimos 12 meses a bela quantia de 855 mil cópias.

Como termo de comparação, a cantora de vozeirão potente e temperamento errático vendeu por lá 58 mil cópias de seus álbuns em 2010 e 44 mil nos primeiros sete meses de 2011. Nos oito primeiros dias após sua morte, 110 mil álbuns foram comercializados na terra de Barack Obama com o nome da moça na capa.

Seu primeiro disco póstumo, o ótimo Lioness: Hidden Treasures (foi resenhado aqui em Mondo Pop) atingiu o quinto posto na parada americana quando de seu lançamento, em dezembro de 2011, e vendeu até aqui o montante de 423 mil cópias.

Como diria o mestre da MPB Nelson Cavaquinho, “prefiro receber as minhas flores em vida”…

Veja o clipe de Tears Dry On Their Own, de Amy Winehouse:

CD póstumo é digno de Amy Winehouse

Por Fabian Chacur

Quando morreu, no dia 23 de julho de 2011, Amy Winehouse deixou milhões de fãs em todo o mundo, boa parte deles ansiosos por poder ouvir o terceiro álbum de estúdio que a diva britânica estaria preparando.

Sua morte inesperada infelizmente encerrou os trabalhos em torno do que seria o sucessor de Back To Black (2007), seu segundo CD e o álbum responsável por torná-la um fenômeno de popularidade e crítica.

A partir de sua ida inesperada para o chamado outro lado do mistério, era de se esperar que a Universal Music colocasse no mercado algum tipo de álbum incluindo gravações que já haviam sido completadas para o terceiro CD, além de outakes e coisas assim.

A expectativa não era das melhores, se levarmos em conta que boa parte dessas faixas de arquivo já tinham sido lançadas anteriormente como faixas-bônus em versões de luxo dos álbuns Frank (2003) e Back To Black (2006). Aparentemente, não havia sobrado muita coisa.

No entanto, para a felicidade de todos, Lioness: Hidden Treasures, que acaba de ser lançado, consegue ir muito além de ser apenas uma reunião de sobras para saciar o apetite dos órfãos de Amy.

Temos no álbum 12 faixas, entre outtakes, covers e composições inéditas, que vão de The Girl From Ipanema, gravada por Amy quando tinha apenas 18 anos, até um requintado dueto ao lado de Tonny Bennett gravado em março de 2011, provavelmente seu último registro de estúdio.

O cover em estilo reggae de Our Day Will Come, hit dos anos 60, é sublime, assim como a composição inédita de Amy Half Time, uma balada soul delicada e de arrepiar, de tão linda.

A versão original do hit Valerie (renomeada Valerie ’68 Version), a certeira Best Friends, Right? e a releitura de A Song For You, de Leon Russel, são outros momentos bacanas.

Na verdade, o álbum pode ser ouvido de ponta a ponta sem qualquer constrangimento, pois a voz de Amy se mantém belíssima do início ao fim. Lioness: Hidden Treasures equivale a um belo tributo a essa cantora tão talentosa e que nos deixou cedo demais.

Ouça The Girl From Ipanema, com Amy Winehouse:

E esse tal de 2011, heim? Se mandou de cena!

Por Fabian Chacur

Desde as mortes de meus pais e de meu irmão, ocorridas em um prazo de menos de três anos nos já distantes anos 90, passei a não lidar muito bem com essas épocas de Natal e Ano Novo. É um período de muitas recordações e, especialmente, de saudade, muita saudade.

E é exatamente nessa época que a gente costuma fazer as tradicionais retrospectivas do ano que passou. No caso específico, o do glorioso 2011.

Foram 12 meses durante os quais perdemos vários artistas importantes. Uma delas, Amy Winehouse, com apenas 27 anos e muito ainda a nos oferecer. Não era para ser. Uma pena.

Muitos shows, festivais, artistas que já vieram zilhões de vezes ao Brasil e que voltaram e que provavelmente voltarão em 2012. Mas, entre eles, tivemos a honra de, pela primeira vez, desfrutar ao vivo e a cores do energético swamp rock de John Fogerty. Valeu o ano!

Adele se firmou como grande nome desse início de década graças a seu segundo álbum, 21, enquanto este que voz tecla chorou lágrimas sentidas com o fim de uma de suas bandas do coração, o R.E.M., que tive a chance de ver ao vivo (que show!) em 2008.

De resto, o mercado fonográfico sobreviveu mais um ano, as alternativas para se ouvir música se multiplicam e muita gente nova de talento surge por aí, entre os quais minhas apostas Aline Calixto, Flávio Renegado, Samba de Rainha etc. A música não pode parar, nunca!

Aproveito para desejar a todos os que acompanham Mondo Pop um 2012 repleto de saúde, paz, alegria, realizações e aquela trilha sonora de qualidade que nos impulsiona a seguir adiante.

Veja o clipe de Tears Dry On Their Own, de Amy Winehouse:

CD póstumo de Amy Winehouse estreia bem

Por Fabian Chacur

Lioness: Hidden Treasures, primeiro disco póstumo da saudosa Amy Winehouse, conseguiu uma boa estreia na parada americana desta semana, segundo a edição americana da revista Billboard.

O álbum, que inclui gravações feita por elas em diversos períodos de sua curta carreira, entre elas uma releitura de The Girl From Ipanema, entrou nos charts americanos direto na 5ª posição, vendendo 114 mil cópias em sua primeira semana nas lojas físicas e virtuais.

Enquanto isso, o americano continua provando que ama discos de Natal. O líder de vendagens por lá nas últimas três semanas é Christmas, mais recente CD do cantor Michael Bublé, que vendeu expressivas 479 mil cópias durante a semana.

O segundo lugar é ocupado por El Camiño, do grupo Black Keys, com 206 mil exemplares comercializados, seguido por Adele, cujo álbum 21 vendeu 187 mil cópias, e o inefável Justin Bieber, com Under The Mistletoe, adquirido por 158 mil consumidores.

Ouça The Girl From Ipanema, com Amy Winehouse:

CD de Amy Winehouse sai em dezembro

or Fabian Chacur

O terceiro álbum da saudosa Amy Winehouse, o primeiro lançado de forma póstuma, já tem data para chegar ao mercado fonográfico. Lioness: Hidden Treasures estará nas lojas físicas e virtuais a partir de 5 de dezembro de 2011, lançado pela Universal Music.

O trabalho traz 12 faixas, sendo a mais destacada Body & Soul, gravada em março deste ano em dueto com Tony Bennett, e já lançada no álbum de duetos do consagrado cantor americano de jazz.

O repertório mistura releituras de hits alheios, composições inéditas e versões alternativas de canções lançadas em seus trabalhos anteriores.

Entre os covers, temos Our Day Will Come (Reggae Version), que fez sucesso nos anos 60 e foi regravado por vários outros artistas, e Will You Still Love Me Tomorrow, clássico de Carole King e Gerry Goffin também conhecida em inúmeras versões, inclusive a da própria Carole.

Like Smoke, gravada em maio de 2008, reúne Amy com o rapper americano Nas, que ela considerava um dos grandes nomes desse gênero musical. Outra curiosidade é The Girl From Ipanema, gravada por ela quando tinha apenas 18 anos.

Veja o repertório completo de Lioness: Hidden Treasures e a época em que cada música foi gravada:

1- Our Day Will Come (Reggae Version)– 2002

2Between The Cheats – 5/2008

3Tears Dry – 11/2005 (versão original de Tears Dry On My Own)

4Wake Up Alone – 3/2008

5Will You Still Love Me Tomorrow – 9/2004

6Valerie – 12/2006 (versão mais lenta)

7Like Smoke -com Nas – 5/2008

8The Girl From Ipanema – 5/2002

9Halftime – com Questlove (do grupo The Roots)- 8/2002

10Best Friends – 2/2003

11Body & Soul – com Tony Bennett – 3/2011

12A Song For You – 2009 (só voz e violão)

Veja o clipe de Body & Soul, com Amy e Tony Bennett:

Veja quais os discos mais vendidos no Brasil

Por Fabian Chacur

Paula Fernandes continua mandando prender e mandando soltar no Brasil, em termos de venda de discos e DVDs.

Segundo informações da gravadora Universal Music, a gata mineira ultrapassou um milhão de cópias vendidas de seu mais recente CD/DVD, Ao Vivo.

O trabalho continua liderando a parada brasileira, conforme levantamento feito entre os dias 25 e 31 de julho pela Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) e da empresa especializada em pesquisas Nielsen.

As grandes novidades desse, que é o mais recente levantamento do gênero no Brasil, são a volta de Back in Black, da saudosa Amy Winehouse (subiu da posição de número 72 para a de número 7) e When The Sun Goes Down, da ex-RBD Selena Gomez, que agora ocupa a décima posição.

Os dez álbuns mais vendidos no Brasil:

01              PAULA FERNANDES     AO VIVO     UNIVERSAL MUSIC

02              LUAN SANTANA     AO VIVO NO RIO     SOM LIVRE

03         EXALTASAMBA     25 ANOS AO VIVO     RADAR

04         CAETANO E MARIA GADÚ     MULTISHOW AO VIVO (CD/DVD)UNIVERSAL MUSIC

05         ADELE     21     SONY MUSIC

06         AMY WINEHOUSE     BACK TO BLACK (MUSICPAC)     UNIVERSAL MUSIC

07         VÁRIOS     RÁDIO DISNEY HITS    DISNEY RECORDS

08         ROBERTO CARLOS     ELAS CANTAM ROBERTO CARLOS     SONY MUSIC

09         VÁRIOS     SERTANEJO POP 2011     SOM LIVRE

10         SELENA GOMEZ & SCENE     WHEN THE SUN GOES DOWN     UNIVERSAL MUSIC

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