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Eric Church supera divas na parada dos EUA

Por Fabian Chacur

Sabem quem lidera a parada americana nesta semana? Não, meus amigos, não é nem Adele, nem Kelly Rowland, nem Beyoncé, nem mesmo a saudosa Amy Winehouse.

O responsável pela façanha de superar essas quatro estrelas da música pop é um cantor country nascido na Carolina do Norte que garante não twittar nem se valer de Facebook ou outros recursos das chamadas redes sociais.

Trata-se de Eric Church, que aos 33 anos e com seu terceiro álbum, Chief, conseguiu vender 145 mil cópias esta semana.

Neste mesmo período, 21, de Adele, comercializou 83 mil cópias e ficou no número 2; Here I Am, da ex-integrante das Destiny’s Childs, Kelly Rowland, vendeu 77 mil exemplares e emplacou o número 3; sua ex-colega de Destiny’s Child, Beyoncé Knowles, vendeu 41 mil cópias de seu álbum 4, enquanto Back To Black, de Amy Winehouse, ficou nas 38 mil cópias e atingiu o sétimo posto.

Ao ressaltar a não utilização das redes sociais como ferramentas de marketing, Church declarou à revista Billboard que sua vitória se deve à propaganda boca a boca e à qualidade de sua música, algo, segundo ele, a ser comemorado.

Com produção a cargo de Jay Joyce, que já trabalho com artistas fora do cenário country como Macy Gray e John Hiatt, Chief também não emplacou singles entre os mais vendidos, sendo, portanto, vendido como um todo, sem ter uma música a empurrar o todo.

Sinners Like Me (2006), trabalho de estreia do cantor e compositor americano, atingiu o 29º lugar na parada ianque, enquanto o segundo, Carolina, teve como posição máxima o 17º lugar.

Sua música não cai nos estereótipos do country, soando próxima à feita por artistas como James Taylor, Jimmy Buffett (um de seus ídolos) e até mesmo Garth Brooks.

Veja o clipe de Homeboy, de Eric Church:

Adele é líder da parada americana de novo

Por Fabian Chacur

Este, pelo visto, é mesmo o ano de Adele. A cantora britânica está de volta ao primeiro lugar da parada americana, segundo a revista Billboard, a bíblia do mercado fonográfico mundial.

A adorável gordinha de voz poderosa atingiu a posição pela 11ª semana não consecutiva, vendendo nesta semana 77 mil cópias de 21, seu segundo e aclamado álbum de inéditas.

Curiosamente, a cantora que muitos imaginam que ela irá suceder, a já saudosa Amy Winehouse, conseguiu retornar ao Top 10 da Billboard.

Back To Black, lançado originalmente em 2006, vendeu esta semana 38 mil cópias, e atingiu a posição de número 9 nos charts ianques.

Enquanto isso, a música Rehab, maior hit da carreira de Amy, teve nesta semana 38 mil downloads pagos, um número impressionante.

Sinal de que, ao contrário do que alguns insistem em dizer, há público para boa música neste mundo de intolerância, ódio e terrorismo sem razão. Que bom!

Ouça Rolling In The Deep, de Adele:

Discos de Amy Winehouse vendem muito

Por Fabian Chacur

Sempre que um grande nome da música morre, seus álbuns costumam voltar com força às paradas de sucesso, e isso está ocorrendo com a mais nova vítima trágica do meio musical, Amy Winehouse, que nos deixou no último sábado (23).

O site da revista Billboard, a bíblia do mercado fonográfico mundial, divulgou dados impressionantes sobre a procura em torno dos trabalhos da agora saudosa cantora britânica.

Desde sábado até esta terça-feira (26), o álbum Back To Black vendeu entre 20 a 25 mil cópias, e certamente estará entre os 20 mais vendidos na parada americana nesta semana.

Na semana anterior, para ficar mais exato o aumento da demanda por esse segundo trabalho de Amy, foram comercializadas por lá em torno de mil cópias do mesmo produto.

Por sua vez, tivemos em torno de 100 mil downloads remunerados das músicas da estrela no mesmo período, enquanto o vídeo de seu maior sucesso, Rehab, foi exibido mais de 4 milhões de vezes na net.

Back To Black saiu em 2006 e atingiu o seu ápice no mercado americano em 2008, quando atingiu o segundo posto na parada, pouco tempo após a cantora faturar cinco troféus Grammy, o Oscar da música.

Até hoje, Back To Black vendeu por volta de 2.3 milhões de cópias na terra de Barack Obama, número que certamente deverá aumentar nos próximos meses.

Frank (2003), seu primeiro CD, teve até hoje 307 mil cópias comercializadas por lá, e atingiu a posição de nº 61 nos charts.

Aguardem muita agitação quando chegarem às lojas as primeiras gravações póstumas de Amy Winehouse, algo inevitável e que deve começar a ocorrer ainda em 2011.

Veja o vídeo de Rehab:

Amy Winehouse cumpre seu destino trágico

Por Fabian Chacur

O árabe é fatalista por natureza. Uma das provas dessa característica é a palavra maktub, que significa “estava escrito”, forma como a qual meus antepassados procuram encarar com certa naturalidade situações difíceis de serem compreendidas.

É dessa forma que encaro a triste notícia de que Amy Winehouse foi encontrada morta neste sábado (23) em seu apartamento, no bairro de Canden, em Londres, aos 27 anos de idade.

A cantora e compositora inglesa ainda vivia o impacto do cancelamento de sua turnê europeia (prevista para agosto), após dar vexame em um show na cidade de Belgrado, na Sérvia, no dia 19 de junho.

Em janeiro, Amy fez shows polêmicos no Brasil, que obtiveram tanto elogios dos fãs mais alucinados como críticas ásperas por parte de quem esperava mais profissionalismo por parte dela.

Amy Winehouse nasceu no dia 14 de setembro de 1983 em Londres, e lançou seu primeiro álbum, Frank, em 2003, com boa repercussão no Reino Unido e Europa.

Foi graças ao segundo, Back To Black (2006), com produção a cargo de Mark Ronson (filho do mitológico guitarrista Mick Ronson, que tocou com David Bowie nos anos 70), que ela se tornou uma estrela em termos mundiais.

Com esse CD, a doidinha de mil tatuagens e cabelo inusitado ganhou inúmeros prêmios, incluindo cinco Grammys, o Oscar da música, entre os quais por canção e gravação do ano e artista revelação.

Com uma voz com forte teor de soul music e acompanhada por uma banda excepcional, Amy surgia como uma forte promessa para a música popular, tornando-se rapidamente um ícone.

Infelizmente, ela não conseguiu segurar a onda de tanto sucesso, e mergulhou de cabeça em drogas, escândalos, romances mal resolvidos etc. Deixou de ser só uma cantora e virou personagem preferencial da imprensa de celebridades.

Ironicamente, seu sucesso mais conhecido, Rehab, fala exatamente de ela tirando onda de quem achava que ela deveria encarar uma clínica de reabilitação por causa das drogas.

Frank e Back To Black acabaram sendo os únicos álbuns que Amy Winehouse lançou em vida, sendo que ambos foram relançados com inúmeras faixas-bônus.

Como sempre rolou muita controvérsia em torno do possível sucessor de Back To Black, não se sabe com certeza o que existe em termos de material inédito da estrela, mas certamente teremos algum tipo de lançamentos póstumos. A indústria fonográfica precisa faturar.

Ainda não se sabe se a morte da estrela ocorreu devido a uma overdose, mas muitos apostam nessa direção.

Várias coincidências ligam Amy a outra morta precoce ilustre do rock, Janis Joplin.

Ambas se foram aos 27 anos, eram brancas que cantavam com alma de negras e vieram ao Brasil pela primeira vez no ano de suas mortes trágicas. Janis só para uma visita, e Amy, para shows polêmicos, amados por uns e odiados por outros.

Aliás, Amy Winehouse se une ao triste panteão dos músicos célebres que morreram aos 27 anos, que inclui Jimi Hendrix, Janis Joplin, Brian Jones (dos Rolling Stones), Kurt Cobain, Robert Johnson, Pete Ham (do grupo Badfinger) e inúmeros outros.

Na minha opinião, Amy nos deixou dois bons discos (não ótimos, nem excepcionais), mas demonstrava claramente que tinha potencial para fazer coisas muito melhores. Ela estava apenas no começo, mas não conseguiu segurar a onda do sucesso, fama, dinheiro etc. Que descanse em paz. Uma pena!

Tears Dry On Their Own – Amy Winehouse:

O que fica da passagem do furacão Amy Winehouse pelo Brasil? Heim? Heim?

Por Fabian Chacur

Acabou na noite deste sábado (15), na Arena Anhembi, a compacta turnê de Amy Winehouse pelo Brasil.

Durante pouco mais do que uma semana, a cantora britânica foi o centro das atenções da mídia brasileira.

Primeiro porque, apesar das expectativas negativas, a moça veio e fez todos os shows programados. E saiu viva deles.

Segundo, porque as performances da intérprete do hit Rehab geraram as mais diversas reações.

Não vi as performances, mas me atrevo a dar uma opinião, baseado em tudo o que ouvi por parte de quem foi conferir a mulher do cabelo de xaxim e palha de aço armado.

Quem a detonou pelo fato de a moça ter cantado por um período curto de tempo, abrindo espaços generosos para seus músicos de apoio, por um lado tem razão em chiar.

Afinal de contas, os ingressos custaram caro, a infra-estrutura dos espaços brasileiros deixou a desejar e o fã teve menos em troca do que esperava.

Na verdade, o que eu imaginava se tornou concreto: o som de Amy não foi feito para estádios ou grandes arenas, e sim para espaços fechados.

Agora, então, que ela ainda está meio cambaleante, menos ainda.

Teria de ter sido, no máximo, em um Credicard Hall da vida, onde caberia um terço do público presente à Arena Anhembi.

É duro você fazer sacrifício para pagar caro e ganhar em troca uma artista a menos de metade de sua capacidade real.

Por outro lado, todos conhecem a fama da figura.

Em várias apresentações no exterior, a intérprete de soul music não foi, cantou pouco ou fez apresentações totalmente irregulares.

Ou seja, o histórico da neosoul star dava boas dicas para que aqueles fãs da perfeição e do perfeccionismo nem passassem perto de seus shows por aqui.

Quem foi não pode dizer que a cigana ou uma mãe Dinah da vida o enganou.

Por sua vez, tem aqueles que vibraram mais com o jeitão doidona da moça, ou mesmo de quando ela caiu no palco, em Recife, do que com o que a cantora interpretava em cena.

É o mesmo pessoal que ia (ou iria, se pudesse) ver Raul Seixas e gritava “aí, maluco, bebe aí, fuma unzinho!”, doidos para ver o “ídolo” quebrar a cara e pagar mico. Povo sádico…

E tem também aqueles que foram sabendo o que veriam e que saíram babando, felizes e contentes.

Eu tive a oportunidade de conferir ao vivo e a cores uma atração tão polêmica e conturbada quanto Miss Winehouse em janeiro de 1993.

Em uma edição do Hollywood Rock, no imenso estádio do Morumbi, o Nirvana também gerou opiniões distintas após a performance do instável Kurt Cobain e seus asseclas.

O show, de quase duas horas, teve duas metades.

A primeira mostrou a banda em performance mediana, mas ao menos se esforçando em fazer um show normal, tipo greatest hits.

Na segunda parte, os malucos trocaram de instrumentos, colocaram convidados no palco e começaram a fazer covers malucos, tipo Rio (Duran Duran), Kids In America (Kim Wilde) e outros assim.

Muita gente foi embora antes do fim. Muita mesmo.

Mas teve não só quem ficasse até o final (como eu), como outros que consideram aquele anti-show como o melhor que viram na vida (que não foi o meu caso).

Mas uma coisa eu digo: não me arrependo de ter ido ver o Nirvana, uma porque foi a trabalho, e outra por ter sido testemunha ocular da história.

Se fosse tão fã de Amy como eu era do Nirvana na época, também estaria alegre só por ter visto a mulher on stage.

Como não gosto tanto assim e sabia que a moça era problema, não perdi meu tempo. Simples assim.

Veja Rehab ao vivo em 2007, no programa do David Letterman:

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