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Pete Best e Tony Sheridan estão no álbum do Clube Big Beatles

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Por Fabian Chacur

Em seus 30 anos de estrada, o Clube Big Beatles conseguiu se consolidar como uma das bandas brasileiras mais bem-sucedidas no intuito de reler os clássicos dos Fab Four. Oriundo de Vitória (ES), o grupo possui algumas marcas importantes em sua trajetória, como participar por 26 anos consecutivos no International Beatle Week em Liverpool, onde integram seu hall da fama desde 2008. Toda essa trajetória agora é consolidada com o lançamento do álbum, Clube Big Beatles e Seus Sócios, já disponível nas plataformas digitais.

Nesses anos todos, o time liderado pelo também produtor Edu Henning conseguiu consolidar algumas parcerias muito bacanas. Duas delas arrepiam os fãs mais detalhistas dos Beatles, e marcam presença neste trabalho, em gravações ao vivo. Um é Pete Best, que foi baterista dos Beatles de 1960 a 1962, quando foi substituído por Ringo Starr. Ele marca presença em uma versão energética de My Bonnie, que os Beatles gravaram em 1961 na Alemanha acompanhando o cantor britânico radicado então por lá Tony Sheridan.

Aliás, Sheridan é esse outro parceiro ilustre a participar do disco, em outra gravação feita ao vivo quando ele esteve por aqui, interpretando um dos clássicos perenes do grupo de Liverpool, Yesterday. A outra gravação ao vivo incluída no álbum é She Loves You, registro do CCB com a Banda da Polícia Militar do Espírito Santo.

Se esses dois convidados especiais internacionais impressionam bem, as outras 13 faixas do trabalho, todas gravadas em estúdio, contam com nomes nacionais consagradíssimos e de várias vertentes da nossa música, indo desde a MPB até o heavy metal. Não é de se estranhar que este, o 4º álbum do grupo capixaba, tenha demorado quase 10 anos para ser finalizado.

Afinal de contas, contar em um mesmo trabalho com gente do naipe de Ivan Lins, Evandro Mesquita, Andreas Kisser, Jerry Adriani, Zé Renato, João Barone e Edgard Scandurra, só para citar alguns, não é tarefa das mais fáceis. Mas Henning e sua turma conseguiram tal façanha.

Eis as faixas de Clube Big Beatles e Seus Sócios:

1- Lady Madonna – Clube Big Beatles

2- Whille My Guitar Gently Weeps – Clube Big Beatles e Edgard Scandurra

3- When I’m Sixty-Four – Clube Big Beatles e Bruno Gouveia

4- Get Back – Clube Big Beatles e Andreas Kisser

5- Ticket to Ride – Clube Big Beatles e Dado Villa-Lobos

6- Something – Clube Big Beatles e Armandinho Macedo

7- Eleanor Rigby – Clube Big Beatles e Ivan Lins

8- Drive My Car – Clube Big Beatles e Evandro Mesquita

9- Money (That’s What I Want) – Clube Big Beatles e João Barone

10- The Long And Winding Road – Clube Big Beatles e Flávio Venturini

11- I Feel Fine – Clube Big Beatles e Jerry Adriani

12- Nowhere Man – Clube Big Beatles e Zé Renato

13- Come Together – Clube Big Beatles e Leo Gandelmann

14- She Loves You – Clube Big Beatles e Banda da Policia Military do Espirito Santo

15- My Bonnie – Clube Big Beatles e Pete Best

16- Yesterday – Clube Big Beatles e Tony Sheridan

My Bonnie (ao vivo)- Clube Big Beatles e Pete Best:

Duca Belintani mescla blues e folclore e grava CD espetacular

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Por Fabian Chacur

Com mais de 35 anos de carreira, Duca Belintani é cantor, compositor, guitarrista, educador, produtor e escritor. No currículo, seis CDs, participação no grupo Verminose e coautoria (ao lado de Ricardo Gozzi) do livro Kid Vinil Um Herói do Brasil, biografia do saudoso vocalista do Magazine e do Verminose. Agora, chegou a vez do sétimo álbum, e o mote para o mesmo não podia ter sido mais interessante: uma fusão entre as várias vertentes do blues, seu estilo musical de coração, e o folclore brasileiro. Desta forma, nasceu Blues Na Floresta, sem exageros um dos grandes lançamentos de 2019 até o momento.

Como forma de viabilizar o seu projeto, Duca se associou ao letrista Osmar Santos Jr. . Juntos, escolheram personagens icônicos do folclore brasileiro, adaptando para a nossa cultura uma das características mais peculiares das origens do blues americano. O resultado não poderia ter ficado melhor, trazendo para a brincadeira o lobisomem, o saci pererê, o bicho papão, o boitatá, o curupira e outros. O bacana é que as letras conseguem ao mesmo tempo dialogar com o público infantil e o adulto, sem cair em abordagens infantilistas que por vezes tornam esse tipo de trabalho um desrespeito à inteligência dos petizes.

Duca, que canta bem e toca uma guitarra incisiva e personalizada, conta com o apoio de Benigno Sobral (baixo), Ulisses da Hora (bateria), Ricardo Scaff (gaita), Vinas Peixoto (percussão), Adriano Grineberg (teclados) e Mateus Schanoski (teclados). Esse time dá uma consistência musical impecável às 11 gravações, com direito a muita energia, qualidade técnica e tesão, elementos sem os quais o blues não tem como se tornar relevante, em face de sua aparente simplicidade estilística. Tocar blues é simples, mas tocar blues BEM não é para qualquer um, e Duca e sua gang dão um show nesse requisito.

Além desse timaço, o disco também traz convidados especiais de primeira: Andreas Kisser, Graça Cunha, Paulo Freire, Suzana Salles, Theo Werneck e Vange Milliet, que ajudam a dar aquele retoque final e perfeito a algumas das faixas. A musicalidade mergulha em diversas variações do blues, com direito a elementos de jazz, rockabilly e rhythm and blues.

O lado mais pesado, próximo do hard rock, aparece nas faixas Cuca e Blues Na Floresta. O divertido rockabilly Assombrou a Festa traz os vocais irreverentes de Suzana Salles e Vange Milliet, enquanto o clima rhythm and blues suave permeia a bela Iara, com vocal de Graça Cunha. Matita Pereira tem uma deliciosa levada jazzy com uma pitada de Moondance, de Van Morrison, enquanto Lobisomem vai na linha do blues rock compassado. Um álbum espetacular!

Blues Na Floresta mostra que um dos ritmos mais influentes e seminais da música pode ser explorado com uma abordagem brasileira sem sair de seus cânones tradicionais. E vale ressaltar a belíssima apresentação do CD, com direito a capa digipack, encarte colorido e belíssimas ilustrações individualizadas para cada personagem (incluindo o próprio Duca) feito por feras como Tim Ernani, Marco China, Ennio Nascimento, Kel Cerruti, Thiago Martins, Gabi Barbosa, Edison Vieira Pinto, Marcos Madalena, Luiz Gabriel, Nando Sobral e Milton de Souza (o Trinkão Watts, baterista do Magazine e do Verminose).

Ouça trechos das canções do álbum Blues Na Floresta:

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